domingo, 30 de maio de 2010

EXPLORANDO EMOÇÕES!


Outro dia estive na Gávea, mais precisamente na sede do Mais Querido. Eram os aniversários de meu afilhado e seu irmão que iriam ser comemorados num churrasco.

Estava com meu filho que vestia uma camisa do Goiás que havia ganho há certo tempo. Coisas dessa juventude de hoje que com a falta de ídolos acaba vestindo camisas de diversos clubes de todas as partes do mundo.

Estava aproveitando para conhecer a loja do novo patrocinador, muito bonita por sinal. Ao passar pela porta fomos educadamente abordados pelo segurança informando que por ordem da nova Presidenta meu filho não poderia freqüentar as dependências do clube, incluindo a loja, se ao menos não vestisse a camisa pelo avesso.

Entendi, mas não gostei. Entendo que não permitir usar camisas de times rivais do Rio ou até grandes times de outros centros importantes como São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, mas do Goiás, sem desmerecer o clube e o estado, não vejo necessidade. Bom, mas não é esse o assunto que quero abordar.

Estávamos lá, escolhendo o que comprar quando resolvemos tirar umas fotos junto a Taça do Hexacampeonato brilhantemente conquistado em 2009.

Logo apareceu uma senhora acompanhada de seu filho e neto. Ela se aproximou devagar, olhos fixos na taça. Quando chegou perto, segurou no meu braço e com a voz embargada balbuciou:

“Meu filho, estou emocionadíssima”

Olhei para seus olhos úmidos e acarinhando seu ombro disse algumas palavras que não lembro ao certo. Ela retribuiu com um sorriso, nos despedimos e seguimos cada qual o seu caminho.

Entretido com as atividades do churrasco me esqueci, por momentos aquela imagem. Mas ao chegar em casa, comecei a analisar o acontecido.

Isso me fez pensar em como o Mais querido poderia estar em uma situação melhor do que a que se encontra há alguns anos.

Resolvi então resgatar um texto que havia enviado a dois colunistas de O Globo que não deram muita bola.

Agora, com a Volta do Galinho como Diretor de Futebol do Mais querido talvez seja aproveitado de alguma forma. Segue:

Por muito tempo, com raras exceções, o futebol carioca viveu à sombra dos times de São Paulo. Quase nunca venceram uma competição nacional.

Mas nos anos oitenta surgiu uma força, todos conhecem, não vamos alongar o texto falando de Zico e Cia. Mas nossos competentíssimos dirigentes perderam essa oportunidade, grandiosa por sinal, quando poderiam fazer surgir a maior potência do futebol mundial.

Você deve estar pensando que sou louco, mas alguém REALMENTE parou para pensar o que significam trinta e cinco milhões de pessoas? Alguém realmente já parou para pensar que desses trinta e cinco milhões a maioria têm o sentimento igual ou parecido com aquela senhora da loja.

Esse número equivale a três vezes a população de Portugal! Tudo bem, vamos ser mais modestos, é mais de três vezes a do Paraná e o Genérico Atlético Paranaense tem o melhor estádio de futebol do Brasil. O Flamengo tem ... dívidas.

O Flamengo não é time de estádios como o tão falado São Paulo. O Flamengo é uma nação e por isso poderia ter um ESTADO próprio.

Louco? Eu?

Imagine, junte os mais ricos torcedores (não são poucos), cria-se uma SA, compra-se terrenos contíguos e registra-se os valores, constrói-se um COMPLEXO com vários sub-complexos:

1º – Instalações para NOSSOS (não de empresários) garotos, com alojamentos individuais, escola, setor de saúde e lazer além de campos e quadras esportivas para treinamento – O verdadeiro Ninho do Urubu;

2º - Centro cultural e lazer com centro gastronômico, lanchonetes, cinemas, shopping, teatro, hotel, centro de convenções, etc. e, lógico, o Museu do Flamengo;

3º - Centro de Treinamento para o futebol profissional, com as mais modernas instalações do planeta, referência mundial;

4º - Centro esportivo para as diversas modalidades olímpicas, incluindo pista de atletismo;

5º - Ginásio com capacidade para vinte mil pessoas onde nós mandaríamos nossos jogos de Basquete, Voley, Futsal, Handbol, etc; com quadras adjacentes para treinamento dessas equipes. Neste local seriam realizados shows diversos;

6º - E por último, coroando a “Urubulândia” nosso estádio (O Monumental Arthur Antunes Coimbra que seria carinhosamente chamado de ZICÃO) com capacidade para aproximadamente oitenta mil pessoas. Quadrado como a Arena da Baixada e com diversos andares como a Bombonera. As arquibancadas, situadas a menos de dez metros de distância do campo permitindo sufocar os times adversários, seriam totalmente cobertas. Com assentos exclusivos para os ex-craques do passado (craques de verdade) e celebridades Rubro-negras, que (os que pudessem) pagariam para entrar. Assim, deixaríamos de jogar no campo neutro do Maracanã.

O complexo seria construído sob um partido arquitetônico simples, funcional e por isso fácil de construir com baixo custo. O trânsito se daria em alamedas arborizadas, por meio de corredores de ônibus elétricos e os carros e ônibus dos visitantes ficariam em estacionamentos específicos ao redor do complexo. No Centro, teríamos um grande lago onde ficaria nossa raia de remo.

O acesso seria pago e toda renda (acesso, ingressos, tickets de museu, cinema e teatro, etc,) seria revertida para quitação daqueles que investiram na compra dos terrenos e demais despesas e, pasmem para o Flamengo.

A estrutura seria auto-suficiente sendo desnecessário patrocínio os quais guerreariam para ter sua marca gravada no Manto Sagrado que por opção poderia se exibir sem nenhuma interferência gráfica de patrocinadores (que coisa linda)

Nesse complexo formaríamos diversos Didas, Zicos, Andrades, Adilios, Geraldos, Juniors, Leandros, etc. ao ponto de podermos disputar os campeonatos nacionais com um time e os internacionais com outro.

Não precisaríamos de Ronaldos, Kakas, Ronaldinhos, Adrianos, etc. que estariam fazendo de tudo (ao contrário de hoje) para defender as cores do Mais Querido.

Jogadores como Ruan, Obina, Leo Moura etc. seriam no máximo reservas e nenhum jogador iria dar piti em treinamento ou campo de jogo, pois saberia que a fila seria grande.

Será que não existe meia dúzia de Flamengos (Flamenguista é coisa de quem fica em casa vendo jogo na televisão) honestos capazes de tornar esse sonho realidade?

Que Cristo ajude nosso Rei.

Saudações.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

MAIS UMA DA INTERNET


Outro dia recebi o que aparentemente seria mais um daqueles e-mails dos quais escrevi anteriormente.

Dessa vez estava de bobeira em casa e considerando o remetente resolvi dar uma olhada.

O anexo era um filme que contava uma história bastante interessante e como hoje não estou a fim de escrever, vou reproduzir o texto na íntegra para facilitar. Até porquê ele está bem claro e simples não havendo motivo para eu acrescentar algo.

Mentira, li novamente e não me contive. Resolvi fazer pequenas modificações a fim de torná-lo mais direto, consequentemente mais agradável. Espero ter conseguido.

Divirtam-se e se desejarem, comentem.

Este vídeo apresenta a ganhadora do programa " Ukraine’s Got Talent" , Kseniya Simonova, de 24 anos, desenhando uma série de imagens em uma mesa de areia iluminada mostrando como as pessoas comuns foram afetadas pela invasão alemã durante a Segunda Guerra Mundial.

Seu talento, que é diferente e fascinante.

As imagens que são projetadas em uma grande tela, levaram várias pessoas do auditório às lágrimas. Ela acabou sendo a primeira colocada do programa.

O início mostra uma cena com um casal sentado, segurando suas mãos, em um banco sob um céu estrelado.

Mas, quando chegam os aviões de guerra, a cena é desfeita.

É substituída por um rosto de mulher chorando, mas quando chega uma criança, a mulher volta a sorrir.

A guerra retorna novamente e a artista joga areia mostrando o caos, de onde o rosto de uma jovem aparece.

Ela rapidamente se transforma em uma velha viúva, com o rosto enrugado e triste que se transforma no monumento ao Soldado Desconhecido da Ucrânia.

Depois, esta cena fica emoldurada por uma janela, como se o observador estivesse olhando para o monumento de dentro de uma casa.

Na cena final, uma mãe e uma criança aparecem do lado de dentro, com um homem parado do lado de fora da casa, pressionando suas mãos sobre o vidro, dando adeus.

A Grande Guerra Patriótica, como é chamada na Ucrânia, resultou na morte de ¼ da população, com 8 a 11 milhões de mortos em uma população de 42 milhões de pessoas.

A artista Kseniya Simonova diz:

“Acho bastante difícil criar arte usando papel e lápis ou pincéis, mas usar areia e os dedos está além do meu entendimento. A arte, especialmente quando a guerra é usada como tema, chega a levar as pessoas às lágrimas. E não existe maior elogio do que este.”

Não sei o motivo, mas não consegui deixar a imagem como faço normalmente. Faz parte da minha incompatibilidade com a informática. Então clique o LINK abaixo para assistir.

LINK

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O DESEJO DE UMA FÃ - QUICHE


Andando pela orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, acompanhado de meu valoroso cão. Disfarçado como muitos iguais a mim, acabei sendo reconhecido por uma fã. Ainda bem que são poucos e educadíssimos se não, já viu né? Ia ser o maior alvoroço e eu não gosto dessas coisas, sou muito tímido com quem não conheço.

Ficam te cercando, pedindo autógrafos, em alguns casos exigem dedicatória personalizada e de repente você não está em momento criativo, mas não importa, tem que se virar em uma maneira.

Mas não é meu caso, ainda, pois além de andar muito bem disfarçado, contando com meus filhos, minha irmã e mãe; minha legião de fãs deve beirar uns nove. He he he!

Continuando. Manhã de sábado, céu e lagoa cinzentos, eu caminhava entre os esportistas de fins de semana, atletas incansáveis e seres normais que, como eu, só caminham ou andam de bicicleta.

Repentinamente fui parado para informar as horas e enquanto procurava o celular fui reconhecido:

- Você não é aquele escritor? Aquele que escreveu aquele livro... hum, deixe-me ver, desculpe esqueci o nome...

Fiquei aguardando...

- Não é você que escreve aquele blog... hum, deixe-me ver, desculpe também esqueci ... Ah! Papo de Cozinha?

Abri um sorriso de orelha a orelha, pensando: “Vou conhecer uma de minhas fãs! Eles existem mesmo!”

- Sim, eu mesmo.

E incorporando a modéstia:

- Alguma crítica?
- Não! Gosto muito do que você escreve.
- Que bom, fico feliz. Então, qual o seu nome? Em que posso ajudá-la?
- Francisca. É que acho que você deveria colocar mais receitas, afinal papo de cozinha lembra receitas.
- Você tem razão, aliás, esse é o objetivo. Juntar receitas com textos ecléticos a fim de satisfazer o maior número de pessoas. E o melhor é que as receitas e/ou assuntos podem ser sugeridas pelos leitores tornando o “espaço” democrático.
- Ah! Que legal! Não sabia disso. Vou mandar uma para você publicar.
- Maravilha, vou ficar aguardando, mas saiba que antes de ser publicada ela será provada, espero que entenda.
- Sem problemas, você está certo. Tem muito esperto por aí, infelizmente.
- É verdade, precisamos tomar cuidado.
- E o seu livro?
- Papo de Cozinha?
- Sim, isso mesmo! Que tonta como não liguei os nomes? Sim, isso mesmo. Como posso obter um exemplar?
- Ora, estão nas melhores livrarias da cidade, não lembro os nomes, mas posso enviar um exemplar. É só você fazer um comentário no blog, informando seu e-mail e endereço de entrega que mando as instruções de custo do livro, do frete, onde fazer o depósito e em três dias, aproximadamente estará sendo entregue. Pode ficar tranqüila que não publico esses dados, portanto se for fazer um comentário para um dos posts faça separado deste.
- Maravilha! Vou fazer isso. Bom então tá! Adorei conhecê-lo. Espero vê-lo novamente.
- E eu aguardo sua receita. Tchau!

Segui meu caminho. Encontrei com uns amigos, conversamos, bebemos uma água de coco e voltei para casa.

Aqui estamos, eu e meu cão. Ouvindo “That’s Life” com Billy Preston & Rolling Stones (abaixo).








e pensando no que Francisca havia dito. Busquei mais uma receita de minha colega do trabalho, dessa vez salgada.

Trata-se de uma quiche muito simples de fazer e fica deliciosa. Vejam como é fácil e depois comentem se desejarem.

MASSA
Farinha de trigo - ½ quilo
Margarina – 250g
Gema de ovo, sem pele – 1 unidade
Sal – à gosto
Azeite – 1 colher de chá

Misture tudo e guarde na geladeira. Pode ser por um dia.
Depois, unte uma forma (de vidro) e forre o fundo e as laterais com a massa, espalhando bem.

RECHEIO
Queijo Minas – 300 gramas
Leite – ½ xícara
Sal – à gosto
Noz Moscada – 1 pitada, à gosto
Clara de ovo – 3 unidades
Alho poro – 2 talos
Tomate seco – 100 gramas

Bata no liquidificador o queijo minas, o leite, o sal e a noz moscada deixando a mistura pastosa (não pode ser líquido);
Bata as três claras em neve e, em uma tigela, junte à mistura.
Acrescente o alho poro fatiado e o tomate seco;
Misture levemente e despeje dentro da forma com a massa;

Leve ao forno médio pré aquecido, até o fundo da massa “morenar” por baixo.

Bom apetite.

domingo, 23 de maio de 2010

A COERÊNCIA DO COMPORTAMENTO HUMANO


Certa manhã, após uma noite muito bem dormida, liguei a televisão e com uma rápida zapeada encontrei um desses programas de comportamento que se espalham pelas telinhas desse país.

A apresentadora era(é) uma dessas conhecidíssimas atrizes com talento, mas que, por motivos que desconheço, há algum tempo não aparece na programação.

Para facilitar a escrita e compreensão do texto a chamaremos de Lua.

Seu formato consistia(e) em blocos que, no estúdio, Lua iniciava relatando certa situação deixando no ar a pergunta:

Por que as pessoas reagem de determinada maneira perante a situação?

Nesse ponto, o programa ia para a rua onde apresentava as respostas de pessoas previamente escolhidas. Pareceram pessoas normais, encontradas aleatoriamente em pontos distintos da cidade. No caso em questão eram todos homens entre os quais consegui identificar um motorista de táxi.

Ouvidas as diversas respostas Lua voltava, apresentava suas conclusões e finalizava com sua opinião, algumas vezes seguida de um conselho.

E assim passavam-se os blocos, as situações, sempre sobre o mesmo tema, eram expostas enquanto Lua mostrava o como era(é) correta em suas reações.

Era a primeira vez que via esse programa e o tema versava em torno das manias do homem casado ou companheiro.

Achei interessante quando um dos entrevistados respondeu que não gostava de discutir a relação (um dos esportes prediletos de nossas queridas mulheres) porque isso significava momentos não muito agradáveis. Pois só se discute a relação quando alguma coisa não vai bem e ele não estava a fim de passar mais momentos desagradáveis, prejudicando a relação.

Os blocos iam se sucedendo, as situações eram expostas, as respostas eram dadas ...

- Toalha molhada em cima da cama.

- Elas têm até razão, mas como todos, nós homens temos nossas manias e que essa já estava enraizada em nosso inconsciente. Seria mais fácil ela aceitar e em vez de perder tempo se estressando ao reclamar, colocasse a toalha no lugar. Ia ser menos traumatizante para a relação e menos desgastante para ela.

- Ela chega toda arrumada para a festa e ele não comenta.

- Nós nos aprontamos em dez minutos, geralmente é uma roupa pouco confortável, ficamos esperando horas, às vezes, suando em bicas e quando surgem ficam aguardando nosso comentário. Nosso comentário seria: Porra!! Fiquei aguardando enquanto você exercia sua insegurança na escolha do melhor modelito para a ocasião. “Será que a fulaninha vai estar mais bonita do que eu? Será que o vestido verde vai combinar com os olhos da noiva? E o sapato dourado vai combinar com o lustre do salão?” Etc. Sem falar da maquiagem. Blá blá blá! Mas não, em nome da relação, aceitamos essa mania enraizada no inconsciente delas e perguntamos apenas: Onde está a chave do carro.

- Falta de atenção quando ela fala.

- Elas pronunciam mais de dez mil palavras por dia enquanto que nós, apenas quatro mil. É muita coisa para nós ouvirmos. Com certeza alguma coisa é desnecessária.

Em resposta a certa situação, brilhantemente um deles desferiu:

- Elas adoram reclamar de nossas manias, de nossos defeitos. Não são capazes de relevar alguma coisa, mas se esquecem dos fios de cabelo na pia e chão do banheiro, dos grampos espalhados pela casa, do tubo de pasta de dentes todo amassado ou sem tampa, do estojo de maquiagem espalhado entre o quarto e banheiro, dos xampus deixados abertos, das calcinhas penduradas no box e da tampa do vazo que temem em deixar abaixada.

E as sugestões e conselhos eram sendo apresentados. Algumas vezes Lua ilustrava com passagens de sua vida particular ratificando o quanto era perfeita.

Dado momento tive que levantar, tomar banho e sair.

Já no caminho de casa comecei a lembrar de certa situação vivida há muito tempo.

Ainda empresário no ramo da construção civil. Dezembro, época de vacas magras. Meu ex-sócio é um cara muito bem relacionado e um belo dia daquele verão escaldante surge com um amigo que queria fazer uma pequena reforma no apartamento de sua namorada, onde iriam morar.

Após algumas discussões, para acertar os detalhes construtivos e, claro, reduzir o custo e justamente por isso, repassamos a obra para nosso engenheiro que na época estava um pouco ocioso. Nos comprometemos a acompanhar o andamento dos serviços além de disponibilizar a estrutura da empresa em troca do salário desse engenheiro que, por sua vez, iria “tocar” a obra, administrar os custos de material e mão de obra e fazer as prestações de contas sem taxa de administração. Negócio de mãe.

A obra que a princípio tratava-se de uma pequena reforma que, por deslumbramento da proprietária teve seu escopo aumentado em muito, consequentemente seu custo e prazo.

Enquanto isso, ela que havia se tornado badaladíssima ao despontar em uma das novelas das oito ficou sozinha mas não deixou de estar à frente das obras.

O engenheiro, um sujeito educado que depois de dois anos trabalhando conosco se mostrara um cara honesto e capaz nas suas atribuições. Mas, apesar da vasta experiência, não registrava as modificações e acréscimos solicitados e ia executando as obras de acordo com as necessidades da moçoila. Depois fomos saber que estava confiando na amizade dela com meu ex-sócio, mas a amizade era com o ex-namorado.

E assim foi até um dado momento em que ela caiu das nuvens ao ver a drástica redução de seu lastro financeiro.

Não podia ser diferente, deu chilique e disse que não ia pagar. Aquela baixarias que muitos daqueles que subiram rápido fazem. Você conhecem.

Discute aqui, discute ali e acolá, enquanto isso, decidiu-se que o engenheiro ia sair de cena e nós acabaríamos a obra, mas sem nenhum acréscimo. E assim o fizemos, pela amizade que não existia. Ela bancou essa finalização, apenas o custo, e continuou a pendenga com o engenheiro.

Após várias Discussões o acordo. Sob a consultoria de um “espertogado” ela quitou com os fornecedores e exigiu do engenheiro um recibo de cada um dos peões com firma reconhecida para quitar a mão de obra.

Ele correu atrás, de carro, levou cada peão ao Cartório, pagou a abertura de Firma de cada um deles, fez os recibos de quitação, reconheceu a firma em todos e, (pasmem!!!) entregou a ela sem receber o dinheiro correspondente. Ela disse que iria pagar em alguns dias.

Os peões não poderiam ficar sem pagamento e para evitar uma tragédia quitamos a dívida deles.

Fechamos a empresa em meados de 2000 e ele já não trabalhava mais conosco.

Até onde sei a dívida permanece.

Lua esqueceu de ilustrar o programa com essa bela passagem de sua vida.

Passaram-se alguns meses e, pasmem, lá estava ela novamente. Dessa vez me deixando estupefato.

Época de eleições, período de fartura. Sim, fartura de beijinhos, abraços, passeatas, carreatas, cartazes espalhados pelas ruas das cidades numa poluição visual absurda. Época que ouvimos as mesmas ladainhas, as mesmas promessas que com certeza jamais serão cumpridas.

Sim, lá estava Lua, com um discurso politicamente correto, em vários anúncios institucionais. Ora explicando como votar, ora mostrando a importância do voto para o futuro do país e outras “cositas” mais.

Discursava como a representante da honradez, da honestidade e caráter. Suas palavras, cuidadosamente escolhidas, formavam um texto simples porém claro, direto e extremamente verdadeiro.

Cada vez que ela invadia minha sala de estar trazia junto de si um sentimento de vergonha, decepção e tristeza.

Mas o pior deles era a certeza de que nunca nos tornaremos um povo sério, digno de respeito e credibilidade perante os demais residentes desse planeta maravilhoso.

Uma pena.

sábado, 22 de maio de 2010

QUALQUER QUE SEJA O TIME.


Ok! Sem problemas, não foi a primeira nem será a última que perderemos. Aliás, nós ganhamos. NÓS GANHAMOS! E foi lá, na casinha deles. Naquele galinheiro onde tudo foi permitido com anuência daquele que deveria manter as coisas na regularidade.

Mas não vamos falar disso, pois como já escrevi antes, o árbitro faz parte do Contrato rubricado e assinado apenas por aqueles que têm capacidade para estar lá, na disputa. Os que não têm essa competência que se contentem em gozar com aquilo dos outros, como sempre fazem. Esse é seu destino, pobre destino.

Nossos soldados foram homens, foram Flamengo como sempre deveriam ser. O Flamengo foi chegando, tranqüilo, sem tomar conhecimento do entorno. Foram conquistando o território com consistência e com o primeiro gol calaram os semi –hibéricos.

Eles empataram, nós retomamos a vantagem e partimos em busca do gol da classificação. Ele não veio, mas ficou a certeza de que poderia ter sido diferente.

Hoje, quase quarenta e oito horas depois, com a cabeça fria e revendo nossa trajetória na competição podemos dizer que não merecíamos. Não merecíamos? Como o Flamengo não merecia?

Desculpem-me, errei. O Flamengo sempre merece, nós a torcida sempre merecemos. Se em alguns casos o objetivo não é conquistado nunca foi e nunca será por nossa culpa. Nesse caso específico ninguém tem dúvida dos culpados.

Mas não vamos fazer uma caça às bruxas. Não vai levar a nada.

Agora, parece que vai haver uma reformulação. A que nível? Ninguém sabe. O que se sabe é que muitos querem mandar todos embora, vários desejam uma debandada parcial e outros esperam a renovação de todos os contratos.

Não importa. Sabemos que o que acontecer não dependerá de nós, de nossos desejos. Então não vamos perder tempo elucubrando versões fantásticas. Só nos resta aguardar a Copa do Mundo, e o fechamento da janela de transferência pra ver como é que fica.

Se o Bruno, o Léo Moura (gazela) e outros dizem que o ciclo acabou, que vão embora, mas vão logo, não fiquem de nhem nhem nhem que isso não é papo de homem.

O que fica é um sentimento de que poderia ter sido diferente. Sim, o time é bom, muito bom, provou isso ontem, mesmo não estando, apesar de já em maio, em boas condições físicas.

Resta então o desejo de que os responsáveis pelo nosso futebol tenham aprendido alguma coisa. Inclusive os jogadores, principalmente eles.

Quanto a nós, não podemos nos entregar, temos um Brasileiro para ajudar o Flamengo vencer, qualquer que seja o time.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O URUBU FERIDO


Hoje não podemos falar de outra coisa. O dia cinzento mostra a preocupação da Nação. Temos muitos problemas em curso, é a Procuradora que agrediu uma criança, é o cara que matou a mulher, enfiou o corpo numa mala e jogou no canal do Jardim de Alah, temos a repercussão do que parece ser a mal sucedida interferência de nosso governo na negociação atômica com o Irã e o segundo na ordem de importância para o povo brasileiro que é o Presidente Lula planejando dar a “benção” aos jogadores da selecinha. Já não basta a falta de craques, agora o maior pé frio da história ainda quer piorar as coisas. É brincadeira?

Mas vamos falar do que é realmente importante, vamos falar de coisas sérias. Hoje, mais uma vez, teremos o povo brasileiro dividido.

Teremos aqueles que, no que diz respeito a torcer por um time de futebol, possuem uma vida monótona, sem grandes pretensões, portanto sem muitas alegrias.

Os arco-íris são a porção negativa, a parte asquerosa dos seres. São os que hoje têm mais uma oportunidade de vislumbrar saborear o gosto de uma conquista, coisa raríssima em suas reles vidas. Eles, como sempre nessas ocasiões, estarão ao pé da televisão, estáticos, rezando, secando e amaldiçoando aquele que na maioria das vezes sai das batalhas com o objetivo conquistado bravamente.

E teremos nós, os que sabem que só seguindo o caminho do bem obteremos a certeza do triunfo final. Somos os lutadores, os descamisados, a ralé, ou seja lá como a minoria podre queira nos chamar.

Na realidade somos os iluminados, os mestres que com nossos vastos conhecimentos doutrinamos, às vezes com doloridas chibatadas, os reais desfavorecidos.

Sim, é hoje! É hoje que teremos mais uma de nossas batalhas. Hoje a de nossas vidas, amanhã outra. Essa é a nossa sina, esse é o nosso carma, esse é o nosso combustível: conquistas. Uma atrás da outra, sem cessar, sem demonstrar temor, sem nos curvar às escassas derrotas.

Desta vez em terras gélidas colonizadas pelos espanhóis. Nossos heróis estarão defendendo nossa história e porque não nossa honra.

O campo de batalha foi minuciosamente escolhido pelos infiéis com o reles objetivo de nos imputar medo, enquanto sabemos ser o medo o motivo dessa escolha.

Sim, eles estão com medo, apavorados, pois sabem que as três anteriores foram nossos aperitivos, portanto têm consciência que precisarão de toda ajuda extra que puderem angariar.

Nossos representantes serão instigados e pressionados à exaustão. Serão fogos de artifício, serão ofensas, serão gritos de ordem, serão lançadas pedras, mas nossos soldados estarão lá, firmes, na hora marcada como urubus que somos (feridos que estamos), sedentos pela carniça semi-ibérica.

À protegê-los apenas duas coisas, a lança representando o desejo, a perseverança e a grandeza da Nação Rubro-negra e o escudo representado pelo mais sagrado dos Mantos, o Manto Sagrado.

Apenas isto bastaria para a certeza do triunfo, mas o destino às vezes costuma nos pregar peças. Com certeza para acrescentar um pouco de esperança aos pobres coitados órfãos de conquistas, o que acho louvável, afinal até eles merecem momentos de alento.

Mas não dessa vez, dessa vez sairemos degustando o sabor de vitória nem que esta venha em sofridos lances penais como derradeiras estocadas de nossas lanças.

E ao final de tudo, esta noite estará escrita em uma das inúmeras páginas de nossa brilhante história. História que tem a função de mostrar ao mundo a grandeza de sua mais importante nação; a Nação Rubro-negra.

terça-feira, 18 de maio de 2010

ESTÁ FICANDO PESADO PARA O MANTO SAGRADO


“Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte:- quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Essas foram palavras escritas por nada mais nada menos que Nelson Rodrigues o famoso cineasta e torcedor de outro clube carioca.

O texto mostra o respeito que pessoas inteligentes, mesmo que torcendo pelo time errado, e isso é que dá importância ao escrito, tem pelo nada folclórico Manto Sagrado. Sim, a mística da camisa Rubro Negra é real e altamente tangível em centenas de títulos conquistados.

Mística construída ao longo de seus mais de cento e dez anos de histórias, vitórias e conquistas.

Tudo se traduz na capacidade que as cores vermelho e preto reunidas em uma só camisa tem em transformar oponentes em meros derrotados, por terem tremido diante do Manto.

Nos dias de hoje a situação está um pouco complicada. Com seu sexto título nacional recém conquistado o Flamengo passa por um momento extremamente delicado.

Temos um time excelente, não são todos craques como eram noventa por cento na década de oitenta, mas são todos bons jogadores. Entretanto alguma coisa está acontecendo. O grupo parece unido na busca da Liberta, se mostra unido contra as diversas interferências externas oriundas das fofocas criadas pelo garimpo de notícias bombas com o único objetivo de desestabilizar o que para nós Flamengos é inabalável e inexpugnável.

São notícias da vida particular de jogadores que não deveriam estar nas páginas de esporte e sim nas diversas revistas de fofoca existentes, pois penso que a vida particular das pessoas não deve fazer parte do discurso de outras a não ser que convidadas a opinar. E com certeza não foi e nem está sendo o caso.

Entendo também que particularmente, cada um tem o direito de fazer o que quiser desde que não atrapalhe o desempenho profissional. E isso com certeza também não está acontecendo.

E não é apenas isso, temos outros problemas. São quase vinte dias sem um comando no Departamento de Futebol e isso trás conseqüências desagradáveis tais como atrasos em treinos e jogos, entre outros.

Essa ausência faz com que nossa Presidenta se exponha demasiadamente e desnecessariamente em ações de reconstituição de status quo.

Temos um técnico jovem e ainda inconstante nas suas dúvidas, que conseguiu com uma vitória, uma derrota e dois empates reconstituir um pouco da tranqüilidade necessária para o tão desejado retorno a situação natural de vitórias e conquistas.

A conseqüência está bem clara nos resultados de nossas últimas partidas, principalmente o úlimo. São resultados inadmissíveis que poderão culminar em nossa eliminação prematura da Liberta, o que seria como um campeonato mundial para a torcida Arco-íris.

Na história consta que as conquistas do Mais Querido sempre acontecem após muitas dificuldades. Como diz um grande Rubro Negro: “Tudo no Flamengo é perrengue máximo.” Eu concordo e completo: “Se eu quisesse facilidade ia torcer pelos viceinos, chorofogos ou florminenses que raramente conquistam alguma coisa, portanto não têm preocupações.

Mas não se empolguem, arco-iristas, está ficando pesado para o Manto e é assim que nós gostamos.

Saudações Rubro Negras.

domingo, 16 de maio de 2010

INTERNET DISCADA?


Anteontem, sexta feira, previsão de um fim de semana com sol, véspera de uma semana de moleza em casa a fim de usufruir de um saldo de banco de horas no trabalho.

Para quem não sabe, Banco de Horas é o acúmulo das horas extras feitas em um determinado período que são armazenadas para serem usufruídas posteriormente.

Uma ou duas vezes por mês nos reunimos, parte do pessoal do trabalho, para um almoço diferente em um restaurante um pouco mais sofisticado. Já fomos em italianos, portugueses, árabes e alemães. Todos de muita qualidade. As contas variam muito. Já pagamos, por cabeça, R$ 30,00 em um italiano assim como absurdos R$ 107,00 em um português. Neste adivinhamos o preço assim que vimos o Anselmo Goes (colunista de O Globo) adentrar ao salão, mas já havíamos feito os pedidos, não dava para voltar atrás. Talvez esse tenha sido o motivo de o sabor da comida não estar tão bom.

Dessa vez fomos a um contemporâneo. O ambiente era simples, mas de muito bom gosto. Um espaço amplo e agradável.

O imóvel tem como base uma estrutura metálica de dois pavimentos, no segundo um piano bar. Construído dentro de um antigo sobrado antes extremamente danificado e agora reformado como mostram fotografias na parede. Ao fundo uma área descoberta com mesas, mas fechada naquele dia.

Éramos seis e estávamos de bom humor. A garçonete se mostrava atenciosa e eficiente, o que se confirmou durante todo o almoço.

“Essa você perdeu Italiano Carcamano!”

Entre nós estava um engenheiro que, como posso escrever sem arrumar mais um inimigo? Ele é um cara consciente com os problemas do mundo que transforma essa preocupação em sempre tentar arrumar uma maneira de reduzir a despesa a fim de evitar o que ele considera desperdício. Ou seja, ele não gosta muito de gastar a não ser que valha muito a pena. He he he!

Muitos diriam: “Ele é um cara consciente.” Outros: “É um mão de vaca!” Vou chamá-lo de Patinhas a fim de identificá-lo no texto.

Continuando. Estávamos jogando conversa fora, enquanto bebíamos nossa cervejinha gelada e líamos o cardápio em busca da refeição perfeita. Três, eu inclusive, escolheram um linguinni com frutos do mar, dois outros um risoto de camarão e o último uma torre de filé mingnon com legumes ou algo parecido e ervas.

E o papo continuava descontraído. Até que em certo momento Patinhas deixou escapar que era usuário de internet discada. Alguém ainda sabe o que é isso?

Eu perguntei, ele poderia estar se enganando, se era aquela que fazia o barulho: “piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, etc. Com a confirmação todos caímos na gargalhada, após minha observação de que ele deveria ser o único ser na face da terra que ainda usufruía desse serviço.

Então ele complementou informando que havia enviado sua declaração de Imposto de Renda pelo sistema e que tinha dado tudo certo. Vamos aguardar o resultado da Malha Fina.

A comida chegou, estava ótima e foi saboreada sob vários assuntos e cerveja. Pedimos a sobremesa, torta de amêndoas, que estava uma delícia, pagamos a conta e fomos embora de volta a labuta.

Eu fiquei com aquela história de internet discada na cabeça, imaginando como seria para a Oi ter que manter um serviço apenas para atendê-lo já que, para mim, ratificando minha observação anterior, ele realmente seria o único remanescente na utilização do sistema. Tudo bem, o único não, mas um dos nove últimos Moicanos.

Seria uma salinha localizada nos fundos do andar térreo do prédio. De dimensões reduzidas toda empoeirada, ar condicionado precário, teias de aranha no teto e um painel cheio de botões e cabos obsoletos, tipo daquelas telefonistas dos anos sessenta. No canto, uma televisão preto e branco dezesseis polegadas.

Os únicos aparelhos menos desatualizados seriam três celulares cada um com os nove números telefônicos de cada um dos nove clientes que teriam toques personalizados:

O primeiro seria o tema da série Bonanza;
O segundo o tema de E o Vento Levou;
O terceiro o tema de BatMasterson;
Super Mário Bros (o primeiro) o tema do quarto;
E assim sucessivamente passando por “O Bem Amado” e “National Kid”.
O tema de Patinhas seria, um deixe-me ver. . . “Fuscão Preto” de Waldick Soriano. Patinhas adora carros. Poderia ser também do “Speed Racer”. Não, Fuscão Preto é mais Cult. He he he.








Como era pequeno o número de usuários os dois funcionários, sessentões, seriam pouco acionados já que com a quase nenhuma utilização não havia congestionamento de bits. Pelo mesmo motivo a velocidade seria satisfatória!

Em um canto da sala teria uma estante com vários livros e jogos para que os dois funcionários pudessem passar o tempo.

Haveria uma comunidade no Orkut: “Eu Utilizo Internet Discada e Daí?” Mas por motivos óbvios estaria desatualizada.

Fico imaginado o atendimento:

“No velho oeste ele nasceu. E entre bravos se criou. Seu nome lenda se tornou. Batmasterson, Batmasterson ...”

- Boa tarde Seu José! Há quanto tempo? Andas sumido. Como vai a família? Espero que estejam todos bem. Quem está falando é Francisco. Em que posso ser útil?

- Boa tarde Seu Francisco! Estou bem, a família também. Só o do meio, o Raimundinho, o quarto, que está meio gripado, mas já está medicado. Você sabe né? Depois que perdemos o mais velho com a gripe suína, nunca mais tratamos gripe com chá de limão, mel e alho aqui em casa. Aquela dorzinha nas costas também deu uma estabilizada, mas por via das dúvidas sempre deixo aquele emplastro à mão. E os seus? Como Estão?

- Estão ótimos Seu José. Só a patroa que anda com uma dor de cabeça, mas hoje ela foi a UPA lá perto de casa. Olha! Seu filho vai ficar bom, não se preocupe. Vai dar tudo certo. Mas o que o senhor deseja?

Estou precisando enviar um arquivo e por algum motivo não estou conseguindo. Trata-se de uma apresentação que recebi, muito bonita daquelas que fazem você chorar no final. Sabe? Ela conta a história de um pobre lenhador que tinha perdido tudo em um incêndio na floresta. Ele estava caminhando sem rumo pela estrada quando de repente aparece um anjo que com lindas palavras transforma sua vida ao ponto de ficar muito rico e com o dinheiro ele passa a ajudar os pobres. Eu gostaria de enviar para todos os meus amigos, mas não estou conseguindo. Você pode me ajudar Seu Francisco?

- Claro que sim, mas pode me chamar de Chico afinal nos conhecemos há anos. Só deixa eu dar uma olhada no manual. Sabe como é né? O sistema funciona bem, dá pouco trabalho, junta com a fraqueza da memória, agente acaba se esquecendo das coisas.

- Tudo bem, só não me bota para ficar ouvindo aquela musiquinha ridícula! Por favor.

- Pode deixar Seu José até porque a maquineta que toca a musiquinha está sem pilha e o chefe não está liberando verba pro nosso departamento. Ele acha que damos prejuízo, vê se pode! Olha, estou vendo aqui que vai demorar um pouco, as folhas estão soltando preciso procurar com calma se não o manual vai se desmanchar todo. Enquanto isso quer bater um papo com o Antônio? Ele não está atendendo ninguém agora.

- Olha Chico, gostaria muito de conversar com o Antônio, até para saber se ele resolveu aquele problema da cobrança que fizeram a mais no plano de saúde dele, mas estou com pressa. Faz o seguinte, você procura aí enquanto eu vou ao banco pegar minha aposentadoria, o Bolsa Escola de meu neto e já volto. Quando chegar eu ligo de novo. Aproveita e veja também uma maneira de eu enviar umas fotos de umas meninas. Sabe? Aquelas do BBB10? Cada uma que você nem imagina.

- Vejo sim, pode deixar. Vai lá com calma que quando o senhor ligar estarei com todas as informações. Olha, Seu José! Se o senhor não achar ruim, eu gostaria de receber esse arquivo também. Se desejar, pode ficar um pouco lá na praça jogando dama com seus amigos como o senhor tanto gosta.

- Boa idéia! Vou lá jogar uma daminha sim. Aproveito e pego um sol. Chico, quanto ao arquivo, pode deixar que eu mando. Qual deles você quer?

- Ah! Seu José manda o das meninas. A do lenhador eu já conheço. E não deixe de levar seu boné, o sol está muito forte. Bom dia e até mais tarde.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A PRIMEIRA VEZ AGENTE NUNCA ESQUECE


Há dias vinha matutando quando seria a minha primeira vez. Como sabem, estamos virgens (ia escrever invictos, mas isso é coisa de viado). Sim, estamos virgens, afinal isso aqui é um espaço impar, seria como estivéssemos na cozinha levando um lero (está no primeiro post). Certo? Dessa forma, precisamos ter alguma coisa para beliscar enquanto jogamos conversa fora. Mas eu não sabia o que oferecer para vocês. Pensei em umas pastinhas ou picles para abrir o apetite, ou uma coisa mais sofisticada tipo aquelas entradas da cozinha italiana, etc.

Mas não. Estamos papeando há bastante tempo e vocês já devem ter comido algo salgado. Quem sabe até a refeição já foi consumida. Nesse caso eu estaria atrasado. Quem sabe ainda não pego a hora da sobremesa, até porque se essa hora já tiver passado vocês poderão saborear o que vou lhes oferecer quando estiverem com aquele sono e prestes a dormir.

A exemplo do livro, homônimo do Blog, escreverei um pouco sobre como obtive essa receita.

Tenho uma colega de trabalho, Arquiteta como eu, que também tem prazer em cozinhar, só que ela sabe. He he he.

Gente muito fina e sempre de bom humor, estamos quase todos os dias nos encontrando pelo andar, quando invariavelmente trocamos algumas palavras, nem que apenas um bom dia ou boa tarde. Quando nos encontramos na copa o papo demora mais um pouco e melhora quando temos a companhia de um Engenheiro que trabalha no meu setor, um sujeito hilário que chegou a pouco na empresa.

Conversamos sobre quase tudo, menos trabalho, obviamente.

Certo dia falando no desejo de criar um (esse) blog ela sugeriu que poderia me ceder algumas receitas. Antes disso, ela já havia me falado de sua habilidade em pratos de fácil execução e que as pessoas que provavam elogiavam muito. Lógico que aceitei de imediato, mas ela nunca aparecia com a dita cuja. Eu nunca mais toquei no assunto, sei lá se ela havia desistido. Sabe como são as mulheres. Prefiro não correr o risco.

Essa semana ela voltou a citar suas receitas. Não me fiz de rogado e dei uma cobrada de leve até que hoje ela apareceu pedindo uma folha de papel onde escreveu, ali mesmo a receita abaixo. Logo depois escreveu outra que vou guardar para depois.

Ela não disse o nome e eu, tentando visualizar o produto final, nem me toquei de perguntar. Vou chamar de Torta de Maçã ou de Banana. Caraça! Muito criativo.

Ingredientes:

Margarina – 1 Tablete
Maçãs - 4 unidades - ou bananas – 6 unidades
Passas – à gosto (se desejar)
Farinha de trigo – 1 ½ xícara
Açúcar – 1 ½ xícara
Fermento – 2 colheres de sopa
Ovos – 3 unidades
Canela em pós – à gosto

Como Fazer:

Unte um tabuleiro ou pirex com parte da margarina;

Corte as maçãs em gomos finos – (Ih! Ela não falou se era com ou sem casca. Eu tentaria sem)
Ou as bananas em rodelas ou ao comprido (essas com certeza sem casca);
Forre o fundo do tabuleiro (ou pirex) com as frutas;

Misture, a seco, a farinha de trigo, o açúcar e o fermento (farinhada);
Espalhe sobre as frutas;

Derreta 3 colheres de sopa de margarina e espalhe sobre a farinhada;

Bata os ovos (clara e gema) até ficarem uniformes, não é “em neve”;
Espalhe sobre;

Polvilhe com açúcar e canela;

Coloque no forno médio e em intervalos de 15 a 20 minutos espete um palito até que ao tirá-lo ele esteja seco e limpo (sem resíduos da torta).

Pode ser servida quente ou fria.
Acompanhada de sorvete ou chantily fica ótimo, caso não estejam de dieta...
Se estiver, esqueça, vale a pena.
Ah! Ia esquecendo, as maçãs devem ser sem casca.

Sirva com suco ou refrigerante, mas tem que diet ou zero. He he he!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO SÉTIMO ANÃO



Pois é pessoal, depois de ontem, quando o Dunga resolveu liberar geral o que todo o povo brasileiro mais queria até então, ou seja, a lista dos convocados para a Copa da África do Sul.

Pensaram que o povo queria saber de transporte, escolas, qual a próxima comunidade a receber a UPP e depois o PAC. Vocês estão brincando não é? Parecem até o ET do post anterior.

Então, estão todos comentando e eu não vou ficar de fora dessa. Está todo mundo revoltadinho porque o sétimo anão não convocou fulano ou sicrano, mas vocês se esqueceram da copa passada? Bem que dizem que brasileiro tem memória curta. Bota memória curta nisso. Eu chamaria até de vaga lembrança.

Vamos refrescar as suas então. Para a copa da Alemanha nossa galerinha fez sua preparação em uma cidadezinha na Suíça chamada Weights. Foi uma festança, teve até invasão de loura no campo, imaginem nos quartos dos jogadores. Estavam todos sorridentes, animados com a conquista certa do Hexacampeonato.

Nos treinamentos as arquibancadas lotadas de brasileiros educadíssimos que antes filavam o café da manhã nos hotéis da cidade, sob os olhares espantados e incrédulos dos verdadeiros hospedes e empregados que nunca haviam presenciado tamanha demonstração de simpatia.

Era uma maravilha! Pelas ruas da cidade desfilavam baterias de escolas de samba, mulatas rebolando prá lá e prá cá (deixando os suíços loucos assim como suas esposas e namoradas), grupos fantasiados com a cara pintada e bandeiras na mão, etc. Tremendo circo. Tinha até feirinha para escambo de suvenirs.

Vieram os jogos da primeira fase (de grupos) que passamos aos trancos e barrancos. Nas oitavas jogamos mal, mas vencemos bem a seleção de Gana (3 x 0) e nossos jogadores foram felizes e saltitantes para as boates da cidade aguardar o próximo adversário.

Seria a França que havia nos eliminado no México em 1986 e em 1998 quando foram campeões em casa, em cima da gente.

E deu no que deu. Mais uma vez perdemos o título. E para quem?

Durante toda a campanha o famoso Futebol Brasileiro deu bolo. Foram várias as explicações dadas pelos integrantes da Comissão Técnica e sua gangue, mas eu acho é que o Futebol Brasileiro tava mais a fim é de dançar numas boates, beber umas cervejas alemãs e descobrir como era saboroso o chucrutes e as salsichas. Nada me faz pensar diferente. O resto é história para boi dormir. E boi é o que não falta aqui. He he he.

Foi aí, que alguém resolveu tentar moralizar a bagunça. Não foi a CBF, pois da forma como administra o futebol interno não teria capacidade para tanto. Com certeza a CBF foi o boi de piranha.

Em 24 de julho de 2006 o sétimo anão foi “eleito” Técnico da Seleção Brasileira de Futebol.

Execrado na Copa do Mundo de 1990, campeão na de 1994 e vice na de 1998, Dunga foi o escolhido.

Sua missão seria recuperar o patriotismo do país de chuteiras, recuperar a vontade dos jogadores em vestir a Amarelinha, imprimir um regime autoritário e a mais importante, expulsar o Futebol Brasileiro dos campos.

Durante os três anos seguintes o sétimo anão foi moldando time. Foi impondo seu ritmo e convicções. O time ia adquirindo um formato nunca visto. Entre vitórias incontestáveis e exibições pífias nosso futebol ia ficando quadrado, queixudo, com os cabelos espetados, em suma, a cara do sétimo anão.

A imprensa ia comentando, alguns gostando outros nem tanto, poucos não, mas eram poucos e mesmo que importantes, não eram ouvidos.

O sétimo anão vinha conquistando seus objetivos com maestria e peculiar simpatia.

Vencemos uma Copa América aqui, uma Copa das Confederações ali. Fomos os primeiros nas Eliminatórias e no geral um retrospecto de números invejáveis.

Mas a Dona CBF ainda não estava satisfeita, ainda havia naquele time um resquício do futebol brasileiro e, para piorar, pipocavam boatos do surgimento de uma molecada boa de bola, lá pelas bandas do litoral de São Paulo. E conforme os dias iam passando os boatos iam se tornando realidade.

Isso não poderia acontecer, o futebol brasileiro deveria ser exterminado definitivamente em nome de um cem número de futuros títulos. Mas a onda de resistência estava se tornando quase que insuportável até que sem outra opção em 11 de maio de 2010 o sétimo anão liberou a lista e dela não faziam parte Neymar, Ganso, Ronaldinho Gaucho, Adriano entre outros, ou seja, o sétimo anão conseguiu aniquilar o Futebol Brasileiro, pelo menos por dois meses e meio.

É ou não é coerente?

terça-feira, 11 de maio de 2010

CIDADES DE AÇÚCAR?


Está chegando.

O período é curto, apenas dois anos nos separam daquelas ridículas propagandas eleitorais obrigatórias e gratuitas.

Isso é que é o pior, é obrigatória, os caras só falam besteira e mentiras e não pagam nada!

Se você for pego na malha fina, por exemplo, por algum engano na sua declaração, não adianta falar a verdade que te ferram de verde-amarelo.

Por falar nisso, saiu a Seleção do Dunga. Cara, só com muita sorte e algum milagre faremos um bom papel na Copa. Tirando a zaga que está perfeita o resto fica devendo e muito.

Pois é, os caras estão chegando nao estou falando mais da Seleção e sim do assunto principal do post. Sim eles estão como diz aquela biba formosa e famosa:

“Ta na portinha”

E, continua ela:

“Quando está na portinha já começa a incomodar”.

Pois é, eles já estão começando a incomodar e vai ser daí para pior. Haja biba. Serão meses ouvindo esses caras.

O ritual será o mesmo, você sai do trabalho, após um dia prá lá de cansativo, e em vez de ir para casa curtir sua família, vai beber uma cervejinha com o pessoal do escritório. Ou, se a(o) patroa(ão) não libera, já chega em casa chateado(a). Até por que ninguém tem grana para uma cervejinha todo dia.

Você pode até fazer um programinha com a(o) patroa(ao), mas se você não tem grana para a cervejinha diária vai ter para o motel? E, nos dois casos, quem vai tomar conta das crianças?

Ou seja, o Horário de Propaganda Eleitoral Gratuito é um potencial pivô para o desequilíbrio de lares brasileiros. Como se não bastassem as mazelas de nosso valoroso país.

Já pipocam na telinha e nos rádios as primeiras. Os assuntos são os mesmos: Infra-estrutura, transporte, urbanização, novas escolas, novos hospitais, áreas de lazer, etc. Não podemos esquecer das baixarias. He he he!

Aí sim, as baixarias é que deixam a coisa mais animada, mas em comparação com o resto, não vele ficar esperando elas aparecerem.

E as reformas? Quantas reformas. A maioria, repetidas. Parece que os prédios públicos são feitos de açucar que a cada dois anos necessitam de novas obras.

E os Projetos. Caraça! Sempre a mesma coisa é de impressionar a falta de criatividade. Os nomes são customizados a cada candidato, mas os problemas a serem resolvidos, pasmem, são sempre os mesmos.

Quantas estações de metrô já foram prometidas e não foram construídas? E sistemas fantasiosos de transporte?

O que será que acontece com nosso país, com nossas cidades? São tantas promessas, tantas necessidades a serem atendidas e eu me pergunto: “Quando será que o Brasil vai ficar pronto?

Se caísse de pára-quedas um visitante de outro planeta e após um rolé por nossas cidades, visse nossa propaganda eleitoral iria pensar que nós somos um país jovem, em construção quando na realidade já somos bem velhinhos.

Bem senhores, só nos resta votar certo, não repetir os erros que já cometemos. Se você não tiver um bom candidato, não vote no menos ruim. Isso não muda nada e nunca, mas nunca mesmo, vote em branco.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

IMAGINE ANTES QUE O TEMPO PASSE


Quem nunca se viu em um mundo ideal?

O problema é definir o que seria um mundo ideal.

Para os políticos um mundo de muitas obras superfaturadas. Para os médicos um mundo com muitos doentes e pouca concorrência. Para os sem terra, um mundo com muita terra não importa se produtivas. Para os advogados, não importa muito qualquer que fosse esse mundo, com certeza ia ter muito assunto para o judiciário, eles sempre dão um jeito de fazer a coisa ir parar em suas mãos.

De vez em quando me pego pensando nisso. Principalmente após surgir algum problema. Problema daqueles absurdos, que achamos nunca acontecerão e sem mais nem menos estamos envolvidos em um deles.

Você está voltando do trabalho e de repente se depara com uma blitz. Seu carro está em dia, IPVA pago, vistoria feita, mas o policial, educado como de praxe, percebe sua lanterna queimada.

O dia foi complicado, o patrão ou o cliente extrapolaram na encheção de saco, a secretária faltou, pois estava naqueles dias, o estagiário derramou café em cima daquele documento importantíssimo e pra piorar, sua calça rasgou ao se abaixar para pegar uma moedinha de dez centavos que resolveu cair de sua mão na hora de pagar o café.

E agora você está ali, bobinho a mercê da “sorte”.

Enquanto a “otoridade” inicia o processo de extorsão, passa incólume uma Kombi de 1975, azul calcinha (pelo menos a parte da lataria que estava sem podres) toda ferrada, soltando fumaça pra tudo que é lado, pneus carecas e para brisa rachado.

Você olha para o guardinha e ele nem aí.

Ou então você, após quatro anos sem férias, resolve alugar uma casa naquela cidade do litoral que nunca teve a oportunidade de conhecer. O planejado seria passar quinze dias com a patroa numa segunda lua de mel já que as crianças não eram mais crianças.

A casa havia sido fruto de uma indicação daquele “amigão” do trabalho que conhecia um corretor honesto.

“Ele é como se fosse da família!”

O cara foi super solícito, se ofereceu para fazer o depósito caução e mandou fotos maravilhosas do imóvel.

“Não, não precisa viajar antes num fim de semana para ver de perto, as fotos são recentes, pode confiar!”

Grande erro. Ao chegar se deparou com a bomba d’água quebrada, na caixa elétrica um emaranhado de fios prontos para pegar fogo, a escada e o corredor sem luz e a água com aquela cor meio verde, meio marrom, sem falar no chuveiro elétrico que resolveu quebrar no meio do banho antes de dormir.

No quarto de casal, o ar condicionado não gelava e o botijão de gás, lógico, estava vazio.

São muitas outras situações que te deixam desanimados com as pessoas, a falta de comprometimento, a falta de retorno para as solicitações de informações, a bagunça generalizada, etc. Sem falar nos nossos ilustres representantes em Brasília. He he he!

Você se lembra que há tempos atrás a situação era a mesma, pouca coisa mudou o que indica que as perspectivas para o futuro não são nada boas.

O pior é que não conseguimos vislumbrar uma maneira de resolver, ou ao menos minimizar esse problema.

Não temos bons candidatos para escolher e votar, são poucos os profissionais capacitados, os jovens se perdem na onda dos Tweeters, MSNs, Orkuts e Face Books da vida esquecendo-se dela.

O que nos resta então? Imaginar como seria se fossemos como utopicamente imaginou John Lennon ou Stevie Ray Vaughan sonhou. Vejam as letras e traduções que encontrei na net.

Para ouvir as músicas cliquem nos links (títulos).

IMAGINE

John Lennon

Imagine there's no heaven Imagine que não há paraíso
It's easy if you try É fácil se você tentar
No hell below us Nenhum inferno abaixo de nós
Above us only Sky E acima de você apenas o céu
Imagine all the people Imagine todas as pessoas
Living for today Vivendo para o hoje

Imagine there's no countries Imagine não existir países
It isn't hard to do Não é difícil de fazê-lo
Nothing to kill or die for Nada pelo que lutar ou morrer
And no religion tôo E nenhuma religião, também
Imagine all the people Imagine todas as pessoas
Living life in peace Vivendo a vida em paz

You may say Talvez você diga que
I'm a dreamer eu sou um sonhador
But I'm not the only one Mas não sou o único
I hope some Day Desejo que um dia
You'll join us você se junte a nós
And the world will be as one E o mundo, então, será como um só

Imagine no possessions Imagine não existir posses
I wonder if you can Surpreenderia-me se você conseguisse
No need for greed or hunger Sem ganância e fome
A brotherhood of man Uma irmandade
Imagine all the people Imagine todas as pessoas
Sharing all the world Compartilhando todo o mundo

You may say Talvez você diga que
I'm a dreamer eu sou um sonhador
But I'm not the only one Mas não sou o único
I hope some day Desejo que um dia
You'll join us você se junte a nós
And the world will be as one E o mundo, então, será como um só


TICK TOCK

Stevie Ray Vaughan

One night while sleeping in my bed I had a beautiful dream
That all the people of the world got together on the same wavelength
And began helping one another
Now in this dream, universal love was the theme of the day
Peace and understanding and it happened this way:

The sick, the hungry, had smiles on their faces
The tired and the homeless had family all around
The streets and the cities were all beautiful places
And the walls came tumblin’ down
People of the world all had it together
Had it together for the boys and the girls
And the children of the world look forward to a future
Remember
Tick tock, tick tock, tick tock people, time’s tickin’ away
Remember that
Tick tock, tick tock, tick tock people, time’s tickin’ away

I had a vision of blue skies from sea to shining sea
All the trees in the forest stood strong and tall again
Everything was clean and pretty and safe for you and me
The worst of enemies became the best of friends
People of the world all had it together
Had it together for the boys and the girls
Children of the world look forward to a future
Remember
Tick tock, tick tock, tick tock people, time’s tickin’ away
Remember that
Tick tock, tick tock, tick tock people, time’s tickin’ away
Remember that, remember that
Remember that, remember that
People of the world all had it together
Had it together for the boys and the girls
Children of the world look forward to a future
Remember
Tick tock, tick tock, tick tock people, time’s tickin’ away
Remember that
Tick tock, tick tock, tick tock people, time’s tickin’ away


Uma noite, enquanto dormia na minha cama Eu tive um sonho lindo
Que todos os povos do mundo se reuniram na mesma onda,
e começaram a se ajudar um ao outro
Agora, nesse sonho, o amor universal, foi o tema do dia
Paz e compreensão, e isso aconteceu dessa forma:

Os doentes, os com fome, tinham sorrisos em seus rostos,
Os cansados e os sem-teto tinham a família a seu redor
As ruas e as cidades eram lugares bonitos,
E os muros desmoronavam.
Pessoas do mundo estavam todos juntos
Estavam todos juntos para os meninos e as meninas
E as crianças do mundo olhavam para a frente, para o futuro
Lembre-se
Tick tock, tick tock, tick tock gente, o tempo está passando
Lembre-se que
Tick tock, tick tock, tick tock gente, o tempo está passando

Eu tive uma visão de céus azuis, do mar até o mar brilhante,
Todas as árvores na floresta ficaram fortes e altas novamente
Tudo estava limpo, bonito e seguro para você e para mim,
O pior dos inimigos se tornou o melhor dos amigos
Pessoas do mundo todos juntos,
Estavam todos juntos para os meninos e as meninas
Crianças do mundo olhavam para a frente, para o futuro
Lembre-se
Tick tock, tick tock, tick tock gente, o tempo está passando
Lembre-se que
Tick tock, tick tock, tick tock gente, o tempo está passando
Lembre-se que
Lembre-se que
Pessoas do mundo todos juntos,
Estavam todos juntos para os meninos e as meninas
Crianças do mundo olhavam para a frente, para o futuro
Lembre-se
Tick tock, tick tock, tick tock gente, o tempo está passando
Lembre-se que
Tick tock, tick tock, tick tock gente, o tempo está passando

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O TODO PODEROSO TIMÃO?


Pois é pessoal,

Ainda estou curtindo a passagem do Mengão para as Quartas de Final da Liberta. Não que não seja uma situação normal para nós. Estamos quase sempre decidindo principalmente nesse formato, Mata-mata, que é nossa especialidade. Mas ontem foi tenso!

Saí do trabalho afirmando que iríamos passar, não sabia como, se com vitória, derrota ou pênaltis, mas iríamos passar. É lógico que a acuirizada (vascaínos, botafoguenses e tricolores recalcados que não tem time para torcer e torcem contra o mais querido) desdenhou meu prognóstico; a inveja realmente é uma merda.

Quiseram as entidades que fosse da pior maneira possível, com uma derrota na qual estivemos a maior parte do tempo desclassificados e jogando mal. He he he he! Assim é mais gostoso.

A história é repleta de exemplos que mostram que para o Flamengo nada é fácil, a maioria de nossas incontáveis conquistas foi obtida no perrengue. Nem na década de 80, com o melhor time de nossa história tivemos moleza, afinal, todos querem ganhar do Flamengo, dão a vida por esse objetivo e nas raras vezes que conseguem consideram como se título fosse. É bizarro, mas real.

Muitos de vocês devem ter visto o jogo e não foi diferente de muitos outros. O diferencial foi a atmosfera que envolvia o espetáculo.

Os corinthianos passaram a semana mostrando seu medo. Chegaram ao cúmulo de postar/comentar em seus blogs a preocupação com a possível derrota e o que fariam se ela ocorresse. Muitos escreveram que chorariam e choraram.

Enquanto nós demonstrávamos o quanto estávamos confiantes na classificação. Alguns chegaram a se exceder nas palavras, termos e adjetivos, mas todos tínhamos em mente nosso objetivo, a classificação. Sabíamos que não seria fácil, o oponente era forte, mas não o suficiente para abalar nossa confiança.

Sob essa postura vencedora nada poderia nos derrotar, nem mesmo o fato de que o jogo seria na casa deles sob os cantos de incentivo da segunda maior torcida do país.

Pensávamos; “Assim será melhor, no final eles estarão cabisbaixos admirando nosso feito.”

E assim foi. Daqui a décadas estaremos contando para nossos filhos e netos:

“Meninos, está nas escrituras do bravo e viril esporte bretão, como David, o Flamengo derrotou o Poderoso Timão.”

Vejam e ouçam no link abaixo:

Saudações Rubro-negras.

LINK

domingo, 2 de maio de 2010

SOB AS BENESSES DO PAC.


Mais uma vez divagando devagar, procurando um assunto para escrever e nada me vem à cabeça. Vontade de beber um whisky para ventilar as idéias, mas hoje é domingo e como vocês, tenho que trabalhar.

Por falar nisso, amanhã não vai ser mole. O chuveiro elétrico quebrou, como só saio de casa de banho tomado e está começando a esfriar, vai ficar complicado.

Vai ser uma semana curta, pois na quarta teremos o jogo do Mengão x gambás (Corinthians) pela Liberta e se tudo correr bem estarei em Sampa para assistir.

Mas isso são outros quinhentos.

Pois é, como vêem estou sem assunto. É péssimo, uma sensação de impotência. Ops! Não essa que estão pensando. Ainda estou conseguindo corresponder as expectativas e espero que por muito tempo.

Não que tenha a obrigação de escrever sempre, mas é que estou a fim de escrever. Sei que temos muitos assuntos rolando por aí, mas queria algo novo, nem que fosse algo meio surrealista. Mas nenhuma idéia me contenta.

Talvez uma história, sei lá...

Ok, vamos começar como começam todas as histórias:

Era uma vez em uma pequena cidade nos confins do sertão...

Ih! Isso vai dar merda! Vão achar que estou discriminando o pessoal da terrinha. Vocês acreditam que no ano passado, apenas pelo fato de ter me referido ao Coronelismo reinante no nordeste do Brasil Colônia, em um texto onde tecia comentários a cerca de uma situação no trabalho, me suspenderam por três dias? Na realidade neguinho (ops! Olha eu aí falando besteira.) os “alemão” queriam minha cabeça, ou seja, queriam me mandar embora. Pode? Então vamos mudar o local da cidade.

Era uma vez em uma pequena cidade nos confins do interior de um país qualquer vivia um casal de imigrantes. A família de Severino tinha uma terrinha promissora e a família de Raimunda outra. Muito dedicados e esforçados obtiveram suas terras após árduos anos de labuta servindo a ricos fazendeiros da região. As duas crianças sempre trabalharam. Tiveram infâncias semelhantes.

Desde pequenos ajudavam os pais, ora na lavoura de cana de açúcar ora no manejo do rebanho de cabras e bodes. Moravam na mesma região da Caatinga (que me desculpem os politicamente corretos, os responsáveis pelos direitos humanos, etc., mas não é possível escrever uma história sem pelo menos um pouco de sofrimento dos personagens) onde o sol era seu companheiro freqüente. A lida era pesada e demandava raça, amor e paixão (oh meu Mangoooooooo!!!!!!!) e apesar de tudo isso, o resultado nunca era satisfatório. Dava apenas para a sobrevivência deles e de seus sete irmãos. De cada.

Estudavam à noite, cada qual em sua casa, fazendo os exercícios dos livros do Telecurso 1º e depois 2º grau. Eram persistentes e nem mesmo as constantes secas os fazia desistir. Eram vidas de sacrifícios ponteadas por encontros esporádicos aos domingos atrás da igreja.

Após a missa. Sentavam-se ao pé da pequena escada na base da torre do campanário e trocavam informações das aulas da semana entre olhares furtivos e desejos reprimidos. Para Severino, desejos facilmente aliviados com o auxílio das cabras de seu rebanho, mas para Raimundinha não restavam muitas opções a não ser aguardar o casamento.

O tempo foi passando, eles foram crescendo, os encontros acontecendo de forma natural e carinhosa, entremeados pelas cada vez mais freqüentes visitas de Severino aos pastos. Raimundinha estava ficando muito jeitosa.

Como uma dádiva divina o Telecurso os acompanhava e ele já na casa dos vinte e nove anos e ela vinte e cinco tornaram-se universitários. Usufruíam de projetos do Governo como Bolsa Escola e Bolsa Família, Bolsa Caatinga, Bolsa Seca, etc.

O curso lhes proporcionava uma visão global da economia do país e do mundo fazendo-os vislumbrar um futuro promissor quando conseguissem juntar dinheiro suficiente para comprar duas passagens para a felicidade. Sim, esse era o plano, vender as terras e partir para uma aventura sem volta com destino a felicidade (se escrever sul maravilha, apesar de ser a verdade, vou ser preso).

Continuaram sua vidinha: acordando cedo, assistindo as aulas do Telecurso enquanto tomavam café da manhã (pão, manteiga de garrafa, queijo qualho (as vezes tapioca) e leite de bode, ops! Cabra. Depois, a cansativa porém gratificante lida no canavial ou o manejo dos animais. À noite, faziam os exercícios conseqüentes das aulas matinais. Eram típicos personagens da história daquele país.

No final daquele ano, como por milagre, eles conseguiram o dinheiro para a tão sonhada liberdade. Foi uma despedida sentida por todos os moradores da cidade. Muitos choraram, outros agradeceram (Severino não era flor que se cheirasse) e eles partiram, não sem antes se casar (o pai de Raimunda era um tremendo bandido e não ia deixar a filha ir sem esse ritual), com a promessa de retornar com novas técnicas e conseqüente prosperidade para sua tão querida cidade natal.

Após duas semanas de sofrida viagem, chegaram. Era uma cidade linda, montanhas repletas de florestas, mares límpidos, ruas tranqüilas. As pessoas educadas e solícitas os receberam com carinho. Mostraram-lhes os pontos turísticos, a infra-estrutura e lhes ofereceram emprego.

Foi aí que aconteceu o primeiro embate. Eles estavam cansados de trabalhar. Haviam visto muitas coisas na TV. Pessoas que não faziam nada e tinham uma vida repleta de regalias. Não queriam nada diferente, queriam aquilo que a TV lhes fazia entender ser a realidade.

Foram banidos e escorraçados. Foram parar no meio das florestas e como Robson Crusoé (um filme que haviam visto na praça de sua cidade natal), com restos encontrados pelo caminho construíram sua residência não sem antes derrubarem uma dúzia de árvores.

Com o tempo, se sujeitando, ela como prostituta e ele como flanelinha, as vontades dos cidadãos, conseguiram contato com seus familiares. Não podiam dizer que haviam fracassado. Contavam diversas histórias de como haviam prosperado na cidade grande.

O sucesso foi tamanho que em poucos meses muitos familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos desembarcavam na rodoviária da cidade. Todos em busca de sucesso.

A realidade encarava-os de frente, sem perdão e as casas iam sendo erguidas a exmo sob vastos desmatamentos. Eles cresciam e se multiplicavam seguindo os dogmas.

Hoje vivem entre as trevas do crime e a fraca luz das ocupações, sob as emoções dos deslizamentos como em parques de diversões apreciando a vista que conquistaram.

Severino e Raimunda, agora são lembranças. Os pioneiros hoje são idolatrados e como heróis têm seu túmulo visitado pelas crianças das comunidades hoje assistidas pelo PAC.