quarta-feira, 25 de maio de 2011

MAIS UMA DA ÁRVORE E SEU BANCO IRRESPONSÁVEL

Novamente vou pedir licença para tratar de um assunto que pode não ser de seu interesse, mas devido às circunstâncias, não me restou alternativa.

Todo ano é a mesma coisa. Com a aproximação das festas de fim de ano, assistimos revoltados ou não a montagem da Árvore de Natal na Lagoa Rodrigo de Freitas aqui no Rio de janeiro. Revoltados porque a presença desse elemento em um dos mais belos cartões postais da cidade trás problemas devido à falta de educação das pessoas que saem de seus lares para apreciá-lo.

Os transtornos são vários, vai desde o engarrafamento provocado por aqueles que estacionam seus carros nas calçadas e canteiros danificando os jardins e matando as plantas, as pessoas que surgem em grupos grandes ou não e resolvem parar para conversar e/ou tirar fotos no meio da ciclovia e a presença ilegal de diversos ambulantes com suas carroças de milho, cachorro quente, qualhada, cuscuz, churros, pastel, cocada, mariola, etc., também no meio da ciclovia. Não podemos esquecer aqueles que, de carro, contornam a Lagoa em velocidade reduzida com seus ocupantes pendurados nas janelas tirando fotos e mais fotos... A situação piora quando, do nada, eles resolvem parar e descem todos para uma foto de todo o grupo, no meio da ciclovia e se deparam com um dos ambulantes acima. É o caos total.

Detalhe para o amontoado de lixo proveniente do consumo de bebidas, milho, cachorro quente, qualhada, cuscuz, churros, pastel, cocada, mariola, etc. Eles jogam o lixo no chão como se estivessem na sala de estar de suas casas, transformando o local um verdadeiro chiqueiro.

E o Prefeito, em casa tomando seu whiskynho, comendo seu caviar enquanto computa o re$ultado da sua criação: a Indú$tria do $hoque de Ordem. Uma vergonha!

Mas, como tudo, o elemento tem seu lado interessante. É uma bela árvore, que com a dança de suas luzes coloridas e músicas natalinas contagiam os muitos que vêm de fora e poucos dos que próximo residem, transportando-os, nem que por parcos minutos para sonhos repletos de alegria e fraternidade.

Muito louvável, mas o benefício não compensa a bagunça gerada.

Para nós, donos de cães, que utilizamos o ParCão (parque dos cachorros) e para os atletas de Baseball que utilizam o campo ao lado, a situação é crítica porque temos “nossos” locais de lazer invadidos pelas instalações do palco e demais itens utilizados nos diversos eventos ligados ao elemento. Como a cidade não oferece espaços próximos similares além desses, ficamos por um mês sem tão necessárias atividades.

Um mês não! Mais que isso! São quase quatro meses, pois tem o período de montagem e o de desmontagem que, diferente do Japão que reconstrói parte de uma estrada danificada por um terremoto em apenas uma semana, aqui para montar ou desmontar um palquinho de madeira sobre andaimes coberto por uma lona de quinta leva-se semanas.

E é exatamente aí que nossa história começa.

Não sei se vocês sabem, mas o evento “Árvore de Natal da Lagoa” é patrocinado por um banco, mas na realidade, é contemplado com os benefícios da Lei Rouanet que, em resumo diz:

“As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado poderão deduzir do imposto de renda devido, os seguintes percentuais dos valores efetivamente destinados, no período de apuração, a projetos culturais:

I - 40% do somatório das doações;
II - 30% do somatório dos patrocínios.
A dedução não poderá ultrapassar a 4% do imposto devido.

(Fonte: http://inforum.insite.com.br/arquivos/29291/O_QUE_E_A_LEI_ROUANET_-_incentivos.htm)”


Ou seja, quem patrocina é você, pelo menos 30% do valor do evento é você. O incauto contribuinte que paga e o banco leva a fama de bonzinho por incentivar a cultura. Nós os bobinhos acreditamos e nos tornamos clientes de uma “instituição” politicamente “correta”.

Para quem não conhece, isso se chama marketing. O raciocínio vale para as demais instituições e “Projetos Culturais”. Então meu caro, aqueles eventos gratuitos que você admira que as empresas dizem estar investindo, na realidade, parte é pago por você.

Mas por que é você quem paga? Ora, porque se o governo não vai deixar de receber essa dinherama e o banco não vai pagar; adivinhe então de onde vai sair o rico dinheirinho?

Isso quando não cobram ingressos; quando isso acontece, você paga duas vezes. Ai, isso se chama bi-tributação. O que é proibido por lei.

Mas você sabe que como tudo no país do samba e futebol, existem as nuances e é sob essas grandes nuvens de incertezas e leis de textos rebuscados inteligíveis apenas aos “Experts” que as empresas escapam aumentando seus já absurdos lucros facilmente e fartamente denunciados nos diversos meios de comunicação espalhados por aí.

Veja o vídeo abaixo. Trata-se se Salete Lemos, reporter da TV Cultura, canal 2 de São Paulo. Jornalista de coragem que foi demitida sumariamente após essa reportagem. UMA VERGONHA.







Você que reclamava do PROER em tempos não tão distantes agora se depara com mais uma ponta de iceberg. E esse é dos grandes! Hehehe!!!

Cientes dessas benesses o banco deveria ao menos se comprometer a consertar qualquer dano causado por essa bagunça e segundo informações, o fez. Mas na realidade o efetivo conserto não aconteceu até agora.

Estamos às portas de junho, os carros já trafegam a meses nas estradas do Japão enquanto no ParCão, consertos paliativos foram feitos, e isso só aconteceu depois que resolvemos (alguns donos de cachorros) Twittar que o banco estava devendo isso.

Mas ainda é necessário o conserto de alguns POUCOS itens. Poucos, porém importantes.

Após dois dias da Twittada recebi uma “DM” (mensagem direta) do que seria um SAC do banco informando que iriam mandar especialistas analisar a situação para posterior conserto.

Passaram-se dias até receber novas “DMs” relatando a presença dos “Experts” e o resultado de seus estudos. Citavam o Campo de Baseball quando havíamos sido claros com relação aos problemas do ParCão. Até porque, o conserto do campo de Baseball já havia sido feito, “nas cochas” como fazem todo ano, mas havia sido feito. Retornei ratificando a informação.

Mais algumas semanas, novas “DMs” com o diagnóstico parcial. Citavam apenas as telas danificadas, mas não se referiam aos portões de acesso.


Agora, eu pergunto:

Como pode os “Experts” se utilizaram dos portões para adentrar aos ambientes e não reparar que alguns estão capengas, fixos por arames o que prejudica VIZIVELMENTE o seu funcionamento?

Foi aí que iniciaram a fixação ou substituição de algumas telas danificadas. Melhorou.

Enquanto isso, no Japão...

Verificando o péssimo trabalho executado pelos “Experts” ou a má vontade do banco, ofereci-me para fazer um Mini Laudo (SEM CUSTOS!) a fim de agilizar o processo. Solicitei um endereço eletrônico para o envio e recebi a informação.

No fim de semana seguinte, visita feita, fotos tiradas, Mini Laudo pronto. Enviei para o endereço informado e...

“Maill Delivery Subsystem”

Para quem não sabe isso é uma mensagem emitida pelo sistema (?) informando que a mensagem não foi recebida. Na maioria das vezes isso se deve a um preenchimento errado do endereço. Copiei o endereço da mensagem recebida e colei-o em uma nova mensagem, anexei o arquivo e...

“Maill Delivery Subsystem”

As “DMs” que mandava confirmando o envio eram respondidas por “DMs” informando o não recebimento por parte do banco.

Após várias tentativas solicitei em uma nova “DM” que verificassem seu “Fire Wall” (sistema antivírus de uma empresa). Responderam que estava tudo funcionando bem. Mas é lógico, se não a minha mensagem teria passado.

Quando solicitei para verificar era para "informar" ao sistema que iria receber uma mensagem minha e que ele (o “Fire Wall”) liberasse a passagem da mesma. Simples assim.

Eles ofereceram um número de fax, mas argumentei que as fotos coloridas e o próprio Mini Laudo não ficariam legíveis, o que poderia confundi-los.

Ainda assim recebi uma última e pretensiosa “DM”

”Geraldo, estamos tentando auxiliá-lo através dos canais disponíveis (fax e e-mail)...”

Para a qual respondi prontamente.

ERRADO, eu estou ajudando, a imagem em questão é a sua”

Diante do impasse veio a idéia de dispor nesse espaço o Mini Laudo informando por uma “última e derradeira” “DM” o link de acesso.

Agindo assim, estaria dando uma última chance de eles resolverem o problema mantendo sua imagem menos maculada.

Sendo assim, segue o Laudo:





LEVANTAMENTO DE SITUAÇÃO

OBJETIVO

Apresentar as avarias em conseqüência da montagem e desmontagem da infra-estrutura que compôs a festa de inauguração da Árvore de Natal do Bradesco, em novembro e dezembro de 2010.

O LOCAL

Parque dos Cachorros – PARCÃO – situado às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas – Rio de Janeiro – RJ. – Próximo ao Corte de Cantagalo.






Área do Município, mantida através de Concessão por uma empresa de Pet Shops, destinada ao lazer de cães. Composta de três ambientes utilizados de maneira a manter os animais separados por tamanho, grau de sociabilidade e quando possível raça. A foto localiza os portões (1 e 2) danificados.

OS DANOS

As avarias provocadas pelo evento foram:

- Quebra, desmontagem ou retirada das telas que compõem as cercas limítrofes e divisórias do complexo;

- Quebra de alguns portões de acesso aos “ambientes”;

- Não retirada dos specs de fixação dos cabos de estaios da cobertura de lona.

OS SERVIÇOS REALIZADOS

Após insistentes reclamações feitas o Bradesco subcontratou empresa para avaliação e conserto das avarias:

- As telas soltas, porém em bom estado foram fixadas;

- Algumas telas em péssimo estado foram substituídas;

- Outras telas em péssimo estado foram invertidas e re-fixadas mostrando falta de critério.

- Os specs foram retirados;

OBS – Os “profissionais” deixaram o ponto de amarração dos arames utilizados na fixação das telas voltados para cima provocando ferimentos como o que tive em uma das mãos. Ver foto “2”, abaixo


AS PENDÊNCIAS

- Os portões permaneceram danificados como mostram as fotos:









Ao Banco:

Espero, sinceramente que agora V. Sas. não arrumem outra desculpa e resolvam as pendências.

Aos frequentadores deste espaço agradeço a compreensão.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O INVERNO ESTÁ CHEGANDO?

Parece que o frio do inverno está aí, batendo às portas da cidade. Época odiada por muitos, adorada por mim e outros, talvez, poucos. E dessa vez tudo indica que ele vem decidido, pelo menos, diferente dos anos anteriores vai estar presente de alguma forma.

O verão para mim é complicado. Não sei se por ser descendente de europeus ou não, mesmo tendo sangue nordestino correndo em minhas veias, mas no dia a dia é complicado. O calor intenso não é nada agradável, de segunda à quinta (sim, porque sexta é sexta e por ser sexta tudo é diferente) o efeito é devastador ao ponto de, dependendo do momento, me deixar de mau humor. Sábados, domingos e feriados, por não ter obrigações, é mais tranqüilo, mas já deixei de fazer coisas devido ao calor.

Mas durante os dias úteis... é triste.

A situação se agrava, pois minha locomoção é quase sempre feita em cima de uma motocicleta e como um motociclista precavido, sempre uso um casaco como proteção e o vento não compensa o calor que sinto. A única coisa que me faz permanecer utilizando esse meio de transporte é o tempo economizado. Sem esquecer o conforto (não o climático), pois como não sou maluco de ir para o centro de carro, só me resta o ônibus e/ou metrô, transportes nada confortáveis aqui na terrinha do Samba e da malandragem. Só os utilizo em dias de chuva e mesmo assim quando chove ao sair de casa, pois se está nublado ou quase chovendo vou de moto e seja o que Deus quiser. Já peguei muita chuva no meio do caminho tanto na ida quanto na volta. Tudo isso para não ir sacudindo nos ônibus da vida.

Mas é claro o verão tem seu valor. O sol forte quente e aconchegante nos fins de semana e feriados, a praia, os corpos femininos, sarados ou não, as vezes quase nus, passeios na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas com @Boris Staford, a cerveja estupidamente gelada, o suco de frutas, a salada bem temperada, carnes magras, muito peixe e mais suco. Não podemos esquecer a refrescante e nutritiva água de coco e, lógico, a marca clara e sensual do biquíni contornada pela pele morena banhada pelo astro rei.

O inverno trás as pessoas mais bem vestidas, algumas de casaco ou mais, dependendo de onde estiverem. Se no Rio de Janeiro alguns corpos ainda permanecem bronzeados pelo sensual sol da estação, dando um tom especial a cidade. Se nas montanhas a neve alva permite passeios ou esportes requintados.

Trás também recordações, muitas. Lembro-me de várias coisas nos meus invernos da infância. As viagens à São Paulo, Campos de Jordão, Águas de Lindóia, São Lourenço, etc. Mas duas coisas deixaram marcas. Simples anúncios que você vê abaixo. Eles trarão lembranças aos contemporâneos e risadas aos mais jovens.


































Imaginem-se comendo uma fondue (não sabia que era feminino, pelo menos o corretor do Word, meu fiel escudeiro, me corrigiu assim), bebendo um vinho, ou comendo vários tipos de queijo, degustando chocolate quente (quase fervendo) ou em barras. Pense nas viagens para o interior e as lareiras. Quartos aquecidos pelos sistemas de calefação dos hotéis de bom nível ou frios pela ausência deles nas pousadas. As aconchegantes camas com seus colchões macios repletas de travesseiros e edredons sob os quais os corpos estarão por horas adormecidos ou não.

O abraço, o carinho. As pessoas se aproximam como inebriadas pela falta do calor no ar, em busca deste nos corações mais receptivos.

Serão aproximadamente três meses, dependendo dos caprichos da natureza, onde o inverno apresentará seus belos segredos, para êxtase da parte sensível da população.

Atrás daquele friozinho maroto encontraremos coisas, atos, desejos e respectivas conseqüências que por mais que sejam conhecidas sempre trará escondida uma agradável sensação de prazer.

Prazeres tais quais segredos a desvendar, que podem ser proibidos como a alguns anos devido à forma respeitosa e nobre com que eram tratadas as ações inerentes; ou devasso e com raras surpresas devido a forma leviana e impudica como são tratados nos dias de hoje.

Saudade da inocência, nem que pseudo.

Mas ele vem, com certeza vem, resta saber a intensidade.



Se você gosta de frio como eu gosto e não quer deixar de curtí-lo, comece a pensar em uma montanha ou lugar onde, independente de qualquer coisa ele estará a sua espera. Aproveite e leve as receitas e os ingredientes dessas duas sopinhas e um bacalhau para degustar com um bom vinho, pois nada melhor do que uma bela, saborosa e quente sopa antes de um saboroso jantar.

Essas receitas são da quase sempre freqüente Lídia parceira de receitas e de trabalho.



SOPA DE ABÓBORA COM LARANJA



Abóbora – 1,5 quilos;
Cebola Grande – 2 unidades;
Batata Inglesa Grande – 2 unidades;
Azeite – Para Refogar;
Sal e Pimenta do Reino - À gosto
Laranja – 1 unidade
Croutons de gorgonzola – À gosto

Corte em cubos e Refogue a abóbora picada com cebola e um fio de azeite.
Pique e acrescente as duas batatas.
Coloque água, sal e deixe cozinhar.
Após quase ferver, retire e bata tudo no liquidificador.
Retorne à panela a sopa, acrescente o caldo da laranja e volte a cozinhar, apenas para aquecer a mistura.
Sirva com croutons de gorgonzola.



SOPA DE ABOBRINHA COM HORTELÃ

Abobrinha Média – 1 unidade;
Cebola Grande – 1 unidade;
Azeite – Para Refogar;
Caldo de Frango – 1 cubo;
Folhas de Hortelã – À gosto.
Tabletes de Polenguinho.
Sal e Pimenta do Reino - À gosto

Corte em pequenos cubinhos a abobrinha e a pique a cebola.
Refogue em azeite.
Acrescente água e o sal para cozinhar, se desejar, o caldo de frango.
Quando estiver quase fervendo apague o fogo. Sirva em potinhos cheios de hortelã picado e um polenguinho, por pote.
BACALHAU LIGHT EM FORMA DE TORTA

Ricota – 200 gramas;
Clara de ôvo – 2 unidades;
Sal – À gosto;
Farinha de trigo – 2 Colheres de Sopa;
Manteiga – à gosto para untar a forma;
Azeite – para refogar;
Bacalhau Dessalgado – 300 à 500 gramas;
Cebola Grande – 1 unidade;
Tomate Grande – 2 unidades;
Azeitonas pretas sem caroço – 200 gramas, aproximadamente;
Requeijão Light – 1 copo.
Amasse a ricota e junte com as duas claras, acrescente o sal e a farinha de trigo.Amasse e misture tudo com as mãos e reserve.
Unte uma forma com manteiga.
Estique a massa e forre o fundo da forma.
Leve ao forno por alguns minutos até a massa firmar na forma.
Desfie o bacalhau dessalgado.
Pique a cebola e o tomate.
Refogue no azeite o bacalhau, a cebola, tomate e as azeitonas.
Junte o requeijão e coloque por cima da massa, ainda na forma.
Deixe só um pouquinho mais no forno.

Sirva com arroz e brócolis, muito azeite e um pouco de pimenta do reino, calabresa, ou a de vocês.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

É OPÇÃO OU OBRIGATÓRIO?

Esse é um assunto bastante polêmico e quando o assunto é polêmico você só tem duas opções: ou fica de fora e deixa o pau comer no estilo “Dancing Day’s” (ou seja, livre leve e solto) ou dá sua opinião e assume a ratificação ou retificação da mesma de acordo com o desenrolar dos acontecimentos. Esse negócio de ficar em cima do muro é coisa de fracos (ou leigos no assunto) e como bom Rubro-Negro que sou ser fraco está fora de cogitação e nesse caso específico, não é necessário ser um “expert” para tecer uma opinião.

Entendo que o fato de uma pessoa emitir uma opinião absurda não invalida as demais que possa emitir no decorrer de sua vida.

É claro que existem pessoas que não merecem ouvidos, mas se ouvidos não as dermos, como saber se os merecem?

Quanta enrolação para entrar no assunto!

É primordial deixar claro que não tenho nada contra minorias, mediorias muito menos maiorias; até por que faço parte da maior delas, da Nação composta por mais de 35.000.000 de Rubro-Negros.

Há poucos dias foi dada autorização para a união civil gay. Perfeito, eles existem, têm cabeça, tronco e membros como nós. O que fazem com eles não importa é problema deles, contanto que não ultrapassem os limites daquele que está ao lado.

Nada mais justo do que oficializar o que já acontecia debaixo dos tapetes da hipocrisia que reina em nosso país. Sob essa nova lei estão diminuindo as diferenças de direitos, mas também de deveres e principalmente destes, não se esqueçam.

Hoje, as informações chegam à velocidade da luz. O maior transmissor e muitas vezes grande vilão (?) é a internet. Por mais que saibamos o quanto é importante podermos contar com esse acesso, não devemos fechar os olhos aos danos que ela vem causando a nossa juventude.

Um rápido passeio pelas diversas redes sociais e blogs espalhados pelo éter nos revela um mundo de asneiras e idiotices digitadas por aqueles que um dia farão parte ou serão o próprio futuro do país.

A auxiliar nessa aventura estão alguns órgãos do governo como o MEC que em mais uma atitude idiota aditiva O Programa Nacional do Livro Didático, distribuindo para quase quinhentos mil estudantes jovens e adultos, freqüentadores do ensino fundamental e médio, uma publicação que defende o uso da língua popular, mesmo com incorreções.


Os autores do livro, dizem que o conceito de se falar deve ser modificado substituindo os termos de “certo ou errado” para “adequado ou inadequado”.

Agora, dizer "Os livro” pode, dizer “Nóis vai” também, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico".

Caraça! Estão incentivando o “bulling” na língua portuguesa!

Os autores, na maior cara de pau nomearam a obra (?):

“Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender".

Achei inadequado. E você?


Acho que o governo está com preguiça de ensinar e para diminuir sua responsabilidade (não consegue manter as escolas em nível aceitável) libera a burrice.

E nascem aqueles utilizados pelo poder para diminuir os índices de analfabetismo do país. Alguns viram palhaços antes de chegarem a deputados, outros chegam a presidência. E o povo ri, às vezes gargalha.

“Assim é mole Ministro!”

Leia mais sobre a matéria em:


http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/05/14/mec-distribui-livro-que-aceita-erros-de-portugues-924464625.asp#ixzz1MLJJkTCv

Voltando ao assunto:

Em conseqüência do ato, tenho assistido algumas manifestações pró-homossexualismo que me deixam com certa dúvida. Essas manifestações ocorrem em vários lugares e meios de comunicação invadindo os lares das pessoas, muitas delas incapazes de fazer uma varredura de verificação da faixa etária da informação.

Seguindo o cortejo (sim porque aqui a cada bandeira levantada a ela seguem um monte de aproveitadores como em uma procissão) da novidade, surgiu a idéia de distribuir uma espécie de cartilha para que as crianças, ainda em tenra idade, adquiram o discernimento da causa e possam tratar os homossexuais sem diferenças.

Ora! Nessa idade elas talvez ainda nem saibam que a diferença entre veado e viado não é apenas um erro de ortografia no ditado.



Será que essa é a hora? Será que uma criança é capaz de distinguir sutilezas como essas? Será que essa ação, a exemplo da cota para os negros, não vai surtir efeito diametralmente oposto ao que desejam?

Como se não bastassem as novelas e programas, de qualidade discutível, que invadem nossas casas em uma disfarçada apologia ao tema (entre outros) agora teremos uma nas escolas?

Por que não fazem o mesmo com as drogas? Um problema maior.

Sabemos que as coisas existem e muitos, mesmo sendo adultos e vividos, não concordam com certas diferenças.

Não se esqueçam que até entre as ditas minorias existem aqueles que não se aceitam e se escondem nos blocos, bandas, máscaras e armários da vida. O que dizer de crianças? Não podemos lavar as mãos e colocar toda ou parte da responsabilidade nesses pequenos,

Temos que resolver essas situações de forma natural sob pena de torná-las Bichos-Papões e essa liberação é um grande primeiro passo, mas qualquer ação extrema pode facilmente derrubar os castelos que por serem polêmicos, são construídos com cartas de um baralho velho e marcado, usado nas diversas jogatinas promovidas pelos aproveitadores no poder.

Outro dia ouvimos de uma dita menina comportada:

“Todo mundo tem seu lado devasso!”

Sim pessoal, a Sandy, aquela menininha que outro dia cantava:

“Dig-dig-joy, dig-joy popoy
Vem brincar comigo(...)”

Hoje, provavelmente, já brincou de médico.

São os sinais dos tempos, estamos evoluindo, se está sendo produtivo e decente isso é outro problema. Eu acho que algumas coisas poderiam ter sido mais bem tratadas. Principalmente dentro de casa onde começa a educação (civilidade, ver post anterior) das pessoas. Mas como fazê-lo se os pais e mães estão mais preocupados com o poder aquisitivo e a beleza (?).

“- E a educação, como fica?”

“- Ah! Isso não é problema meu! Eu pago escola para isso!”

Hoje as mulheres, se enchem de substâncias químicas diversas para disfarçar as vezes o indisfarçável. Algumas viciadas perdem o limite e vão se tornando cada vez mais em seres híbridos de carne, osso, maquiagem e silicone. As jovens, cada vez mais jovens, seguem o mesmo caminho.

“- E aí Severino! Qual a boa de hoje?”

“- Vou sair com uma morenaça 2012 recém saída do Pitanguy.”

Quando a escola reprime ou reprova (EDUCA) os pais são os primeiros a protestar:

“- Que absurdo! Como podem fazer isso com meu menino?”

E os professores vão sendo cada vez mais desrespeitados, levando surras ou sendo assassinados como, se nada for feito, uma prévia de um novo Holocausto.

É gente, os problemas existem, é necessário tratá-los, mas é primordial fazê-lo com seriedade, simplicidade, naturalidade sob pena de piorarmos a situação tornando-a incontrolável.

É necessário mostrar que ser diferente é uma opção e não uma obrigação. Veja o vídeo do URL aí em baixo (não consegui fazer diferente)e reflita.

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DWq300dD-6PM&h=7d8cb


sexta-feira, 13 de maio de 2011

TUDO COMEÇA COM A EDUCAÇÃO E CORTESIA


Desde que me entendo por gente lembro de meus pais me ensinando a obedecer e respeitar aos mais velhos, o espaço e as propriedades dos outros.

Quando moleque aprontava muitas e boas. Morava em uma rua sem saída em Botafogo e junto com meus amigos pulávamos o muro do vizinho para pegar mangas ou passarinhos, jogava cabeções-de-negro (uma espécie de bombinha de São João, um pouco mais potente e barulhenta) nas escadas dos prédios da rua, atirávamos feijões nas pessoas com nossos estilingues ou zarabatanas de papel com tubos de alumínio cortados de antenas velhas de televisão e outras coisas inerentes a idade.

Mas sempre que éramos “pegos” por um adulto ouvíamos um monte, sem reclamar, sem proferir qualquer tipo de reclamação ou afim; a não ser dentro de nossas cabeças. A menor possibilidade de que esse adulto fosse falar com nossos pais era como o fim do mundo. Bastava ser adulto para obter nosso pronto respeito. Mães e/ou pais de um de nós ou não, transeuntes, porteiros, etc. Não havia distinção, todos tinham o apoio de nossos pais.

Na escola, não era diferente. O respeito e obediência eram regra, a bronca, anotação na caderneta, retenção ou suspensão eram endossados por nossos pais sem muita conversa e hoje, quando nos encontramos em eventos de ex-alunos, lembramos agradecidos a forma como a escola os AJUDOU a nos educar.

Tivemos um berço, temos um “pedegree”. Claro que houve excessos e injustiças, mas não há entre nós ninguém traumatizado. Claro que nem todos permaneceram corretos, mas são exceções que se tornaram maus profissionais ou não; a maioria, talvez, políticos.



Hoje é difícil abrimos os jornais ou revistas, ligarmos a televisão ou rádio e não nos depararmos com notícias citando problemas causados por ações e/ou comportamento de pessoas desprovidas de certos valores devido a falta de educação. Não estamos falando da educação 2 x (B+A) = BABÁ ou 1 + 1 = 2 e sim de civilidade, respeito e noção de seu espaço e função na sociedade.

Estou elaborando esse “post” há um tempo e em algum momento recebi por e-mail o texto abaixo. Como é bastante claro e ilustrativo, resolvi reproduzir parte.

(...) Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique mesmo é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar o aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda ser correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite! (...)

Tenho presenciado algumas cenas inusitadas e isso me deixa desconfortável, muitas vezes envergonhado; a tão falada vergonha alheia.

O cotidiano nos apresenta diversos personagens característicos dessa nossa falta de educação (sim, nossa porque não somos infalíveis, portanto, apesar do “pedigree”, cometemos nossos erros) e sem muita dificuldade consegui identificar alguns:





No trânsito temos vários:

EXÚ TRANCA RUA - Quantas vezes você se viu em um engarrafamento e quando consegue chegar na origem do problema verifica que alguns motoristas estão fechando o cruzamento. O pior é que eles não percebem que em outro momento estarão em situação contrária; o que mostra sua inteligência.

PERDIDOS(AS) NA SELVA DE RABO LONGO – São aqueles ou aquelas que resolvem trocar de pista quando bem entendem. O fazem como se fossem as únicas pessoas com direito a trafegar. Sem “dar” seta fazendo você parar de repente correndo o risco de levar uma pancada na traseira enquanto a “figuraça vai embora, toda saltitante achando-se um(a) "ÁS NO" volante, deixando um rastro de problemas.

BAD BOYS (GIRLS) SEM NOÇÃO – São os motoristas do ônibus, vans e caminhões Eles ocupam duas, as vezes três e até quatro pistas não dando oportunidade para os carros seguirem e assim atravancando o trânsito. Eles, por estarem em veículos grandes se acham os mais fortes e vão avançando, te espremendo, acelerando, freiando, reclamando de tudo e de todos, mas na realidade são uns fracotes. Nunca vi um desses idiotas sair de dentro do seu veículo para encarar alguém. Não que ache isso correto, mas que tem uns que merecem umas boas porradas isso tem.

A MINHOCA SERELEPE – São os motoqueiros, não são os motociclistas, há uma diferença. São os entregadores de pizza, moto-boys e seus iguais. Trafegam sinuosamente entre os carros muitas vezes trocam de pista sem avisar. Quando andam em bando, em vez de seguirem em uma única pista se espalham entre elas confundindo os motoristas aumentando o risco de sofrer um acidente. Estão sempre nervozinhos e quando sofrem um acidente se unem como ratos a fim de exercer pressão sobre o “atropelador”.

RIQUINHO TODO PODEROSO – Proprietários de carros importados, geralmente SUVs gigantes e beberronas. Quase sempre andam sós e isolados em seu mundinho medíocre de muitas posses e poucos prazeres. Ostentam aquela imagem de “bons vivans“, mas na realidade muitos estão endividados ou cheios de problemas que não permitem curtir a família, fins de semanas e/ou feriados. Andam em baixa velocidade utilizando a pista da esquerda. Param onde e quando querem, poucos respeitam as regras de trânsito e o resto “Ah! O resto que se dane!”

BARBIE DO VOLANTE - A fêmea do RIQUINHO TODO PODEROSO, quando não está nas portas das escolas aguardando sua prole, nos salões de beleza (afiando a língua) ou nos shoppings é encontrada em bando nos restaurantes, festas, etc. da “high society”. Como seus machos, pensam viver em outro mundo e que o sol gira em torno dele. Munidas de seus “Smartphones” dirigem seus carrões de maneira irresponsável causando inúmeros transtornos.

MOTOCICLE HUNTERS – Não é um espécime e sim um bando. O objetivo dessa turba é caçar motoqueiros e motociclistas. São motoristas de taxi, vans, ônibus, caminhões e até carros que fazem tudo para prejudicar a turma das duas rodas. O mais interessante é que suas atividades, profissionais ou não, os obriga a permanecer muito tempo nas ruas. Sob um calor ou frio intenso, faça chuva ou faça sol eles estão lá dioturnamente enfrentando o caótico trânsito das cidades. E não passa por seus cérebros (as vezes me pergunto se eles os têm) que se ajudassem a tornar as motocicletas menos perigosas (por exemplo, abrindo passagem, etc.) muitas outras pessoas se utilizariam desse meio de transporte fazendo com que o número de carros diminuísse melhorando o trânsito. Para quem?

Mas não é só no trânsito que identifiquei personagens. Não só nas calçadas e ruas, os pedestres são um caso especial de falta de educação.

MESTRE FURÃO - Quando você está aguardando a sua vez e vem um esperto furando a fila. A coisa piora quando são pessoas ditas importantes. Metidos a forte, adultos sonsos, políticos e artistas de televisão são mestres nessa safadeza. Entre as várias que presenciei uma aconteceu no aeroporto quando uma equipe de artistas e produtores furou a fila por conta de sei lá o que. Não lembro o nome, mas lembro que um deles me chamou atenção por ser conhecidíssimo “reclamador” de seus direitos em suas entrevistas.

DONO(A) DO PEDAÇO – Seu habitat natural é na estação do metrô ou de trem que possuem mais de uma linha. Mas há alguns desgarrados que atacam em outros lugares. Sabe-se que devido a boa educação dos usuários a empresa responsável instalou no chão faixas adesivas indicando que pelo centro você desembarca e pelas laterais você embarca. A intenção desses avisos é cristalina, ou seja, direcionar o tráfego dos passageiros melhorando o fluxo e com isso agilizar a saída do trem para que o transporte seja mais seguro e rápido. Entende-se como rápido a velocidade com que as pessoas vão chegar a seu destino e o intervalo entre os trens (duas queixas da população. Soa coerente?). Mas isso é muito complicado para o DONO DO PEDAÇO entender.

Mesmo quando ele faz parte do grupo que possui escolaridade, seu comportamento não muda. Ele ataca a qualquer hora, mas com mais freqüência nas horas de maior movimento. A tática é simples enquanto ele aguarda o seu transporte se posta exatamente sobre a indicação de saída e só sai quando chega o trem da sua linha. Se o trem for de outra linha ele permanece parado, atravancando o fluxo dos demais e ainda reclama quando leva um esbarrão. O mais engraçado é que quando ele vai sair ele também se coloca no centro da porta (agora o local certo) e quando depara com outro DONO DO PEDAÇO fica nervozinho e tenta se desvencilhar empurrando todo mundo. Como o outro faz a mesma coisa vocês imaginam a confusão. Esses animais também agem em outros momentos. Após conseguir entrar, se jogam nos assentos e se esparramam deixando o ocupante do lado constrangido e apertado, ou ocupam os lugares destinados as "exceções" (grávidas, idosos, etc.) e fingem dormir o sono dos “justos”.

FURA OLHOS – Esse pessoal é facilmente identificado. Surgem do nada, mas apenas em dias de chuva. Se não estiver chovendo não se preocupe, você não os encontrará. Sua maior característica é portar um guarda-chuva. Quando chove eles o carregam abertos em qualquer situação. Até aí, tudo bem. Você provavelmente faz o mesmo quando chove. A diferença é que mesmo sob marquises ou outro item que proteja as pessoas de se molharem eles permanecem com os guarda-chuvas abertos colocando em risco os olhos dos que estão sem guarda-chuva. A situação se agrava quando o idiota resolve sem mais nem menos parar em frente a uma vitrine, banca de jornal, etc.

COMUNICATIVO(A) – Esse personagem é muito interessante. Atua em quase todos os pontos da cidade e em diversas situações. São muito simpáticos, conhecem muitos iguais a ele(a) e procuram estar sempre se comunicando. Se reconhecem com freqüência e facilidade. Quando se encontram a conversa é longa. O problema é que sempre que isso ocorre o reconhecimento se dá como um estalo e eles estancam não importa onde estejam. Pode ser no meio da calçada repleta, na porta de lojas, bancos, farmácias e afins. Outra situação interessante é quando já estão juntos, saindo de algum prédio (por exemplo, na hora do almoço no trabalho) e estancam, menos de um segundo após transpor o vão de acesso, para decidir alguma coisa. O mesmo pode ocorrer ao sair de escadas rolantes, elevadores, ônibus, etc.

ROLHA DE POÇO Não, não se trata daquela brincadeira que fazíamos quando crianças que hoje chamam de “bulling”, fiquem tranqüilos que não vou entrar nessa seara. Esse personagem é bastante peculiar estudos indicam que a capacidade de escolher suas vítimas e local de abordagem é minuciosamente estudada. Agem em lugares específicos tais como escadas rolantes, esteiras rolantes, circulações, corredores, passagens e escadas estreitas são os preferidos. Seu ataque também ocorre sempre da mesma forma. Eles se colocam exatamente do lado oposto onde a pessoa da frente está impedindo que pessoas atrasadas ou mais rápidas de seguir seu caminho com maior rapidez. Quando estão sós procuram empunhar suas “armas” (bolsa, pasta, mochila, pacotes, guarda-chuva, etc.) estrategicamente de forma a impedir a passagem. Quando acompanhados, postam-se lado a lado como se o espaço fosse de sua propriedade. E quando em bando, fazem a mesma coisa se não for possível andar todos na mesma linha o fazem em duas ou mais como em uma parada de 7 de setembro.

PORCOS(AS) Se você é daqueles(as) que não gosta de ouvir ou ler certas coisas, não leia a definição desse personagem. Depois não diga que não avisei.

Esse personagem é o que podemos considerar o pior deles. Não estamos aqui falando de corruptos ou bandidos, mas podemos colocá-los no mesmo nível. Eles atacam nos banheiros públicos ou não. As conseqüências de seus atos não atingem diretamente a ninguém, até porque você não consegue identificá-los. Muito raramente e com muita sorte (?) você os vê em pleno ato. E fica horrorizado(a). Eles entram no ambiente, utilizam os equipamentos, e ao sai não lavam as mãos. Sim, é verdade! Mesmo muitos sendo de nível superior, alguns pós-graduados ou mais; isso acontece. E o pior, não é raro. Na empresa onde trabalho não foram poucas as vezes que os vi agindo. Consultei as mulheres e elas também tem suas PORQUINHAS. Portanto, daqui por diante, cuidado ao apertar a mão de alguém.

PORCOS(AS) URBANOS(AS) – Apesar de ser uma variação light dos aí de cima, são facilmente identificados. Eles estão espalhados em todos os níveis socioeconômicos e um deles pode estar ao seu lado nesse exato momento sem que você desconfie. Sua maior característica é possuir um(a) cachorro(a). Mas o fato de alguém possuir um cão não implica em que essa pessoa seja um(a) PORCO(a). Para ser um é necessário que essa pessoa, ao levar seu animal para passear, deixe seus dejetos espalhados pelas calçadas da cidade como se fosse a casa deles.

Com certeza existem diversos outros personagens, você deve conhecer alguns. Cada qual com suas características, forma de agir e habitat. Seria interessante receber essas informações a fim de complementar este post. Vocês podem apresentá-las através dos comentários.

Imagino que se você está lendo esse blog, não deve ser um desses, mas se for, ainda dá tempo de mudar, nunca é tarde para isso. Boa sorte.

Outro dia estava andando com @Boris Staford para esvaziá-lo. Era um fim de tarde simpático de início de outono, sol recém escondido, céu azul turquesa escurecendo, as primeiras estrelas iniciando seu despertar...

Passeávamos próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, porém, na calçada de dentro (oposto a calçada da margem).


Em frente ao Clube Naval (Piraquê) existe um prédio da Marinha que é utilizado para hospedágem dos Oficiais em deslocamento ao Rio de Janeiro. Para se locomoverem a marinha disponibiliza um veículo e o número de pessoas determina seu tamanho.

Aquela não foi a primeira vez e igualmente na segunda era uma grande van. Eles param na calçada e devido aos canteiros não sobra espaço nem para um pedestre, imaginem uma mãe ou babá com um carrinho de bebê.

Eu já estava chateado com a situação (para ser educado, mas na realidade eu estava era outra coisa). Na primeira vez havia reclamado com o motorista (ele riu) e tirado uma foto (que devido a raiva não salvei se não seria a imagem deste texto).

Eu estava imaginando o que fazer em represália quando @Boris Staford parou e resolveu se esvaziar junto ao portão de uma casa vizinha ao prédio. Enquanto catava o resultado de sua obra veio a idéia.

Reiniciei minha caminhada e ao passar junto a van larguei parte do produto bem na direção da porta onde as pessoas iriam subir. O resto fiz como de praxe, dei um nó no saco e coloquei no lixo mais próximo.

Por motivos óbvios não esperei o resultado, mas Imagine o oficial todo engomadinho ou sua esposa frufru dando ataque de pelanca por ter pisado na merda.

Acho que deu certo, pois tenho passado quase todo dia por lá e nada de vans ou carros.


Conclusão:


As vezes você deve ser mal educado para ensinar bons modos a alguém.

Até o próximo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

MÃE SÓ TEM UMA?


Vocês estavam me rotulando como uma pessoa desnaturada, sem noção de reconhecimento, essas coisas? Vocês pensaram que eu não ia escrever nada em alusão a esse dia? Certo? Pois estavam enganados. É normal, as pessoas se enganam de vez em quando. Eu estava apenas decidindo o que escrever.

Para comemorar essa data tão importante não queria escrever nada comum, nada que vocês já tenham lido, visto ou ouvido por aí; mesmo que tivesse que escrever atrasado.

A mesmice me incomoda me cansa e como não devemos ser muito diferentes deve fazer o mesmo efeito em vocês.


Como pode? O departamento de marketing das empresas é muito ruinzinho. Todo ano é a mesma coisa. Raras são as novidades.


Moro só, faz uns dez anos e no meu canto à aproximadamente quatro, mas desde que meu pai me disse:

“Quando você casar, coitada da sua esposa.”

Resolvi tomar tenência e me educar no que concerne a “O&M” (Organização e Métodos) hoje pomposamente chamado de “SGI” (Sistema de Gestão Integrada), mas na realidade é quase a mesma coisa. Provavelmente mudaram o nome porque um iluminado qualquer achou mais bonito e os cordeirinhos assumiram. Coisas da reengenharia (outra palavrinha bonitinha para designar o óbvio) e suas diversas certificaçãoes. Que fique claro, não tenho nada contra, ao contrário. Apenas em muitos casos, se mal implementado, vira um elefante branco para a empresa.

Mas porque estou falando isso? Ora, porque eu tive muita sorte na vida (no livro, homônimo deste blog, a história está contada). Quando pequeno meus pais trabalhavam fora e eu e minha irmã ficávamos aos cuidados de uma enfermeira que, com o passar dos anos, virou nossa babá e esteve conosco até o fim do ano passado quando nos deixou para cuidar dos anjinhos que nascem no céu. Essa pessoa tinha um carinho enorme por nós, mas direcionava suas ações com mais ênfase a mim deixando minha irmã em segundo plano. Com isso me tornei, digamos assim, um garoto meio preguiçoso, mas só com as obrigações.

Arrumar o quarto, estudar, fazer o dever de casa, estar pronto na hora para os compromissos, usar o aparelho de dentes, etc. eram tarefas desenvolvidas com muito sacrifício para mim e para quem estivesse no entorno. Levei algumas surras de cinto (e hoje agradeço) as quais não deixaram marcas nem físicas nem psicológicas.

Descer para andar de bicicleta, jogar bola, bolinha de gude, peão, soltar pipa, brincar de piques diversos (esconde, bandeira, cola, etc), garrafão, carniça, entre outras eram desempenhadas com prazer insaciável. Não era raro chegar em casa com os joelhos, pernas e/ou braços sangrando.

“Você parece um ferido de guerra.”

Dizia meu pai enquanto fazia os curativos.

Cresci, entrei para a faculdade, namorei, me tornei Arquiteto e dentre elas nos escolhemos, eu e aquela que segundo meu pai iria sofrer.

Aquelas palavras ficaram grudadas como Super-Bonder em meu cérebro e isso me transformou como se mágica fosse. Tornei-me uma das pessoas mais organizadas da face da terra. Para surpresa de muitos ela não sofreu tanto, pelo menos nos quesitos referentes a esse tema e seus conseqüentes.

No meu caso, não chegou a ser uma doença, mesmo assim estou melhor. Já faço algumas pequenas bagunças tais como deixar as contas pagas descansando sobre a mesa alguns dias antes de guardá-las em pastas que já foram específicas, entre outras. Mas a vontade em querer ter as coisas em ordem ainda é muito forte em mim. Tanto que às vezes me perco com tanta organização.

E é sob esse estigma que vivo.

Como sabem, em texto anterior, passei uns anos com problemas de abastecimento de água. Após enumeras tentativas consegui resolver e, como faço em todo fim de semana (com água), levo meu cão, @BorisStaford, ao parque para interagir com outros quadrúpedes similares enquanto eu interajo com alguns de seus donos. Ao retornar, dou uma ducha nele para tirar a poeira, alimento-o e enquanto ele desmaia no chão do terraço para secar o pelo sob o sol sigo para completar outros afazeres.

Vou executando as tarefas caseiras quase que automaticamente. Pego as meias que uso diariamente na semana, a camisa e short com os quais vou ao parque, junto com os panos que cubro o assento do carro sob Boris e a toalha com a qual o enxugo e levo para o tanque para lavar. Deixo tudo de molho em baldes separados e saio para almoçar.

Almoçamos, eu e minha mãe, como fazemos quase todo fim de semana.

Dessa vez tudo seguia como sempre, mas nesse fim de semana (07/05/11), não ia ser como os outros.

Fui ao supermercado. Comprei o que necessitava e mais um pouco.

Ao chegar em casa @BorisStaford me recebeu como se não me visse há anos, é sempre assim (as vezes acho que ele é maluco), dessa vez rasgando algumas sacolas. Consegui me desvencilhar e coloquei as compras sobre a mesa. Separei-as sob uma classificação simples:

- Vai para a geladeira;
- Vai ser congelado
- Vai para o armário;
- Vai ser lavado;
- Vai ser manipulado hoje.

Meu pai ficaria com inveja. Eu me tornara um autêntico capricorniano.

Essa frase levanta uma dúvida. Muitos de vocês já conversaram com alguém com algum conhecimento em astrologia e muitos desses especialistas, ou não, dizem que cada signo tem suas características e algumas são específicas. A organização para o capricorniano é uma delas e não consta, pelo menos para mim, que seja de outro signo também.

Não sei se deu para notar, mas meu pai era extremamente organizado
, lembro-me dele, à noite, extraindo de uma agenda suas tarefas do dia seguinte e anotando em um papel de tamanho que coubesse no bolso da camisa. Anotações feitas ele deixava o papel sobre a mesa e ao lado dispunha seu relógio, sua caneta (tinteiro) e suas chaves. Tudo pronto e organizado para o dia seguinte. Todas as suas coisas eram tratadas dessa forma. Mas ele era pisciano. COMO PODE? Com a palavra os experts.


Guardei os gelados, na geladeira, os congelados no freezer não sem antes passar um pano úmido em suas embalagens. Fiz o mesmo com as coisas que foram para o armário. Lavei as latas de cerveja, garrafas de refrigerante e embalagens de sucos, sequei e os coloquei na geladeira e ou armário. Os sacos foram para o Puxa-Sacos e o lixo para a lixeira.

Voltei para o terraço, tirei as coisas que estavam de molho, lavei, torci o que podia ser torcido e pendurei no varal para secar.

Novamente na cozinha manipulei os itens que necessitavam disso acondicionando-os em “tap wares” ou sacos plásticos e os coloquei na geladeira.

Tarefas finalizadas, liguei a televisão em outro ato automático. Estava pensando nas tarefas realizadas. Estava cansado como em outros sábados anteriores, porém, como nunca fizera antes refazia os passos do dia. Cada ato, cada tarefa cumprida, cada passo dado era analisado criteriosamente. O cansaço se fazia cada vez mais presente e uma sensação interessante brotava.

Com o resultado da análise iniciei um processo de comparação com mulheres hipotéticas em seu dia a dia realizando tarefas semelhantes, em tempo nem tanto. Tempo prejudicado pelo fato de terem ainda outras tarefas além dessas. Tarefas específicas por serem mulheres que exatamente por serem mulheres têm tarefas específicas. E extremamente importantes além daquelas que nós homens podemos realizar. Registre-se que o fato de poder não quer dizer conseguir, há uma diferença.

Sim pessoal, essa especificidade toda se deve a um único fato, o fato de serem geradoras em sendo geradoras, mesmo hipoteticamente são mães e como tais são especiais.


Àquelas que são do lar e/ou que trabalham fora meus sinceros agradecimentos e respeito. Parabéns pelo dia de ontem! Parabéns pelo de hoje e sempre!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

SERÀ QUE ESTOU VENDO OUTROS JOGOS?



Não gosto de comentar jogo a jogo, prefiro comentar o turno ou o campeonato, como no post anterior, mas tem horas que não dá pra segurar.

Peço licença àqueles que não gostam desse assunto para abrir mais uma exceção e falar do jogo de ontem.

Neguim só pode estar maluco!!!

Não sei se foi esse o jogo que vocês viram, mas o que eu vi (a partir dos 34 min do 1º, pois perdi a hora sonecando) os caras chegaram no Vazião para participar da partida mais importante do ano para eles (a não ser que vocês achem que o Campeonato Cearense vale alguma coisa ou que eles se darão bem no Brasileiro), se matam em campo para conquistar um empatezinho mixuruca a fim de tentar, em um milagre de Padim Padi Ciço, resolver no jogo de volta, nos pênaltis. Geralmente eles não conseguem, essa é a regra. As exceções existem (elas que são alguns dos atrativos a mais) e como tais devem ser tratadas.

Mas até quando as exceções continuarão sendo exceções?

O grande problema é a “evolução”. É aquilo que poucos conseguem ver. Infelizmente eu sou um deles e com isso me aborreço em demasia porque muitas das vitórias e conquistas não me satisfazem mais.

Não me chamem de soberbo, velho ou sonhador. É que muitos de vocês não viram o que eu vi ou se viram, viram de filmes desfocados e mal cuidados. Apenas isso.

É preciso saber que nem tudo precisa evoluir. A natureza nos dá vários exemplos disso. A banana é banana desde os primórdios, a maçã, a batata, etc. também. Evoluíram até um certo ponto depois ...



Com todo mérito, valor e gratidão que temos pelos Willians e Angelins da vida (sou do tempo em que quem fazia essas funções no campo eram os Falcões, Ceresos, Carpegiannis, Andrades, Mozers, Aldairs, Edinhos, Oscares, entre outros monstros) eu quero ver o Ronaldinho, o Botinelli e o Thiago Neves jogarem. Mas o que considero jogar não essa coisa aí que vocês chamam de futebol. Futebol é outra coisa e muito diferente disso aí.

O que aconteceu ontem ilustra muito bem o que está ocorrendo e a pior notícia é que a tendência é piorar. Vai piorar porque vocês estão gostando.

Isso é o resultado do que vocês chamam a evolução do futebol. Essas batalhas que hoje vemos, todo mundo sabe fazer; desde os tempos das Cruzadas. É só contratar um bom preparador físico e botar a turba pra correr, subir e descer arquibancadas e fazer exercícios. Faz lá meia dúzia de séries levantando 300 quilos e depois vai correr não sei quantos quilômetros na praia e está resolvido o problema.

Esses brucutus entram em campo fortezinhos, vestindo as camisas justinhas do tipo “mamãe vou pra zona”, orientados pelos “Professores Doutores” (de merda) para impedir o outro time de jogar futebol. Se der, faz um golzinho salvador da pátria em um contra-ataque conseguido só Deus sabe como. Ou então decide-se nos pênaltis.

Bola no pé, domínio, tabela, passe; lançamento e chute certeiros, poucos têm. Não vou nem falar em drible, essa palavra não faz parte do NOVO dicionário do Futebolês que vocês e os “New Gatos Mestres” admiram. O estilo AAdriano de jogar é considerado o exemplo de como um centroavante deve fazer. É só lançar a bola que ele, com ajuda de sua força (olha os exercícios aí) desloca o marcador, domina a redonda e faz o gol. Que saudades do Tostão que deslocava o marcador com um simples toque na bola.

Vamos pensar um pouco, comparem quantas decisões por pênalti tivemos no mundo de dez anos para lá com o mesmo item nos dez anos pra cá.

É isso que vocês querem ver. Então vamos fazer campeonatos de pênaltis.

Ontem tivemos um time pequeno, totalmente acuado e tomando lambada durante quase 90% do tempo de jogo (jogo?). O tradicionalmente manjado engolidor de frangos desde os tempos em que defendia as cores alegres dos Tricoletes pegou tudo.

São os 350 chutes e cabeçadas que somadas aos 450 escanteios do Mengão contra os três ataques desferidos pelos não mais ingênuos ATLETAS das terras secas do sertão; que ilustram muito bem o massacre que foi a pelada.

Não vou comentar a arbitragem com as faltas mal marcadas e pênaltis não assinalados. Isso faz parte do Contrato. Os caras são ruins, incompetentes e erram a favor e contra todos inclusive o Mais Querido.

Esse foi o jogo que eu vi.

Quem pode cornetar um time que, NESSE JOGO, teve esses números?

Mas o pior é que tem. O que essa turma quer mais?

Está certo que o Ronaldinho ainda não mostrou a que veio (eu também já estou ficando de saco cheio desse mimimi), tá certo que a lateral esquerda é ofensivamente nula, ta certo que a zaga é fraca (está melhorando), ta certo que o Luxa não achou o time (também, todos que ele testa não jogam bola), mas vaiar o time NESSA partida? Uma das melhores batalhas travada esse ano! É sacanagem! Ou então eu vi outro jogo.

Neguinho fala do Diego Maurício, do Negueba, do Vanderlei, mas eles só jogam alguma coisa quando entram no meio do 2º tempo quando o outro time já está cansado.

TODAS AS VEZES QUE ENTRARAM NO INÍCIO DO JOGO FORAM TÃO NULOS QUANTO O DAVID!!!!

Ou eu vi outros jogos?

Esquecendo o futebol e falando de batalhas, estou tranquilo. Ótimo que acabou essa porcaria de invencibilidade. Se jogássemos futebol isso seria um indicativo de que nosso time estava jogando melhor que os outros, mas nesse jogo aí, o que essa porcaria diz é que somos fisicamente mais fortes e que sabemos bater pênaltis melhor que os outros; pelo menos até ontem.

A tranqüilidade se baseia no fato de que o resultado de ontem, apesar de indigesto, não foi diferente de muitos em anos de nossa História e como em várias outras ocasiões vamos passar o rodo na boa e educada turma do sertão (de quem sou descendente) e nos classificar para a próxima fase. Se acontecer diferente será mais uma exceção. Está tudo normal, no “perrengue máximo” como sempre são as conquistas do Gigante Mengão e é assim que nós gostamos, se não sobrevivesse a isso eu ia ser mais um membro da fétida Arco-Íris safada e mal vestida.

Saudações!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

NO NEWS IS A GOOD NEW



Como sempre, a cada conquista, aguardo uns dias para esfriar a cabeça e iniciar meu texto correspondente com mais isenção. Dessa vez não foi diferente, mas o que causou a demora foi a falta de vontade em escrever sobre o assunto. Estava em dúvida devido a importância do fato, pois considerando as atuais condições de temperatura e pressão não vejo o que comemorar. Mas levando-se em conta o respeito que devemos ter para com a história entendi que seria de bom tom tecer algumas poucas palavras.

Não se trata de desdém ou fanfarrice é apenas a constatação do óbvio.

Há tempos a NAÇÃO não vê motivos para comemorações após conquistas como a obtida nesse último fim de semana. A verdade é que não temos oponentes no estado. Todos se esforçam e vemos méritos nisso, mas os resultados obtidos provenientes desse esforço não têm sido nada condizentes com a história do certame. Vou fazer uma análise fria, técnica e superficial sobre o atual momento do futebol (?) carioca. Essa análise não passará pela corja administrativa e seus pares:

ÁRBITROS – São as figuras mais estranhas de todo o Projeto. São pessoas que consideram essa profissão um bico para completar os vencimentos de cada quinto dia útil de mês. Não têm tempo para se reciclar ou manter a forma, itens importantíssimos para o bom desempenho da função. Não investem nada a não ser algumas horas em vôos, hotéis com piscina e jogos. Mesmo assim são as “otoridades” máximas do jogo. Nada coerente. Suas ações podem determinar o resultado de uma partida e dependendo, de um campeonato.

Devido a forma como o jogo acontece é quase impossível que essas falhas sejam direcionadas a um favorecimento específico, elas acontecem aleatoriamente pela falta de preparo ou simplesmente incompetência do “profissional” do apito. Mas algumas dessas falhas ganham mais importância por terem sido cometidas “em favor” do time que está mais presente na mídia. Como aquele que está em evidência é aquele que está sempre disputando algo importante as falhas “em favor deste”, são as mais visadas.

Todos sabem qual o time brasileiro que está sempre disputando algo importante.

BOTAFOGO – O pessoal de Soldado Severiano teve seus anos de glória. Os anos 60 e parte dos de 70 foram significativos para essa agremiação. Era um time quase perfeito, repleto de excelentes jogadores, mas tinha como maior adversário o Santos de Pelé que conquistava quase tudo restando pouca coisa para o então chamado Glorioso.

Hoje, possui talvez a administração mais séria entre os do Rio de Janeiro, mas não decola. Não decola porque seu ativo mais passivo (a torcida) além de ser pequena, não acredita. Não há apelo, o que temos é um clube médio que vence um Carioca a cada intervalo de 5 a 10 anos e isso é pouco para quem se acha grande.

Em termos de patrimônio possui um shopping Center quase deficitário instalado sob um campo de futebol, um “complexo” de piscinas (mas não tem tradição no esporte), uma garagem de barcos velhos na aprazível Lagoa Rodrigo de Freitas e nos últimos anos foi agraciado com uma concessão de um estádio destinado a provas de atletismo que por acaso também tem um campo de futebol. É uma bela obra de arquitetura construída nas coxas mas que, como várias obras do governo, não serve para o que foi construído. Por motivos óbvios é conhecido como Vazião.

Sua maior conquista é saber que a FIFA considera seu escudo o mais bonito do planeta e nos gramados um título nacional ironicamente conquistado sobre o Santos, mas dessa vez sem Pelé.

Esteve recentemente no submundo das divisões inferiores.

Seus torcedores (dizem ser 18) costumam chorar ou queimar camisas após uma derrota. Haja camisa e lenço.

FLUMINENSE – A agremiação mais antiga do estado teve no biênio de 1975/76 seu ápice. Não há dúvidas que era um excelente time. Composto de jogadores oriundos de vários outros clubes, não possuía estrutura para criá-los. Montado em uma operação articulada pelo seu então presidente Francisco Horta, a Máquina, como era “overcalled” conquistou nessa época 2 Cariocas e uns 2 torneios internacionais.

Na sua não tão significante história constam dois Brasileiros conquistados no campo e um conquistado em 2010 no que é considerada a maior xepa de Natal com fins politiqueiros já realizada pela CBF, no cada vez mais decadente futebol brasileiro. Outro fato de mácula foi a utilização de pó de arroz para esconder seus negros.

Como patrimônio possui uma linda sede cujos vitrais franceses (?) são os itens de maior valor. Um modesto estádio compatível com o tamanho de sua torcida e três piscinas completam o complexo esportivo desta agremiação cujos maiores freqüentadores tem sido os parentes distantes dos conhecidíssimos Mickey, Ligeirinho, Chumbinho, Jerry, Pink, Cérebro entre outros.

Outro freqüentador das fétidas divisões inferiores, mas desta vez descendo ao 3º nível o que, na saída, consideram seu quarto título nacional. Endividado, como todos os clubes brasileiros, a maior delas é uma com a sociedade que seria cumprir a regra e sair do 2º nível de forma honrosa, ou seja, no campo com jogo jogado.

Conquistou o último Campeonato Brasileiro, mas o que mais os honra é a “brilhante” luta contra o rebaixamento em 2009.

São o que podemos dizer de melhor exemplo do que seria “Cavalo Paraguayo”. Nos últimos anos, tem feito elogiáveis campanhas de recuperação, mas na hora da “onça beber água” eles abrem o bico.

VASCO DA GAMA – O clube da colina, ex-trem bala, teve um belo time em pequena parte da década de 90. O apogeu de sua história foi a conquista da Taça Libertadores da América em 98 com um belo time também composto por jogadores vindos de diversos clubes. Em 2000 conquistou seu 4º título brasileiro em um jogo onde a inexistência de segurança quase causa uma tragédia. Mesmo assim, sob as vistas grossas das “otoridades” o jogo prosseguiu desrespeitando-se as regras. Daí em diante obtiveram poucos êxitos, a última uma Taça Rio nos últimos 8 anos e as mais significativas, alguns vice-campeonatos. Há poucos anos também esteve freqüentando as rasteiras divisões inferiores de onde saiu com mais um item em sua vasta coleção de vices.

Seu patrimônio consta de um complexo sócio esportivo bem montado em São Januário cujo ponto forte é um bonito estádio de futebol com capacidade para aproximadamente 35 mil pessoas. Como o Botafogo e no mesmo lugar, também mantém uma garagem para barcos com os quais, após montar suas equipes de maneira escusa, obtém algumas conquistas, mas a maior serventia é a realização de festas de casamento.

Seus torcedores cultuam como maior ídolo um de seus recentes presidentes que, justiça seja feita, TUDO fez pelo seu time do coração. O segundo maior ídolo, o atual presidente, já foi expulso das cadeiras sociais do estádio pelo primeiro em uma das páginas mais negras da curta história do clube.

ARCO-ÍRIS – Essa é a mais nojenta, ridícula e ordinária agremiação existente no Rio de Janeiro. O Lado Negro da Força é composto pela grande maioria dos torcedores dos clubes acima que, por já não terem mais esperanças em obter novas conquistas com seus times juntam-se como ratos com a única intenção de tentar impedir as conquistas do Mais Querido. Seu poder é nulo, mas mesmo assim seus membros se multiplicam como coelhos e hoje já possui representantes em todos os clubes e estados do país. Não é dotado de patrimônio (mas já foram vistos pelos cantos em Laranjeiras, sede do Fluminense) nem uniforme, só possuem torcedores. Por não ter uniforme essa corja veste a camisa dos times que vão disputar algo com o Flamengo. Exatamente por isso que é mundialmente conhecida como a “Arco-Íris Mal Vestida” entre outros nomes menos pomposos.




FLAMENGO – O Banco do País, aquele que sustenta os demais com a sempre constante e esmagadora presença de sua torcida “undercalled” NAÇÃO. São mais de 35 milhões de pessoas dos mais diversos tipos, classes, religiões, etc. Uma verdadeira e democrática miscigenação de raças e credos.

Admirado e reconhecido pelos poucos seres inteligentes (sim, eles existem) torcedores das demais agremiações é o inimigo a ser batido em qualquer competição que participa, mesmo quando por razões inexplicáveis não está entre os primeiros colocados de um certame.

Teve na década de 80 e parte da de 90 seu período mais fértil. Suas conquistas foram obtidas por diversos jogadores oriundos de suas divisões de base entre eles o 2º maior jogador do país, qui ça do mundo Arthur Antunes Coimbra o popular Zico.

Mas, diferentemente dos demais sua história não se resume a esses quase 20 anos; ela se estende sem limite de datas. Seus títulos estão espalhados em décadas fazendo de sua sala de troféus um dos ambientes mais movimentados do planeta. A conquista obtida nesse último fim de semana apenas consolidou sua bastante conhecida, invejada e incontestável hegemonia estadual. É o único Hetero-Hexacampeão Brasileiro. Dentre os diversos títulos internacionais destaca-se um Mundial Interclubes e Uma Taça Libertadores da América, ambos obtidos em 1981. Todas, sem exceção, as suas conquistas são obtidas no campo de jogo respeitando-se as regras.

Seu imenso patrimônio é composto pela Moderna sede da Gávea situada as margens da Linda Lagoa Rodrigo de Freitas onde está construído um dos maiores centros poliesportivos do país de onde saem campeões de várias modalidades, o Ninho do Urubu localizado em Vargem Grande onde está sendo construído o melhor e mais moderno CT do país, o MANTO SAGRADO, como é mundialmente conhecida e temida a mais bonita camisa esportiva do mundo, a NAÇÃO como é chamada sua imensa torcida espalhada pelos quatro cantos do planeta, que proporciona ao Flamengo jogar em casa onde quer que esteja, a RAÇA com que conquista as mais impossíveis vitórias e os jogadores formados em suas divisões de base.

Nunca freqüentou as masmorras das divisões inferiores.

Feitos os devidos esclarecimentos, esclarecimentos estes que deixam novos e antigos torcedores equalizados com um resumo da verdadeira História do futebol do estado do Rio de Janeiro; entendo que está explicado, em poucas e simples palavras, o motivo pelo qual essa nossa última conquista perdeu valor. Que venham outras, mais importantes.

Saudações.