domingo, 26 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 22/04/15 – 5º DIA – FLORIANÓPOLIS - CURITIBA



O tempo estava nublado, virou para céu limpo e fechou novamente. Tudo isso em pouco mais de uma hora. Impressionante. Saímos de Floripa debaixo de uma garoa fina que nos acompanhou por muito tempo

Ela aumentava de intensidade, diminuía, aumentava...

E continuou nesse vai e vem nos castigando sem parar. A BR 101 estava movimentadíssima, carros, ônibus e caminhões em profusão, ajudavam a chuva a nos cercar de todos os lados.

Atenção redobrada mesmo assim os sustos aconteciam vez ou outra.

Retas sem fim ajudavam a piorar a situação. Passava das 11:30 horas quando paramos em um Gral. O bufê recém preparado estava convidativo e não consegui resistir. Uma salada e costela bovina. Estava bom.

Seguimos o calvário sob chuva até Guaratuba, quando pegamos um ferry boat A chuva não nos largava.


As condições climáticas não permitiram visão total, mas consegui vislumbrar um belo lago ou seria lagoa ou ainda baia?


Desembarcamos e seguimos em direção a Morretes. Iríamos pela Serra da qual nome não lembro, mas como ela é pavimentada de pedras, seria muito perigoso por causa da chuva que nos perseguia.

A 277 não nos dizia nada, mas a que pegamos à direita para Morretes era ótima. Cheia de curvas, asfalto liso e de excelente qualidade. Teríamos nos divertido bastante se não fosse a chuva. Mesmo sendo de mão dupla e sem acostamentos.

Em Morretes a chuva deu um descanso, aliás, ela fazia isso sempre que parávamos.


O restaurante estava vazio e fomos muito bem recebidos por um simpático, falante e as vezes, engraçado garçom.

Cláudio pediu o famoso Barreado do qual havia me falado a 2 anos, antes da minha 2ª viagem. Entretanto, não foi possível conhecer. Trata-se de carne de 2ª, cozida em panela de pressão com vários condimentos, por 12 horas. A origem é uma dúvida, mas nos primórdios era cozida em panela de barro, tapada e lacrada com massa de barro mais fraca. Era feito um buraco no chão, onde se colocava lenha que queimava até só restarem brasas. A panela com os ingredientes dentro e já lacrada era colocada sobre a lenha e o buraco coberto com terra. Ficava ali, cozinhando por 12 horas. Servia de alimento aos tropeiros e demais viajantes da região. Os escravos são a segunda hipótese. Como a feijoada.

Não devíamos, mas provamos uma dose de licor de banana e outra de gengibre. Deliciosos e escolher o segundo para levar uma garrafa para casa foi muito difícil.


Não importa a origem e sim que o prato é delicioso. Não foi o caso, mas além do arroz e a farinha, acompanha frutos do mar e peixe. No nosso, apenas camarões empanados. A carne fica desfiada e macia e é misturada com a farinha formando uma maçaroca de aparência não muito boa. Um pouco de azeite e arroz completam a iguaria.

Comi em demasia, mas não podia ser diferente.

A chuva voltou, estávamos em movimento novamente.

Chegamos ao hotel, um banho quente e reconfortante. Tirei tudo da mala para ver se as roupas não estavam molhadas e uma hora de descanso antes de partirmos para o prometido churrasco na casa do irmão de Cláudio.

Uma recepção calorosa, excelente e descontraído papo, um whisky para aquecer, linguicinha e nacos de ancho argentino.

Não precisava de mais nada.

O Mengão vitorioso em seu jogo na Copa do Brasil fechou o dia com chave de ouro.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 21/04/15 – 4º DIA – LAGES - FLORIANÓPOLIS


Saímos de Lages com o tempo nublado, De vez em quando caia uma chuva fina. Foi assim até chegarmos perto de São Joaquim. A estrada já era minha conhecida, mas está diferente. As obras de duplicação estão muito mal sinalizadas. O farelo do asfalto novo está espalhado e o que restou da pista antiga está totalmente deteriorado. Tudo isso aliado a chuva fina tornou a viagem muito perigosa. Tensão o tempo todo, cautela era a ordem do dia.

Está tudo diferente e as curvas que foram as preliminares quatro anos atrás, agora nada mais são do que lembranças.

Próximo de São Joaquim havia algumas vendas de queijos e salames feitos na região acordei com Cláudio de parar para um sanduiche com esses ingredientes. Paramos logo depois de passar pelo pórtico da cidade em um lugar bastante simpático e surpreendente. Esperávamos que fosse mais uma venda um pouco mais sofisticada, mas era um restaurante. Bufê livre com churrasco e estava lotado. A simples visão da churrasqueira mudou o paladar e a vontade. A comida, simples, mas fantástica. A simpatia do atendimento foi contagiante. Serviam as carnes apoiando os espetos em dois grandes troncos de árvores.


E a vista? Só vendo...


Após o almoço, uma fatia de pudim de leite de sobremesa e depois, mais um pouco de carne, estava muito bom, não resisti.

Fomos até o mirante no topo da Serra do Rio do Rastro que eu não conhecia. Quatro anos atrás eu passei direto. Agora sei de onde foi tirada a foto que aparece no Google quando se digita o nome da serra.


Mais uma serra estava a nossa frente para ser degustada e não demoramos a descer. Iniciamos devagar, pois a pista estava molhada e cheia. Não foi como na primeira vez. Eu estava com receio devido a pista úmida.

As coisas melhoraram com o passar das curvas e veículos lentos e conseguimos rodar mais rápido. Foi ótimo. A pista continua limpa e em bom estado de conservação e o visual é maravilhoso.

Seguimos até Floripa, chovia fino. Os tramites de sempre e saímos para jantar. Depois, o sono dos justos.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 20/04/15 – 3º DIA – CURITIBA - LAGES


Novo café da manhã, honesto como os demais e farto em comparação como nosso dia a dia.

Bagagem instalada, Cláudio foi para uma rua tradicional de lojas de moto e eu para a concessionária verificar as pastilhas traseiras que saíram do Rio com meia vida. Estava tudo bem, segundo o expert, vou conseguir chegar ao Rio sem sustos. Enquanto esperava um longo papo com um motociclista local que havia ido trocar a roupa da moto. Em vez de comprar uma nova trocou umas peças da carenagem e mudou de cinza chumbo, igual a minha, para preto (?).

Cláudio demorou, mas chegou, passamos na transportadora do irmão e seguimos para mais um trecho da viagem. Desta vez seriam 483 km, segundo o Google Maps e o destino seria Lages passando por Joinville e São Bento do Sul, para subirmos a Serra da Dona Francisca.

Olhando no mapa verão que não é o caminho mais rápido, mas com certeza o melhor. Para os que não me conhecem, esse é o mote de minhas viagens, rodar pelos MELHORES caminhos.

A estrada, PR 376, em bom estado de conservação aliada ao pouco calor tornaram a viagem agradável. Com média de 110 km/h com picos de 160 km. Passamos por uma pequena e já conhecida serra que na primeira passagem deixou saudades.

Foi ao final dela que, a dois anos, de moto nova e subindo na direção contrária, resolvi pegar o retorno para repetir com maior intensidade. Bons momentos.

Passamos direto por Joinville e chegamos com tranquilidade e segurança no pé da serra. Dona Francisca não estava lá, mas deixou um bolinho de carne e outro de galinha sensacionais. Só não repeti por conta da responsabilidade em manter a uniformidade física-corporal. Motos reabastecidas, seguimos em frente.


Algumas minúsculas gotas haviam caído minutos antes de nossa chegada e a prudência limitou nossa subida. Isso permitiu dar maior atenção a abundante vegetação.

“Ô país bunito sô!”

Somos felizes pelo que temos e tristes pelo que somos.

Mais curvas, algumas com piso de concreto que com a humidade tornam-se traiçoeiras. Cautela era a ordem do momento. Sorte que o momento foi curto e algumas curvas depois, com a melhora do tempo, já estávamos em velocidade de cruzeiro, mais uma vez em êxtase, gastando borracha ...


Foram momentos em que tudo conspirava para a tranquilidade. Boas curvas, belo visual e clima ameno. Não havia exageros, nem na angulação das curvas, nem na velocidade com a qual as consumíamos.

Mas ela era curta e quando pensei em parar para tirar uma foto ela já havia acabado.

Dona Francisca nos tratou muito bem e com certeza voltarei a visita-la, afinal, preciso tirar aquela foto.

Pouco antes de Mafra pegamos a BR 116. Sua pouca, mas agradável sinuosidade tirou a monotonia desse trecho até as primeiras gotas de chuva aparecerem. Foi aí que me toquei. Já estávamos em território de Santa Catarina e consegui passar pelo Paraná sem uma única gota de Chuva. Isso era inédito para mim.

“Mas tem a volta”

Disse Cláudio.

“É verdade.”

E as gotas começaram a cair. Olhando para o horizonte vi que vieram para ficar. Paramos em um posto para vestir a roupa de chuva e ela desabou. A tarde quase virou noite e o barulho que vinha da cobertura metálica era quase ensurdecedor. Mas estávamos tranquilos. Não seria a primeira vez.

Mais alguns minutos e a chegada de notícias do tempo mais a frente, chegou com um grupo de motociclistas recém chegados.


“... não vá! Está chovendo pedra!”

Decidimos aguardar a chuva amansar. Não demorou muito e de roupa de proteção contra chuva retomamos nosso caminho. Passaram poucos minutos e a chuva voltou forte e decidida. Pelo jeitão logo vi que ficaria conosco durante muito tempo e isso não seria nada bom.

Nessas horas que vemos que a educação de nosso povo está cada vez pior. Meus pais eram viajantes por natureza e uma vez por ano viajávamos para diversos lugares desse imenso e rico país. Lembro a cortesia que havia entre os motoristas nas estradas, caminhoneiros sinalizavam quando era seguro ultrapassá-los, muitos saiam para o acostamento a fim de dar passagem, etc. Hoje, são uns animais. Não só eles como os demais motoristas, te “empurram” para fora da pista, ninguém sai da esquerda para dar passagem a um mais veloz. Depois se queixam dos desmandos, da corrupção, etc.

A visibilidade piorava a cada minuto passado, a tarde parecia noite e por duas vezes fui jogado fora de minha trajetória em duas ultrapassagens a caminhões. Em outras duas, eles sinalizaram para eu ultrapassá-los e quando fui voltar na frente deles havia aqueles tachões no meu caminho. Tive que passar por cima em uma manobra arriscada.

E a chuva nos castigava sem piedade. A pista molhada tornava-se cada vez mais traiçoeira, mas eu me mantinha em segurança. Com medo? Claro! Mas nada de complicado aconteceu.

Aqui vale um abre aspas.

Essa viagem está mostrando que investir em equipamento é muito importante. E a moto é o principal a ser avaliado. Não se compra uma apenas pela beleza, nome, ou por não gostar da marca tal, etc. Se você pretende tirar o máximo de você, mesmo que esse máximo seja pouco em comparação a outros, compra-se uma moto pela segurança que ela vai te oferecer. Você precisa testar algumas motos e escolher aquela que te “vestir” melhor. Definir o objetivo é essencial e, se possível, ter uma para cada um deles.

Não se compra uma moto grande, cheia de cilindradas e cavalos para andar no trânsito no dia a dia. Dependendo do seu porte, uma boa 150 ou 250/300 cc são o ideal. Leves e ágeis, os atributos que facilitam manobras, estacionar e passar pelos corredores.  Uma usada em bom estado tem baixo custo e não vai te deixar com dor de corno a cada risco ganho nos “estacionamentos”.

Motos grandes são para grandes feitos, passeios; médias e longas viagens onde o conforto e tecnologia são necessários para a sua segurança.

E eu estou muito bem “vestido” cada centavo gasto na aquisição da minha está dando retorno, principalmente no quesito segurança. O controle de tração corrige meus erros que mesmo com muitos quilômetros já percorridos nesses últimos anos, são muitos. Andar na chuva não é problema, pois posso selecionar o modo “Rain” que controla a potência que o maravilhoso motor boxer despeja no “cardã” e roda a cada retomada me deixando em pé sem sustos. Frear, em qualquer situação não é tarefa difícil devido ao ABS e descer as marchas em situações extremas é feito com rapidez sem surpresas, pois as engrenagens se encaixam perfeitamente ao meu comando, mesmo sem apertar a embreagem.

E a chuva caía...

A tensão era grande e deixava meu pescoço doendo. De bom apenas o fato de não estar trabalhando e isso era suficiente.

No hotel, as tarefas de sempre. Jantamos uma comida bem honesta em um dos restaurantes da cidade e cama.

O dia seguinte prometia.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 19/04/15 – 2º DIA – CAMPINAS - CURITIBA


Café da manhã melhor do que o esperado e barato, bagagens acondicionadas e rodas na estrada. Destino? Curitiba passando pela tradicionalíssima Serra do Rastro da Serpente.


O dia claro e ensolarado prometia novidades. Seria minha 3ª vez no estado, sobre duas rodas.

A SP 075, Santos Dumont, até pouco depois de Sorocaba, é uma estrada muito bem pavimentada com duas pistas para cada lado e curvas de raio longo; foram 71 km sem nenhuma novidade.

Em Itapetininga, paramos para abastecer e um lanche. Encontramos um grupo de motociclistas. Um bom , mas não muito longo, papo voltamos para a estrada e em minutos já rodávamos na Serra do Rastro da Serpente.

Reza a lenda que são 1.200 curvas em pouco mais de 200 quilômetros e eu estava ansioso para percorrê-las.

No primeiro trecho a pista deixava a desejar, mesmo assim, iniciamos nosso relacionamento com o pé direito. Receoso, gerenciei com parcimônia a intensidade com que rosqueava o acelerador. O asfalto deteriorado pelos anos e/ou pelas obras inacabadas preocupava. Tanto que em um dado momento errei a curva e, se não estivesse bem equipado seria chão, na certa. A pilotagem moderada permitiu apreciar a vista que é fantástica.


Estava me acostumando com as dificuldades, entretanto a responsabilidade e o pequeno susto me mantiveram do lado da razão. Era uma maneira nova de curtir as curvas que se tornavam cada vez mais traiçoeiras devido a sua sinuosidade. Eu me resistia com dificuldade, na realidade queria aumentar a velocidade e bailar com elas.


Chegamos em Apiaí e eu não estava satisfeito, tinha sido agradável mas queria mais. Tinha mais adrenalina para gastar.

Uma parada para a tradicional foto sob a placa que nomeia a serra, um saco de pipoca de Dona Sandra, a rápida consulta com um motociclista que vinha em direção contrária e rodas na estrada.


E as informações dadas pelo motociclista começaram a se confirmar. Pista lisa, asfalto limpo e clima ameno foram os insumos para ótimas emoções. As muitas derradeiras das 1.200 curvas foram consumidas sem cerimônia e a minha destreza e tecnologia da moto foram postas a prova mais uma vez. Acelerando bem próximo do meu limite e gastando cada milésimo possível de borracha das laterais dos pneus, não foi raro encostar os pés no chão. A cada curva conquistada as lembranças de outras passadas vinham e eu sorria na solidão de meu capacete.

Ouvir o ronco grave do motor a cada descida de marcha para as retomadas pós-curva era como se fosse um rock progressivo do Pink Floyd. Eu estava em êxtase e era para isso que eu estava ali...

Longas, curtas, subindo, descendo ou não, entremeadas por curtas retas, ou não, as curvas não acabavam e o corpo mal preparado começava a dar sinais de cansaço. Mais duas paradas para fotos foram a desculpa para me recompor e seguir em frente e em estado de graça. Eu estava feliz, muito feliz e queria que não terminasse nunca.




Em Curitiba, hotel, banho e um jantar com o irmão de Cláudio. Simpático casal que me recebeu muito bem e nos levou a uma pizzaria tradicional da cidade.

Após excelente papo, falamos até de negócios, entradas fantásticas e uma pizza dos deuses voltamos para o justo descanso. Dormi contando as curvas que a serpente deixou nas montanhas a oeste de Curitiba. Ela devia estar com pressa.

sábado, 18 de abril de 2015

3ª VIAGEM - 18/04/15 – 1º DIA - RIO - CAMPINAS


Não foi de repente, mas sem muita programação. É que desta vez não estou só. Seríamos 3, mas na última noite um desistiu. Não sei o motivo, nem o conhecia direito o que poderia ser um risco para a viagem, tanto para ele, como para mim ou para os três.

Não quero julgar ninguém, certo?

Já tive uma experiência como esta. Foi uma viagem ao nordeste. Seríamos eu, meu irmão e mais duas amigas. Elas iriam de ônibus, eu e meu irmão de avião (naquela época eu ainda voava). Na noite do meu embarque descobri que elas iriam de carro com um amigo delas. Nos encontraríamos em Fortaleza e desceríamos todos juntos de carro, pelo litoral. Resumindo, não foi uma boa viagem.

Voltemos então ao que interessa...

Cláudio, um grande amigo do trabalho, parceiro de vários bate e voltas é do Paraná e conhece bem a região sul; não tinha porque eu fazer uma programação, ele bolou o roteiro, eu dei umas dicas e recebi tudo pronto por e-mail. Mapas e suas reservas de hotel; que ajudaram muito a fazer as minhas.

As tarefas para deixar tudo encaminhado na empresa não me deixaram muito tempo para fazer nada além das reservas de hotel. Arrumei a bagagem em poucas horas dos últimos dois dias. Por isso ainda na primeira noite já vi que esqueci algumas coisas. Só depois abri os mapas para fazer as rotas dos dois primeiros dias de viagem no GPS.

Fazia tempo que queria fazer minha terceira “grande” viagem e problemas no trabalho me fizeram adiar algumas vezes. Cláudio sugeriu março, eu concordei, mas acabamos encurtando o tempo e adiando para esta semana.

O objetivo?

O de sempre, rodar de moto pelas estradas deste enorme país. O Sul porque é mais fresco e desta vez o foco são as serras até a região do entorno de Lages em Santa Catarina.

Marcamos no Alemão do início da Via Dutra. Atrasei alguns minutos por conta de um curativo no dedão do pé que topei em uma pedra no domingo anterior. Um papo e café rápidos e seguimos.

A Dutra é a Dutra, nenhuma novidade a não ser mais movimento a cada dia que passa. Asfalto de boa qualidade, calor intenso e muita ansiedade formam um trio perigoso. A serra das Araras com curvas de raio longo são como o prato de entrada para um grande banquete que está por vir. Estava cheia mas conseguimos curtir como se fossem preliminares.

Próximo a Itatiaia a primeira parada. Seguimos até perto de Lorena quando pegamos à direita a 459 até Itajubá, onde almoçamos. A 459, até então desconhecida revelou-se bastante divertida. Um excelente começo para quem deseja curvas. 71 quilômetros de prazer. A frente, a esquerda ou a direita belas paisagens se revezavam revelando aquilo que a correria do dia a dia não nos permite ver.


A sinuosidade das curvas desgastavam as laterais dos pneus sem cerimônia... nada além do esperado.

O almoço, seria um lanche. Cláudio foi de um salgado de carne, eu pedi um queijo quente. Após demora anormal recebi uma lasca de queijo dentro de um pão de hambúrguer. A desproporção do recheio quase inexistente ao enorme pão me fez rir.

A simpatia do atendente Rubro-negro, apesar de mineiro, não me deixou reclamar.

Seguimos em frente em direção a Campinas. A partir de Piranguinho vieram as recordações. Estava no trecho percorrido a dois anos. O asfalto mesmo com marcas do tempo ainda permitia estripulias. No caminho uma parada não programada para soprar o bafômetro. 0,00 para mim e o mesmo resultado para Cláudio nos liberou. As recordações continuaram quando entramos na Fernão Dias e nela permaneceram. A velocidade aumentou e a média em torno dos 130 km/h encurtou o caminho.

Cortamos Campinas por uma grande avenida e seguimos até Indaiatuba. A primeira noite.

Até amanhã.

Boa noite.