quinta-feira, 23 de junho de 2011

FERIADO, MAIS UM. OBAAA!!!

Corpus Christi.

Você sabe o motivo de estar em casa agora, neste 23 de junho?

Não, não se preocupe, você não é o único e esse não será um texto religioso.

Até por que sou adepto da frase religião não se discute, ou você tem ou não tem. Se tem, abre-se um leque de opções que com certeza não o deixará em maus lençóis. Se você não tem, é uma opção e por ser opção deve ser respeitada.

Mas você está curioso? Nesse caso, não se acanhe, vá ao Google, nossa ágil ferramenta de consulta e veja o motivo de você ainda estar de pijamas, refestelado em algum lugar de sua casa lendo esse texto.

Hoje acordei com um estalo. Não me perguntem o motivo de estar pensando em tomadas, tanto as “macho” (os pinos) quanto as “fêmeas” (que ficam nas paredes). Mais precisamente na última regra criada com o intuito de proteger os usuários de energia elétrica.

Todos já ouviram falar ou até mesmo já se depararam com mais uma das “facilidades” criadas pelos nossos técnicos.

Estou falando das novas tomadas criadas a partir de uma nova regra que visa a proteção das pessoas dos possíveis choques provenientes da utilização dos antigos e centenários plugues e tomadas elétricas.

Enquanto decidia se levantava ou permanecia “jiboiando “ debaixo do edredom, procurava em minha memória alguma história em que a pessoa ou criança tivesse morrido por ter enfiado o dedo na tomada.

Foi aí que decidi escrever esse texto. Havia prometido que, como os últimos haviam sido meio “downs” esse trataria de um assunto “up”, mas a tristeza de não ter sido no segundo vôo que o helicóptero do ilibado e conceituado dono da Delta caiu me tirou a inspiração.

Sei daquelas em que crianças fizeram isso, mas não que tenham morrido por terem metido seu lindo e babado dedinho na tomada. Também tenho certeza que as que curiosamente testaram aqueles dois buraquinhos o fizeram apenas uma vez. Perderam a curiosidade para eles e outros buraquinhos igualmente atraentes.

Sei também de milhares de crianças e adultos que morreram por outros motivos.

Eu, que tenho alguma noção de como a coisa funciona e por isso sei trocar uma lâmpada, interruptor ou tomada; já levei alguns choques e pelo meu último check-up realizado recentemente, parece que ainda não morri.

Baseado nesses fatos, posso afirmar que o motivo, apesar de justo, não justifica o absurdo.

Você vai perguntar indignado:

“Como assim? Você não se preocupa com as criancinhas ou com as pessoas que levam choques inadvertidamente?”

Claro que me preocupo e outros também, tanto é que criaram dispositivos bastante eficientes e compatíveis com a necessidade que resolveram muito bem o problema sem te fazerem de otário.

“Otário?”

Sim meu caro leitor(a) são aquelas tampinhas de plástico transparente com pinos que se encaixam nas tomadas não permitindo acesso as mesmas. Elas custam centavos e não necessitam de um especialista para sua utilização.

Essa nova descoberta dos iluminados, mais cedo ou mais tarde, vai te obrigar a um pequeno e gratificante “trabalhindo”. Pode até ser considerado um exercício terapêutico. Escolha aquele feriado ou fim de semana, reúna a família e proponha as seguintes tarefas:

= Levantar o número de tomadas de sua casa;
= Classificá-las entre as diversas possibilidades:
- Dupla,
- Simples,
- 110 V,
- 220 V,
- Com interruptor,
- Sem interruptor,
- 4” x 4”,
- 4” x 2”,
- Etc.
= Ir a uma loja de ferragens para:
- Verificar que o modelo que você tem em casa não existe mais,
- Escolher o novo modelo,
- Verificar que não tem todas as possibilidades que você precisa,
- Comprar as possibilidades que encontrou,
- Ir a outra loja para comprar as outras possibilidades que necessita,
- Etc.
= Voltar para casa após a terceira ou quarta loja e levantar os demais itens (interruptores, campainhas, etc.) para ficarem todos bonitinhos no mesmo modelo. Voltar as lojas ...

Cada item, dependendo do modelo, custa em média R$ 15,00. Faça as contas.

Não se esqueça de contratar o especialista. Aquele simpático eletricista indicado pela vizinha e que com certeza vai te deixar esperando as duas primeiras semanas. Você vai esperar até perder a paciência e contratar outro. Ele, ao fazer o serviço, vai deixar suas paredes com uma decoração nada agradável o que obrigará você ou sua faxineira limpar tudo. Ao fazê-lo vai verificar que a situação está piorando porque a tinta de sua parede não é lavável.

“Existe isso?”

Sim existe.


Está vendo como fazer obra não é fácil. E estamos falando apenas dos interruptores, um dos últimos itens de uma obra imagine o que veio antes.

Acho que está explicado um dos motivos de Arquitetos e Engenheiros cobrarem caro.

Claro que existem os venais, como os tem os médicos, advogados, jogadores de futebol, mecânicos, quitandeiros, açougueiros, etc. E esses, infelizmente, são a maioria pensante e ativa.

Ora, não fique nervozinho(a). Não me venha com essa ladainha de que o brasileiro é alegre, trabalhador, etc. Estamos carecas de saber que o Brasileiro é ruim por natureza. Salvo poucas exceções. Brasileiro gosta mesmo é de conversa fiada, cerveja, samba e futebol.

Não restará opção a não ser contratar o pintor indicado pela vizinha e reiniciar o calvário.

Mas você pode fugir disso tudo.

“Posso?” Beleza! Me dei bem!”

Ta vendo, de otário já ta virando esperto, isso é natural no brasileiro, fique tranqüilo faz parte do DNA. Hehehe!!!

Vou dizer o que vai acontecer, salvo exceções, não se esqueçam:

Nesse caso, não serei uma delas. Tenho direito, to com crédito.

Você vai a loja para comprar os famosos e baratos adaptadores. Mas não se esqueça de comprar os benjamins, aquela peça em forma de “T” que permite colocar vários pinos ao mesmo tempo em uma mesma tomada. Ok?

E volta para casa todo serelepe. Não perdeu tempo levantando nada, indo em várias lojas, etc.




O resultado pode ser melhor ainda se você comprar no camelô da esquina, ele vende mais barato e você ainda economizará a passagem do ônibus.

No caminho pisou numa poça d’água oriunda de um vazamento de esgoto? Ora, não se preocupe, faz parte. O governo não tem dinheiro para consertar por que os políticos roubam e o camelô não paga imposto.

Você também pode fazer como o cara do vídeo abaixo ensina, sai mais barato ainda. E não pisa na poça. Hehehe!!!





Dessas duas formas você diminui seu custo e estresse, mas destrói a intenção da nova regra que é a segurança.

“Ah! Isso é besteira! A nova regra não adianta para nada!”

Você, mais uma vez, está enganado. A nova regra serve sim e muito. Ela ajudou a criar um novo ciclo. Uma nova indústria foi criada. Os fabricantes irão alavancar suas vendas, os camelôs vão vender mais benjamins e adaptadores, você vai pagar por isso e não vai receber benefício nenhum, só transtornos.

Ah! Ia me esquecendo. Você ainda vai ter de verificar onde jogar as antigas. Não esqueça que você é um indivíduo socioeconomicoecologicamente responsável, não pode jogar essas coisas em qualquer lugar. resta saber se terá espaço para mais essa quantidade enorme de lixo.


Com essa nova regra, as crianças continuarão não morrendo de choque, mas continuarão com fome, fumando crack, cheirando cola, assaltando, no tráfico, ou escorrendo pelas encostas em dias de chuva forte.

Formas de morte para as quais há séculos não existem novas regras.

E permanecem as questões:

“Posso?
Vigiar teu carro?

Te pedir trocados?

Engraxar seus sapatos?”

Até quando vamos ficar “Esperando a ajuda do divino Deus”?

Quantos Corpus Christis terão de passar?

Curta o som aí embaixo e...

Bom feriado!








sábado, 18 de junho de 2011

SÃO MUITAS EMOÇÕES

Vocês fazem idéia de quem são esses simpáticos velhinhos aí em cima?

Não? Por enquanto só posso dizer que são senhores que fizeram muito em um passado não tão distante, mas como somos um povo sem memória talvez você não os esteja reconhecendo então continue lendo que você não vai se arrepender em conhecê-los; ou melhor, reconhecê-los.

Não há problema em escrever que nasci na década de 60.

Início da Ditadura Militar época de autoritarismo, revolta, prisões, seqüestros e outros abusos.

Época do Milagre Econômico com a criação de Furnas, Petrobras, Nuclebras, etc. As grandes obras eram vistas em boa parte do território nacional, a recém inaugurada Brasília, a ponte Rio Niterói, hidrelétricas diversas, etc.

As pessoas andavam em segurança pelas ruas; bastava não falar mal dos militares ou seu regime de governo.

Hoje podemos falar o que quisermos, mas a segurança deixa a desejar.

Mas não é sobre isso que quero falar com você. Esse início serve apenas para situá-lo(a) no tempo.

O ano era 1961. Homens destemidos, providos de técnica e arte, como há muito não se vê. Uma tropa de elite que participou e venceu batalhas épicas para atingir um objetivo.


Ari, Joubert, Hilton, Bolero, Jordan, Jadir, Carlinhos, Hugo, Joel, Gerson, Henrique, Dida, Norival, Germano, e Oton participaram dessas batalhas comandados por Fleitas Solich.


Esses foram os heróis que conquistaram um dos mais difíceis torneios de futebol da época, o Torneio Rio São Paulo.

A campanha foi magistral. Foram oito vitórias em doze jogos. Os destaques foram uma derrota para o Santos de Pelé no Maracanã quando levamos sete gols e a revanche no Pacaembu quando fizemos cinco.

Flamengo 2 x 1 São Paulo – Pacaembu
Flamengo 3 x 2 Palmeiras – Pacaembu
Flamengo 1 x 7 Santos - Maracanã

Flamengo 0 x 2 Fluminense - Maracanã
Flamengo 0 x 3 Botafogo - Maracanã
Flamengo 2 x 0 Portuguesa-SP - Maracanã
Flamengo 2 x 1 América-RJ - Maracanã
Flamengo 2 x 1 Vasco - Maracanã
Flamengo 0 x 3 Corinthians – Pacaembu
Flamengo 3 x 1 Palmeiras - Maracanã

Flamengo 5 x 1 Santos – Pacaembu
Flamengo 2 x 0 Corinthians - Maracanã


E levamos mais um caneco para nossa cada vez mais repleta sala de troféus na Gávea.

Ontem, 16 de junho de 2011, fui convidado para um dos eventos que a Diretoria do Flamengo promove periodicamente em homenagem aos jogadores que conquistaram algum título vestindo o Manto Sagrado. Levei meu filho.

Dessa vez, a homenagem foi para os três, ainda vivos (foi o que entendi), pertencentes ao magnífico time que conquistou o Rio São Paulo de 1961.

Carlinhos, Jordan e Joubert.





Eu nunca os vi jogar. Sabia do título, mas nenhum detalhe.

Foi um evento simples, sem muitas frescuras e até um pouco desorganizado o que deu um tom de almoço de família aos domingos.

As imagens dos jogos produzidas pelo Canal 100 desfilavam nas LCDs e a presença de alguns outros importantes craques de várias épocas e títulos conquistados: Adílio, Julio Cesar (Uri Gueller), Silva Batuta, Fernandinho, Evaristo de Macedo; eram os ilustres a venerar. Havia outras figuras, mas não tão importantes.

Ao adentrarmos ao ambiente onde se daria o evento nos deparamos com nossas mais importantes taças e ao tirarmos fotos não resisti em fazê-lo tocando uma delas. Foi um gesto que milhões gostariam de fazer, mas nunca conseguirão. Imaginem como me senti.




Cenas inesquecíveis foram revividas em um curto espaço de tempo. Gols, vitórias, lances violentos, empates e escassas derrotas passaram na minha frente como se o tempo não tivesse passado.

Eu tenho um Manto Sagrado que levo a esses eventos para colher autógrafos dos craques presentes. Zico, Junior, Sávio, Julio Cesar (Uri Gueller) e Romário já haviam assinado e ontem consegui mais sete.

A cada abordagem eu era recebido cordialmente por eles. Largos e sinceros sorrisos me eram oferecidos. Na sua simplicidade agradeciam como se assinar aquela camisa fosse um de seus maiores prazeres. Eles não tinham noção de que eu é que estava sendo presenteado não só pelas assinaturas como o prazer e honra que estavam me proporcionando.

A sensação era de euforia misturada com emoção. Eu conversava com cada um deles como se nos conhecêssemos há anos. Ouvi histórias daqueles tempos assim como dos anos setenta e oitenta ainda nítidos na minha memória.

A cada um deles eu agradeci o que fizeram pelo Flamengo, pois a soma de suas conquistas e títulos, mesmo os que não vi, é que nos tornam humildemente superiores aos demais times do Brasil. E é baseados neles que curtimos com a cara de cada um dos membros da Arco-Íris invejosa e mal vestida.

A felicidade daqueles senhores era contagiante e eu não queria mais sair daquele lugar. Queria ser o último. Maldita prova que meu filho iria fazer no dia seguinte.

Ainda muito emocionado com a maneira como aqueles velhinhos recebiam as justas homenagens vi ser formada uma banca de pesquisadores e juristas.

O motivo era para explicar o porquê de o Flamengo estar pleiteando o título do mesmo torneio, porém do ano de 1940.

Em breves palavras, a história é que esse não terminou porque ao final do primeiro turno os times de São Paulo não quiseram disputar o segundo. E exatamente por isso a então CBD (hoje CBF, sempre ela) resolveu não considerar o torneio como inacabado, portanto sem campeão.

A história mostra que a maioria das edições deste torneio foram realizadas em turno único. Uma das quais terminou com quatro campeões. Sendo assim, não há porque não se reconhecer o de 1940. Nesse ano o Flamengo, junto com outro, eram os primeiros colocados, mas pelos critérios de desempate utilizados hoje nós seríamos os primeiros. Como esses critérios não eram utilizados na época, estamos pleiteando o título para os dois.

Após as explanações abriram para perguntas e poucas foram feitas.

O papo correu solto até que resolvemos ir embora.

Ao sair eu desejava me despedir de todos eles um a um, mas meu filho estava com pressa.

No caminho do estacionamento encontramos com a Presidente Patrícia Amorim que deve ter me reconhecido por ter feito uma das poucas perguntas e iniciou um papo.

Era visível sua exaustão, mesmo assim foi muito simpática e atenciosa. Durante a conversa percebi o quanto estava empolgada.

Falamos sobre o Brasileiro de 1987, as possíveis contratações e vendas, patrocínio, centro de treinamentos, tijolinhos etc. Eram muitos assuntos, portanto vários ficaram sem tempo, uma pena.

Importante foi a sensação de que pelo menos a Patrícia está fazendo um belo trabalho, pois ao resgatar nosso passado através dessas homenagens aliado a construção do Centro de Treinamentos, nos dá a certeza de que um grande futuro nos aguarda.



Mas com certeza o mais importante mesmo é que nunca esquecerei a alegria e carinho do convívio com aqueles fantásticos craques.

Obrigado.
Saudações.

domingo, 5 de junho de 2011

QUE MUNDO VOCÊ GOSTARIA DE VIVER?

Você já deve ter percebido, por diversos de meus textos, que a falta de ordem, de ética e de civilidade me incomodam bastante. Não é raro me questionar se não estou sendo exigente demais, se não poderia relevar certas situações e/ou acontecimentos afinal, estão todos se divertindo, rindo horrores chegando ao cúmulo de fazer piadas dos horrores a que somos obrigados a conviver e/ou assistir sem que ninguém vá preso, ou ao menos efetivamente contestado.

As coisas vão acontecendo, muitas chegam às primeiras páginas dos jornais e capas de revistas em forma de manchete. As pessoas se revoltam ou se comovem. Poucas se dispõem a fazer algo efetivo e com o passar dos dias a manchete vira notícia, depois uma nota até virar uma vaga lembrança em nossas cabeças sem memória.

Reparem que em todos os seguimentos da sociedade há uma situação nebulosa, sem explicação plausível. Não importa o nível socioeconômico. Os problemas vão desde a falsificação de CDs, DVDs e cigarros até os grandes roubos políticos ou coorporativos; sem deixar de passar pela saúde, ou pelo esporte.

E são tratados como poeira ao serem varridos para debaixo dos tapetes do esquecimento a cada fala de amigos, correligionários ou advogados de defesa.

E mais uma vez, para mim, fica a sensação de termos perdido uma ótima oportunidade de fazermos a diferença. Mais uma das muitas oportunidades que surgem devido a irresponsabilidade daqueles que se julgam acima de tudo e de todos.

É nessas horas que me pego pensando em como poderíamos ter uma existência melhor, mais consistente. E no meio de um emaranhado de idéias e pensamentos inicio um exercício para tentar decifrar o que seria o meu mundo ideal.

Uma das primeiras coisas que penso é que esse mundo não teria muito a ver como que desejou John Lennon em sua linda, mas utópica Imagine.

Essa história de não existir países, religião, posses, etc. soa demagogia, portanto impossível para mim. Mas não existir pessoas passando necessidades e fome ou menos ganância e mais respeito entre nós é bem possível.

Tenho certeza de que não sou o único que perde tempo pensando nisso.

Perde tempo? Você vai perguntar.

Sim, perdemos tempo sim; afinal são infinitas as variáveis que influenciariam na conquista desse mundo ideal.

A começar pelas diferenças por que o meu mundo ideal pode não ter nada a ver com o seu e com certeza não tem nada a ver com o que seria o mundo ideal para os políticos.

Não dizem que a unanimidade é burra?

Outra variável seria o fato de desejarmos, mas não fazermos nada para que ele se torne realidade. Nem mesmo pequenas ações que em conjunto com outras transformariam nosso mundo em algo melhor, mesmo que ainda não fosse o ideal.

Afinal, o ótimo é inimigo do bom.

Algumas situações, se vistas por seres de outro planeta, os deixariam em dúvida com relação a existência de vida inteligente na Terra.

O que dizer daqueles que não catam o cocô que seus cães deixam nas calçadas que eles mesmos ou seus familiares transitam diariamente?

E dos ditos profissionais que passam o dia todo na rua em seus veículos, taxis, ônibus, vans, caminhões, etc. que fecham os cruzamentos que transitam todos os dias?

Isso me deixa impressionado. E olha que não sou de outro planeta. Acho.

Não podemos deixar de citar as diversas advertências que nos atingem, como um pé na bunda tentando nos levar adiante, todos os dias através dos diversos meios de comunicação.

Não desmatem!

Não poluam!

Não fumem!

Não desperdicem!

Reciclem!

Economizem!

Compartilhem!

Em resumo, usem aquilo que têm dentro de suas cacholas! Aquela massa cinzenta que existe ali não foi feita apenas para calcular o troco de uma compra de shopping, o lucro de uma transação, ou a forma de se dar bem em uma situação. Ela foi feita para algo maior e se você não consegue vislumbrar esse poder está na hora de rever algumas coisas.

Que tal rever conceitos? Ainda há tempo!

O simples fato de não jogar o lixo na rua, mesmo que um simples papel de bala, já seria uma ajuda.

Alguns poucos já estão tendo consciência e efetivamente fazem algo positivo. Outros muitos, disfarçados, se aproveitam dessas bandeiras e agem em proveito próprio. São os piores. São empresas com seus programas de Responsabilidade Social implementados visando apenas diminuir sua carga tributária, ou pessoas físicas que administram instituições e/ou ONGs fazendo-as de fachadas para negócios escusos.

Essas são as causas de estarmos perdendo tempo ao vislumbrarmos um mundo melhor.

As vezes me sinto um privilegiado por poder perceber essas coisas e com isso cobrar de mim e de meus filhos ações que podem ajudar a transformar nosso mundinho.

Mas essa consciência me aborrece ao deparar com aqueles que agem só pensando em si e mais ninguém. Esses acabam prejudicando a si mesmos ou seus descendentes sem perceber. E dessa forma, sendo menos inteligentes eles têm uma existência mais tranqüila, por não se importarem com problemas que não dizem respeito a seu bolso ou sua estética.

As vezes me pergunto se não seria melhor ser egoísta e ignorante e direcionar minha responsabilidade apenas para não perder a hora das festas, baladas, cervejas, churrascos, etc. Sim talvez eu fosse mais feliz, talvez tivesse mais “amigos”, mais grana, mais popularidade.

Mas algo mais forte insiste em manter viva essa parte de minha consciência.

Que bela merda!

E assim sigo minha vida com minhas cobranças internas, mas também bebendo algumas cervejas, whisky, vodka cachaças, saquê e vinhos, degustando uma boa comida, fazendo algumas viagens e conquistando meus objetivos.



Meu mundo ideal não seria muito diferente deste que vivemos, não seria sem chuvas ou trovoadas.

Continuaríamos com diferenças sociais, culturais e econômicas, mas com certeza não teríamos gente se matando por torcer por um time diferente ou escorrendo pelas encostas dos morros a cada chuva mais forte.

Nossas posses não teriam limites desde que obtidas licitamente, sendo fruto do trabalho realizado.

Esse trabalho seria dignamente remunerado. Mas conservando-se as diferenças devido ao esforço despendido por cada um de nós para obtê-lo.

Teríamos ladrões, bandidos e afins, mas seriam presos quando descobertos e quando na cadeia, não ficariam comendo e dormindo ocupando a mente com coisas sem valor. Eles produziriam durante as oito horas diárias como nós fazemos todos os dias e seriam remunerados por isso.

Haveria hospitais o suficiente para os necessitados. Esses seriam poucos, pois as ações de prevenção seriam uma realidade.

O controle de natalidade aconteceria naturalmente devido ao conhecimento mínimo e consciência de toda a população do planeta por saber que controle da natalidade não significa controle de sexo como muitos pensam.

“Muitos? Como assim?”

Sim se você acha que isso é sabido por muitos, está enganado. Você e os outros que sabem disso somam apenas 6% da população deste país. O percentual pode aumentar um pouco se considerarmos o mundo, mas muito pouco.

Ficou surpreso? Talvez você esteja passando muito tempo na internet inutilmente. Que tal ler um livro? Mesmo que virtual

Se nesse assunto (sexo) que talvez seja a única unanimidade no mundo (quem não gosta? Independente de OPÇÃO sexual.), poucas pessoas têm o real conhecimento, imagina se falarmos de política, esporte, ecologia, ética, civilidade, educação, etc.

Como tenho poucos leitores creio que todos entenderam o que quis dizer. Até por que são leitores.

Os impostos continuariam sendo uma realidade assim como passaria a ser o seu correto destino.


Também existiriam políticos, mas gastariam seu tempo fazendo aquilo para o qual realmente foram eleitos. E seriam presos quando descobertos em suas falcatruas. E se presos, como presos viveriam, sem distinção.

Como hoje, haveria diferentes regimes políticos, mas seriam respeitados por que seguiriam seu principal discurso de existirem do povo, para o povo e pelo povo.

As ações pró-ecológicas seriam necessárias, mas não seriam baseadas em “xiitismos” como se aventurar em barcos minúsculos contra imensos navios de pesca clandestina, pois isso não leva a nada.

As religiões, extremamente necessárias, seriam ... religião.

No meu mundo ideal a ética, a ordem e a civilidade seriam o tripé de sustentação da civilização.

Alguns acham que isso seria muito difícil de se conseguir, eu concordo, até porque do jeito como as coisas andam é possível que não escapemos, mas não consigo achar que é impossível.

Não acho que estamos totalmente perdidos ou que o fim do mundo é uma questão de tempo. Até porque há uma parcela da população fazendo alguma coisa. Pequena parcela eu sei, mas já é uma realidade.

Não são aqueles que ladram aos quatro ventos palavras de ordem em prol do “ecologicosocioeconomicapoliticamentecorreto” e nada fazem. Esses estão apenas em busca de votos, benesses, isenções e outros interesses escusos.

Estou falando dos cientistas que correm contra o tempo na busca de alternativas menos contundentes ao ecossistema. Ou daqueles que realmente fazem coleta seletiva do lixo ou não sujam as ruas e se comportam como gente ao freqüentá-las.

São aqueles que ao menos cumprimentam uns aos outros ou pedem licença para passar.

Usar o “por favor” deveria ser obrigatório. Obrigatório? Não, caro leitor, deveria ser usual.

Atitudes simples que possuem o poder de mudar uma situação. Um simples, mas sincero, sorriso, ou um obrigado promovem milagres.

Se você na faz, tente, vai se surpreender com o resultado. E custa barato.

Algumas pessoas ainda se assustam ao ouvir um “Bom dia!”. As vezes engasgam ou emitem sons incompreensíveis ao tentar retribuir.

Outro dia me contaram que um motorista bateu de propósito (de leve) no carro da frente pelo simples fato de este ter parado, mesmo com o sinal verde, pois se continuasse iria parar sobre a faixa de pedestres.

Os valores estão mudando não há mais respeito entre os seres, não há mais respeito com as intimidades mesmo com o desfraldar de bandeiras contra a homofobia, contra a pedofilia, contra as irresponsabilidades, etc.

E o incentivo a essas mudança é latente ao vermos os meios de comunicação fazem apologia ao homossexualismo (até na novela das sete tem um), ao banditismo, ao sexo acima de tudo e ensinando as pessoas a enganarem umas as outras.

Nem tudo que vemos por aí é natural. Algumas coisas são anomalias, defeitos genéticos, uma forma de protesto, ou até mesmo uma bela de uma sacanagem. Mas algumas são opções e como tais devem ser aceitas e respeitadas, mas não devem ser obrigatórias; devem permanecer opcionais.

Artificiais estamos nos tornando a cada batalha “vencida” na guerra pela “beleza”, “perfeição” e “vida” eterna. Os seios, as bundas e demais partes de nossos corpos feitos de silicone são o início de nossa viagem, sem volta, ao improvável.

Estamos brincando de Deus faz tempo e está ficando cada vez mais chato descer para o play.

Deve ser por isso que perde-se tempo precioso em conversas pela internet e nesse ambiente as pessoas não se auto-respeitam. Nesses contatos abrem-se as páginas das vidas indiscriminadamente. Oferecem-se imagens animadas ou não sem critério. Expõe-se segredos, intimidades, desejos e opiniões a exmo. Com isso “conquistamos amigos e mais amigos muitos dos quais nunca veremos, nunca tocaremos, nunca olharemos olhos nos olhos, nunca veremos um sorriso.

Nas ruas, onde isso ainda é possível, não nos toleramos. Discutimos por um simples esbarrão ou aceno de cabeça. Nos escondemos atrás dos vidros pretos. Na rua os beijos são roubados a força o que mostra a cada vez maior incapacidade de diálogo.

Na rua não nos consideramos semelhantes, não nos respeitamos, falta-nos paciência.

Ou somos amigos virtuais ou somos inimigos mortais.

Pois é, algo está errado. Diziam isso da minha geração e das anteriores. Diziam que estávamos perdidos, mas a maioria mesmo que fora de si se respeitava. Paz e Amor era o slogan, o problema era a alienação.

Reclamamos das gerações que estão chegando, sempre foi assim e provavelmente sempre será, mas agora estamos lhes dando muita liberdade e pouco exemplo, pouca civilidade. E por isso vemos que as pessoas estão se distanciando. A evolução as está afastando. Se permanecer dessa forma não nos reproduziremos em número suficiente e não é esse o mundo que imagino ser o ideal.


Veja o clip abaixo, segundo informaram trata-se de uma música do Michael Jackson que não deixaram divulgar por motivos óbvios.







Até o próximo e que seja breve.