quarta-feira, 13 de março de 2024

EXTREMA DIREITA OU EXTREMA ESQUERDA?

 


Caros e escassos leitores.

Volto a este espaço para expor uma dúvida que começou a me incomodar desde que iniciaram os processos de “repolitização” de nosso país. Espero que após expostos a dúvida e meus argumentos vocês possam me ajudar a sana-la; ok?

Então vamos lá...

Antes um breve retorno na história...

Sabemos que a origem do termo “direita” se dá ao fato da posição em que os parlamentares franceses se sentavam na Assembleia Legislativa, na época da Revolução Francesa (1789/1799); à direita do orador. Consequentemente, por lógica simples, o termo “esquerda”, tem origem na mesma situação.

Nessa época surgiram as primeiras ideias iluministas e dois pensadores se destacaram:


Edmund Burke que entendia que as mudanças originadas da Revolução deveriam ser implementadas de maneira gradual, respeitando as tradições e mantendo a estabilidade da nação francesa. Burke foi considerado o precursor do Conservadorismo.


O outro, Thomas Paine que acreditava que as mudanças deveriam ser implementadas de forma radical sem levar em consideração a história da sociedade como um todo. Paine tornou-se o percursor do Progressismo.

E dessa forma o pensamento à direita foi sendo construído respeitando-se o indivíduo, sua liberdade, seu esforço, o resultado desse esforço e consequentes ganhos e conquistas. Sendo assim, é natural que para os conservadores a presença do Estado (Governo) deve se ater apenas ao estritamente necessário, ou seja, manter a ordem e unidade do país, sua integridade territorial e prover o mínimo necessário para o desenvolvimento e bem estar da nação; saúde, educação e infraestrutura básica, por exemplo.

Esses e outros produtos e serviços podem e se possível, devem ser produzidos e comercializados entre os indivíduos da nação e ou estrangeiros que se propuserem a investir no país.

A interferência do Estado deve se ater apenas a regulamentação das etapas do processo para que o sistema não se torne um “Barata Voa”.

Para funcionar esse sistema deve se basear na “Lei da Oferta e Procura”, ou seja, o mesmo produto ou serviço pode ser oferecido por vários, com qualidade e preço distintos e quem os desejar poderá escolher o que melhor lhe convier de acordo com suas possibilidades e desejos. Isso permite a livre concorrência onde aqueles que oferecem produtos ou serviços similares “duelam” entre si para oferecer o melhor produto ou serviço pelo melhor preço. Dessa forma temos uma linha comercial com produtos e serviços de diversas qualidades e valores o que atende aos vários consumidores oriundos de camadas sociais distintas.

Esse sistema permite aos que se esforçarem mais e melhor no intuito de melhorar a qualidade e valor de seu produto ou serviço obtenha melhores lucros e se desejar, reinvestir a parte que julgar suficiente de seus ganhos na melhoria e/ou ampliação de suas instalações e/ou equipe, para produzir mais e melhor; gerando mais e melhores empregos; conquistar novos mercados e clientes.

A esse sistema dá se o nome de Livre Mercado (Adam Smith , Ludwig Von Mises) que se baseia na meritocracia ou simplesmente:

“Seu resultado é consequência direta de seu esforço despendido para obtê-lo.”

Não podemos esquecer de duas variáveis importantes nessa equação: meio e tempo, onde e quando o esforço é despendido, sofrendo as interferências destes. Mas vamos deixar isso de lado, citei só para dizer que o assunto é amplo e complexo...

Assim, o pensamento de direita se resume ao atendimento dos objetivos do indivíduo, em sua liberdade em fazer escolhas, determinar metas e expressar suas opiniões, fornecer e obter produtos e serviços de acordo com seus desejos, necessidades e possibilidades; tudo isso seguindo as leis vigentes e com mínima interferência do Estado.

A consequência desse sistema é a geração de riquezas e o pagamento de impostos ao Estado que deverão ser investidos em prover o mínimo necessário para a manutenção, o desenvolvimento e bem estar da nação. Outra consequência é que com a geração de empregos, reduz-se o número de dependentes de ações assistenciais providas pelo Estado, baixando seu custo.

E em um país sério, se o resultado da equação, impostos menos custo do Estado, for positivo, o Estado além de investir em sua manutenção e melhorias, pode reduzir a carga tributária e assim potencializar o “Livre Mercado”; gerando mais impostos e empregos; a tão falada Curva de Laffer (1970).

A reboque disso tudo, o Conservadorismo prega o estrito atendimento as leis, a livre escolha de credo, o direito à propriedade, o direito a auto defesa com a posse ou o porte de armas etc. Ou seja, o indivíduo pode fazer e falar tudo desde que seus atos e palavras estejam em consonância com a lei vigente.

Não é fantástico?

Mas infelizmente não funciona assim. Há outras variáveis tais como falta de moral, de caráter, de honestidade e afins oriundas de algumas engrenagens que compõem esse sistema e o fazem patinar em certas situações. E não é raro o Estado, mesmo na sua mínima participação, ser uma dessas engrenagens enferrujadas. E são dessas engrenagens desdentadas que tem origem a baixa qualidade do mínimo que o Estado deve prover. Por isso ainda temos saúde, infraestrutura e educação deficitários em nosso país.

Já a esquerda, tem como conceito a defesa dos interesses coletivos em detrimento dos interesses individuais. Preocupam-se com o bem estar de todos com ênfase nos menos favorecidos na intenção de diminuir as desigualdades sociais.

Para eles a participação do Estado é de suma importância para esse sistema, ao ter que prover o máximo possível de produtos e serviços ao povo. Para isso é preciso uma imensa rede de empresas geridas pelo Estado. E a participação da iniciativa privada é restringida nessa rede.

Como conceito, não é tão ruim, mas há importantes variáveis a se considerar. Como o Estado é o maior provedor de produtos e serviços a ação de prover fica prejudicada pois o Estado não tem como atuar em tantas frentes com a devida eficiência. A falta de concorrência faz com que a população tenha acesso a produtos e serviços de qualidade e valor duvidosos além de restringir o número de empregos o que faz aumentar a dependência de ações assistenciais providas pelo Estado, aumentando seu custo.

O Estado torna-se uma imensa máquina mal mantida e dispendiosa em demasia que consome grande parte das riquezas do país.


Há outras variáveis tais como falta de moral, de caráter, de honestidade e afins oriundas de várias engrenagens que compõem esse sistema e o fazem patinar ainda mais. E por ser quase que o único provedor de produtos e serviços, o Estado é a principal dessas engrenagens enferrujadas. E são dessas engrenagens desdentadas que tem origem a baixa qualidade de tudo o que o Estado deve prover. Por isso a saúde, infraestrutura, educação etc. são quase inexistentes em certos países.

Como viram, baseado no descrito até agora, o assunto é complexo e há muito mais a ser dito. Seria necessário colocar nessa complexa equação fatores como política, corrupção, justiça, cultura, religião, entre outros, tudo isso resumido em simples frases como: "Vamos tomar o poder que é diferente de ganhar as eleições" ou, “Perdeu mané, não amola.” ou, “Sem provas, denuncio...” ou ainda, “Derrotamos o ...”, para se ter um maior conhecimento dessa salada toda. Mas entendo que para o que desejo o exposto até aqui, já é suficiente.

Esses detalhes descansam em sono nada profundo dos vídeos apagados de 08/01/2023 ou o vídeo do aeroporto de Roma de 14/07/2023; escondido.

E diante disso arrisco dizer que, mesmo com suas deficiências, tendo a concordar que em meu país sejam aplicados os conceitos conservadores. Ratifica esse meu entender saber que em todos os países onde foram aplicados os conceitos progressistas os resultados foram bem abaixo do esperado.

Estando correto o raciocínio do exposto e seu entendimento, já podemos definir qual dos dois sistemas é o melhor, ou, para outros, o menos ruim. Mas ainda há alguns poucos, que se acham muitos, que entendem o progressismo como o melhor sistema.

Como? "se acham muitos" Se as pesquisas e resultados de pleitos recentes confirmam essa maioria.

Ora meus caros e escassos leitores, é simples. Acompanhando o raciocínio de um grande jornalista, não se vê nos diversos indicadores de consumo hoje existentes a maioria que o lado progressista insiste em tentar, sem sucesso, alardear agressivamente por aí.



A imprensa desonesta, escrita e/ou falada têm seus índices de leitura e/ou visualização cada vez menores assim como as empresas de viés progressistas têm reduzidos seus índices de vendas e valores de ações na Bolsa de Valores. Nas redes sociais o cenário não é diferente. Pessoas de viés conservador têm mais visualização, inscritos e comentários concordantes do que os progressistas. Empresários, engenheiros, arquitetos, advogados, personal trainers, médicos, porteiros, trabalhadores domésticos, da construção civil, garçons, motoristas de aplicativos, motoboys, entre outros; quando consultados, são, na sua grande maioria de viés conservador. E o maior indicador de todos, as ruas, têm maior frequência em eventos conservadores.


Vocês têm a mesma percepção?

Arrisco a dizer que sim.

“Ah! Os de viés progressista não saem mais as ruas!”, dizem os poucos que os defendem.

Quer dizer que os tranquilos e ordeiros manifestantes que ateiam fogo em pneus e ônibus por aí; ou os que invadiram o Congresso quebrando a porratoda (17/06/2013); ou os que mataram um jornalista com rojões (Santiago, da Band Rio, 06/02/2014); ou os que quebraram as vidraças da FIESP (13/12/2016); ou os que “pintaram a fachada do prédio onde mora uma ministra do STF (06/04/2018); ou os que atearam fogo a estátua do Borba Gato (24/07/2021); se tornaram tímidos e resolveram não mais aparecer nas ruas... Será que foi porque até a mortadela está mais cara?

Ora meus caros, me poupem...

Nem vou escrever sobre a manifestação do último 08/03/2024, convocada pela presidente do PT, foi um fiasco!

Então guardem essas informações e passemos ao próximo passo.

Há dois significados para a palavra extremo. O primeiro é substantivo masculino que basicamente indica distância: o extremo sul do país etc. O segundo é o substantivo masculino que indica intensidade: ela trata seus filhos com extremo amor e carinho etc. E é nesse que reside minha dúvida.

Faz algum tempo que muitos já perceberam que a atuação da “imprensa” desonesta não conduz com os preceitos que regulamentam a profissão e é exatamente ela que mais usa o termo “Extrema Direita” em suas reportagens para macular aqueles que concordam com os conceitos conservadores e agem, principalmente nas redes sociais, enfaticamente para defende-los e argumentar com aqueles que defendem os conceitos progressistas. A imprensa também se utiliza de outros termos menos elogiosos para adjetivar os conservadores, mas ultimamente “Extrema Direita” tem sido o mais utilizado, já que os demais, apesar de mais contundentes já caíram em descrédito diante dos argumentos expostos, até por eles mesmos em diversos ataques de “sincericidio” em suas matérias.

Também não é novidade para ninguém a reação dos de direita ao uso desse adjetivo, eles se sentem ofendidos ao serem chamados de membros da “Extrema Direita”.

Daí a minha dúvida: “Ser de extrema direita é bom ou ruim?”

Passei algum tempo pensando nisso. Não na dúvida em si, mas no por que de os da direita se ofenderem tanto. E durante esses devaneios surgiu nova dúvida: será que não estou enxergando alguma coisa? É bem possível pois, faz algum tempo que deixei de ser frequente em discussões sobre a política; não só nas tradicionais conversas com familiares e amigos como também nas redes sociais. Já passou o tempo de tentar mostrar aos incautos onde está o progresso, a lei e a ordem. Em resumo, concordo com outro grande jornalista que diz mais ou menos o seguinte:

“Aqueles que ainda permanecem na escuridão intelectual ou são idiotas úteis ou são coniventes.”

 Assistir lives, gravações ou cortes no YouTube tornou-se raro, mas não deixo de me informar diariamente pelo Oeste Sem Filtro. A proliferação de clicks bates e ouvir muito do mais e do mesmo contribuíram em muito para esta decisão. Ainda assisto a uma ou duas lives por dia e só.

Entretanto, é preciso salientar que as opiniões desses que tenho visto e ouvido são quase uma unanimidade ao relatar e/ou comentar a precária situação em que vivemos há anos. Perseguições infundadas e o cristalino desrespeito às leis. A atual situação sócio econômica, saúde, educação, segurança e nossas participações no cenário mundial, têm sido um desastre.

Apenas sinto falta de uma maior sinalização na estupida participação da “imprensa” desonesta nisso tudo. E como sabem, entendo que isso é o que mais tem contribuído para essa situação inadmissível e arrisco afirmar que se a “imprensa” fosse um mínimo honesta muito de nossos problemas não estariam acontecendo.

Diante desse fato, sim é um fato, se a situação permanecer como está, acompanhando o raciocínio do primeiro grande jornalista citado acima, a frase de nossa “ex-presidenta”:

“Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar ou perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.”

... deixará de ser um meme e passará a ser uma verdade inconteste afinal, o país e o resto do planeta já estão perdendo e muito, há décadas.

E assim, acho que podemos concluir que, se o conservadorismo respeita a lei, o indivíduo, as religiões, o livre comércio etc., aquele que respeitar extremamente a lei, o indivíduo, as religiões, o livre comércio etc. não é uma pessoa a ser execrada e sim idolatrada.

Vocês concordam?

E que aqueles que defendem, extremamente os preceitos de esquerda, devem ser o que?