sexta-feira, 15 de julho de 2011

INTENSIDADE, ESSA VIDA LOUCA E BANDIDA

Pois é pessoal, após média ausência aqui estou para continuar enchendo sua paciência e essa página cinza com, como sempre, mal traçadas linhas de conteúdo duvidoso.

Vocês sabem como gosto de escrever e esse distanciamento não foi nada agradável.

Senti saudades.

Essa ausência se deu por acontecimentos que provocaram mudança significativa na rota em que tentava trilhar nessa nem sempre alegre e muito menos coerente vida que levamos.

Incoerente? Ainda bem!

Estava determinado a seguir um caminho e as pessoas em volta, mesmo que a contragosto, aceitavam ao permanecer ao meu lado. Era quase uma exigência e assumo a minha parte de responsabilidade por isso, mas não as conseqüências. Foram escolhas, portanto de responsabilidade apenas de quem as fez.

Escolhas que por terem sido feitas elevaram em muito relações e prazeres, mesmo que poucos, maravilhosamente vividos.

Poderia tecer um rosário para descrever, analisar e comentar o ocorrido para então consolidar suas conseqüências, mas não acho necessário, são coisas que podem ocorrer e já aconteceram com muitos de vocês.

Resta saber se você deu o devido valor a tudo isso. Eu dei o valor e permanecerei fazendo isso sempre que achar devido.

Como tudo este trouxe alegrias, recordações e tristezas. Afinal assim são os acontecimentos ou você se esquece que:

- Para ser erguido um novo prédio, bonito, moderno, com a utilização de tecnologia de ponta, a fim de acomodar uma centena ou mais de pessoas; com certeza foi necessário derrubar alguma vegetação e/ou construção antiga cujo valor histórico ou sentimental fazia sentido para alguém que resolveu pagar o preço e se desligar disso.

- Para que haja alguma evolução no atendimento as nossas necessidades de conforto, agilidade e qualidade, é necessário abandonarmos coisas ou formas de obtê-las mesmo que para isso tenhamos que esquecer a história ou parte dela ali embutida.

É o preço a ser pago pela evolução, pela mudança; pelo crescimento.

Assim é a vida, sendo boa ou ruim, ela é repleta de decisões, escolhas, construções, etc.

Mesmo que essa escolha seja não escolher.

Nem sempre temos opção e as escolhas viram “escolhas”, mas é assim que seguimos em frente. Alguém deve perder para que outro seja feliz.

A dúvida é como vamos receber e nos desligar da perda.

Muitas das vezes, posições há muito fervorosamente defendidas esvaem-se como castelos de cartas ao surgimento de uma nova informação, tecnologia ou situação específica.

Mas as coisas não acontecem de um dia para outro. São palavras colhidas de frases inteiras, olhares de apoio e/ou reprovação, exemplos vividos ou assistidos. Itens que separados não têm sentido, porém juntos possuem a força para transformar.

Não é uma pessoa, a música, um familiar, um amigo, uma companheira, o chope ou whisky, nem a terapia que fazem isso, mas sim o conjunto disso tudo.

A necessidade de conquistar mais do que se está obtendo, a busca, mesmo que indolente, por novidade; resumida em uma simples frase:

“Eu só quero ser feliz!”

Enquanto isso o tempo passa, na segurança da família, quem a tem ou dos amigos, quem os têm, e demais queridos:

Sexo, drogas e/ou rock’n roll.

E as palavras vão sendo colhidas, as situações e exemplos vividos e tudo sendo armazenado.

O processamento desses dados é lento, muitas vezes imperceptível para você, mas o entorno sinaliza que algo está acontecendo. São as palavras colhidas de frases inteiras, olhares de apoio e/ou reprovação, exemplos vividos ou assistidos que mostram o andamento da metamorfose.

E o tempo vai passando, sapatos vão sendo gastos cada vez mais rápido.

Esquecido que estava de que a busca por felicidade está ligada não só ao querer, mas também ao fazer, provar e aceitar, eu estava vivendo algo meio que racional ao extremo. Era de casa para o trabalho, do trabalho para casa.

Esvaziar o cachorro duas vezes ao dia também fazia parte da rotina.

Um passeio de moto por Juiz de Fora para ver os M&M, Petrópolis, Angra, Itaipava e muito raramente São Paulo; junto com uma pizza ou jantar com poucas pessoas muito queridas eram as exceções.

Prazerosas exceções.

E os sapatos ficando cada vez mais velhos.

Estar presente neste espaço era um de meus maiores desejos quando fora estava. Quando presente eram horas de êxtase. Podem acreditar.

Não deixava de ser feliz, não é nada disso, mas faltava alguma coisa.



De uns tempos para cá o entorno vem se manifestando de forma distinta a que vinha fazendo.

As palavras colhidas de frases inteiras, olhares de apoio e/ou reprovação, exemplos vividos ou assistidos sinalizavam cada vez mais intensamente a chegada de novidades, da mudança.

E ela chegou.

Pessoas sofreram e sofrerão, algumas se mostraram indiferentes e outras perceberam e compartilharam minha alegria.

Novas oportunidades surgiram do nada:

- Algumas queridas do passado;

- O presente tornou-se mais claro;

- O passado uma agradável, saudosa e, espero, sempre presente lembrança;

- O futuro uma enorme incógnita.

E eu, no alto de meus pouco mais de vinte e nove anos, quero vivê-lo!

E que seja da forma mais intensa possível.

“SEJA BEM VINDA INTENSA IDADE!”