terça-feira, 29 de março de 2011

PARABÉNS À VOCÊ . . . !



Hoje passei parte do dia pensando em chegar rápido em casa para escrever. Mas não queria escrever um texto comum, deveria ser algo novo, um assunto que eu nunca tenha abordado. Deveria ser algo em que eu acreditasse ou ao menos tentasse. Poderia ser polêmico, divertido ou triste. Poderia falar de política, comportamento, esportes ou laser.

Relacionamento seria um bom tema? Sim, não é algo a se descartar mesmo considerando que em muitos destes somos descartados como cartas inúteis jogadas com desprezo sobre a mesa em troca de um morto.

Morto que permanece morto pelo simples fato de ser descartável. Morto que se torna vivo em mãos que sabem jogar o jogo da vida.

Em que mãos você gostaria de estar?

Em mãos que o manipulam e o deixam a mercê de ventos por elas soprados? Ou mãos que te deixam livres para ser o que é?

Eu gostaria de estar sempre sob a proteção de minhas mãos, pois estas me deixam livres para voar quando preciso e me controlam quando é necessário.

“-Se beber não dirija.”

Elas diriam sem cerimônia, sem passionalidade.

Ou apenas um “Vai em frente.” seria o suficiente.

Na pior das hipóteses, e por pouco tempo, me deixariam em outras mãos apenas por serem aquelas que me amariam, mas com certeza não me deixariam na mão.

As idéias estão fervilhando em minha cabeça que, como um vigoroso vulcão deixam escorrer através de minhas mãos sua lava em forma de palavras.

Loucas palavras que serão sábias para aqueles que, como bocas, saberão saboreá-las nem que para mostrar os alvos dentes em uma boa risada.

E porque não gargalhadas? Sim, essa seria uma excelente utilidade para tão confusas palavras. Dar prazer. E que prazer melhor do que boas gargalhadas?

Mas as palavras poderiam ser descartadas, como as cartas do baralho já gasto que em um moto contínuo nos levaria do início ao fim do texto sem sair do lugar. Uma viagem louca, em uma estrada sem fim cujo início também seria desconhecido.

Mas o que seria isso então?

“- Não sei meu senhor, mas com certeza você obterá a resposta lá no posto Ypiranga.”

“- Ok! Vou aproveitar e reabastecer. Obrigado.”

“- Gasolina? Gás? Diesel?

“- Não meu amigo álcool! Traz aí uma caixa de cerveja!”

Podia ser pior! Poderia ser outra coisa. Sim, na estrada da vida são muitas opções disfarçadas em bifurcações sem fim. Sim, sem fim e sem início. Estamos em um moto contínuo, lembra?

Agora sim? Então não se espante ao nos encontrarmos novamente nessa ou em outra estrada.

“- A sua ou a minha?”

“- Depende. Você tem camisinha?”

“- Não! Não costumo usar essas coisas.”

“- Então vai ser na minha que tem uma farmácia no caminho.”

E foram embora. Seriam felizes para sempre se a estrada não fosse em território nacional. Esburacada, sem sinalização. Era feriado e os motoristas ávidos para chegar em casa. Ônibus, caminhões, carros e mais carros.

Os faróis ofuscavam seus olhos perdidos nas curvas do corpo adormecido dela. Corpo naturalmente torneado sem os exageros de artifícios exigidos pela “estética” dos cegos. Corpo amorenado pelo sol que já se pusera há muitas horas.

O decote deixava à mostra uma das poucas partes de seu corpo que o sol não havia conquistado. Apenas isso tirava-o do sério.

O céu sem lua, mas com estrelas de luz inútil que ajudavam a manter escura a estrada ainda em construção. Ou seria em “danificação”?

No rádio a Hora do Brasil era o programa da hora.

“O DENIT recebeu autorização e verba para o conserto das estradas da região sudeste. Blá blá blá!”

Estavam no nordeste. Que falta de sorte!

Ele não havia bebido, mas mesmo assim dormiu. E o sono se tornou profundo.

Após horas sem fim, em fim chegaram. Foram recebidos por um senhor moreno, alto, bonito e sensual. Pele ligeiramente avermelhada, um sorriso misterioso. Cabelos cheios e lisos como se tivesse acabado de fazer uma escova progressiva. Entre os vastos, compridos e negros fios pespontavam duas pontas alvas.

“- Entrem. Sintam-se em casa.”

E retirou-se rapidamente, mas não o suficiente deixando à mostra a ponta de seu rabo em forma de seta.

Estava resolvido o problema. Não haveria mais desculpas a inventar. Agora estavam unidos para sempre independente do desejo de seus pais.

“Que porra é essa?”

Você vai perguntar.

Vou ser sincero, não faço a menor idéia, mas to curtindo. Faz uma forcinha, vai lendo aí e no final você me diz o que achou. Mas vou pedir duas coisas:

1 – Não interrompe novamente, espere até o fim, ok? Se não tu corta a onda.

2 – Dispa-se de preconceitos, normas e dogmas se não, não vai curtir. Se não for assim, é melhor saltar nesse ponto, pois o próximo é muito longe.

Tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac.

“- Quem saltou, saltou, quem não saltou não salta mais! Motorneiro! Toca o Bonde ladeira abaixo! AÍ GALERA, SE SEGURA QUE O BONDE TÁ SEM FREIO!”

Agora sobre trilhos, mais uma alternativa oferecida pela vida. Como quem anda no trilho o bonde passa por cima ... Mas vamos ver no que dá. Lembre-se, sem preconceitos, ok?

Em uma linda música ouvi essa frase:

“Seus lábios se movem, mas eu não consigo ouvir o que você está dizendo.”

Como pode isso? Não sou nem estou surdo, apenas desejo escrever. Queria te ouvir, mas seus lábios se movem, e eu não consigo ouvir o que você está dizendo.

Será importante? Espero que não a não ser que eu ouça. Aí sim, será importante.

Deve ser problema de conexão do Skype. Enquanto isso, eu vou escrevendo.

Frases, quantas já falamos, ouvimos ou não. Quantas iremos dizer, escrever, ouvir ou apenas ler. Você tem uma preferida? Eu tenho uma que gosto muito, não sei se é a preferida, mas nunca foi por mim proferida. Já ouvi em uma poesia ou música com certeza.

Um dia gostaria de poder dizer:

“- Abra seu coração, estou indo para casa.”

Tem muitas interpretações, preciso dizer a minha? Não vou dizer. Você, se não saltou no ponto anterior é porque tem sensibilidade suficiente para saber.

“Hey you! Você ainda está aí? Há alguém em casa?”

A essa hora gostaria de conversar com alguém, mas não tenho amigos, eles se foram com fim do casamento. Acho que suas mulheres pensam que vou levá-los para o mau caminho. E eu só quero conversar.

Uma vez ouvi de uma pessoa muito importante:

“- Para você conhecer uma pessoa é preciso comer, juntos, um quilo de sal.”

É a pura verdade.

Só tenho amigos recém conquistados. Excelentes pessoas, mas não há cumplicidade, não há histórias vividas, não há tristezas divididas, não há alegrias convividas.

Haverá? Difícil! O tempo é um amigo se tornando inimigo rapidamente. Tento enganá-lo, mas ele está sempre lá! Nem muito longe como antes nem muito perto.

Eu ainda rio dele, mas não gargalho mais. Não quero que pense que estou debochando. Já pensou se fica puto e resolve correr? Deixa ele lá, quietinho, me espreitando. Eu fico aqui observando de soslaio, com um leve e imperceptível sorriso no canto da boca.

As vezes acho que já o vi em algum lugar. Moreno, alto, bonito e sensual...

TIM! TIM! Um brinde a vida. Meninos e meninas que somos felizes a cantar.

“- Você reparou que o que pode ser pode ser uma boa?”

Então pode ser um papo com o cachorro? Claro afinal é o melhor amigo do homem. Ele ouve e presta atenção mesmo você falando besteira. Ele não fala, não dá conselhos e sempre concorda com o que estamos dizendo. Se estamos chateados se aninha ao nosso lado em solidariedade. Não cobra absurdos mesmo que não sejam.

Boris está aqui, embaixo da mesa mordiscando meus dedos do pé. Hehehe!

Esse papo regado a um bom whisky, então? Fica melhor ainda. Você junta dois amigões inseparáveis, só pode dar em um excelente resultado.

Pois é, deve ser por isso que dizem que o whisky é o cachorro engarrafado.

Então desencana, “Mais uma dose, é claro que estou a fim!”

“- Meus heróis morreram de overdose!”

São 23 horas e 47 minutos do dia 28 de março de 2011, véspera do aniversário da minha princesa, to aqui escrevendo e aproveitando para fazer hora para ligar à meia noite. Não sei se ela deixou o celular ligado, mas no mínimo vou deixar um recado.

Vou dizer que a amo muito e que morro de saudades. Vou desejar, também, que seja muito feliz, que seja uma mulher perseverante e que conquiste todos os desejos que tiver.

Pronto, são meia noite e dois minutos. O celular dela está desligado. Ela deve estar dormindo, tem aula amanhã cedo. Como não tem secretária eletrônica deixei um SMS. Amanhã eu ligo novamente.

Bom, agora estou com sono vou me desligar. Estou preocupado porque levei o Boris na rua e ele não esvaziou. Está há mais de 24 horas sem fazer o número dois.

Para quem ficou no bonde até aqui vou revelar o significado daquela frase:

“- O coração dela será a minha casa.”

Bom dia!

domingo, 27 de março de 2011

VOLTANDO AS ORIGENS



Eu já devo ter escrito isso em algum lugar. No livro, Papo de Cozinha, com certeza. Sou descendente de mãe nordestina e pai paulista, não, não é repetição, fiquem tranqüilos, ainda tenho algumas coisas na cabeça para serem escritas sem que haja essa necessidade; ainda.

Por várias vezes, sempre de férias, voltava à minhas origens. Com uma passada em sampa para deixar minha irmã com sua madrinha ou muitas vezes com ela, em três ou quatro vezes fomos de fusquinha para Fortaleza.

A fácil manutenção do automóvel (aí é sacanagem, vamos chamar de carro, ok?) era feita por meu pai. A desmontagem e limpeza do carburador (hoje substituído pela injeção eletrônica), a troca das velas, platinado, condensador, filtros e óleo eram tarefas fáceis naquela época e eu ajudava meu pai a fazê-las. Era muito divertido, mas não tanto quanto as brincadeiras que me tiravam do posto de auxiliar sem cerimônia.

O valente carrinho com seu limitado motor 1200 cc, refrigerado a ar agüentava as aventuras sem reclamar.

Lembro-me muito bem. Acordávamos cedíssimo, três, quatro horas da manhã. As malas prontas desde o dia anterior eram levadas para a garagem e colocadas no carro.

Meu pai voltava para o apartamento em mais um incentivo para nos apressarmos, fechava as janelas da casa, deixava aberta a porta da geladeira, já vazia e lavada para evitar mau cheiro, desligava o que seriam os disjuntores da época e nós esperávamos no elevador enquanto ele passava inseticida na casa e trancava a porta.

Já no carro, eu e minha irmã baixávamos o banco de traz fazendo como que uma cama enquanto ele ligava o carro não sem antes colocar seu chapéu de gangster (não que o fosse; ao contrário) cinza.

As estradas não eram muito diferentes das de hoje, cheias de buracos, mas naquele caso por ainda estarem em construção. Será que já estiveram prontas?

Por diversas vezes o valoroso fusquinha atolava e com o auxílio de tratores desatolava. Outras vezes um dos pneus furava. Eram horas e quilômetros para encontrar um borracheiro.

Para dormir era complicado. Não sei como faziam para decidir onde seria só lembro que sempre eram instalações humildes, era o que havia na região.

E assim íamos aos trancos e barrancos pelas estradas Brasil a dentro na companhia de raros carros e muitos caminhões.

Passados alguns dias chegávamos a Fortaleza que ainda pequena restringia-se ao bairro de Aldeota. Algumas vezes ficávamos na casa de meus avós onde, além deles, viviam minha madrinha e a namorada de um primo, o mais velho de nós todos.

No quintal, algumas galinhas, patos e uma pequena horta.

A casa foi vendida com o falecimento de nossos avós então passamos a nos hospedar na casa de meu padrinho que com seus cinco filhos ficava bastante animada.

Além de nós oito haviam mais três do Rio, oito de Brasília e a caçula que viria a nascer bem depois, em 1978.

Resultado de nossas origens e criações, tínhamos diferentes costumes. Por exemplo, enquanto uns iam à praia de sunga, maiôs e biquines outros iam de roupa.

Devido ao clima da região, a praia era o programa preferido. De Rural – aquela camionete da Willis – verde e branca (parecida com essa da foto aí em cima), saíamos cedo, depois da confusão natural. A seca, como hoje, era uma constante.

Passávamos o dia na deserta praia do futuro, entre outras, correndo atrás de caranguejos, jogando bola e caindo no mar quente sob o sol escaldante ao sabor dos ventos.

Às vezes íamos visitar tias e tios ou amigos de nossos pais.

Chegávamos em casa um banho com a valiosa água doce, jantar, de vez em quando uma pipoquinha, um baralhinho, e ficávamos até tarde fazendo bagunça, jogando conversa fora ou ouvindo música.

O ritual se repetia todos os dias durante um mês inteiro com exceção em raríssimos dias quando ficávamos no quintal brincando sob a rara e forte chuva.

Fomos crescendo e seguindo cada qual o seu caminho. Voltávamos, nem sempre todos, a nos reunir em alguns aniversários e casamentos Brasil a fora. Eu, por exemplo retornei de férias por mais duas vezes a última casado com um filho e a trabalho por mais quatro vezes, mas nesses casos sempre por dois dias apenas.

Hoje somos arquitetos, advogados, militares engenheiros administradores, jornalistas diplomatas etc., pais e mães de filhos que quando possível se encontram mas não é a mesma coisa devido aos novos tempos e oportunidades.

SAUDADES!

terça-feira, 8 de março de 2011

BEM VINDO 2011


E enfim, começa o ano.

Como assim, começa o ano? Já estamos em Março! Ou eu estou doidão?

Até que gostaria, mas esses dias de reinado de Momo não foram tão contagiantes assim.

A chuva caiu sem cerimônias e mais uma vez o Governador e os Prefeitos estiveram, nem que por poucos instantes, com o cú na mão.

E ficaram assim por poucas horas, pois foram todos contagiados pelos ritos dessa época festiva.

Isso nos faz voltar ao tema inicialmente proposto, a chegada do verdadeiro 2011. Ah! Vocês esqueceram do tema, é assim mesmo, nós temos memória curta; temos apenas vagas lembranças. Hehehe!!!

Aposto que na folia já se esqueceram que parte de nossos impostos foram desviados para compensar as perdas de um incêndio na Cidade do Samba.

Sim meus caros, o samba tem uma cidade enquanto alguns de vocês permanecem “morando” em áreas de risco.

Não que seja contra a cultura, ao contrário, mas prioridades são prioridades. Ou alguém, na iminência de um naufrágio já ouviu:

“TODOS PARA AOS BOTES, PICASSOS E DALIS PRIMEIRO!!!!!!!!!!!!!!

Se bem que tem alguns que iam adorar trocar parentes por quadros, jóias ou dinheiro. Hehehe!!! Tem uns que merecem ser dados. Pena que ninguém ia aceitar.

Então pessoal, busquem em suas memórias que encontrarão uma velha e surrada frase:

“No Brasil o ano só começa depois do Carnaval.”

Essa lembrança nos trás outras e mais outras, etc. Sim nós podemos não ter memória, mas HD (“Hard Disck”) nós temos. Muitos enferrujados, é verdade, muitos outros, apesar da data de fabricação antiga, estão quase zero, mas temos.

É de se espantar essa quantidade tão grande já que nossos governantes e instituições “responsáveis” vivem ladrando aos quatro ventos e cantos que somos um povo em que a taxa de analfabetismo diminui a cada ano. E isso, é verdade, pois são considerados alfabetizados todos aqueles que sabem escrever, mesmo aqueles que não conseguem entender o que estão escrevendo. A regra é:

“Escreveu o próprio nome está apto.”

INCLUSIVE PARA VOTAR!

Aquela outra frase: “Escreveu não leu, o pau comeu!” está démodé.

Hoje, a frase da moda é: “Quem escreve, lê, mas não entende, vota em mim.”

Esses “New Literates” ou Novos Alfabetizados, apesar de seus esforços e conquistas, não conseguem entender que se o vovô viu a uva, não quer dizer que tem o direito de comê-la. Não conseguem entender que para fazê-lo é preciso que o vovô trabalhe, conquiste um salário no fim do mês que lhe proporcione a possibilidade de comprar a fruta, possuir uma geladeira, pagar energia elétrica, ter pratos e talheres para poder desfrutar do prazer de comê-la, ter água para lavar a louça e escovar os dentes, etc.

É necessário que o vovô saiba também que com a maçã, o feijão, o arroz, a melancia, a laranja e demais alimentos não é diferente e que o lixo proveniente destas degustações deve ser posto nas latas, de preferência separados ecologicamente e não jogado pela janela como de hábito.

É importante saber também que quanto mais dependentes o vovô tiver, maior será a quantidade de alimento a ser adquirido consequentemente MELHOR e mais bem remunerado deverá ser o trabalho.

Entende-se por MELHOR não o quanto moleza e bem remunerado é o seu trabalho e sim a qualidade do resultado dele. Ou seja, quanto melhor o resultado de seu trabalho, melhor a sua remuneração. Essa é a ordem natural das coisas. Pelo menos deveria ser.

Não podemos esquecer que quanto MELHOR o resultado de seu trabalho, mais longe das encostas e áreas de risco você, assim como o vovô, estará.

Acho que isso esclarece muita coisa. Certo? Ou você faz parte do grupo que o HD está enferrujado?

Ok, na dúvida, vou facilitar. O fato de você já saber assinar seu nome não quer dizer que pode viver eternamente sob as asas das Bolsas Escolas da vida. Esses Programas sociais são apenas para serem usufruídos temporariamente, não é um objetivo de vida. Vida?

Você tem que evoluir, buscar melhores condições e para isso, aproveitar essas oportunidades que o Governo oferece como trampolim que te lançará de encontro a alguma conquista.

Pois é minha gente, esse deveria ser o objetivo das famosas “Bolsas”. Administrar bem esses recursos deveria ser a regra dos ditos “responsáveis” por gerenciar nossas cidades, leis e impostos.

Acho que não é necessário dizer quem os confiou esse poder.

Mas, apesar de amplamente divulgado, para sua “surpresa”, nada mudará nesse ano que se inicia.

Como nas vésperas de 2007, ano do Panamericano, estaremos quase todos focados na Copa do Mundo de Futebol de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

E nos intervalos estaremos reclamando das falcatruas, da corrupção, da bandidagem, da falta de educação das pessoas, da superlotação dos aeroportos, da falta de estradas, da falta de segurança dos vôos, dos superfaturamentos e chorando as perdas obtidas nas encostas das cidades.

Mas há uma possibilidade de tudo mudar. Há uma luz no fim do túnel! Outra frase de nossas memórias. Tenho certeza que ela está lá, no seu HD. Faça uma forcinha que você encontrará.

Estamos com uma nova Presidente e as vésperas da realização dos dois eventos esportivos mais importantes no mundo.

Eventos de grande monta que poderão nos proporcionar um avanço tecnológico, social, econômico e cultural nunca visto. Com eles poderemos começar a erradicar a pobreza, organizar nossos hospitais e escolas, melhorar nossos meios de transportes, ruas e estradas.

Esses eventos poderão ser os primeiros degraus que junto com nosso petróleo, nosso minério de ferro, nossa agropecuária e nossa indústria nos elevarão à maior potência mundial; sem sequer dar um tiro ou invadir outros países. Ou seja, só depende de nós.

Portanto, se você compreende o que escreve faça a sua parte e sejamos felizes nos anos que estão por vir, pois aos que não se entendem só me resta desejar:

”FELIZ ANO NOVO!”

segunda-feira, 7 de março de 2011

FLAMENGO – O ANO PROMETE


Meus escassos leitores que consigo identificar nas ruas da cidade andam um pouco chateados. Essa meia dúzia de dois ou três que acompanham meus textos fielmente, diz que sempre que não encontram novidade a cada clikada, se sentem órfãos de palavras.

Sei que estou devendo e como em todo seguimento socioeconômico desse imenso país, a maioria dos componentes desse nosso grupo é de RubroNegros. E, na intenção de me reconciliar com o maior número de leitores possível vou escrever sobre o Mais Querido.

Aproveitando minha última aquisição dos mais lindos uniformes esportivos do planeta. Sim, o Manto desde seus primeiros dias de vida sempre foi considerado o mais belo, mas esse último lançamento supera qualquer expectativa.

E eu comprei os dois. Mais uma vez quis aproveitar e adquirir meus seis tijolinhos, mas o sistema estava fora do ar. E não há uma opção, tipo uma ficha ou algo parecido. Vocês vão falar que eu poderia fazer a compra pela internet. Ora meus caros leitores, sou daqueles que caem na grande rede como peixe a cada aquisição. São vários exemplos, ou a compra não se concretiza, o sistema cai, o cartão é bloqueado ou clonado, etc.

Confesso que essa compra foi impulsionada pelos últimos acontecimentos e a título de homenagem coloquei o número oito sobre meu nome, homônimo de um dos maiores craques que eu vi desfilar. Com a bola grudada aos pés, cabeça erguida traçando lindas linhas no gramado; Geraldo Assobiador.

Parece que essa diretoria está percorrendo caminhos menos tortuosos e está começando a colher os frutos dessa escolha. E nós, como verdadeiros membros da grande Nação já estamos saboreando algumas pequenas conquistas.

De janeiro para cá foram alguns eventos importantes. Em apenas três meses obtivemos conquistas que alguns “inimigos” já com cinco ou seis anos de vida nem imaginam a sensação.

Dentre eles, um dos mais importantes, no dia dois de março, comemoramos mais um Natal.

E com certeza, o menos importante, foi o reconhecimento de nosso Campeonato Brasileiro de 1987 pela CBF. Menos importante pelo simples fato de que uma entidade que por motivos políticos para se manter no poder distribui títulos nacionais sem o menor critério e pudor, como se fosse uma xepa de fim de feira, não merece nenhum respeito.

Como disse no dia nosso grande Zico:

“Eu sempre me considerei Campeão Brasileiro de 1987”.

Como poucos, tenho a oportunidade de conviver em meu ambiente de trabalho com um senhor de mais de sessenta anos. Extremamente lúcido, ele, em sua adolescência e juventude foi freqüentador dos campos de várzea do Rio de Janeiro e São Paulo. Antes de se tornar um profissional da área de engenharia, conheceu, conviveu e viu nascer diversos de nossos craques de antigamente. Flamengo de carteirinha, sempre que o assunto é futebol, duas coisas ele repete sempre:

“Isso que vemos hoje é tudo menos futebol.”

“Os times de São Paulo ganhavam mais os torneios ditos nacionais porque os times do Rio compareciam a esses torneios com seus times reservas ou até de categorias inferiores.”

Colocados os pingos em seus respectivos is, voltemos ao presente que se desenha um futuro promissor.

Conquistamos nossa primeira tacinha, mas que tem um significado maior. É a conquista do lado romântico do futebol. Sim meus caros, para aqueles que gostam de cultivar a história, a Taça Guanabara nos remete aos tempos em que o futebol tinha um quê de romantismo.

Era época dos bondes, da televisão em preto e branco e das partidas narradas ao pé dos ouvidos pelos rádios prestes a se transistorizar.

Nossa primeira conquista profissional, já que no início do ano obtivemos uma brilhante conquista pelos nossos moleques das divisões inferiores.

Os ventos que sopram de Vargem Grande e passam aqui perto, na Gávea, têm nos trazido boas novas. Apesar de lenta, é latente a evolução de nossas mais recentes aquisições e consequentemente de nosso esquadrão.

Botinelli, assim como Wanderley estão vindo de contusões, mas já mostraram a que vieram e a que vieram não é pouco.

Thiago Neves tem se mostrado um bom Rubro Negro e já se nota que veio para fazer história. Ainda recente de uma consistência, mas é perfeitamente compreensível já que sua origem pobre de emoções e conquistas e repleta de fiascos deixou chagas profundas. O que nos tranqüiliza é que o antídoto nato proveniente do Manto sagrado é potentíssimo e em breve o veremos como mais um membro de nossa sempre crescente Nação.

Nosso novo Ronaldo, sim, pois o original é o Angelim, tem se mostrado um verdadeiro Puro Sangue, não falta treinos ou jogos. Seu empenho nas partidas tem sido elogiável. A técnica é que anda meio lenta, mas já mostra lampejos de que está chegando, em passos lentos, porém consistentes e duradouros. Suas aparições na mídia são extremamente positivas. Sempre ostentando um largo e natural sorriso o que significa que o sangue que corre em suas veias não é qualquer um.

Não podemos nos esquecer de nossa garotada, a safra mais nova do sagrado vinho Flamengo que está sendo preservado em barris de Raça, Amor e Paixão, prometendo um futuro promissor e consistente.

Para mim, a triste notícia é a possível volta do Imperador. Triste devido aos problemas causados durante suas últimas férias passadas aqui na Cidade Maravilhosa. Ele foi recebido como um Deus, jogou algumas peladas, fez alguns gols que ajudaram nosso Flamengo a conquistar o HEXACampeonato Brasileiro, mas deixou tristezas e mais tristezas ao se achar maior do que realmente é.

Sua técnica e capacidade de decisão são inquestionáveis, mas sua falta de inteligência e responsabilidade pode por abaixo o que está se construindo sob alicerces firmes.

Temos um grupo de jovens vencedores, cheios de confiança e até um pouco de marra, eles conquistaram a Copa São Paulo e querem conquistar o mundo, estão com as baterias repletas de energia, dúvidas e sonhos. Com o caráter em formação, etc. A remota possibilidade do convívio com essa figura decadente me preocupa e eu não gostaria de correr o risco de termos mais uma geração desperdiçada de Paulo Nunes e Dijalminhas da vida.

Mas não adianta ficarmos elucubrando, só quem tem o poder pode decidir e quem pode decidir tem feito boas escolhas, só espero que continue assim.

Saudações!