domingo, 13 de junho de 2021

OS BURROS, OS ASNOS E AS BESTAS

 

Ontem me preparei para ouvir os absurdos que as últimas tretas faziam pensar que seriam bostejados durante a transmissão da militância da #GloboLixo no jogo das 16 horas. Não havia opção pois o monopólio para a transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro ainda pertence a uma emissora. Está no Contrato que só resta ser cumprido.

Sim, foi jogo do Mengão Multicampeão e, mais por tradição do que por deleite, afinal faz algum tempo que o Mais Querido não joga um futebol descente, passei duas horas em frente a TV sintonizado na pocilga da #GloboLIxo.

Mas me surpreendi, provavelmente pelas boas e deliciosas pancadas que essa instituição “jornalística” e de “entretenimento” levou nos últimos dias no mais democrático tribunal instituído no planeta, as redes sociais, a transmissão foi realizada dentro do esporte e, a não ser que tenha passado despercebido, não houve um só comentário político ou ideológico. Os lances do jogo eram comentados decentemente e o evento transcorreu como há tempos não acontecia. A empresa exibiu sua superioridade tecnológica e seu narrador e comentaristas acertaram e erraram como sempre. Uma surpresa, inclusive o jogo em si foi agradável de se ver, ao contrário do que tem sido ultimamente e culminou com mais uma vitória do Flamengo. Parabéns aos envolvidos.

O assunto Copa América não é novo, já passou o momento, ontem foi dado o pontapé inicial do torneio e, por não ter nada melhor para fazer (estava chovendo no Rio), estive lá, em sintonia com o SBT apenas para prestigiar a emissora. Sim porque se for por isso que chamam de Seleção Brasileira não iria perder meu tempo vendo essa que foi mais uma pelada sem graça; com exceção do gol do Gabigol, é lógico.

Mas voltando ao assunto principal desse texto, que também não é novo e mesmo com os resultados cristalinos, o comportamento dos envolvidos não muda, apesar de estarmos há mais de cinco anos em uma absurda “guerra” de narrativas, onde os fabricantes dessas narrativas têm muita munição, um orçamento quase que infinito e um poder tecnológico extremamente superior. Tríade que poderia transformá-los em invencíveis. Entretanto, eles são deveras ineficientes ao usá-la e vergonhosamente perdem TODAS as batalhas. Suas narrativas não duram mais do que 72 horas...

E é isso que me intriga.

É incontestável que essas empresas de comunicação possuem muitos anos de experiência, são bem estruturadas e estáveis, ao menos eram. Algumas mais outras menos, mas não há dúvidas da solidez de cada uma delas no core. Possuem seus anunciantes, o que é muito importante e cada uma belisca sua fatia do mercado de acordo com a qualidade e interesse do que oferece. Tudo normal em um mercado onde a meritocracia impera o que torna justo o seguimento. Essa justiça, por nuances, não é absoluta, mas diante das demais opções é o melhor que temos no menu e é muito salutar para um país realmente democrático. Afinal, como bem dizia o poeta:

“O ótimo é inimigo do bom!”

Claro que não estou falando nas possíveis falcatruas em disputas para transmissão de eventos importantes, isso é o submundo desse mercado que não importa neste texto.

Há também um fator que deveria ser muito importante nesta equação, que não poderia passar despercebido pelos clientes: honestidade. Mas como no geral isso falta na composição do DNA brasileiro, honestidade e seus afins tornaram-se comodities quase que irrelevantes aqui em terras brasileiras. Está mudando, é verdade, mas esse processo está sendo lento, doloroso para muitos, portanto quase ineficiente.

Algumas dessas empresas de comunicação têm na sua programação bons (ao menos eram, faz tempo que não assisto TV aberta e nem fechada, com exceção à alguns filmes apenas) programas que falam sobre gestão de empresas, pessoas, negócios, projetos, processos, finanças etc. Entrevistam empresários bem-sucedidos, mostram suas instalações e/ou Projetos, seus colaboradores em plena ação, expõem seus procedimentos e mostram, seus excelentes resultados, independente de que área atuem.

São pessoas normais que atingiram o sucesso em áreas distintas e extremamente competitivas como o entretenimento, agronegócio, indústrias da alimentos e bebidas, de beleza, da construção civil etc. Pequenos empresários ou não, que herdaram e souberam dar prosseguimento ou deram início a seus impérios (pequenos ou não) enfrentando tudo o que o Brasil de hoje oferece para desajudar (pegaram essa?) o empreendedorismo que gera emprego, paga impostos, supre desejos e sustenta, direta ou indiretamente muitos daqueles que os criticam e ao sistema, mas sabem muito bem usufruir dele, certo?

Vocês têm dúvidas?

Então perguntem ao Agripino.

E mesmo com tantos e belos exemplos expostos em suas PRÓPRIAS grades de programação, essas empresas de comunicação não conseguem mais manter seus índices de atratividade e é cristalino que seu público e anunciantes minguam diuturnamente.

Principalmente a cada reportagem proferida em seus jornais ou telejornais enfadonhos de confiabilidade nula, com a exceção, ainda, da previsão do tempo. A situação é tão tosca que exatamente onde deveria imperar o relato dos fatos e onde os acontecimentos mais relevantes do momento deveriam ser mostrados, com isenção e sem opinião a não ser a dos editores e comentaristas, é exatamente onde isso não acontece. E piora quando esses assuntos são manipulados não só ali, mas na grande maioria dos demais programas da grade, sejam eles de culinária, esportes, humor etc. nos manipulando como fantoches.

Nada escrito até aqui é novidade para a maioria dos que ainda têm a liberdade de pensamento e ao menos dois neurônios para exercer essa liberdade.

O problema é saber o motivo de tudo isso...

Entendo que também não seja novidade para a grande maioria dos humanos (o fenômeno é mundial) de bem. Não deveria mais ser necessário explicar nesse texto, mas pode aparecer por aqui um desavisado novo leitor, ainda incauto absorvedor do que o establishment oferece e não seria honesto desprovê-lo da verdade e com isso ter a sorte de proporcionar lucidez a mais um...

Trata-se apenas de poder...



Sim, simples assim.

Não há interesse em prover educação, saúde, infraestrutura ao menos básica a você e aos seus. E muito menos salvar vidas. Isso tudo é balela, história para inglês ler, ou para boi dormir.

Estando isso claro, meus caros e escassos leitores, agora vamos falar de nós.

Somos um país gerido por cinco poderes. Certo?

O Povo, de quem deve emanar todo o poder; o Executivo que executa em prol do povo, segundo as Leis vigentes; o legislativo que faz as Leis em nome do Povo (ao menos deveria), o judiciário que julga para o Povo se as leis estão sendo cumpridas (ao menos deveria) e a imprensa que ajuda o Povo na fiscalização dos demais poderes (ao menos deveria). Os três últimos em minúsculas pela obviedade do momento...

Ah! Você pensava que eram apenas três, ou os mais esclarecidos quatro?




São todos uns tolinhos...

E, para surpresa de poucos, houve um tempo em que a imprensa era o mais influente de todos e é exatamente por isso que estamos neste texto.

Para iniciar, e em poucas e simples palavras para não restar nenhuma dúvida: com exceção do Executivo (hoje), ninguém está preocupado com você, o Povo e muito menos com o futuro do país e/ou nação. Eles não querem mostrar as verdades para que o Povo, nas datas propícias, mantenha ou mude o status quo utilizando o que deveria ser a mais poderosa das armas; o voto. O que eles querem mesmo é ajudar os gananciosos a reconquistar o poder recentemente perdido para estarem juntos no usufruto dele. Querem recuperar a situação em que eram referência e, diante de nossa longa e ignorante inércia, voltar a nos pastorar como ovelhas que, com raras exceções, ainda somos.

Querem manter suas regalias, suas benesses, fortunas de origem duvidosa e frivolidades. E garantir que essa situação volte a ser verdade. E para isso, não medem esforços. Utilizam-se de todas as armas, lícitas ou não, de todos os atos e omissões possíveis e inimagináveis para essa conquista. Independente de leis, contundência ou se, em consequência, desses atos, haverá feridos ou mortos.

Resumindo mais ainda: Eles estão cagando e andando para você, tolinho.

Entendeu agora?

Se agora, graças a nossa Primeira-Dama, até os cegos, surdos e mudos conseguem ver e enxergar, por que você não consegue?

Exemplos vários estamos vendo, vivendo e sofrendo estarrecidos. Seus colegas jornalistas são presos, torturados e aleijados; parlamentares presos, apoiadores dos que venceram as últimas eleições idem. Enquanto bandidos julgados culpados em várias instâncias sob inúmeras e incontestáveis provas são soltos em profusão. Os ataques infundados, infrutíferos e diuturnos proferidos aos quatro ventos contra o Executivo são a vexaminosa e desmoralizante regra. E tudo isso sob as coniventes barbas dessa imprensa que há muito se tornou parcial, nojenta e mais um membro desse exército de tolos contumazes.

Provavelmente vocês imaginavam que tamanha put4ri4 (desculpem, mas não há outro termo) não fosse possível?

Eu também!

E cá estamos...

É fato que eles não têm regras, escrúpulos ou o que valha a pena mensurar. São toscos, sem caráter, imorais e amorais. São a escória da humanidade ou, para simplificar, o famoso e inesquecível cocô do protozoário (pegaram essa também?), do cocô da mosca, do cocô do cavalo do bandido de nove dedos.

 



Talvez nem isso!

E, se você esteve presente e lúcido em todas essas décadas de nulidade, escárnio e de muita put4ri4, você há de concordar que a imprensa esteve sempre em um nível aceitável de confiabilidade, fazendo de nós palhaços enquanto sorviam pelas beiradas ou não o erário público.

Novelas, minisséries, programas de variedades e vídeos cacetadas nos entretiam. Sutilmente moldavam nossos costumes e sexualizavam nossas crianças enquanto os precariamente estruturados tinham suas atenções desviadas ao degustar esportes, entrevistas, documentários e filmes. Muitos desses também sucumbiam, mas o verdadeiro objetivo eram e ainda são nossas crianças e adolescentes; o futuro!

Os adolescentes, devido ao acesso à tecnologia, consequentemente a internet e com seus cérebros de geleia foram facilmente cooptados pelas universidades, professores mal-intencionados e drogas.

Era época em que caminhávamos felizes em nossa vidinha...

Sem perceber a verdade...

E a natureza faria o seu papel de nos substituir pelos com cérebros de geleia e com isso o Projeto de Poder estaria concluído com sucesso.

Dois e dois seriam cinco, guerra seria paz, liberdade seria escravidão e ignorância força...

E o domínio do Grande Irmão seria uma verdade incontestável.

Enxergaram?

A maravilhosa e incontestável estrutura de domínio. Extremamente eficiente e bem-sucedida em que os objetivos eram conquistados sem derrotas ou perdas significativas. Não havia contestação que trouxesse grandes preocupações e as poucas que havia o quinto poder se ocupava de desfazer. Os seguimentos mais importantes envolvidos como que uma quadrilha poderosa e invencível. Foram décadas de domínio.

E tudo isso sem dar muitos tiros e poucas gotas de sangue derramadas; perguntem ao Celso Daniel...

Uma máquina extremamente bem azeitada e alimentada por grandes meta-capitalistas. Tudo em prol de um único objetivo: manter o poder e não perder benesses e riquezas. Tudo sem grande esforço e apoiados nas ações do quinto poder, a imprensa.

Os líderes e seus vassalos dos seguimentos mais poderosos seguimentos se juntaram e em uni som destruíam a verdadeira democracia e tudo o mais que nos é importante enquanto percorriam esse caminho destrutivo.

Conseguiram enxergar?

Chegamos então ao cerne da questão.

Não vou questionar os poucos, mas barulhentos que ainda acreditam no sucesso dessa engrenagem; afinal, como bem disse o renomado Guilherme Fiuza:

“Atualmente não há mais espaço para dúvidas diante do cenário atual. Ou você é realmente um idiota útil ou está envolvido.”

Mas cometeram um erro. Apenas um!

Foram soberbos. Soberbos e lentos. Estavam em demasia confiantes afinal, roubaram muito então tinham o poder financeiro nas mãos. Com ele compraram muitos influentes: artistas, políticos, ministros, juízes e toda uma corja de maus-caracteres se juntou.

Tornaram-se a elite do poder e precisavam de um exército...

Com a ajuda dos Sindicatos montaram esse exército. Pobres pessoas de raso conhecimento e discernimento foram iludidas e arroladas a custo baixíssimo. Meia dúzia de cargos de baixa importância e até simples sanduiches de mortadela, sem manteiga foram suficientes para que a parte suja do Projeto de Poder tivesse sucesso.

Mas foram lentos...

Tão lentos que permitiram que nos últimos poucos anos, uns cinco aproximadamente, muitos de nós, como se saídos de um longo e pesado sono, emergimos da torporoza desse pesadelo e conseguimos enxergar o óbvio e ululante...

Organicamente nos “organizamos” e mesmo sem verba e com menos estrutura, mas com inteligência e muito estudo, conseguimos dar início a uma virada de mesa.

E foi histórico! Foi inesperado, mesmo por nós.

E em pouco mais de dois anos fizemos um estrago nessa estrutura que eles arrogantemente pensavam invencível.

Ainda não vencemos a guerra, falta muito, mas vencemos a maioria das mais importantes batalhas e o estrago me parece irreversível...

E será confirmado em 2022.

É baseado nisto que faço o questionamento que me intriga...

Como pode, o quinto poder, tão poderoso e avassalador, que se deixou corromper para auxiliar na consolidação dessa máquina, que foi tão eficiente ao se tornar membro, talvez o mais importante, desta engrenagem e de extrema relevância em seu funcionamento; não conseguir enxergar que se não for rodado o PDCA (Plain, Do and Act) com certa frequência e corrigido o rumo, toda essa magnífica estrutura poderia ruir?

Como conseguem não enxergar que, como em seus programas que falam de gestão, é preciso rever conceitos sempre, bem como atos e omissões a fim de não sucumbir aos fatos? Mesmo tendo o poder para distorcê-los?

Nem que entre essas ações, por mais crítico que fosse, seja necessário ceder e mudar de lado para sobreviver?



Não encontro respostas...

E se você é dos poucos sobreviventes que continuam dormindo que, ainda entendem que o verdadeiro comunismo não foi implementado e que quando for, o mundo será outro e melhor, mesmo depois das centenas de tentativas malsucedidas quando pobreza, fome e milhões de mortes foram as únicas igualdades resultantes como legado; você não passa de mais um belo tolinho, para não ser mais contundente.

E ficam, para mim, as perguntas que não calam:

Eles, do quinto poder, são burros, asnos ou jumentos?

Se após décadas de tentativas, inúmeras oportunidades e milhões de mortes o resultado SEMPRE foi o mesmo, o que o faz pensar que em condições similares, com a mesma humanidade e objetivos, da próxima vez vai ser diferente?

Você é burro, asno ou jumento?