segunda-feira, 11 de maio de 2015

3ª VIAGEM – 25/04/15 – 8º DIA – SÃO LOURENÇO – RIO


O céu estava azul, a temperatura, como sempre, amena, o café da manhã, honesto, mas nada de especial. Eu estava triste.

Era o último dia, 25/04/15. Passou muito rápido e eu queria mais. Muito mais! Uma semana para mim é pouco, nem deu para sentir o gostinho. Me diverti, é verdade e muito, mas ainda havia espaço para muito mais.

Saí pontualmente como todos os dias, a hora marcada para sair era a mesma sempre, quando estiver tudo pronto, ou seja, quando der.

Sabe-se que os GPSs, por mais inteligentes que sejam vez ou outra nos deixam na roubada, por isso que, sempre que possível eu pergunto para ver se estou no caminho certo. E não estava fazendo diferente nesta viagem depois que fiquei só.

Esse negócio de que homem não gosta de perguntar não funciona comigo. Não vejo nenhum problema nisso, acho até burrice não fazê-lo, mas cada um com a sua.

Assim como mulher que não gosta de baixar a tampa do vaso. É sabido que o homem tem preguiça e mira falha quando vai mijar, seria mais higiênico, seguro, portanto mais inteligente para elas entrar no banheiro e ver a tampa levantada, pois abaixada, mesmo que limpa, não quer dizer que não tenham mijado nela. Mas elas preferem assim...

Minha primeira grande viagem foi feita sem GPS, tinha um na mala, mas não fez falta. Não errei nada, perguntando conheci pessoas ótimas, bati bons e longos papos e confirmei meus caminhos sem estresse. Nas demais usei a tecnologia, mas sempre me informando se estava certo. Não foram poucas às vezes em que o GPS me mandava para um lado e o melhor foi ir por outro.

Mas agora o caminho era conhecido, entretanto sair pela saída à oeste me colocou em uma estrada desconhecida. Depois de rodar alguns quilômetros parei na Polícia Rodoviária, lógico, para me informar.

Estava tudo certo e até rolou um papo interessante com o Policial.

Novamente na estrada, nada estava sendo muito diferente do que se eu estivesse no caminho “normal”. Não demorou muito para chegar à rotatória que me colocou na pista conhecida. Daí em diante foi só me deleitar com o ziguezague.

Foi assim, degustando os prazeres do asfalto limpo, liso e sinuoso que me esqueci de tudo. Mais uma vez estava inebriado com os momentos que se sucediam. As belas imagens se multiplicavam a minha frente e laterais. Não havia nada entre eu e o sol que apesar de brilhante não aquecia mais que o necessário.


A única parada prevista seria em Lima Duarte para abastecer e um lanche ou almoço. Não seria assim, cheguei a perguntar para os Flecha de Prata se queriam me encontrar em Juiz de Fora para o almoço, mas preferiram um encontro de motos em Leopoldina. Mesmo assim, são menos de 100 km de lá até Juiz de Fora, mas...

E parei no mesmo posto/lanchonete que paramos sempre que passamos por Lima Duarte. Enchi o tanque, sentei a mesa e pedi um sanduba.


Nunca havia comido um sanduiche de linguiça assim. A maioria foi em pão careca, só linguiça ou no máximo queijo. Esse tinha salada e era em um pão de sal fresquinho e crocante.

MARAVILHOSO!

Um refrigerante, depois de tudo um café e estrada. Segui até a BR 040 sem surpresas, mas curtindo cada metro rodado. As curvas mais longas e abertas permitiam aumentar a velocidade sem aumentar proporcionalmente o risco.

Não sei para os demais, mas a BR 040 é a melhor rodovia para se andar de moto. Já rodei e curti bastante uma boa quantidade de estradas: as serras gaúchas, as serras e estradas de Santa Catarina e Paraná, as estradas de São Paulo, as de Minas e as do Rio e até agora não achei uma que reunisse tantas qualidades quanto essa. Duas pra lá e duas pra cá, belas curvas, asfalto de excelente qualidade e acostamento idem, transmitindo segurança ao piloto. Mas é traiçoeira se você não tiver o mínimo de bom senso. Não foram poucos os que perderam a vida nesta pista porque abusaram da sorte e da técnica. Muitos se acham pilotos de competição e exageram e muito, o que só pode dar em merda.

É minha preferida e sempre que possível, se o itinerário permitir, procuro ir ou voltar por ela, mesmo que para isso tenha que andar mais.

Como se andar mais de moto fosse um sacrifício para mim. Hehehe!!!

Sendo assim, não há melhor final do que uma estrada como a 040 para terminar uma viagem como esta.

Confirmar o que muitos já sabiam de que é possível sair do Rio de Janeiro e chegar a São Paulo, Curitiba, Florianópolis ou Porto Alegre sem passar por estradas chatas como a Dutra, a Regis Bitencourt e outras, é sensacional.

Isso permite aos que realmente gostam de rodar de moto curtir a viajem como um todo e faz dos lugares de paradas, pernoites ou destino quase que coadjuvantes.

Então, cheguei em casa.

Para quem se interessa, alguns números:

- Quase 3.530 Km rodados, a maior parte só prazer;
- Foram R$ 725,64 ou, aproximadamente 250 litros de gasolina;
- 06 diárias de hotel ou R$ R$ 959,00, duas com jantar;
- R$ 378,00 de lanches, almoços, etc.;
- Estacionamentos, R$ 56,00;
- Pedágios, Não mais do que R$ 40,00.
- Total das despesas, declaradas, algo em torno de = R$ 2.200,00

Até a próxima e que seja breve.


quarta-feira, 6 de maio de 2015

3ª VIAGEM – 24/04/15 – 7º DIA – CAMPINAS – SÃO LOURENÇO


Acordei cedo, antes do de costume. Café da manhã em excelente companhia, bagagem sobre a moto, tanque cheio e rodas na estrada.

Estava só pela primeira vez nessa viagem, o que me trouxe recordações das duas anteriores. A responsabilidade na escolha de onde ir e o trajeto a percorrer era exclusiva e, mesmo considerando a excelente companhia de Cláudio, eu estava gostando disso.

Os critérios a respeitar seriam, novidade e passar longe de rodovias principais como a Dutra e demais tediosas de nossa malha rodoviária nacional.

Ainda no posto peguei o mapa e iniciei os estudos. Sabia de onde saia, onde ia e qual seria o último trecho, mas o primeiro era a dúvida o  que possibilitava coisas novas.

Estava decidido, Jaguariúna, Amparo, Águas de Lindóia, Ouro Fino, Pouso Alegre, Lambari e São Lourenço, onde seria a pernoite. Daí em diante seria por rodovias já conhecidas e de bons momentos rodados.

O clima estava sensacional, sol, raras nuvens, temperatura amena; isso aliado ao novo trajeto; tudo conspirava para um dia fantástico.


A saída de Campinas foi meio confusa, mas chegar a Jaguariúna, o real início, foi rápido. Daí em diante apenas prazer, asfalto de primeira em todos os trechos, mesmo os mais antigos com exceção, claro, nos limites urbanos onde o piso sempre deixa a desejar.


Curvas entremeadas por pequenas e médias retas fazendo do “circuito” planejado uma bela escolha. Eu estava em casa. Acelerando perto do limite sem comprometer a segurança, em um novo estilo de pilotagem, adquirido nos últimos anos devido o avançar da idade e consequente responsabilidade. Mas isso em momento algum fez diminuir a adrenalina e satisfação.


A borracha quase lateral dos pneus e o tempo estavam sendo gastos como previsto e tudo estava valendo a pena ser vivido.

Passei por Amparo e em Serra Negra resolvi parar para me orientar e um simpático senhor indicou a estrada para Socorro como belíssima e quase que obrigatória. Segui as instruções e não me arrependi. Era a Rota Turistica Rural do Bairro da Serra.


Estreita, sem acostamento, mas um visual incrível e as curvas permaneciam convidativos.




Voltei de Socorro para Serra Negra por onde não fui, o que foi outra boa decisão, mesmo “perdendo” tempo. Tudo o que menos tinha era pressa.


De Serra Negra retornei para Lindóia e daí para Águas de Lindóia, onde almocei em um bufê à quilo sem nada a comentar a não ser a simpatia do atendimento e o tradicionalmente fraco café mineiro.

Queria voltar o quanto antes para as estradas, tudo estava correndo muito bem, as novidades estavam sendo incríveis e ainda faltava a maior parte do caminho o que prometia emoções.

E a diversão continuou, as estradas continuavam com o asfalto em muito bom estado e com grau de sinuosidade alto. O clima permanecia como antes e os quilômetros já rodados formavam o energético que deu asas a confiança e a velocidade.

Até Pouso Alegre tudo era novo e foi aproveitado da melhor maneira possível. Daí em diante o caminho já era conhecido e por isso mesmo escolhido. Fazia tempo que queria voltar, havia passado bons momentos em minha segunda viagem.


As memórias voltaram e estiveram me acompanhando por todo esse trecho. Algumas curvas foram reconhecidas com saudades.

São Lourenço estava cheia e o hotel escolhido mais ainda. Os trâmites de sempre, jantar, um pequeno rolê a pé pela cidade e cama. Dormi ao sabor das curvas e paisagens do dia.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

3ª VIAGEM – 23/04/15 – 6º DIA – CURITIBA - CAMPINAS


Acordamos cedo como sempre e as ações do amanhecer se repetiram. A chuva continuava fina e persistente.

Pegamos a BR 116. Asfalto bom, pista com duas pra lá e duas pra cá. Boas e longas curvas passavam sem muita graça, a chuva não permitia travessuras. Estava entediado, pior, molhado e entediado. Mas não queria voltar, mesmo com o mau tempo e suas consequências, estava feliz por ainda faltar muito para chegar em casa.

Cláudio já havia decidido ir mais rápido para casa, íamos até Campinas juntos, onde eu iria pernoitar e ele seguiria até São José e de lá para Niterói.

A rodovia, velha conhecida ia sendo consumida como possível, as boas curvas passavam deixando gostinho de “poderia ser melhor”, os rios mostravam altas faixas de suas margens despidas de vegetação, confirmando a carência que os jornais mostram faz tempo. Fiquei impressionado. Pensei em parar para tirar uma foto, mas a preguiça venceu. E assim foi, sem muita graça até chegarmos em Juquiá.

E de Juquiá à Sorocaba a estrada, desconhecida, mostrou-se promissora. A chuva havia dado uma trégua permitindo tirar a única foto do dia e vislumbrar emoções. Que nada, a humidade deixada pela chuva ainda cobria grande parte da estrada devido a mata fechada da região e as emoções ficaram apenas no desejo.



Mas a paisagem era interessante e fez o tempo passar mais rápido. Os mais de 450 quilômetros foram percorridos rapidamente, mesmo com os percalços. E nos despedimos em uma das muitas bifurcações que dão acesso a Campinas.

A viagem desde seu início até então passou rapidamente a minha frente, as curvas, estradas conhecidas ou não e a excelente companhia de Cláudio, na minha primeira viajem não solo.

Não sei dele, mas por mim, vamos repetir.

O GPS alimentado com o endereço de pernoite não se enrolou e em poucos minutos estava em frente a casa de um  grande amigo. Não nos víamos desde a última viagem, mais de dois anos; havia muito que conversar.

Receberam-me muito bem, como nas outras vezes em que me hospedei com eles. Conversamos bastante eu, ele e suas três meninas (esposa e filhas) em volta de duas deliciosas pizzas. Fomos até onde o cansaço de todos permitiu, não foi até muito tarde e fomos dormir; o dia seguinte começaria cedo para todos.

domingo, 26 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 22/04/15 – 5º DIA – FLORIANÓPOLIS - CURITIBA



O tempo estava nublado, virou para céu limpo e fechou novamente. Tudo isso em pouco mais de uma hora. Impressionante. Saímos de Floripa debaixo de uma garoa fina que nos acompanhou por muito tempo

Ela aumentava de intensidade, diminuía, aumentava...

E continuou nesse vai e vem nos castigando sem parar. A BR 101 estava movimentadíssima, carros, ônibus e caminhões em profusão, ajudavam a chuva a nos cercar de todos os lados.

Atenção redobrada mesmo assim os sustos aconteciam vez ou outra.

Retas sem fim ajudavam a piorar a situação. Passava das 11:30 horas quando paramos em um Gral. O bufê recém preparado estava convidativo e não consegui resistir. Uma salada e costela bovina. Estava bom.

Seguimos o calvário sob chuva até Guaratuba, quando pegamos um ferry boat A chuva não nos largava.


As condições climáticas não permitiram visão total, mas consegui vislumbrar um belo lago ou seria lagoa ou ainda baia?


Desembarcamos e seguimos em direção a Morretes. Iríamos pela Serra da qual nome não lembro, mas como ela é pavimentada de pedras, seria muito perigoso por causa da chuva que nos perseguia.

A 277 não nos dizia nada, mas a que pegamos à direita para Morretes era ótima. Cheia de curvas, asfalto liso e de excelente qualidade. Teríamos nos divertido bastante se não fosse a chuva. Mesmo sendo de mão dupla e sem acostamentos.

Em Morretes a chuva deu um descanso, aliás, ela fazia isso sempre que parávamos.


O restaurante estava vazio e fomos muito bem recebidos por um simpático, falante e as vezes, engraçado garçom.

Cláudio pediu o famoso Barreado do qual havia me falado a 2 anos, antes da minha 2ª viagem. Entretanto, não foi possível conhecer. Trata-se de carne de 2ª, cozida em panela de pressão com vários condimentos, por 12 horas. A origem é uma dúvida, mas nos primórdios era cozida em panela de barro, tapada e lacrada com massa de barro mais fraca. Era feito um buraco no chão, onde se colocava lenha que queimava até só restarem brasas. A panela com os ingredientes dentro e já lacrada era colocada sobre a lenha e o buraco coberto com terra. Ficava ali, cozinhando por 12 horas. Servia de alimento aos tropeiros e demais viajantes da região. Os escravos são a segunda hipótese. Como a feijoada.

Não devíamos, mas provamos uma dose de licor de banana e outra de gengibre. Deliciosos e escolher o segundo para levar uma garrafa para casa foi muito difícil.


Não importa a origem e sim que o prato é delicioso. Não foi o caso, mas além do arroz e a farinha, acompanha frutos do mar e peixe. No nosso, apenas camarões empanados. A carne fica desfiada e macia e é misturada com a farinha formando uma maçaroca de aparência não muito boa. Um pouco de azeite e arroz completam a iguaria.

Comi em demasia, mas não podia ser diferente.

A chuva voltou, estávamos em movimento novamente.

Chegamos ao hotel, um banho quente e reconfortante. Tirei tudo da mala para ver se as roupas não estavam molhadas e uma hora de descanso antes de partirmos para o prometido churrasco na casa do irmão de Cláudio.

Uma recepção calorosa, excelente e descontraído papo, um whisky para aquecer, linguicinha e nacos de ancho argentino.

Não precisava de mais nada.

O Mengão vitorioso em seu jogo na Copa do Brasil fechou o dia com chave de ouro.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 21/04/15 – 4º DIA – LAGES - FLORIANÓPOLIS


Saímos de Lages com o tempo nublado, De vez em quando caia uma chuva fina. Foi assim até chegarmos perto de São Joaquim. A estrada já era minha conhecida, mas está diferente. As obras de duplicação estão muito mal sinalizadas. O farelo do asfalto novo está espalhado e o que restou da pista antiga está totalmente deteriorado. Tudo isso aliado a chuva fina tornou a viagem muito perigosa. Tensão o tempo todo, cautela era a ordem do dia.

Está tudo diferente e as curvas que foram as preliminares quatro anos atrás, agora nada mais são do que lembranças.

Próximo de São Joaquim havia algumas vendas de queijos e salames feitos na região acordei com Cláudio de parar para um sanduiche com esses ingredientes. Paramos logo depois de passar pelo pórtico da cidade em um lugar bastante simpático e surpreendente. Esperávamos que fosse mais uma venda um pouco mais sofisticada, mas era um restaurante. Bufê livre com churrasco e estava lotado. A simples visão da churrasqueira mudou o paladar e a vontade. A comida, simples, mas fantástica. A simpatia do atendimento foi contagiante. Serviam as carnes apoiando os espetos em dois grandes troncos de árvores.


E a vista? Só vendo...


Após o almoço, uma fatia de pudim de leite de sobremesa e depois, mais um pouco de carne, estava muito bom, não resisti.

Fomos até o mirante no topo da Serra do Rio do Rastro que eu não conhecia. Quatro anos atrás eu passei direto. Agora sei de onde foi tirada a foto que aparece no Google quando se digita o nome da serra.


Mais uma serra estava a nossa frente para ser degustada e não demoramos a descer. Iniciamos devagar, pois a pista estava molhada e cheia. Não foi como na primeira vez. Eu estava com receio devido a pista úmida.

As coisas melhoraram com o passar das curvas e veículos lentos e conseguimos rodar mais rápido. Foi ótimo. A pista continua limpa e em bom estado de conservação e o visual é maravilhoso.

Seguimos até Floripa, chovia fino. Os tramites de sempre e saímos para jantar. Depois, o sono dos justos.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 20/04/15 – 3º DIA – CURITIBA - LAGES


Novo café da manhã, honesto como os demais e farto em comparação como nosso dia a dia.

Bagagem instalada, Cláudio foi para uma rua tradicional de lojas de moto e eu para a concessionária verificar as pastilhas traseiras que saíram do Rio com meia vida. Estava tudo bem, segundo o expert, vou conseguir chegar ao Rio sem sustos. Enquanto esperava um longo papo com um motociclista local que havia ido trocar a roupa da moto. Em vez de comprar uma nova trocou umas peças da carenagem e mudou de cinza chumbo, igual a minha, para preto (?).

Cláudio demorou, mas chegou, passamos na transportadora do irmão e seguimos para mais um trecho da viagem. Desta vez seriam 483 km, segundo o Google Maps e o destino seria Lages passando por Joinville e São Bento do Sul, para subirmos a Serra da Dona Francisca.

Olhando no mapa verão que não é o caminho mais rápido, mas com certeza o melhor. Para os que não me conhecem, esse é o mote de minhas viagens, rodar pelos MELHORES caminhos.

A estrada, PR 376, em bom estado de conservação aliada ao pouco calor tornaram a viagem agradável. Com média de 110 km/h com picos de 160 km. Passamos por uma pequena e já conhecida serra que na primeira passagem deixou saudades.

Foi ao final dela que, a dois anos, de moto nova e subindo na direção contrária, resolvi pegar o retorno para repetir com maior intensidade. Bons momentos.

Passamos direto por Joinville e chegamos com tranquilidade e segurança no pé da serra. Dona Francisca não estava lá, mas deixou um bolinho de carne e outro de galinha sensacionais. Só não repeti por conta da responsabilidade em manter a uniformidade física-corporal. Motos reabastecidas, seguimos em frente.


Algumas minúsculas gotas haviam caído minutos antes de nossa chegada e a prudência limitou nossa subida. Isso permitiu dar maior atenção a abundante vegetação.

“Ô país bunito sô!”

Somos felizes pelo que temos e tristes pelo que somos.

Mais curvas, algumas com piso de concreto que com a humidade tornam-se traiçoeiras. Cautela era a ordem do momento. Sorte que o momento foi curto e algumas curvas depois, com a melhora do tempo, já estávamos em velocidade de cruzeiro, mais uma vez em êxtase, gastando borracha ...


Foram momentos em que tudo conspirava para a tranquilidade. Boas curvas, belo visual e clima ameno. Não havia exageros, nem na angulação das curvas, nem na velocidade com a qual as consumíamos.

Mas ela era curta e quando pensei em parar para tirar uma foto ela já havia acabado.

Dona Francisca nos tratou muito bem e com certeza voltarei a visita-la, afinal, preciso tirar aquela foto.

Pouco antes de Mafra pegamos a BR 116. Sua pouca, mas agradável sinuosidade tirou a monotonia desse trecho até as primeiras gotas de chuva aparecerem. Foi aí que me toquei. Já estávamos em território de Santa Catarina e consegui passar pelo Paraná sem uma única gota de Chuva. Isso era inédito para mim.

“Mas tem a volta”

Disse Cláudio.

“É verdade.”

E as gotas começaram a cair. Olhando para o horizonte vi que vieram para ficar. Paramos em um posto para vestir a roupa de chuva e ela desabou. A tarde quase virou noite e o barulho que vinha da cobertura metálica era quase ensurdecedor. Mas estávamos tranquilos. Não seria a primeira vez.

Mais alguns minutos e a chegada de notícias do tempo mais a frente, chegou com um grupo de motociclistas recém chegados.


“... não vá! Está chovendo pedra!”

Decidimos aguardar a chuva amansar. Não demorou muito e de roupa de proteção contra chuva retomamos nosso caminho. Passaram poucos minutos e a chuva voltou forte e decidida. Pelo jeitão logo vi que ficaria conosco durante muito tempo e isso não seria nada bom.

Nessas horas que vemos que a educação de nosso povo está cada vez pior. Meus pais eram viajantes por natureza e uma vez por ano viajávamos para diversos lugares desse imenso e rico país. Lembro a cortesia que havia entre os motoristas nas estradas, caminhoneiros sinalizavam quando era seguro ultrapassá-los, muitos saiam para o acostamento a fim de dar passagem, etc. Hoje, são uns animais. Não só eles como os demais motoristas, te “empurram” para fora da pista, ninguém sai da esquerda para dar passagem a um mais veloz. Depois se queixam dos desmandos, da corrupção, etc.

A visibilidade piorava a cada minuto passado, a tarde parecia noite e por duas vezes fui jogado fora de minha trajetória em duas ultrapassagens a caminhões. Em outras duas, eles sinalizaram para eu ultrapassá-los e quando fui voltar na frente deles havia aqueles tachões no meu caminho. Tive que passar por cima em uma manobra arriscada.

E a chuva nos castigava sem piedade. A pista molhada tornava-se cada vez mais traiçoeira, mas eu me mantinha em segurança. Com medo? Claro! Mas nada de complicado aconteceu.

Aqui vale um abre aspas.

Essa viagem está mostrando que investir em equipamento é muito importante. E a moto é o principal a ser avaliado. Não se compra uma apenas pela beleza, nome, ou por não gostar da marca tal, etc. Se você pretende tirar o máximo de você, mesmo que esse máximo seja pouco em comparação a outros, compra-se uma moto pela segurança que ela vai te oferecer. Você precisa testar algumas motos e escolher aquela que te “vestir” melhor. Definir o objetivo é essencial e, se possível, ter uma para cada um deles.

Não se compra uma moto grande, cheia de cilindradas e cavalos para andar no trânsito no dia a dia. Dependendo do seu porte, uma boa 150 ou 250/300 cc são o ideal. Leves e ágeis, os atributos que facilitam manobras, estacionar e passar pelos corredores.  Uma usada em bom estado tem baixo custo e não vai te deixar com dor de corno a cada risco ganho nos “estacionamentos”.

Motos grandes são para grandes feitos, passeios; médias e longas viagens onde o conforto e tecnologia são necessários para a sua segurança.

E eu estou muito bem “vestido” cada centavo gasto na aquisição da minha está dando retorno, principalmente no quesito segurança. O controle de tração corrige meus erros que mesmo com muitos quilômetros já percorridos nesses últimos anos, são muitos. Andar na chuva não é problema, pois posso selecionar o modo “Rain” que controla a potência que o maravilhoso motor boxer despeja no “cardã” e roda a cada retomada me deixando em pé sem sustos. Frear, em qualquer situação não é tarefa difícil devido ao ABS e descer as marchas em situações extremas é feito com rapidez sem surpresas, pois as engrenagens se encaixam perfeitamente ao meu comando, mesmo sem apertar a embreagem.

E a chuva caía...

A tensão era grande e deixava meu pescoço doendo. De bom apenas o fato de não estar trabalhando e isso era suficiente.

No hotel, as tarefas de sempre. Jantamos uma comida bem honesta em um dos restaurantes da cidade e cama.

O dia seguinte prometia.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

3ª VIAGEM – 19/04/15 – 2º DIA – CAMPINAS - CURITIBA


Café da manhã melhor do que o esperado e barato, bagagens acondicionadas e rodas na estrada. Destino? Curitiba passando pela tradicionalíssima Serra do Rastro da Serpente.


O dia claro e ensolarado prometia novidades. Seria minha 3ª vez no estado, sobre duas rodas.

A SP 075, Santos Dumont, até pouco depois de Sorocaba, é uma estrada muito bem pavimentada com duas pistas para cada lado e curvas de raio longo; foram 71 km sem nenhuma novidade.

Em Itapetininga, paramos para abastecer e um lanche. Encontramos um grupo de motociclistas. Um bom , mas não muito longo, papo voltamos para a estrada e em minutos já rodávamos na Serra do Rastro da Serpente.

Reza a lenda que são 1.200 curvas em pouco mais de 200 quilômetros e eu estava ansioso para percorrê-las.

No primeiro trecho a pista deixava a desejar, mesmo assim, iniciamos nosso relacionamento com o pé direito. Receoso, gerenciei com parcimônia a intensidade com que rosqueava o acelerador. O asfalto deteriorado pelos anos e/ou pelas obras inacabadas preocupava. Tanto que em um dado momento errei a curva e, se não estivesse bem equipado seria chão, na certa. A pilotagem moderada permitiu apreciar a vista que é fantástica.


Estava me acostumando com as dificuldades, entretanto a responsabilidade e o pequeno susto me mantiveram do lado da razão. Era uma maneira nova de curtir as curvas que se tornavam cada vez mais traiçoeiras devido a sua sinuosidade. Eu me resistia com dificuldade, na realidade queria aumentar a velocidade e bailar com elas.


Chegamos em Apiaí e eu não estava satisfeito, tinha sido agradável mas queria mais. Tinha mais adrenalina para gastar.

Uma parada para a tradicional foto sob a placa que nomeia a serra, um saco de pipoca de Dona Sandra, a rápida consulta com um motociclista que vinha em direção contrária e rodas na estrada.


E as informações dadas pelo motociclista começaram a se confirmar. Pista lisa, asfalto limpo e clima ameno foram os insumos para ótimas emoções. As muitas derradeiras das 1.200 curvas foram consumidas sem cerimônia e a minha destreza e tecnologia da moto foram postas a prova mais uma vez. Acelerando bem próximo do meu limite e gastando cada milésimo possível de borracha das laterais dos pneus, não foi raro encostar os pés no chão. A cada curva conquistada as lembranças de outras passadas vinham e eu sorria na solidão de meu capacete.

Ouvir o ronco grave do motor a cada descida de marcha para as retomadas pós-curva era como se fosse um rock progressivo do Pink Floyd. Eu estava em êxtase e era para isso que eu estava ali...

Longas, curtas, subindo, descendo ou não, entremeadas por curtas retas, ou não, as curvas não acabavam e o corpo mal preparado começava a dar sinais de cansaço. Mais duas paradas para fotos foram a desculpa para me recompor e seguir em frente e em estado de graça. Eu estava feliz, muito feliz e queria que não terminasse nunca.




Em Curitiba, hotel, banho e um jantar com o irmão de Cláudio. Simpático casal que me recebeu muito bem e nos levou a uma pizzaria tradicional da cidade.

Após excelente papo, falamos até de negócios, entradas fantásticas e uma pizza dos deuses voltamos para o justo descanso. Dormi contando as curvas que a serpente deixou nas montanhas a oeste de Curitiba. Ela devia estar com pressa.

sábado, 18 de abril de 2015

3ª VIAGEM - 18/04/15 – 1º DIA - RIO - CAMPINAS


Não foi de repente, mas sem muita programação. É que desta vez não estou só. Seríamos 3, mas na última noite um desistiu. Não sei o motivo, nem o conhecia direito o que poderia ser um risco para a viagem, tanto para ele, como para mim ou para os três.

Não quero julgar ninguém, certo?

Já tive uma experiência como esta. Foi uma viagem ao nordeste. Seríamos eu, meu irmão e mais duas amigas. Elas iriam de ônibus, eu e meu irmão de avião (naquela época eu ainda voava). Na noite do meu embarque descobri que elas iriam de carro com um amigo delas. Nos encontraríamos em Fortaleza e desceríamos todos juntos de carro, pelo litoral. Resumindo, não foi uma boa viagem.

Voltemos então ao que interessa...

Cláudio, um grande amigo do trabalho, parceiro de vários bate e voltas é do Paraná e conhece bem a região sul; não tinha porque eu fazer uma programação, ele bolou o roteiro, eu dei umas dicas e recebi tudo pronto por e-mail. Mapas e suas reservas de hotel; que ajudaram muito a fazer as minhas.

As tarefas para deixar tudo encaminhado na empresa não me deixaram muito tempo para fazer nada além das reservas de hotel. Arrumei a bagagem em poucas horas dos últimos dois dias. Por isso ainda na primeira noite já vi que esqueci algumas coisas. Só depois abri os mapas para fazer as rotas dos dois primeiros dias de viagem no GPS.

Fazia tempo que queria fazer minha terceira “grande” viagem e problemas no trabalho me fizeram adiar algumas vezes. Cláudio sugeriu março, eu concordei, mas acabamos encurtando o tempo e adiando para esta semana.

O objetivo?

O de sempre, rodar de moto pelas estradas deste enorme país. O Sul porque é mais fresco e desta vez o foco são as serras até a região do entorno de Lages em Santa Catarina.

Marcamos no Alemão do início da Via Dutra. Atrasei alguns minutos por conta de um curativo no dedão do pé que topei em uma pedra no domingo anterior. Um papo e café rápidos e seguimos.

A Dutra é a Dutra, nenhuma novidade a não ser mais movimento a cada dia que passa. Asfalto de boa qualidade, calor intenso e muita ansiedade formam um trio perigoso. A serra das Araras com curvas de raio longo são como o prato de entrada para um grande banquete que está por vir. Estava cheia mas conseguimos curtir como se fossem preliminares.

Próximo a Itatiaia a primeira parada. Seguimos até perto de Lorena quando pegamos à direita a 459 até Itajubá, onde almoçamos. A 459, até então desconhecida revelou-se bastante divertida. Um excelente começo para quem deseja curvas. 71 quilômetros de prazer. A frente, a esquerda ou a direita belas paisagens se revezavam revelando aquilo que a correria do dia a dia não nos permite ver.


A sinuosidade das curvas desgastavam as laterais dos pneus sem cerimônia... nada além do esperado.

O almoço, seria um lanche. Cláudio foi de um salgado de carne, eu pedi um queijo quente. Após demora anormal recebi uma lasca de queijo dentro de um pão de hambúrguer. A desproporção do recheio quase inexistente ao enorme pão me fez rir.

A simpatia do atendente Rubro-negro, apesar de mineiro, não me deixou reclamar.

Seguimos em frente em direção a Campinas. A partir de Piranguinho vieram as recordações. Estava no trecho percorrido a dois anos. O asfalto mesmo com marcas do tempo ainda permitia estripulias. No caminho uma parada não programada para soprar o bafômetro. 0,00 para mim e o mesmo resultado para Cláudio nos liberou. As recordações continuaram quando entramos na Fernão Dias e nela permaneceram. A velocidade aumentou e a média em torno dos 130 km/h encurtou o caminho.

Cortamos Campinas por uma grande avenida e seguimos até Indaiatuba. A primeira noite.

Até amanhã.

Boa noite.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

JE SUIS LE MONDE...



Antes de qualquer coisa é preciso dizer aos idiotas de plantão que não sou a favor nem contra qualquer religião, raça, etc. Tenho a minha e respeito as demais sem restrições.

Entendo que a terra é grande e rica o suficiente para caber todos em harmonia e que qualquer atitude violenta nada mais é do que a incapacidade dos fracos em se comunicar e ceder para um bem maior.

Sei que isso beira a utopia, porém mais pela incapacidade acima do que pelo conceito em si.

É preciso entender um velho ditado que diz:

“A liberdade de um termina quando começa a do outro.”

Ou seja, respeito é bom e todo mundo gosta. Até você! Certo?

Mas e você? Respeita os outros? Tem certeza? Pense bem...

No trânsito, no trabalho, no futebol, nas filas, nas cartas, na vida pessoal...

Com certeza não!

Desde pequeno aprendi a duras penas que não devo mexer com quem de alguma maneira pode me prejudicar. Ainda mais se essa pessoa é mais forte e possui conceitos e um passado de ações não muito coerentes em relação as minhas ideias. Esse princípio foi um dos que nortearam minhas escolhas pelos caminhos que segui. Não que tenha baixado a cabeça aos valentões, chefes e autoridades em geral, mas nunca os enfrentei atiçando o que era mais forte neles, a ignorância ou violência. Minhas armas sempre foram a conversa na tentativa de mostrar caminhos menos belicosos e mais producentes.

Claro que não tive sucesso em todas as empreitadas, mas ainda estou aqui.

Esse é um assunto bastante polêmico sendo assim é oportuno deixar claro que neste texto, que parece vai ser longo, não pretendo achar culpados ou defender causas. Não desejo ofender nem defender ninguém, muito menos aqueles que se julgam donos da verdade e imunes as regras nos atos em sua defesa.

Se entre Cristãos, Judeus, Mulçumanos, Espiritas, ou outra religião há os que se julgam prejudicados lembro que a história tem no mínimo três versões, uma de cada lado e a verdadeira, e a que prevalece é a escrita pelo vencedor da contenda.

Isso posto e estando bem claro, passo a tecer mal traçadas linhas sobre o tema principal.

Só um idiota não vê que o mundo está em crise, ecológica, social, de caráter, econômica, energética e religiosa. A humanidade se multiplica como ratos e faltam cada vez mais recursos para a sua subsistência. Para piorar cresce a belicosidade entre povos que exigem respeito a seus conceitos, mas não respeitam os dos demais. A necessidade em manter reservas e território faz dos que os obtém a força, inimigos poderosos a serem combatidos a qualquer custo. Aos belicamente fracos resta lutar como podem utilizando artimanhas consideradas nada nobres; o terror.

Diante deles os poderosos sofrem perdas enormes e tentam retalhar em ações de grande estardalhaço, mas pouca eficácia.

Criou-se um Moto Contínuo alimentado única e exclusivamente por vidas, onde a busca pelo poder alimenta e enriquece a indústria de armas, o comércio legal ou não que as vendem sem distinção e os agentes funerários.

Esse Moto Contínuo roda faz séculos e mesmo o constante surgimento de seres elevados, os chamados profetas e seus iguais, não consegue fazer com que se enxergue o óbvio e ululante.

A cegueira nos faz esquecer que a Terra é redonda e que por isso, independente de credo, cor ou time de futebol, somos interdependentes de ações cujos resultados determinarão nosso futuro. E ela reclama como pode de nossas atitudes através de tragédias que se multiplicam ao seu redor. Mas continuamos cegos pelo poder e para obtê-lo nos tornamos cada vez mais imbecis ao esgotarmos nossos recursos diminuindo em muito a possibilidade de sobrevivência das gerações futuras; a humanidade!

Periodicamente esse Moto Contínuo produz atos considerados absurdos e desproporcionais. O último ocorreu na França e ainda está vivo em nossas lembranças, mesmo nós brasileiros tradicionalmente de pouca memória.

Grande parte do mundo se solidarizou com a dor da perda de alguns cartunistas que sob a bandeira da liberdade de expressão resolveram brincar com a imagem do maior símbolo dos Mulçumanos. Ultrapassaram os limites do bom senso naquilo que se tornou uma das maiores ofensas àquela religião, e quando o fizeram, muitos riram junto.

Passeatas se espalharam pelo mundo e muitos aqui em terras tupiniquins aderiram as homenagens exibindo orgulhosos um cartaz preto com letras brancas:

“Je Suis Charlie!”

Até inocentes recém chegados, sem a menor noção de como o mundo, fora do Face book, em que acabam de aportar é injusto e cruel, foram envolvidos.


Os ditos civilizados esqueceram-se de que mesmo protegidos pela liberdade de expressão há que se ter respeito pelo próximo, mesmo que este não esteja tão próximo em seus conceitos. Esqueceram-se que mesmo protegidos pela distância e pelo poderio bélico dos aliados há entre os Mulçumanos os capazes de tudo para defender seus dogmas, portanto, não estariam a salvo de uma retaliação.

A história está repleta de exemplos de que ultrapassar limites tênues sem motivo não é coragem e sim burrice.

Aqui, comprovando nossa curta memória, esqueceram-se do pastor evangélico que chutou uma imagem de Nossa Senhora em um de seus cultos. Na época a comunidade católica e membros de outras religiões se mostraram horrorizados.

A falta de noção que impera e cada vez mais se torna inerente a nós “brasileiros” a berrar o Hino nas arenas, faz achar graça em sacanear Maomé, mas chutar a Santa não pode.

Mas os franceses do jornal e seus pares não estavam satisfeitos. Tinham que aumentar a cagada e na edição seguinte do Jornal o que apresentaram na primeira página?

Nova charge ao Profeta.


Não poderiam apenas fazer circular o jornal? Não bastou perderem vidas diretamente? Têm que colocar todo o resto da França e seus aliados em risco por conta de algo nada edificante ou efetivo?

Não meus caros, nem tudo é perdoado!

E como o mundo é redondo, o outro lado que já estava irritado com a primeira saiu às ruas em defesa de seu Profeta. Também têm direito certo? Ou o direito a liberdade de expressão é só nosso?

Sabemos que muitos são passionais capazes de atos extremos e queimar bandeiras das nações ditas civilizadas foi pouco.


Aí o mundo dito civilizado reclamou! Hehehe! Só rindo.

Quer dizer que sacanear o Profeta pode, mas queimar a bandeira da França, da Inglaterra ou dos Estados Unidos é desrespeito.

Sabemos o que pode vir por aí. Só idiotas não veem que este não é o caminho.

Quantas charges incitando o ódio de extremistas ainda serão necessárias para enfim começarmos a agir de maneira inteligente?

Estamos no terceiro milênio de contendas onde nenhum lado saiu realmente vitorioso. As incontáveis perdas humanas são a certeza de que só há derrotados.

Não é possível que sejamos tão ignorantes que não vemos o que está claríssimo a nossa frente;

“Como estamos fazendo não está dando certo PORRA!”

Será que somos tão ignorantes que não conseguimos achar outra maneira mais eficaz e menos contundente para resolver nossos problemas?

Hoje temos mais uma oportunidade, os Cristãos têm um novo Papa, um líder de união que junto com outros tão inteligentes quanto, podem nos guiar para tempos melhores.

É preciso respeitar os conceitos e ceder não importa a origem dos problemas, muitos vêm de mais de dois mil anos. Não podemos esquecer que vivemos no mesmo planeta de espaço e recursos finitos e que os estamos gastando com idiotices.

JE SUIS LE MOUNDE EM PAIX!