quarta-feira, 6 de maio de 2015

3ª VIAGEM – 24/04/15 – 7º DIA – CAMPINAS – SÃO LOURENÇO


Acordei cedo, antes do de costume. Café da manhã em excelente companhia, bagagem sobre a moto, tanque cheio e rodas na estrada.

Estava só pela primeira vez nessa viagem, o que me trouxe recordações das duas anteriores. A responsabilidade na escolha de onde ir e o trajeto a percorrer era exclusiva e, mesmo considerando a excelente companhia de Cláudio, eu estava gostando disso.

Os critérios a respeitar seriam, novidade e passar longe de rodovias principais como a Dutra e demais tediosas de nossa malha rodoviária nacional.

Ainda no posto peguei o mapa e iniciei os estudos. Sabia de onde saia, onde ia e qual seria o último trecho, mas o primeiro era a dúvida o  que possibilitava coisas novas.

Estava decidido, Jaguariúna, Amparo, Águas de Lindóia, Ouro Fino, Pouso Alegre, Lambari e São Lourenço, onde seria a pernoite. Daí em diante seria por rodovias já conhecidas e de bons momentos rodados.

O clima estava sensacional, sol, raras nuvens, temperatura amena; isso aliado ao novo trajeto; tudo conspirava para um dia fantástico.


A saída de Campinas foi meio confusa, mas chegar a Jaguariúna, o real início, foi rápido. Daí em diante apenas prazer, asfalto de primeira em todos os trechos, mesmo os mais antigos com exceção, claro, nos limites urbanos onde o piso sempre deixa a desejar.


Curvas entremeadas por pequenas e médias retas fazendo do “circuito” planejado uma bela escolha. Eu estava em casa. Acelerando perto do limite sem comprometer a segurança, em um novo estilo de pilotagem, adquirido nos últimos anos devido o avançar da idade e consequente responsabilidade. Mas isso em momento algum fez diminuir a adrenalina e satisfação.


A borracha quase lateral dos pneus e o tempo estavam sendo gastos como previsto e tudo estava valendo a pena ser vivido.

Passei por Amparo e em Serra Negra resolvi parar para me orientar e um simpático senhor indicou a estrada para Socorro como belíssima e quase que obrigatória. Segui as instruções e não me arrependi. Era a Rota Turistica Rural do Bairro da Serra.


Estreita, sem acostamento, mas um visual incrível e as curvas permaneciam convidativos.




Voltei de Socorro para Serra Negra por onde não fui, o que foi outra boa decisão, mesmo “perdendo” tempo. Tudo o que menos tinha era pressa.


De Serra Negra retornei para Lindóia e daí para Águas de Lindóia, onde almocei em um bufê à quilo sem nada a comentar a não ser a simpatia do atendimento e o tradicionalmente fraco café mineiro.

Queria voltar o quanto antes para as estradas, tudo estava correndo muito bem, as novidades estavam sendo incríveis e ainda faltava a maior parte do caminho o que prometia emoções.

E a diversão continuou, as estradas continuavam com o asfalto em muito bom estado e com grau de sinuosidade alto. O clima permanecia como antes e os quilômetros já rodados formavam o energético que deu asas a confiança e a velocidade.

Até Pouso Alegre tudo era novo e foi aproveitado da melhor maneira possível. Daí em diante o caminho já era conhecido e por isso mesmo escolhido. Fazia tempo que queria voltar, havia passado bons momentos em minha segunda viagem.


As memórias voltaram e estiveram me acompanhando por todo esse trecho. Algumas curvas foram reconhecidas com saudades.

São Lourenço estava cheia e o hotel escolhido mais ainda. Os trâmites de sempre, jantar, um pequeno rolê a pé pela cidade e cama. Dormi ao sabor das curvas e paisagens do dia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário