domingo, 26 de maio de 2013

BOA VIAGEM!




Prezados,

Em um post anterior informei que estava iniciando o planejamento para minha nova viagem ao sul. A previsão era para setembro deste 2013, principalmente por ser época de clima ameno.

Apesar da enorme vontade de querer sair logo eu estava resignado com os então três meses de espera pela frente.

Depois de elaborado o roteiro, a lista dos itens à levar, iniciar a busca do que falta e receber e implementar as dicas os amigos ao roteiro; dei uma relaxada. Fui rápido nessas tarefas e não há muito mais o que providenciar a não ser os itens perecíveis de pouca validade, a vistoria e revisão da moto.

Desde janeiro, quando paguei o IPVA que estou tentando agendar a vistoria, além de ser muito difícil falar com gente, você fica ouvindo aquelas informações ridículas do DETRAN por muitos minutos até perder a paciência e desligar. Quando consegue fazer a ligação mais cedo e a moçoila atende, não tem data. E você que está atendendo a uma solicitação ridícula do DETRAN e paga a “PORRATODA” fica com a incumbência porque esses estúpidos não têm estrutura para atender as próprias exigências.

A vistoria deveria ser para veículos com mais de 5 anos ou sinistrados sob comunicação das seguradoras. Lembre-se que o Rio de Janeiro é o único estado que faz essa sacanagem com o contribuinte e se você reparar a quantidade de carroças ou pedaços delas andando por nossas ruas, vai entender que isso tudo nada mais é do que mais uma indústria de fazer dinheiro cujo destino é o mesmo, o bolso da corja que manda nesta merda.

Entretanto, esses caras são verdadeiras bestas quadradas. Para fazer as vistorias eles montam uma estrutura com equipamento e pessoal, absurda e cara. Sem ela, o povo teria menos um problema, estariam mais felizes e o dinheiro economizado, enfiariam em suas cuecas como já é praxe por aí.

É como o tal do choque de ordem, não dotaram a cidade de infra estrutura para acomodar o número de veículos que ela tem e nos multam por ela não existir.

A sacanagem é maior quando vemos que esses são os veículos que, às portas de uma crise energética, reduzem a quase zero o IPI para estimular as vendas.

Compramos os carros, estimulamos a economia e somos multados, rebocados e mais uma vez nós é que bancamos a “PORRATODA”.

E você compra afinal isso é o que você sabe fazer melhor, comprar. O IPI que você, incauto contribuinte, acreditou que ia economizar está aí devolvido.

Bobinho!

E foi nessa deliciosa espera que recebi uma péssima notícia.

A parte que era responsável do Projeto acabou antes do previsto e o que era esperado para o fim de agosto foi antecipado. Com isso, como não corri atrás de uma transferência de Projeto, fiquei à pé.

Quem mandou ser eficiente! Hehehe!!!

Aliás, quem precisar de um Arquiteto com Especialização em Gestão de Projetos com vasta experiência na coordenação de projetos na área de óleo &gás, construção civil e eventos, pode deixar um comentário aí em baixo com os dados para contato. Fiquem tranquilos que não publicarei.

Mas estarei disponível só após a viagem. Ok?

Surpreendeu-me minha reação e a primeira coisa que pensei foi:

“Maravilha, vou antecipar minha viagem!”

Havia a possibilidade de ter de adiar por conta de que em setembro ia iniciar outro Projeto e esse adiamento não seria por menos do que um ano. Estava puto! Seriam mais de 3 anos sem férias e isso, meus caros, é uma coisa que só faço se não houver outra opção.

Já ralei muito na vida e morrer de trabalho eu não vou. Nem por falta quanto mais por excesso.

Prefiro pouco dinheiro com tempo e prazer para gastar do que muito e ficar amarrado na cadeira do escritório ou preso dentro de uma SUV.

Voltei aos preparativos, refiz os contatos com as pessoas que vou encontrar na viagem, iniciei a verificação do estado dos equipamentos, roupas e demais itens. Iniciei a compra do que faltava (pouca coisa, ainda bem, tenho que economizar), troquei a bateria da moto que estava dando sinais de perda de vida, programei a revisão da moto para esta 2ª feira, atualizei o GPS e assim estou conseguindo cumprir as tarefas mesmo agora, com o prazo reduzido.

Não vou esconder que existia uma ponta de preocupação com relação ao meu futuro profissional, assim como também uma vontade de variar. Não por não gostar de onde, com quem e em que estava laborando, mas sim pela vontade de mudar de ares.

Para ambientes e colegas novos era só mudar de Projeto dentro da empresa. Eu pensava em uma mudança um pouco mais radical. Novos procedimentos, sistemas de gestão, produto e sei lá mais o que.

Voltar para a iniciativa privada não me parecia o melhor dos mundos, contudo não deixava de ser uma opção.

A dúvida devido a possível perda de certa segurança adquirida em mais de 10 anos na mesma empresa era o meu calcanhar de Aquiles.

O clima melhorou após o anúncio do ocorrido entre alguns da empresa e acabei recebendo algumas consultas para compor equipes de outros Projetos e o melhor, todos eles com início retardado em função de algumas ocorrências inesperadas.

Tudo se encaixava, mas a incerteza dessas “promessas” ainda estava presente. E foi assim até que recebi de um amigo, que não sabe de nada, um texto da escritora, tradutora e poetisa Lya Luft escrito quando com 74 anos.

A Idade e a mudança

"Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo.
Era um bate-papo com uma plateia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades.
E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível...  A plateia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho?

Onde é que nós estamos?

Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'.
Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se 'mudança'.
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada. Rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.

Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional.

Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem,
só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.

Olhe-se no espelho..."

Resolvi relaxar.

Tudo está corroborando para que eu aproveite os momentos da viagem desde o planejamento até o quilômetro final percorrido na volta. Não vou ficar me estressando com o futuro que não me pertence, ainda.

O mundo está em crise?

Dane-se!

O país vive em uma bolha “Neoassistenciapopulista”?

O problema não é meu”

Vamos ter de engolir goela abaixo 6.000 médicos que a matemática mostra que Cuba precisaria de 20 anos para formar, sendo assim, é impossível serem todos médicos o que os adeptos de Teorias de Conspirações concluem serem guerrilheiros disfarçados a se infiltrar nos MSTs e a fins da vida para gerar uma Revolução?

Foda-se!

Quem mandou vocês votarem errado? Quem mandou ficar passeando em suas SUVs em vez de prestar atenção no que acontece ao seu redor?

Eu quero mais é viver a vida que se apresenta no presente. Já fiz meu pequeno, mas consistente pé de meia, mesmo!

Vou viajar!

Vou passar mais de 20 dias em duas rodas pelo sul do Brasil, Uruguai e Argentina.

Vou rever amigos feitos na vida, outros feitos na primeira viagem e conhecer novos. Ver lugares já visitados e outros por visitar. Vou degustar pratos típicos que deixaram saudades e novos que não tive tempo de provar. Beber vinhos conhecidos assim como novos que se apresentarem. Vou pilotar em estradas já visitadas e em novas que não conheço. Transcender em curvas de serras que passei e naquelas que não faço ideia de como sejam...

Não, não é problema ir só, isso faz parte da aventura. A impossibilidade de compartilhar decisões é um aprendizado, te deixa mais forte e confiante para viver a vida. Escancara sem meias palavras que você é capaz. Tem que ser não há opção; uma vez que o sucesso da empreitada depende disso.

Isso me agrada.

A única coisa que me preocupa é o frio. Não que não goste, ao contrário, até prefiro, mas eu prefiro porque é controlável é só você saber que tem de proteger as extremidades do corpo:

- Cabeça – Chapéu ou gorro;
- Orelhas – A aba do gorro ou protetores próprios;
- Mãos – Luvas;
- Pés – Meias de Lã e um par de botas de boa qualidade – Não pode entrar água.

Também não pode ter vergonha de vestir uma ceroula ou similar sintético que “grude” no corpo, depois é só vestir uma roupa um pouco mais grossa que o normal e um casaco de qualidade.
Claro que há os mais friorentos e neste caso, é só aumentar o número de casacos e acessórios. Com isso, você vai, com raríssimas exceções, a qualquer lugar civilizado no mundo.

Agora, imagine-se no hemisfério sul, acima do trópico de Capricórnio, em pleno verão, no centro de uma grande cidade, à pé indo almoçar. Você vai estar morrendo de calor, suando em bicas e não poderá fazer nada. Por menores e leves que sejam suas roupas, você ainda estará com calor e não poderá tirá-las.

Até pode, mas estará correndo um sério risco por conta da falta de civilidade, sua e dos que estiverem ao seu redor.

No meu caso, por experiências anteriores inclusive muitas na neve, não vejo muitos problemas em antecipar a viagem para uma época de clima mais frio.

Sendo assim, chego a conclusão de que o frio não deve ser minha preocupação e sim o frio estando sobre a moto.

Após o levantamento que fiz, parece que tenho todas as roupas e acessórios para uma viagem confortável mesmo no inverno. Entretanto, como nunca vivi essa situação, não sei se serão suficientes para isso.

Todavia, nessa onda de fazer mudanças para rejuvenescer, mesmo isso não sendo uma prioridade, vamos nessa que é bom à beça.

Afinal, como dizia o famoso filósofo Garibaldo:

“Todo dia é dia toda hora é hora!”

Faltam ainda alguns dias, mesmo assim, em homenagem ao pessoal do sul, vou citar mais uma poetiza:

“Tá na hora tá na hora...!”

“Boa viagem!”

Obrigado.



terça-feira, 21 de maio de 2013

A CASA DA NAÇÃO?




Prezados,

Ontem por necessidade da obra em que estou lotado, precisamos definir método construtivo e materiais a serem utilizados nos vestiários que irão atender aos mais de 5.000 trabalhadores durante a vigência da concessão do estaleiro.

E daí Geraldo?

E daí que força do destino eu estava presente quando foi decidido que o melhor lugar para a pesquisa seria nada mais nada menos que o Estádio Mário Filho, o popular Maracanã ou popularíssima CASA DO FLAMENGO.

“Vai?”

“Claro que vou!”

Durante o trajeto as lembranças povoavam meus pensamentos. As inúmeras vitórias, poucos empates e raras derrotas não me deixavam prestar atenção no caminho. Acabei informando errado e em vez de subir o viaduto em frente a estação São Cristóvão do Metrô, passamos por baixo.

À esquerda o majestoso, ainda com suas feridas abertas devido as obras por terminar.

Mas ele estava lá, imponente cujas formas, mesmo que mexidas ainda carregam o DNA do maior de todos.

Um retorno também à esquerda, em frente a estação Maracanã do metrô e retornamos em direção à tradicional Praça da Bandeira, que nos dias de chuva é mais conhecida como Aquário Municipal.

Dobramos à direita e seguimos em direção à Rua General Canabarro, onde estacionávamos o carro nos dias de jogos. E foi em uma transversal que estacionamos ontem.

Fizemos a pé o caminho de sempre enquanto eu relembrava a multidão de Rubro-Negros trajando o Manto em romaria em direção ao Templo. Pais, filhos, pais e filhos, malandros, negros, brancos, azuis, amarelos, roxos, ricos, pobres e tudo o mais que compõe a mescla da Nação.

Consegui ver os inúmeros ônibus das torcidas organizadas entupidos de torcedores e bandeiras bicolores ao sabor dos ventos em Preto e Vermelho.

Entramos pelo antigo estacionamento de motos e seguimos por ali até atingirmos a rampa monumental por onde subia de peito aberto entoando os cânticos que embalavam a nós e aos jogadores nas noites de quartas ou quintas e tardes de sábados ou domingos.


E por ela subimos. Meus quatro colegas, dois que vieram comigo e os dois que nos guiavam. Eles iam à frente, conversando e trocando informações e eu, atrás, um pouco distante conversando com minhas memórias.

Via meus compatriotas vestindo o Preto e Vermelho de diversas formas, subindo e cantando. Alguns corriam, outros pulavam, outros tiravam fotos e todos sorriam ansiosos na expectativa do jogo.

Subimos todos juntos em harmonia até a metade quando lá de cima vislumbrei a Estátua do Belini. O jogador viceino mais importante e talvez único citado em nossa imensa História.


Citado apenas por estar lá, segurando a Taça Julis Rimet que meia dúzia de safados e sem noção surrupiaram dos frágeis cofres da CBF e derreteram para vender por ninharia.

É nessa praça onde a Nação se reunia antes de transpor os portões para serem teletransportados para a nave da felicidade.

Portões que daqui há poucos dias farão 33 anos, daquele 01 de junho de 1980, em que mesmo com o ingresso na mão tive de pular para poder assistir os 3 x 2 que fizemos na galinha mineira para conquistarmos nosso primeiro dos até agora  SEIS INCONTESTES campeonatos Brasileiros.

Continuamos subindo...

Até atingirmos o andar mais alto. A passarela de acesso aos degraus mais altos ainda em obras foi pouco visitada por mim. Entrávamos pela passarela de baixo.


Visitamos os banheiros, tiramos nossas dúvidas e o lado profissional veio à tona para detectar a qualidade e acabamento dos serviços feitos. Talvez pelo pouco tempo ou mesmo coisas que só acontecem no Brasil, o resultado técnico do que vi é muito ruim. Temos de considerar também a qualidade de nossa mão de obra que não é das melhores e os detalhes construtivos deixam muito a desejar na funcionalidade.


Frequento o Maraca desde meus 8 anos quando ainda acompanhava meu pai por essas bandas. Não foi difícil perceber entre outras coisas, que colocar os bebedouros no corredor de acesso aos banheiros foi uma tremenda burrice, assim com também o foi colocar os painéis fotovoltaicos (captam a energia solar) no teto da rampa de acesso inferior. São de vidro ou similar e servirão de alvo aos civilizados torcedores brasileiros.

O descaso com o dinheiro público é notado quando se vê o revestimento de pastilhas dos camarotes VIP sendo coberto pelo revestimento de madeira.

Outros detalhes de colocação de revestimentos mal acabados e a fragilidade de alguns materiais utilizados me fizeram ver que a manutenção vai ser frequente e dispendiosa.

As instalações me pareceram bem feitas, porém, é necessário um pé atrás para essa afirmação.

Espero sinceramente estar errado e com todo respeito aos profissionais que atuaram e ainda permanecem e considerando todo valoroso esforço desses arquitetos, técnicos, engenheiros e operários, eu não coloco minha mão no fogo.

Não me espantarei se em poucos anos verificarmos que teremos na cidade dois estádios interditados.

Não, não tirei fotos desses detalhes, achei que ninguém mereceria ver isso.

Vimos o que fomos lá para ver e começamos nossa visita.

Sim, o trabalho se transformou em visita sim! Garanto que você faria o mesmo. Ninguém iria perder essa oportunidade ainda mais os dois que estavam comigo que por serem de outro estado, nunca haviam estado lá.

Seguimos pela passarela superior, entramos nos bares que agora terão cozinha e em fim, após atravessar um vão, onde na última reforma foram instalados os camarotes, vislumbramos o gramado.


Eu estava exatamente na direção onde nos últimos anos assisti aos embates históricos do Mais Querido. Na quina da bandeirinha de corner, nas cadeiras amarelas entre a Urubuzada e a Flamanguaça.

Lindo! Verdinho, como um tapete, ainda sem as marcas de cal que dão moldura a “arte” da bola. As traves e os mastros das bandeiras de escanteio mostram a redução do campo; um pecado. Em volta da grama natural a sintética, outro absurdo.

As cadeiras coloridas em amarelo, azul, verde e branco, espalhadas pelos degraus formam um belo mosaico só superado pelo que a Nação montará brevemente.


A unificação dos níveis e inexistência de um anel inferior trouxe a ilusão de que o maior de todos perdeu volume e com ele o respeito mundialmente adquirido nos seus mais de 60 anos de vida.

A distância entre a torcida e o campo diminuiu e a Nação, com certeza, vai saber se aproveitar disso.

Descemos em direção aos camarotes VIP depois de passar pelo seu luxuoso acesso. Ali o acabamento é esmerado e o conforto latente.


O espaço destinado ao acesso e bar não fará falta, mas aquele utilizado nos camarotes e adjacências, aliado ao luxo levam a crer que o futebol deixará de ser do povo.

O reservado a Presidência da República é um escândalo em termos de espaço. Mais de 150 metros quadrados de área foram destinados aos que menos trabalham e mais gastam no pais.


Isso para a área coberta onde provavelmente serão servidos caviar, salmon e demais apetizes. Tudo regado ao melhor champanhe e/ou vinho francês.

E o povo comendo pão com mortadela.

Sem contar com a área da “varanda” onde ficam as cadeiras para assistir aos jogos.


Mais portas e circulações até chegarmos as cabines de televisão e de controle dos sistemas do estádio; ambos onde o luxo e conforto são o DNA. E como não poderia deixar de ser, a visão é ampla geral e irrestrita. Galvão Bueno e sua “enturrage” vão se esbaldar.

Descemos e chegamos ao auditório onde os técnicos e jogadores darão entrevistas após os jogos. De dimensões respeitáveis, muito bonito e confortável.


Mais duas portas e os vestiários. Modernos espaçosos e confortáveis. Com uma grande sala com grama sintética para aquecimento dos chinelinhos, muitos chuveiros e duas grandes banheiras de hidromassagem cada uma com capacidade para 4 deitados e dois sentados. Não sei como os jogadores farão para se acomodar ali.


De lá, após passarmos por um grande corredor, cinza e mal acabado, chegamos ao campo e ali as lembranças voltaram com força.


As recordações foram surgindo sem cronologia como um caleidoscópio de imagens e com elas inúmeras emoções.

Vislumbrei a Nação em êxtase com a entrada do time em campo e segundos depois formando o mosaico de 2009 uma semana antes da conquista do HEXA, com as palavras:

“A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA”

Minutos depois a via enlouquecida com um dos muitos gols de Zico,

Em 1978, o cruzamento que culminou o gol de Rondinelli e a conquista do Campeonato Carioca;

A falta batida em 2001 por Pet em mais outra conquista Carioca;

As arrancadas e os riscos e rabiscos de Uri Gueller entortando as pernas dos laterais;

A alegria de Junior com os braços abertos como seu sorriso após aquele belo gol no Brasileiro de 1992;

O gol de Obina na conquista de nossa segunda Copa do Brasil em cima de nossos eternos vices em 2006.

A genialidade de Leandro desfilando dribles e cruzamentos para diversos gols importantes nas décadas de 70 e 80.

O Autógrafo de Zanata, então meu ídolo em meu primeiro Manto número 5, lá pelos idos de 1969;

As diversas defesas de Marco Aurélio, Renato, Cantarelli, Ubaldo Fillol, Raul, Zé Carlos, Gilmar e Júlio Cesar;

A simples elegância de Geraldo o Assobiador;

A técnica de Mozer, a simplicidade de Figueiredo, a elegância de Aldair e demais companheiros de zagas;

O histórico gol de Nunes que nos presenteou com nosso primeiro título nacional em 1690;

A Raça de Liminha, Reyes, Paulo Henrique, Rodrigues Neto, Buião, Caldeira, Rondinelli, Merica e Luizinho Tombo, entre muitos outros que mesmo sem muita técnica ou quase nenhuma, honraram o Manto Sagrado;

As jogadas, passes, jogadas pela ponta esquerda e o terceiro gol de Adílio no Brasileiro de 1983;

A cadência de Andrade e o sexto gol devolvendo em 1981 uma injustiça...

Quando acabei de tirar essa foto, da trave onde tremem os goleiros rivais por estarem de frente para a Nação...


“Geraldo! Vamos!”

A volta a realidade veio com uma ponta de saudade, outra de tristeza e a certeza que em breve esses momentos se repetirão em progressão geométrica dando números frios da matemática a essa imensa paixão.

Com isso, retomei velhos conceitos e, corroborando o último post no Urublog, de Arthur Muhlenberg, nas palavras de Pedro Trengrouse, de que mesmo com a volta do Maraca, o Flamengo precisa ter o seu estádio.

Saudações.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

CÉU OU INFERNO?




Meus caros, diletos e escassos leitores,

Já ouvi de alguns que muitos de meus textos tratam apenas de problemas e que por isso não são muito agradáveis à leitura.

Vou confessar que concordo plenamente, mas o que fazer se por criação, índole ou qualquer outra coisa eu não consigo ficar indiferente às coisas que acontecem ao meu redor.

Não sou melhor nem pior do que ninguém, mas não consigo ver pessoas reclamando de uma situação do cotidiano, criticando o rabo dos outros sem antes repararem no próprio.

Muitos falam da sujeira nas ruas e ao virarem as costas jogam a guimba do cigarro, papel de bala ou a lata de refrigerante no meio da rua. Alguns até próximos às lixeiras.

Sem falar dos que não catam o cocô de seus cães.

Outros reclamam do trânsito e quando estão a bordo de suas possantes SUVs não deixam espaço para as motos que podem ser de grande ajuda no desafogo deste mesmo trânsito.

Não consigo ver motoqueiros e alguns motociclistas (há uma diferença) não respeitarem as leis de trânsito e nem a si mesmos em manobras arriscadas, ignorantemente desprezando a própria vida, deixando os motoristas dos demais veículos atordoados sem saber o que fazer.

Ou aqueles que mesmo vendo no painel o andar onde os elevadores estão, insistem em apertar todos os botões chamando todos os elevadores quando vão utilizar apenas um.

Ou ainda os ciclistas que reclamam da violência dos motoristas de ônibus e fazem EXATAMENTE o mesmo nas ciclovias da cidade trazendo terror à idosos, pedestres, crianças e demais com quem deveriam compartilhar o espaço CIVILIZADAMENTE.

Gostaria muito de ter o dom de relevar os problemas, principalmente àqueles aos quais não estou envolvido, e ter uma vida tranquila, como muitos de vocês conseguem.

Isso é um dom.

Um dom que já tive.

Foi na época quando empresário e matava vários leões por dia para levar o sustento do lar. O dia iniciava cedo, lá pelas 7 da matina eu já estava no batente e saia quando os problemas permitiam.

Na época eu não tinha consciência e também tinha minha SUV que bebia como uma porca e ocupava muito espaço para levar apenas uma pessoa.

UM ABSURDO!

Apesar do dia estressante e estafante eu conseguia entrar no carro, ligar o som, acender um cigarro e mesmo com o trânsito péssimo, eu conseguia relaxar e esquecer TODOS os problemas do dia. Chegava em casa tranquilo e após um banho, tudo era só prazer.

Hoje, o nível dos profissionais caiu bastante e os serviços prestados que já não eram grande coisa não valem a metade do preço que se paga para NÃO tê-los.

Atribuo essa INvolução, entre outras, a multiplicação das Bolsas “Assistenciopopulistas” que transformaram nosso já não muito interessado povo em verdadeiros vagabundos. Hoje ninguém quer “porranenhuma” com nada. A lei de Gerson é uma realidade difícil de medir não pela intangibilidade e sim pelo seu volume e o resultado disso tudo é o mau atendimento, o desrespeito ao próximo, aos orçamentos e prazos acordados em acordos impublicáveis; ou seja, desrespeito a lei.

E nada acontece. Com exceção de ladrões de galinha, ninguém é preso. Até os julgados e condenados “incontestemente” estão livres leves e soltos. Sem falar dos que morrem em operações lícitas e por isso recebem mais direitos do que os que prejudicou. Os líderes religiosos profanam os dez mandamentos violentando fiéis à quem deveriam guiar espiritualmente.

Hoje os prazos políticos se sobrepõem aos prazos técnicos e grandes obras são construídas a toque de caixa ou “nas cochas” a custos estratosféricos.

Obras que à qualquer momento poderão cair sobre nossas cabeças que embebidas pela letra da indiferença e música da impunidade do samba composto e regido em Brasília e tocado nos governos de cada estado deste imenso, maravilhoso e incontrolável país, cagam e andam para a Hora do Brasil.

E assim vamos vivendo, alguns constantemente estressados por conta das injustiças e outros postando frases, ditados e dizeres alegres e floridos nas redes sociais como se a vida fosse uma fantasia.

Enquanto isso, a realidade segue e os sacanas sem escrúpulos imunes as leis devido a fiscalização ineficiente e/ou corrupta fazem das suas e continuam sobrevivendo como no caso que gerou a seguinte correspondência:


Senhores,

Em meados deste último março (2013), fiquei sem imagem. . Resolvi aguardar alguns dias imaginando ser aqueles consertos de sistema, etc. na esperança de que voltasse  sozinha o que evitaria transtornos.

Os dias passaram sem novidades e resolvi ligar solicitando o conserto foi difícil, mas consegui agendar a visita do técnico. Foram uns quinze dias sem imagem e depois da segunda visita suplicada, mais quinze sem HD.

Lógico que não paguei a fatura.

Os detalhes da luta em conseguir o conserto, vocês têm nas gravações das diversas ligações que fiz. Gravações que já solicitei e V.Sas. espertas que são, não tiveram a decência de enviar. Sem contar os diversos reagendamentos feitos com seu prestador de serviços, que provavelmente não foram gravados.

Cliente da SKY faz alguns anos, eu estava bem adaptado à interface e resignado com a falta de imagem quando chovia, mesmo nos dias de chuva fina e até quando isso acontecia nos programas que gravava.

Bobinho que sou, atribuía esse fato as nuvens que impediam a passagem do sinal. Era o custo à se pagar pela “honra” de tê-los como fornecedor.

Não foram raros os momentos em que assistindo a um filme, entretido com a trama e de repente a imagem congelar em milhares de simpáticos quadradinhos multicoloridos de som picotado impedindo-me de ver ou ao menos ouvir o final de cada história.

Foram anos na dúvida:

“Será que vou conseguir assistir o final?”

Na época, cheguei a agendar um serviço chamado de Calibração (vocês mandariam um técnico para fazer uma regulagem fina no equipamento). Após extenso diálogo, foi agendada uma data, um sábado e próximo dela sua atendente de voz sensual (todas têm) ligou para confirmar, mas uma data (5ª feira) distinta àquela arduamente acordada.

Vendo que ia ser difícil entrarmos em um acordo, pois definitivamente não falamos a mesma língua, desisti.

Relevei mais essa.

E a vida seguiu.

Entretanto, dessa vez, ficar sem imagem e som seria muito e tive de tentar, por diversas vezes, entrar em contato para resolver o problema, o consequente não pagamento da fatura e com isso continuar como cliente de seus “excelentes” serviços.

Mas infelizmente o seu "simpático" sistema eletrônico que tem até o barulho enganador da moçoila digitando, não tem o mais importante para seus INCAUTOS clientes; uma opção:

"Relate seu Problema para podermos ajudá-lo".

O ÓBVIO, PORRA!

Mesmo assim fui insistente e após árduas tentativas consegui burlar a moçoila até conquistar o direito de falar com humanos. Porém seus humanos estão longe de sê-lo; ou então foram mal treinados (o mais provável).

Esquecem-se de que estão lá porquê seu serviço, como muitos outros neste imenso país, é uma porcaria, se assim não fosse, estariam todos DESEMPREGADOS.

Sendo assim, deveriam ter toda a paciência do mundo para nos ouvir, fazer o impossível para nos atender e assim nos deixar satisfeitos.

Não é essa a meta que tanto bostejam intrinsecamente em seus anúncios?

“Sky, você na frente sempre!”

KKK! só se for na fila de reclamações.

Mas não, eles se julgam superiores e até têm um botão para fazer parecer que a ligação caiu e fazer com que o INCAUTO cliente tenha de iniciar todo o processo novamente.

E junto a quem? Sim junto a moçoila eletrônica! Muito triste isso.

Se um dia eu descobrir quem foi o Filho da Puta que inventou esse atendimento eletrônico, eu mato e corto em pedacinhos. Só não dou ao meu cachorro, pois com certeza ia lhe fazer mal.

Ô seus idiotas, não se empolguem, isso é apenas uma figura de linguagem Ok!

Pois é meus caros e para receber todo esse tratamento VIP eu dispendia de meus escassos e suados vencimentos a “módica” quantia próxima dos R$ 300,00.

E vocês foram além, sem saber o motivo, em 05 de maio de 2013, desligaram o sinal.

Mesmo sendo bobinho, sei que isso faz parte de sua estratégia para nos fazer pensar no custo da mudança e dizer:

“Ruim com eles pior sem eles.”

Além de incompetentes em fornecer o que se propõem, são uns covardes e muito baixos.

Mas comigo, vocês se ferraram. Não dependo de vocês para nada. Detesto novela e programas de auditório.

Os filmes e séries eu posso alugar em uma locadora ou faço download na internet (que ainda bem não faz parte de seu pacote de desfornecimento).

O futebol que gosto muito? Ora meus caros, hoje qualquer bar, por mais safado que seja transmite o jogo de meu time, nenhum dos que conheço a imagem vira quadradinhos multicoloridos em dias de chuva e ainda tem a opção da casa dos amigos. Tem um que é seu cliente e a turma sabe que em dia nublado lá é menos uma opção.

Mesmo assim, eu cansei e já contratei os serviços de sua concorrente.

Já está instalado.

Não tenho dúvidas que ela também é uma porcaria, mas se, provavelmente, vou ter os mesmos problemas, ao menos estou contratando mais opções de serviços, pagando menos e com a CERTEZA de NÃO mais ver quadradinhos multicoloridos.

E o melhor, estou sacaneando vocês e isso meus caros, mesmo não sendo nem a metade do que vocês me sacanearam, não tem preço.

Consideremos então esse o dia 05 de maio de 2013 como fim de nosso compromisso lembrando que V.Sas. também deverão desconsiderar esses mais de 30 dias que fiquei sem imagem ou com ela sem ser em HD. Sendo assim, NADA lhes devo tanto financeira quanto legalmente.

Na realidade, vocês é que estariam me devendo e muito se considerássemos os tantos dias de chuva durante esses anos quando só vi quadradinhos multicoloridos.

Mas vou relevar essa também em troca do som de seu silêncio, mesmo que picotado.

Quanto a seus equipamentos, eles estarão bem acondicionados nas caixas dos equipamentos de seu concorrente e disponíveis para serem recolhidos no mesmo endereço que vocês tanto não compareceram.

E vocês podem retirá-los em qualquer DIA ÚTIL, APÓS ÀS 18:30 h.

Melhor do que vocês que combinam, não cumprem e não avisam, vou lhes prevenir que:

1 - O fato de informar esses dias e hora para o recolhimento, não quer dizer que estarei em casa para recebê-los, pode ser que eu tenha ido correr em volta da Lagoa, levar meu cão para esvaziar, ou simplesmente beber um chope com amigos e nesses casos, seu portador terá de retornar outro DIA ÚTIL, APÓS ÀS 18:30 h até que um dia me encontre em casa. Foi assim que vocês me atenderam e é assim que vou atendê-los.

2 – Não se esqueçam, dia útil entre feriados e fins de semana são considerados dias INUTEIS;

Chato isso, não acham?

Ah! Eu ficava puto quando vocês não apareciam quando agendado.

Sim, eu poderia deixar com o porteiro, é verdade. Mas vocês acham, em sã consciência (se é que a têm) que eu ia dar um mole desses. Vai esperando.

Sou INCAUTO, mas isso tem limite.

O que tenho a dizer em resumo a isso tudo é o seguinte:

Aprendam a trabalhar, vocês não precisam acertar todas, sabemos que a perfeição é impossível, e que o ótimo é inimigo do bom, mas tratem seus clientes decentemente, não precisa muito, apenas trate-os como clientes ou VÃO A MERDA!

Não reclamem dos meus dois ou três termos de baixo calão aí em cima. Antes disso, imaginem uma senhora com mais de 80 anos perdendo mais de um mês de sua novela preferida. Não se esqueçam de que nos dias de chuva também tem novela.

Não vou repetir como minha mãe os qualificava ou para onde ela os mandava todas as noites ao receber a seguinte resposta:

“Não mãe, também não vieram hoje.”

Portanto, só manda-los a merda é até cortesia.

Não! Meus caros, minha mãe não tem autorização para atendê-los, não vou deixa-la entregar lhes suas coisas, isso seria um grande risco para a integridade do seu portador ou equipamentos e isso, não posso afirmar que seja figura de linguagem.

Também não! Infelizmente, não adianta ligar para agendar uma data certa para o recebimento. O SAC lá de casa está de SACo cheio de vocês e como o seu, mesmo não fazendo o barulhinho de digitação, também é eletrônico.

Todavia, há uma diferença, ele tem vontade própria e se auto programou para desligar com a simples menção do nome dessa joça de “empresa”.

Desculpem-no, mas ele é muito afetivo e como sou eu que o alimento, se apegou bastante a mim; vai me defender como um bom cão.

Ele pode ser afetivo e fiel, mas não tem a mesma educação do seu SAC que possui uma lista de expressões muito bem escolhidas por quem o programou. O meu é muito mal educado e manda-los à merda é o mínimo que ele vai fazer.

SDS,

ET. Essa mensagem está sendo distribuída em redes sociais, e-mails e demais necessário na tentativa de chegar à vocês, pois seu Sistema de Atendimento ao Cliente, que por sinal faz tudo menos atender ao INCAUTO cliente, não me permite fazê-lo por não possuir a opção:

“Deseja cancelar o serviço?”

Atenciosamente,

Frustrado Cliente SKY
Código para identificação e cancelamento do serviço número 037750932

Peço então a vocês meus leitores, que me ajudem em divulgar essa mensagem. Se para isso desejarem copiar e colar em outro meio de comunicação, podem fazê-lo. Peço apenas que ao dividir que o façam apenas entre o texto e a mensagem podendo utilizar as duas partes separadas, mas sempre completas.

Grato pelo apoio.