domingo, 16 de outubro de 2011

9º DIA – CAXIAS - BENTO GONÇALVES – RS - CAXIAS


Confuso devido ao horário de verão, não sabia se meu novo projeto de celular estava configurado para trocar a hora automaticamente ou não. Estava, mas não trocou, com isso vemos a qualidade do aparelho. Não vou dizer que é um Nokia, que não trava teclado, não tem tecla de atalho para colocar no vibracall, etc. porque não quero arrumar confusão. Mas tem uma coisa que muitos não tem e é imprescindível!. Nem os mais modernos smartphones têm. Lanterna.

“Também, por R$ 79,00 reaus tu vai querê o quê?”

Em minutos recebi o SMS do cara com quem iria ao almoço italiano.

“Bom dia, sairemos às 08:00 h de Vacaria. Passaremos em Caxias pelas 09:20 h sentido Farropilha.”

Respondi:

“OK. Onde será o ponto de encontro?”

Não recebi retorno, provavelmente já estava na estrada.

Para mim, era difícil saber o local exato. Tinha acabado de tomar café da manhã. Chamei a recepcionista, contei a história e mostrei a mensagem. Talvez por conhecer o dialeto e costumes da região poderia encontrar naquele texto o local do encontro do pessoal.

“Eles vão passar nessa estrada aqui em frente.”

Subi, vesti a roupa de estrada, verifiquei que as roupas que estavam no fundo da mala estavam úmidas há dois dias, algumas manchadas. Pendurei todas elas pelo quarto e desci para aguardar a passagem da galera.

Aguardei quase uma hora, a névoa estava baixa e forte poderia atrasar sua chegada, mas nada.

Desisti de esperar mais. Subi na moto e fui estrada adiante sem destino. Cheguei em Bento Gonçalves, cidade das vinícolas. Havia esquecido que visitá-las era um objetivo.

Entrei na cidade, nenhuma sinalização, fui perguntando até chegar na Barrica de Concreto. Ao lado uma construção específica para informações. Recebi as indicações e mapas necessários e parti.


O sol já havia dado as caras e estava poderoso.

Não havia tempo para ver tudo, são mais de vinte quilômetros em um circuito com diversas vinícolas artesanais e duas industriais, Miolo e Casa Valduga (não sei se se escreve assim).

Há também uma casa de queijos. Foi a primeira parada. Os queijos ótimos e variados caíram como luva. Eu estava com fome.

A dona, muito simpática respondia a minhas perguntas sem rodeios e sem negar informações. Pais italianos queijeiros desde quando moravam na Itália só que apenas para o consumo próprio. Vieram para o Brasil e resolveram viver disso. E conseguiram. Não sou um conhecedor da matéria, mas me pareceram de excelente qualidade.


Após o excelente bate papo saí em direção a Vinícola Miolo. Uma grande área com vários prédios e armazéns para estocagem dos produtos. A visitação custou R$ 10,00 que seriam revertidos em desconto no caso de compra de algum produto; como não comprei nada, dancei (não tenho onde levar).


Devido a dificuldade na limpeza dos tonéis de madeira a fermentação dos vinhos é feita em tonéis de aço inox refrigerados. Não vou contar detalhes, pois é muita coisa, mas vale uma visita e não pode ser de apenas um dia. Existem hotéis excelentes e lugares a serem visitados romanticamente que não fica atrás de muitos pelo mundo. Vejam as fotos.


O que vale dizer é que, segundo o enólogo que nos acompanhou, alguns produtos receberam medalhas de ouro em alguns “concursos” em vários lugares do mundo. Eles produzem um espumante Millésime que com apenas seis anos sendo produzido já desbancou um dos melhores franceses. Ele disse o nome, mas esqueci. É muita informação.


Dos mais de 100 produtos fomos convidados a degustar 01 vinho branco, dois tintos e um espumante. Bons vinhos.

Saí em direção ao Mamma Gema. Indicado pela dona da queijaria para o almoço. Uma ampla e iluminada casa que serve almoço em forma de rodízio de comida italiana.

Dispa-se do preconceito de rodízio porquê nesse caso não há nenhum clima de carregação, ao contrário, é um ambiente tranqüilo onde as mesas são confortáveis e o espaço entre elas é generoso. Os diversos funcionários são educados, simpáticos e atenciosos.

Serviram uma espécie de couvert com rodelas de salame e cubos de queijo da região, pasta de ervas e berinjela em pequenos pedaços. Acompanha pão também da região. Simples, mas de boa qualidade.

Depois uma salada composta de:

- Alface;
- rúcula;
- Pedaços pequenos de nozes;
- Queijo Gorgonzola ralado;
- cubos de manga;
- Azeite.


Me surpreendeu.

Após seu consumo iniciou-se o meu rodízio:

- Frango com ervas – Tenro e muito bem temperado, Muito bom;
- Risoto de tomates secos com castanhas de cajú – Uma combinação muito bem feita;
- Ravioles de gorgonzola, nozes e molho branco – Macios com um gosto bastante agradável;
- Tortei de abóbora à bolognesa – Excelente;
- Costela suína com mel e um segredo da casa – Dos deuses;
- Talharim com alcachofras – Sem comentários.


Havia mais uns três pratos, mas não consegui prová-los, olha que pedi pouco dos que provei.

Após o almoço tentei fazer uma visitação em uma vinícola artesanal, para comparar os procedimentos com a industrial, mas não havia nenhuma aberta para isso, havia degustação, mas como estava de moto...

Resumindo, vale ir à Bento Gonçalves, passar uns dias, fazer o circuito todo e almoçar nem que apenas uma vez no Mamma Gema. À noite é frio, não vá só.

Amanhã, Porto Alegre, minha companheira vai para a revisão, espero que eles paguem o taxi para o hotel. Aí no Rio pagam.

Se desejarem mais informações ou fazer encomendas acessem:

WWW.queijariavalbrenta.com.br

WWW.miolo.com.br

WWW.michelecarraro.com.br

mammagema@gmail.com

Até.

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