segunda-feira, 12 de abril de 2010

MAGIA, FICÇÃO OU REALIDADE?


Estava de bobeira em casa, vendo Two and a Half Men enquanto aguardava o início do Bem Amigos no Sport TV quando resolvi zapear para ver se havia começado. Parei no Arena e quem estava lá?

O Zico, sim, o Galinho de Quintino. Esse aí da foto erguendo a taça de Campeão Mundial que ajudou a conquistar para o Mengão em 1981. Nosso grande craque de bola. O maior Ídolo do Mais Querido.

Que saudades.

Foram poucos minutos, peguei o programa no fim, mas eternos minutos.

O papo rolava descontraído enquanto passavam várias imagens de seus gols, passes e demais proezas que só ele sabia fazer, excelentemente coadjuvado por seus, até hoje, amigos.

Revi imagens nunca esquecidas, porém raras nos dias de hoje.

Quanto caráter, quanta sabedoria, quanta simplicidade, quanta alegria, humildade e sinceridade.

Sabedoria ao falar que Neymar do Santos deveria ser levado para a Copa e que Ronaldinho deveria ter nova chance.

Sinceridade ao dizer que o trabalho de Dunga não deveria ser questionado, devido aos resultados que obteve no curto espaço de tempo em que esteve à frente da Seleção.

Humildade ao dizer que nunca reclamou por ter sido substituído ou barrado (fato raro, mas aconteceu) e que sempre respeitou as determinações dos diversos treinadores com quem trabalhou.

Simplicidade ao dizer que em todos os lugares do mundo em que vai, até os mais longínquos, Japão, Grécia, Uzbequistão, etc. todos perguntam saudosos da Seleção de 1982.

Alegria ao relatar os diversos momentos que passou defendendo o Manto Sagrado.

Época de ouro quando chagávamos ao Maraca ao meio dia para assistir ao jogo às dezessete horas. Cinco horas de espera para presenciar a mais uma provável vitória.

Época em que os jogos de meio de semana acolhiam, em média, quarenta, cinqüenta, sessenta mil pessoas e nos finais de semana quase duzentas mil em êxtase vestindo o Maraca de vermelho e preto.

Caráter, ao perguntarem se deveria haver regalias no futebol, respondendo que a regalia estava no final do mês (vencimentos), mas que o resto, treinamento, concentração, etc. deveriam ser iguais para todos, como era em sua época.

Como eu gostaria que os jogadores de hoje tivessem apenas um resquício dessas qualidades. Não que ele tenha sido um santo, longe disso, mas não se conhece nenhuma história que coloque em dúvida qualquer uma dessas suas qualidades.

Pois é Galo, hoje, parcialmente, você está de volta ao Flamengo só espero que um dia esteja por inteiro gerindo e, mais uma vez, guiando nossa nação rumo as enumeras vitórias e títulos que nos aguardam.

Saudades da época em que magia, ficção e realidade se fundiam.

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