sábado, 29 de junho de 2013

14º, 15º E 16º DIAS - PELOTAS - STª CRUZ – GARIBALDI


O café da manhã foi a melhor coisa de Pelotas. Ao contrário do quarto o café estava maravilhoso. As diversas opções me fizeram gastar alguns minutos na escolha do que comer e muitos para degustar as iguarias.


Nem pelas frutas que estavam muito doces nem pelos pães e frios que eram muitos, mas sim pelas diversas geleias e bolos variados.

Dona Maria, a chefe da cozinha do hotel, é uma senhora bastante simpática, educada e feliz com o que faz e o resultado disso. Ao receber meus elogios se emocionou, não se conteve e contou seu segredo na confecção de seus quitutes. Pediu para mantê-lo como está e em respeito a sua confiança assim ficará e como não sou de doces, provavelmente esquecerei com o tempo.

O atendimento da recepção não foi dos melhores e sair de Pelotas foi um alívio.

A chuva e o frio foram companheiros durante quase toda a viagem. A estrada estava ótima, mas molhada e no começo, cheia de caminhões. Estava puto. Não podia relaxar para ao menos curti-la. Afinal, esse é o principal objetivo da viagem. Andar de moto pelas estradas do sul e adjacências.

Rever amigos também está neste nível de prioridades, mas outros objetivos são secundários. Conhecer lugares, novas experiências, etc. são itens de segundo plano. Importantes, sim, mas o mais importante é pilotar de forma segura em duas rodas e de preferência em pista sinuosa.

Não, não estou fazendo desfeita apenas colocando cada item em seu lugar nas prioridades deste grande rolê.


Quanto mais rodava e via a persistência da chuva, mais chateado ficava. A estrada era daquelas que gosto, asfalto confiável, poucas retas e boas curvas.

Cabe aqui uma observação; pelo menos até agora, poucos foram os trechos mal conservados. O problema é a insegurança das pistas duplas e irresponsabilidade de alguns motoristas.

Outra observação é que como no Uruguai, as concessionárias do Rio Grande do Sul não cobram pedágio de motos e olha que moto é o que não falta nessas bandas do país. Grande parte da população, principalmente os chamados trabalhadores se locomovem em duas rodas; inclusive no interior.

O sul sempre ensinando ao resto do país e o resto do país insiste em desconsiderar tais ensinamentos. Hehehe!!!

E foi assim até que a chuva deu um refresco. Tinha de esperar a pista secar, mas já era muito bom não ter água batendo na viseira. Com isso, a temperatura subiu poucos e agradáveis graus.


E quando já vislumbrava alguns momentos de prazer a chuva voltou, e forte. Junto com ela o frio.


E foi assim, nesse chove, molha, não chove, mas não seca que cheguei em Santa Cruz do Sul. Apesar de concentrar a indústria tabagista, é uma cidade bonita, bem movimentada, com boas e belas casas. Como verão, passei poucos momentos na cidade, mas me pareceu bastante acolhedora e o contato com as pessoas honesto.

A chuva ainda caia quase imperceptível. Parei em frente a catedral cujas torres alcançam os 80 metros ou mais. Lembra e muito as grandes e famosas construídas na Europa. Belíssima.


Estava 24 horas adiantado então resolvi ligar para Marcelo a fim de saber de um bom hotel. Durante a conversa, prevendo que a chuva não ia me largar sugeri que, já que era meu caminho, eu continuar para Garibaldi. Não havia motivo para ele, Marcos e as respectivas saíssem de suas casas debaixo de chuva. Iríamos nos ver em Garibaldi.

Subi na moto, abasteci em um posto próximo e retomei a estrada.

O cenário permaneceu o mesmo uma pista maravilhosa, mas molhada.


Eu congelava, mesmo com o aquecedor de punho o frio nas mãos era insuportável. As luvas molhadas e quase congeladas pela natureza não permitiam que a tecnologia fizesse efeito. Os pés estavam secos, mas o frio passava através do couro da bota, o neoprene da meia a prova d’água e o algodão da meia interna. Estava em uma situação muito ruim. A fome veio com força e o entardecer só piorava a coisas.

Demorou a aparecer um local agradável para tentar recuperar calor e energia. Foi em um típico da região que procurei abrigo, que vendia os chamados produtos coloniais que consegui.

Estava vazio, mas fui muito bem atendido. O ambiente era grande e não estava quente. Pedi um sanduiche de queijo com salame em um pão tipo italiano. Para beber, pensei em uma vodca, mas pedi uma taça de vinho da casa.


Liguei para Marcos e nos encontramos no seu escritório. Um bom papo com recordações da viagem de dois anos atrás.

Fomos para sua casa. Um banho e fomos a um jantar realizado a cada dois meses cujo menu é escolhido e feito por oito chefs ou pretensos, residentes na cidade. Não lembro todo o cardápio, mas tinha uma salada, um rocambole de carne e a famosa Vaca Atolada. Muito bom,


Voltamos para casa e cama, cada um na sua, lógico.


2 comentários:

  1. ivana sperandio30 junho, 2013

    Não fosse o frio que estás passando, estaria cheia de inveja. A estrada é linda, mesmo com chuva e a aí está a vantagem das quatro rodas: mesmo com chuva e frio, dentro do carro vc fica protegido das intempéries e pode ligar o aquecedor.Com certeza a tecnologia vai funcionar. Nestas condições é possível apreciar a névoa e outras belezas que o frio oferta a quem tem olhos de ver.

    Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ivana,

      É tudo uma questão de gosto. Você sabe que gosto e muito de dirigir 4 rodas, mas nunca me viu com vontade de me aventurar com um carro por estradas desconhecidas ou não. Há pouca emoção nisso e o conforto não vale o sacrifício de ficar engarrafado pelas cidades, mesmo que pequenas ou atrás de filas enormes de caminhões pelas estradas.

      Beijo

      Excluir