sexta-feira, 13 de abril de 2012

AINDA POR SÃO PAULO (e pelo que parece, vai durar muito)


Senhores,
Hoje estou sendo apresentado a uma nova banda. Procurei a biografia em http://www.myspace.com/tesisarsis, sim, Tésis Ársis é o nome do grupo e pelo que entendi não é uma banda e sim um músico que me parece bastante talentoso (ainda estou na primeira faixa do primeiro CD, “Ilusões”, de janeiro de 2002) que toca todos os instrumentos, mas faz shows com alguns amigos e irmãos.

Anderson Rodrigues é o nome do cara. Nascido na Cidade Maravilhosa, pelas suas andanças musicais citadas no texto, parece ter uma base musical bem estruturada.

O som é baseado em longos e belos solos de guitarra, tendo como fundo, pelo que pude identificar, bateria, teclados e baixo; sendo que os teclados têm seus momentos de glória. O aparente quarteto de instrumentos base do progressivo pretendido é conciso e bastante eficiente.

Não sou nenhum expert, mas “Cemitério dos Vivos”, a segunda faixa, é extremamente agradável aos meus ouvidos assim como o foi Ilusões, a primeira.

Aqui estou ouvindo e preocupado em me deixar levar pela música e assim perder a hora de ir para a rodoviária, mas curiosíssimo em conhecer as músicas seguintes.

Para um fã inveterado de Pink Floyd e Yes, guardando-se as proporções, esse Anderson não deixa nada a desejar a mestres como Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason, Richard Wright, Jon Anderson, Chris Squire, Rick Wakeman, Geoff Downes e Alan White. Nem a e Emerson, Lake & Palmer.

Progressivo é um som bem diferente dos demais e exatamente por isso percebe-se diferenças a cada oportunidade oferecida pela mesma música. Essa é minha primeira vez com Anderson e antevejo grandes descobertas musicais para o futuro.

Já estou em “Global” que possui uma introdução mais puxada para o rock, mas retorna a cadência do progressivo em minutos. Linda música. Mais minutos e ao bom estilo Black Sabbath alterna ritmos distintos de forma harmônica e surpreendente.

Como veem, São Paulo está se revelando bem accessível. Confesso que não fiz muitas coisas diferentes, apenas alguns restaurantes e bares estão sendo a base de minha vida social aqui na terra da garoa. Não vou negar que fui a duas ou três casas de, digamos, interface. Mas apenas para conferir se são mesmo o que falam pelos quatro cantos do país.

E são! Tanto pela qualidade dos ambientes e produtos oferecidos como pelos altos preços para tê-los.

Já fui ao tradicional Mercado Municipal situado próximo a 25 de março e como não poderia deixar de ser, degustei com certa avidez o famoso sanduiche de mortadela.

São muitas fatias de recheio entre duas bandas de pão francês.


Esperava mais. A imagem que fazia era de um tradicional pão italiano, aqueles redondos, preenchido com fartas e finíssimas fatias da iguaria. O real tem as fartas, porém espessas fatias e não tem manteiga. Dois crimes ediondos para quem aprecia sanduiches.

Os frios têm que ser fatiados o mais fino possível para que sejam liberados tanto o aroma quanto o sabor do dito cujo.

O volume da pretensa iguaria exige certo exercício, mas aos poucos e com paciência consegue-se consumí-lo

Eu havia “rachado” com um colega visando degustar um enorme pastel de camarão que parecia fantástico na mesa vizinha. E era! O recheio em generosa quantidade do crustáceo, bem temperado e envolto em uma massa crocante, mas não tanto, formavam um conjunto agradável.

A vontade de comê-lo era tanta que me esqueci de tirar a foto, mas posso dizer sem medo de errar muito, as dimensões do dito cujo: 23 x 12 cm aproximadamente.

Pagamos e no caminho para a rua observei com certa pressa a arquitetura, a variedade de produtos oferecidos e os tipos que frequentam o local. Castanhas, grãos e cereais variados, temperos, especiarias de diversas regiões ou países, bebidas idem, além de outros tipos de restaurantes, bares e afins. Gente de tudo que é raça, situação socioeconômica, etc. frequentam o lugar e nessa caminhada, nos deparamos com uma tradicional figura do país. Gente finíssima, Falcão não se fez de rogado e pousou para a foto sorrindo.


Vocês vão perguntar, mas você está tão acostumado a cruzar com artistas pelas ruas do Rio de Janeiro como foi perturbar este, solicitando uma foto? Ora meus caros, eu não poderia deixar de registrar tamanha figuraça, imaginem, se deparar com tão inusitada personagem ao vivo e a cores. Isso é impagável.
Aqui os dias vão passando rápido devido a quantidade de afazeres, mas as noites têm sido complicadas. As segundas, quando chego cansado na cidade, por volta das 06:00 horas e após um longo dia de labuta; um jantar rápido, direto do trabalho, em um dos restaurantes próximos ao hotel. São muitos, ainda bem. Depois, banho e cama.

Após uma noite bem dormida, a cama até que é confortável, terças rola o café tradicional de hotel e a noite um jantar mais tranquilo, porém divertido, com alguns do trabalho. Antes um banho nas águas quentes e fartas do chuveiro.

Quartas repete terça, mas difere no jantar. A turma marca uma Hora Feliz ou “Happy hour” para integração das equipes. É divertido. Quem agenda sempre escolhe um bar diferente. Já foi contemporâneo, Italiano, alemão, etc. O penúltimo em um espaço rústico que pretende lembrar uma olaria (fábrica de tijolos e afins). É um especializado em espetinhos, tipo aqueles churrasquinhos de gato de porta dos estádios de futebol, só que com qualidade e variedade. Tem espetos frios: lulas marinadas, legumes, no azeite, etc. e quentes, picanha, camarão, linguiça, peixe (?), salsicha, filé, etc. Tudo bastante saudável acompanhado de generosas tulipas de cerveja e/ou chope.

Não, não tirei fotos, vacilei.

Mas tinha um cara cantando e ninguém prestando atenção, como sempre. Sugeri que ele chamasse uma de nossas colegas que, por coincidência, naquela tarde havia dito que cantava em uma banda, mas só de brincadeira. Pensei que ela não fosse aceitar, mas foi. E arrebentou. Cantou muito, ao ponto de todo o bar parar para ouvir.

Essa foto eu tirei e se estiver aí embaixo é porque ela autorizou a publicação.


No almoço o tempo é escasso e temos nossos lugares preferidos. O vermelho, um restaurante que vende comida à quilo que tem a fachada pintada de vermelho, o amarelinho, idem pintado de . . . amarelo, o castelinho, outro quilo cuja fachada de pedras parece um . . . sim, castelo (tem até torres e uma armadura fake nos recebendo à porta) e o Tênis Club, um buffet com cardápio diferente a cada dia (quartas tem feijoada e é maravilhosa! Quintas picanha e sextas camarões fritos, esses eu só imagino, pois às sextas já estou no Rio).

Outro dia fomos a um japonês próximo ao escritório. Ambiente simples e entre as opções de praxe, alguns pratos de peixe, outros de carne e, o que pedi, um Festival que nada mais é do que um rodízio.

Composto de dois tipos de “Hot Rolls”, vários de “Cold Rolls”, alguns “Temakes”, “Sushis” além dos pratos quentes tradicionais “Yakisobas” diversos, etc. Tudo na quantidade que desejar. O preço, irrisórios R$ 37,00 ou R$ 43,00 com “Sashimis”; se não me engano, dez fatias no máximo. Uma delícia.



Voltando ao jantar, há também as tradicionais casas de “Hambúrgueres”, deliciosos, mas nesse caso, em um deles tivemos problemas. Em duas ocasiões e em pratos diferentes o frango veio estragado. Não cobraram, mas fica a má impressão. Voltar? Quem sabe? Acho difícil.

Outro dia, em outra Hora Feliz, fomos a um bar diferente dos que já havíamos ido. Com três ambientes, o primeiro tem ao centro, porém “excentricamente”, o bar em forma de elipse com os tradicionais bancos altos. Devido a excentricidade, de um lado tem-se passagem e pessoas em pé; do outro, a passagem e pequenas mesas. No segundo ambiente, mesas e a passagem para acessar a escada que serve um grande salão com um pequeno bar, mesa de sinuca e “pista” de dardos. No terceiro ambiente espaço para pequenos shows típicos da noite.

Ficamos conversando, bebendo cervejas e jogando dardos. Coisa que após adulto só havia feito uma vez na vida, em Santiago do Chile. A regra é complicada então resolvemos simplificar e o fizemos de forma considerável.

Cinco rodadas, cada uma com três dardos e valendo o maior valor dos três.

Venci as duas primeiras de forma emocionante, pois em ambas estava perdendo quando na 5ª rodada virei o jogo, sendo que na segunda partida foi com “Bull Eye” ou “Mosca” como nós leigos estamos acostumados a falar.

Duvidam? As fotos estão aí para mostrar.



Mais duas partidas que aconteceram em paralelo a degustação de um belíssimo filé aperitivo acompanhado de fatias generosas de pão fresco e torradinho, quatro tipos de molhos e cervejas. Não fui bem e na última fui o último.

Como veem, não está tão ruim assim. Tal qual os teclados de Anderson, até que tenho tido momentos interessantes.

A saudade dos filhos permanece na mesma, crescendo e de @Boris Staford também.

Bem, o CD de Anderson é muito bom, Num Tempo Só e Hale Bopp mantém o bom nível musical.

Não perdi o ônibus e a viagem foi ótima. Lembro a vocês que viajo de ônibus porque tenho medo de voar. Medo não, pavor. Medo tinha quando voava. E ainda digo mais, com meus 1,90 metros, é mais confortável e, ao contrário de mim, o tempo voa, pois vou dormindo a viagem toda. Acidente? Sim é menos seguro, mas se houver um, ainda posso sair vivo e ileso enquanto de avião ...

Até o próxima e que seja breve.

2 comentários:

  1. Olá!!
    Meu nome é Anderson e autor das Obras “Ilusões”, “Estado de Alerta Máximo” e “Sinos da Eternidade” do Tésis Ársis.
    Esta é uma mensagem de agradecimentos pelos elogios feitos ao meu trabalho.
    Visite o site: www.tesisarsis.cjb.net, e confira mais algumas coisas.
    Abraços,
    Anderson.
    Meus colegas de trabalho:
    www.mcstudio.cjb.net
    www.claudiofonseca.vai.la

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    1. Anderson,

      Não há o que agradecer o que escrevi nada mais é o que senti ao ouvir suas músicas.

      Nesse meio tempo tive acesso ao seu 2º CD e também é excelente.

      Abraço

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