terça-feira, 8 de março de 2011

BEM VINDO 2011


E enfim, começa o ano.

Como assim, começa o ano? Já estamos em Março! Ou eu estou doidão?

Até que gostaria, mas esses dias de reinado de Momo não foram tão contagiantes assim.

A chuva caiu sem cerimônias e mais uma vez o Governador e os Prefeitos estiveram, nem que por poucos instantes, com o cú na mão.

E ficaram assim por poucas horas, pois foram todos contagiados pelos ritos dessa época festiva.

Isso nos faz voltar ao tema inicialmente proposto, a chegada do verdadeiro 2011. Ah! Vocês esqueceram do tema, é assim mesmo, nós temos memória curta; temos apenas vagas lembranças. Hehehe!!!

Aposto que na folia já se esqueceram que parte de nossos impostos foram desviados para compensar as perdas de um incêndio na Cidade do Samba.

Sim meus caros, o samba tem uma cidade enquanto alguns de vocês permanecem “morando” em áreas de risco.

Não que seja contra a cultura, ao contrário, mas prioridades são prioridades. Ou alguém, na iminência de um naufrágio já ouviu:

“TODOS PARA AOS BOTES, PICASSOS E DALIS PRIMEIRO!!!!!!!!!!!!!!

Se bem que tem alguns que iam adorar trocar parentes por quadros, jóias ou dinheiro. Hehehe!!! Tem uns que merecem ser dados. Pena que ninguém ia aceitar.

Então pessoal, busquem em suas memórias que encontrarão uma velha e surrada frase:

“No Brasil o ano só começa depois do Carnaval.”

Essa lembrança nos trás outras e mais outras, etc. Sim nós podemos não ter memória, mas HD (“Hard Disck”) nós temos. Muitos enferrujados, é verdade, muitos outros, apesar da data de fabricação antiga, estão quase zero, mas temos.

É de se espantar essa quantidade tão grande já que nossos governantes e instituições “responsáveis” vivem ladrando aos quatro ventos e cantos que somos um povo em que a taxa de analfabetismo diminui a cada ano. E isso, é verdade, pois são considerados alfabetizados todos aqueles que sabem escrever, mesmo aqueles que não conseguem entender o que estão escrevendo. A regra é:

“Escreveu o próprio nome está apto.”

INCLUSIVE PARA VOTAR!

Aquela outra frase: “Escreveu não leu, o pau comeu!” está démodé.

Hoje, a frase da moda é: “Quem escreve, lê, mas não entende, vota em mim.”

Esses “New Literates” ou Novos Alfabetizados, apesar de seus esforços e conquistas, não conseguem entender que se o vovô viu a uva, não quer dizer que tem o direito de comê-la. Não conseguem entender que para fazê-lo é preciso que o vovô trabalhe, conquiste um salário no fim do mês que lhe proporcione a possibilidade de comprar a fruta, possuir uma geladeira, pagar energia elétrica, ter pratos e talheres para poder desfrutar do prazer de comê-la, ter água para lavar a louça e escovar os dentes, etc.

É necessário que o vovô saiba também que com a maçã, o feijão, o arroz, a melancia, a laranja e demais alimentos não é diferente e que o lixo proveniente destas degustações deve ser posto nas latas, de preferência separados ecologicamente e não jogado pela janela como de hábito.

É importante saber também que quanto mais dependentes o vovô tiver, maior será a quantidade de alimento a ser adquirido consequentemente MELHOR e mais bem remunerado deverá ser o trabalho.

Entende-se por MELHOR não o quanto moleza e bem remunerado é o seu trabalho e sim a qualidade do resultado dele. Ou seja, quanto melhor o resultado de seu trabalho, melhor a sua remuneração. Essa é a ordem natural das coisas. Pelo menos deveria ser.

Não podemos esquecer que quanto MELHOR o resultado de seu trabalho, mais longe das encostas e áreas de risco você, assim como o vovô, estará.

Acho que isso esclarece muita coisa. Certo? Ou você faz parte do grupo que o HD está enferrujado?

Ok, na dúvida, vou facilitar. O fato de você já saber assinar seu nome não quer dizer que pode viver eternamente sob as asas das Bolsas Escolas da vida. Esses Programas sociais são apenas para serem usufruídos temporariamente, não é um objetivo de vida. Vida?

Você tem que evoluir, buscar melhores condições e para isso, aproveitar essas oportunidades que o Governo oferece como trampolim que te lançará de encontro a alguma conquista.

Pois é minha gente, esse deveria ser o objetivo das famosas “Bolsas”. Administrar bem esses recursos deveria ser a regra dos ditos “responsáveis” por gerenciar nossas cidades, leis e impostos.

Acho que não é necessário dizer quem os confiou esse poder.

Mas, apesar de amplamente divulgado, para sua “surpresa”, nada mudará nesse ano que se inicia.

Como nas vésperas de 2007, ano do Panamericano, estaremos quase todos focados na Copa do Mundo de Futebol de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

E nos intervalos estaremos reclamando das falcatruas, da corrupção, da bandidagem, da falta de educação das pessoas, da superlotação dos aeroportos, da falta de estradas, da falta de segurança dos vôos, dos superfaturamentos e chorando as perdas obtidas nas encostas das cidades.

Mas há uma possibilidade de tudo mudar. Há uma luz no fim do túnel! Outra frase de nossas memórias. Tenho certeza que ela está lá, no seu HD. Faça uma forcinha que você encontrará.

Estamos com uma nova Presidente e as vésperas da realização dos dois eventos esportivos mais importantes no mundo.

Eventos de grande monta que poderão nos proporcionar um avanço tecnológico, social, econômico e cultural nunca visto. Com eles poderemos começar a erradicar a pobreza, organizar nossos hospitais e escolas, melhorar nossos meios de transportes, ruas e estradas.

Esses eventos poderão ser os primeiros degraus que junto com nosso petróleo, nosso minério de ferro, nossa agropecuária e nossa indústria nos elevarão à maior potência mundial; sem sequer dar um tiro ou invadir outros países. Ou seja, só depende de nós.

Portanto, se você compreende o que escreve faça a sua parte e sejamos felizes nos anos que estão por vir, pois aos que não se entendem só me resta desejar:

”FELIZ ANO NOVO!”

Um comentário:

  1. Um texto inteligentíssimo, como os outros. Posso contar um segredo...? Leio como se estivesse lendo Arnaldo Jabor. Não pelo teor, pela forma como ele é colocado. Direto e debochado.. faz pensar melhor do que um puxão de orelha.. ele é um puxão de tapete, ou a gente se equilibra, ou acaba com a bunda no chão.

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