domingo, 28 de dezembro de 2014

RETROSPECTIVA?


Passaram-se meses e como bem disse a poeta:

“... nada mudou!”

E eu estou aqui, como filho pródigo, voltando pra casa outra vez!

Afinal, como afirmou um amigo quando falei que fazia muito tempo que não escrevia:

“Deixou seus leitores na mão!”

E eu não tive o que dizer. Se pensar só na afirmação sinto-me um sacana, mas sabendo que não são tantos assim, alivia o peso na consciência.

A verdade é que sim, deixei-os na mão ou livres de tanta bobagem.

Como na maioria das vezes, com muita vontade de escrever e sem muito o que dizer, resolvi fazer um apanhado geral dos acontecimentos do ano. Vou tentar ser menos ridículo que as emissoras de TV. Não vai ser fácil, eu sei, até porque elas têm as imagens como aliadas e eu tenho apenas a sua imaginação e memória; que convenhamos não é lá essas coisas.

2014 foi muito movimentado. Foram muitos acontecimentos, bons, muito bons e excelentes. Também houve os não tão bons, mas o importante é que juntando todos ainda estamos aqui, vivos, de bem com a vida e alguma grana para gastar nas festas de fim de ano.

O início foi promissor com a tradicional conquista pelo Mais Querido, do Campeonato Carioca; o popular Me Engana Que Eu Gosto ou Carioqueta; fato que ratifica nossa antiga hegemonia diante dos médios e pequenos regionais. No âmbito nacional também não houve novidade, iniciamos com um médio na 2ª divisão e terminamos o ano com outro a chafurdar na lama dos impuros.

A Arco-íris, fétida, invejosa e mal vestida, como nos anos anteriores, passou grande parte deste 2014 rezando para o Maior de Todos seguir seus passos em direção a mesma lama e como sempre, se foderam de verde e amarelo, pois é sabido tanto nos quatro cantos do mundo real quanto nas terras dos Hobbits e em Hogwarts, que time grande não cai.


E por falar em verde e amarelo passamos anos planejando as ações, nos mobilizando como imbecis e construindo como se fossemos um país rico para no fim das contas passamos o maior vexame de todos os tempos em um 7 x 1 memorável. Mesmo o patriotismo que esteve em alta nas arenas nada pode fazer e nossa Pátria de Chuteiras tombou como galho de Pau Brasil seco sob poderosos ventos alemães. Nossa “sorte” é que brasileiro é esperto e tem memória curta e neguim hoje já nem se lembra mais da tunda.

Ainda nos esportes alguns acontecimentos bastante importantes como a conquista pelo Basquete Rubro-negro dos títulos de Campeão das Américas e Campeão Mundial Interclubes, que mesmo sem a presença dos times americanos é um feito de responsa. Neste nível houve o Título Mundial de Surf pelo garoto Medina. Outros acontecimentos foram importantes, mas não posso ficar aqui falando de tudo.


Na política tivemos como fato mais importante as eleições presidenciais. O resultado mostrou, mais uma vez, que os brasileiros merecem o que as urnas(?) lhes destinam. Neguim vai pras ruas, faz o maior estardalhaço, alguns quebram a porratoda e na hora que pode fazer mudanças escorrega na esparrela da mesmice. Não sabíamos se o novo (que não era tão novo assim) ia ser melhor, mas tínhamos a certeza de que manter o status quo não era a melhor das escassas opções.

A área policial disputou cabeça a cabeça com a esportiva no que tange a trabalho e esforço. A Polícia Militar, Federal e Civil e por que não a Municipal, estão de parabéns pelo desempenho. Claro que estou falando apenas dos membros não corruptos que são poucos, diga-se de passagem; afinal, quem não foi acharcado por ao menos um deles esse ano? Eu fui duas vezes.

Nesta área tivemos avanços significativos. Muitos crimes foram investigados e solucionados. Crimes de toda natureza cujos responsáveis foram julgados, condenados e estão passando boas e longas férias nas cadeias do país. Também foram descobertos vários escândalos de corrupção nos quais muita grana sumiu dentro de cuecas (se deu certo em anos anteriores...) ou contas em paraísos fiscais mundo afora. Destes, nem todos os responsáveis após julgados e condenados estão passando férias nas cadeias, mas aí é querer muito né não?

E a festa não termina e a cada dia que passa conhecemos novos eventos de envergonhar o mais humilde dos punguistas. São milhões e milhões de dólares desviados dos contratos de obras cada vez mais superfaturadas em todo o território nacional e aquisições feitas no exterior. E olha que só estão analisando os grandes contratos, mas deve haver muita encrenca nos contratos menores que não são poucos.

O país está sendo achincalhado mundo a fora como se assunto de revista de fofoca fosse e o que mais me estarrece é que tem neguim defendendo, usando como meio de defesa atos de administrações anteriores como se o mais importante fosse quem fez e não o que foi feito.

A coisa é tão feia que está influenciando antigas amizades fazendo-as ruir a cada post nas redes sociais.

Ô povim passional esse nosso!

Na economia, área quase que totalmente dependente das demais e que não entendo bulhufas, estamos caminhando. Ainda se gasta mais do que se arrecada e o que piora nosso Fluxo de Caixa é que continuamos a gastar mal, muito mal. Entretanto, não é só isso, a esperteza inerente ao povim brasileiro, que se espalha em metástase como câncer e nacionalmente cultuada como se fosse uma qualidade, faz surgir a corja de corruptos e corruptores que como parasitas pilham nossos cofres aumentando nossa Deficiência econômica. Mas isso não é novidade, não é preciso ser um expert em história para saber que desde 1500 é assim, quem é local, quem vem e quem vai, todos só querem extrair nossas riquezas. E você pergunta:

“Como pode depois de tanto tempo de extrativismo ainda permanecermos em pé?“

Ora, é simples caro brasileiro espertinho, somos o país mais rico do mundo e se não fossem os maus seríamos a maior potência econômica do mundo. Alguém ai duvida?

Sente-se, livre-se de seus paradigmas, desembarque de sua SUV desnecessária e beberrona e Imagine que sendo a maior potência econômica da terra, não haveria pobres a usufruir de bolsas assistencialistas mal direcionadas, não haveria burrocracia gerando o oferecer dificuldades para vender facilidades (mantra dos espertos de merda), não seria necessário corromper nem ser corrompido, a justiça teria menos o que julgar e o faria com maior eficiência, haveria educação de boa qualidade para todos ou quase; o que geraria profissionais de qualidade e consciência de seu papel no ciclo de interdependências que vivemos(?), fazendo com que os serviços oferecidos fossem o que nossa Constituição determina. E com isso haveria menos bandidos, etc, etc, etc.

Sonho? Só depende de você, de sua consciência de sua curta memória.

O que parece nunca se abalar e esse ano se manteve em alta, é a capacidade do povim brasileiro de levantar e sacudir a poeira a cada tombo.

Nas arenas da Copa do Mundo o ápice ao cantar o Hino Nacional a Capela. Parecia uma Nação unida rica e feliz emanando patriotismo invejável, mas tudo isso acabava após o trilar do apito que encerrava cada jogo.

Os problemas seculares persistem, a saúde é ineficiente, a educação não educa, os transportes pouco eficazes, a justiça lenta, ou seja, o país está quase que literalmente na merda e neguim enche as praias, as boates, rodas de samba e estádios. E nos bares a juventude enchendo a cara em nights infinitas.

Mas tudo bem, o país do povo esperto, alegre e hospitaleiro encerra o ano em mais uma bela queima de fogos e entra 2015 contando os segundos para o início do Carnaval.

FELIZ ANO NOVO!!!!!!


2 comentários:

  1. Geraldo,
    Tens dito... É isto, ou pior... Retrato, retrospectiva das agruras deste País Tupiniquim...

    Abraços!

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    1. Marcos, obrigado, é pior, no texto tentei ser positivo como a época exige.
      Abraço.

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