terça-feira, 26 de março de 2013

MAIS UMA




Pois é,

Já se passaram dois anos e cá estou no início dos preparativos para mais uma aventura. É uma sensação muito boa saber que não é apenas um desejo e sim o início de sua concretização.

Já ouvi muitos dizerem que:

“A vontade de realizar é meio caminho para que se realize, a dúvida não impede acontecer, mas dificulta e a negativa é meio caminho para não dar certo.”

Dando muita importância ao poder da mente sobre nossas vontades e desejos.

Acredito nessa força, até porque já aconteceu comigo, mas como bom capricorniano racional e pragmático, não consigo apostar todas as minhas fichas neste poder. Entendo que a maneira como conduzimos nossa existência deveria ser mais relevante do que o chamado poder da mente.

Contudo, não é assim que a coisa funciona e infelizmente vemos pessoas sem caráter e/ou afins com melhores resultados do que aqueles que fazem da lei e ordem o norte de suas ações.

Paciência, é assim desde que o homem deixou de andar de quatro. O mais forte sempre venceu e vencerá, independente de qualquer coisa.

Essa é, talvez, a primeira lei da sobrevivência.

Claro que há exceções e exatamente por serem exceções devem ser tratadas como tais (está certo isso Arnaldo?). Não devem ser computadas nos números origem dos indicadores da vida.

E como meus desejos de justiça não valem “porranenhuma” vamos voltar ao assunto principal que é mais leve, portanto, mais agradável.

Sim meus escassos, porém fieis leitores, estou em processo de planejamento de minha mais nova aventura ou minha nova viagem de moto por terras “brasilis” e/ou não outras.

Como em todo Projeto, as restrições existem e estou trabalhando todas elas da melhor maneira possível.

1ª Restrição – Não sei se por ser descendente de europeus ou algum defeito genético, tenho muita dificuldade com o clima, principalmente o calor.

Nasci na Cidade Maravilhosa e durante a infância, adolescência, juventude e fase seguinte a esta (que não sei o nome, mas tenho certeza absoluta que não é velhice) fui frequentador assíduo das diversas praias que ornam nosso inigualável e imenso litoral. Do Amapá ao Chuí poucas são as boas praias que não conheço. Porém, o calor dos verões sempre foi um problema.

Nem todos sabem que qualquer aventura sobre duas rodas necessita de precauções. Usar equipamentos de proteção é uma necessidade e quem não os usa arrisca a vida. São luvas, capacetes, casacos, calças, botas, protetores de joelhos e cotovelos, etc. que depois de acomodados sobre o corpo fazem você se sentir como uma pizza em pleno processo de cozimento.

 Sendo assim, não há como isso não influenciar no Projeto e fazer com que eu escolha lugares onde o clima me seja favorável. E não há outra região que atenda a essas premissas a não ser a Sul.

Sendo assim, vou repetir. E é na direção sul que vou e não há quem me faça mudar.

2ª Restrição – A vontade é de terminar esse planejamento, juntar as coisas, subir na moto e sumir estradas a dentro e se possível, não mais voltar. Contudo, por motivos profissionais não tem como ser no primeiro semestre. Mudei de contrato no início de setembro e só posso agendar férias a partir deste mês.

3ª Restrição – Considerando as lições aprendidas na viagem anterior, setembro não seria o ideal. Desde que saí de são Paulo até chegar a Santa Catarina, só peguei chuva. Foram alguns dias em que só não estive molhado quando nos hotéis ou fazendo as refeições. Em alguns momentos enfrentei chuvas torrenciais pilotando em estradas péssimas. Principalmente quando na serra do Paraná ainda indo para Curitiba e no trecho entre Foz do Iguaçu e Lages, SC. Um absurdo. Mas sobrevivi e isso não me tirou o gosto por aventuras em duas rodas.

Poderia, então, adiar a partida em um mês, mas isso iria contra as duas primeiras restrições. Não seria interessante.

4ª Restrição – Consequência da primeira, por ter decidido ir para o sul, a atratividade seria restrita por já ter visitado os ditos melhores lugares há dois anos, não havendo muitas novas opções. Mas, consultando amigos conquistados na viagem anterior, fui informado que há outros menos divulgados e até melhores que os anteriores.

Meus amigos fizeram várias sugestões e acatei algumas. O Roteiro já elaborado vai sofrer um afinamento, mas também estou considerando aquela descida ao Uruguai abortada na primeira viagem assim como uma chegadinha à Buenos Aires a fim de dançar um Tango.


Vocês verão e lerão tudo quando lá estiver, nas postagens do Diário de Bordo.

5ª Restrição – Também consequência da primeira, muitas estradas serão repetidas, mas a quarta restrição minimiza este problema.

Fiz outras modificações no trajeto original, mesmo que tendo de passar em lugares pouco atrativos. Sendo assim, como exemplo, iniciarei pela Dutra até pouco depois de Itatiaia e pegar à direita com destino a São Lourenço. Uma estrada maravilhosa com paisagens únicas. E de São Lourenço para Campinas cuja estrada não conheço e espero que seja melhor que a Dutra.

Outra modificação será não passar pela rodovia 116 quando estiver indo para o Uruguai. Irei pelo interior, de Porto Alegre à Santana do Livramento. Isso evitará aquela sonolenta e indigesta reta da 116. O lado ruim é que não passarei em São Lourenço do Sul onde comemos um peixe dos Deuses e os donos da pousada foram muito simpáticos e atenciosos.

6ª Restrição – Provavelmente terei de fazer uma revisão na moto e dependendo de quantos quilômetros vou rodar de hoje até o início da viagem, vou ter de trocar os pneus. Preciso pensar nisso, mas só poderei fazê-lo quando estiver mais próximo da partida.

À princípio serão 20 dias mas estou pensando seriamente em esticar esse prazo. No decorrer do afinamento do roteiro eu vejo.

Mas o Planejamento não passa apenas por identificar as restrições e determinar o roteiro, a lista de itens necessários está pronta, também aguardando apenas seu refinamento.

Agora, estou verificando as ofertas de hotéis e nesse caso tenho que considerar além do custo, garagem,  internet e café da manhã. Tendo esses itens, água quente, aquecedor/ar condicionado e limpeza deve ser consequência. Espero.

Mas como no sul as pessoas são mais sérias, isso não deve ser problema.

A relação das prováveis despesas também está sendo elaborada e os números iniciais mostram um gasto diário em torno de R$ 350,00 computados apenas o básico: gasolina, pedágios, lanches durante a viagem, o custo das barras de proteína, jantar e diária de hotel.

Também preciso mexer o corpo a fim de adquirir condicionamento físico. Confesso que isso será um saco, mas é preciso.

Bom pessoal, por enquanto é só, assim que tiver novidades significativas posto aqui.

A ansiedade começa a bater na porta e preciso fazer um trabalho de auto contensão para não pirar na batatinha.

Até a próxima.


6 comentários:

  1. Muay thai do lado de casa é uma boa

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    1. Anônimo,

      Obrigado pela dica, é verdade, mas é muito hard.

      Hehehe!!!

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  2. Geraldo,

    Te enviei um e-mail com algumas sugestões.
    *** Tem o Hotel Ideal (meu apto), e está convidado.
    Coloco aqui outras sugestões de Hotel em Garibaldi, e também em Tacuarembó, cidade uruguaia que vai passar, 100 km após Santana, que é a terra de Carlos Gardel. Lá tem um Museu dele.
    - Hotel em Garibaldi - http://www.hotelcasacurta.com.br/
    - http://www.hotelmosteirosaojose.com.br/galeria.php
    -- O primeiro um pouco mais caro no fim de semana, pois dia de semana fica em torno de R$ 90,00, o segundo mais barato.
    Em Tacuarembó, é um pouco mais caro, mas vale a pena, e ainda pode comer um Cordeiro... http://www.hotelcarlosgardel.com.uy/index.html.
    Abraços!
    Marcos

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    1. Valeu Marcão!

      Vou ler tudo com calma. Vamos nos falando.

      Abraços.

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  3. Adorei!!!
    Vou sempre para São Lourenço e não conheço essa estrada para Campinas. Conheço uma boa estrada que vai para Campos de Jordão saindo de São Lourenço.
    Me traga imãs de geladeira de presente!!!


    Teresa

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    1. Teresa,

      A estrada que conheço é da Dutra até São Lourenço, de lá para Campinas será novidade.

      Tentarei trazer seus imãs.

      Beijo e volte sempre.

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