terça-feira, 15 de novembro de 2011

VOLTANDO A REALIDADE


É isso aí pessoal!

Bem ao estilo Loney Tunes, estou em casa. Foram 20 dias de prazer, stress, prazer, Rock’n Roll, vinho, chuva, prazer, etc. Longe de tudo e de todos, completamente alienado de problemas e suas conseqüências a não ser aqueles inerentes a viagem.

Agora, vamos colocar os pés no chão e voltar a vidinha sem vergonha de sempre.

Está sendo meio complicado, mas a meu favor estão sendo dois feriados estrategicamente calculados para estarem exatamente onde estão quando o planejamento da viagem foi feito. Os feriados estão sendo de uma ajuda fantástica na minha readaptação a realidade.

E pelo rugir dos alces que puxam a carruagem a coisa anda preta, ou seja, permanece como antes; nada mudou.

Dos milhões que participam das passeatas pró homossexualismo apenas poucos mil saíram às ruas para mostrar sua aversão aos corruptos.

Menos ainda perderam suas vidas em uma inusitada explosão de botijões de gás de um restaurante na Praça Tiradentes onde, talvez por não conseguirem juntar as partes esquartejadas do Bravo Alferes para fazer uma estátua, colocaram uma do honrado D. Pedro I; sem espada.



Outros poucos mil saíram de casa a favor dos royalts do petróleo. Assim mesmo porquê muitos foram pegos em casa pelos diversos ônibus alugados pelos reais interessados nessa divisão monetária. Houve até distribuição de lanche. Pode?

Ontem “invadiram” a comunidade da Rocinha, como foi feito em diversas comunidades da cidade.

Dessa vez a invasão foi anunciada aos quatro cantos. O motivo está claro, é fazer com que os bandidos fujam sem necessidade de se dar um único tiro. Com isso, a imagem da Polícia fica intacta, a comunidade não presencia cenas impróprias, os bandidos seguem livres e fagueiros para outra comunidade ou município e assim todos ficam felizes.

A mídia pela notícia e conseqüente exposição;

A polícia por mais uma conquista;

O governo pelos louros da mesma;

E a comunidade ao receber as benesses conseqüentes da retomada.

A bronca não é por achar que não tenham direito, claro que têm, mas sim pela forma como os conseguem. São como esmolas da sociedade que se sente culpada pelos longos anos que aquela gente passou necessidades.

Esquece-se que a origem disso é exatamente a má utilização dos impostos recolhidos aos incautos contribuintes.

Como uma bola de neve, a falta de investimentos nas áreas realmente carentes faz com que as carências aumentem em um ciclo vicioso.

Medidas paliativas são criadas: ONGs, associações, ações filantrópicas feitas por voluntários de boa vontade. Atitudes louváveis de alguma relevância, mas de pouca efetividade.

Atacam-se as conseqüências enquanto as causas são relevadas a segundo plano. Vota-se nos menos ruins como solução de um problema que permanecerá insolúvel se dessa forma continuar a ser tratado.

É necessário que paradigmas sejam quebrados, afinal eles existem para isso. A idéia da regularização de drogas chamadas leves não deve ser descartada. Mas a irresponsabilidade e ganância de nossos políticos é o elemento preocupante nessa história. Como sempre!

As contribuições são feitas eletronicamente como bitributações disfarçadas em Crianças Esperanças da vida enquanto poucos lucram com os meios utilizados para a efetivação dessas doações.

Tudo isso sendo incentivado pelo negro véu da viúva assassina; a mídia.

Isso me faz comparar essas ações como se fossemos exércitos de resistência em uma guerra perdida.

E me faz pensar que:

“Um país onde deixa-se de ser analfabeto apenas por mal saber escrever o nome e onde é necessária uma lei do tipo “Ficha Limpa” não pode dar certo.”

Ou seríamos como personagens de cartoons?

E você? O que acha?

2 comentários:

  1. Geraldo, penso que esta passividade nossa é de doer. Assistimos a tudo com tal concordância, e se não, como se as consequências do que vemos nunca nos atingirão diretamente, ou, ganho alguma coisinha também, que parece que somos um País sem solução nem esperança.
    Parabéns pelo texto.

    Abraços.
    Marcos

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  2. Pois é meu amigo, tudo produto da mídia. Hitler foi o primeiro a utilizar essa "ferramenta", com muito sucesso, mas foi ganancioso...

    As pessoas estão com preguiça de pensar e aceitam as ações paliativas como solução. É mais fácil do que ao menos sair as ruas em protesto. Que fique claro, SEM VIOLÊNCIA!

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