O
8º dia foi de descansa. Meus anfitriões tinham o dia de labuta à cumprir e eu
algumas coisas à organizar, roupas à lavar e o último post à escrever.
Aproveitei lavei a louça e joguei o lixo fora. Preciso pagar a estadia de
alguma forma. Hehehe!!!
No
meio do dia e dos afazeres resolvi ligar para Marcos. Como meus anfitriões,
conheci Marcos e sua esposa na viagem há dois anos e tornaram-se grandes
amigos.
Foi
um bom papo e as últimas diretrizes para o encontro de domingo, já que ele não
poderia estar conosco no passeio de sábado.
Desliguei
e continuei escrevendo.
Ao
final da tarde, Marcelo, o dono da casa, chegou e fomos para um evento cultural
promovido pela Fundação das Empresas Randon. Foi um concerto de uma orquestra local
realizado no teatro da Escola Murialdo. Algumas das peças tocadas foram regidas
pelo conhecido Maestro João Carlos Martins; aquele pianista que um problema nas
mãos o fez ser maestro. Estava cheio e lembrou os sábados em que meu pai me levava,
ainda pequeno, aos concertos matinais no auditório da Rede Globo.
Resolvemos
sair para o jantar. A Hamburgueria Jaime Rocha foi o destino.
Jaime
é um aficionado por Rock’n Roll e além da hamburgueria comanda um tradicional
programa na rádio UCS (Univercidade de Caxias do Sul). O lugar é muito bem
decorado com objetos temáticos, mas não cai na mesmice dos similares americanos
e suas cópias tupiniquins. Eclético no mobiliário que lembra os anos 60, as
fotos dos anos 70 à 80 e demais itens espalhados pela casa. Nos sanduiches são
utilizados hambúrgueres de carnes variadas de vaca, porco e galinha. Desde o
filé mignon, passando pelo lombo suíno e chegando ao peito de penosa. Tudo em
pequenos cubos ou moídos em forma de hambúrguer.
Não!
Não tirei foto. Ando relapso, esquecendo de registrar os pratos. Paciência,
imagine aí ou vá até o site que deve ter detalhes por lá. Vale a pena ver e
comer.
Escolhi
o de mignon e estava ótimo! Porém, mesmo pedindo o “normal” era grande para meu
apetite.
Voltamos
para casa a fim de beber o Jack que havíamos deixado por terminar na noite
anterior. Ainda tentamos ver “A Revolução dos Bichos” mas o cansaço me fez
perder grande parte do filme. Entretanto, vale a pena ver. É um daqueles itens
que a vida nos obriga a ver e para nós brasileiros, apesar de ter sido escrito
durante a Segunda Guerra Mundial, é extremamente atual retratando fielmente
nossa história. Não perca, o link está aí embaixo.
Acordei,
lavei a louça e fui comprar os cacetinhos (é como gaúcho chama pão francês,
depois reclamam). Após alguns minutos todos acordaram, café dá manhã em
companhia de minhas velhas conhecidas calopsitas e rodas na estrada.
Foi
um passeio pelas redondezas de Caxias como mostra o mapa abaixo.
Percorremos
apenas 220 quilômetros por parte das serras gaúchas, saindo de Caxias, passando por Morro Reuter, São Leopoldo, Bom
Princípio, Bento Gonçalves, Farropillha, completando a volta em Caxias.
A
estrada estava tranquila e apesar de poucos quilômetros, passamos o dia todo
nessa brincadeira. As deliciosas curvas foram percorridas em baixa velocidade o
que permitiu apreciar a belíssima paisagem da região.
Não
paramos em todas as cidades, paramos em Morro Reuter para saborear um bufê de
sopas que com o clima frio, mesmo com o sol, caíram muito bem.
Trata-se
de uma grande delicatessen onde encontra-se diversos produtos da região. Frios,
queijos, biscoitos, vinhos, geleias e muito mais. A Casa Schmitt fica na Estrada
Pres. Getúlio Vargas, 2297 – 54-3285-21-12 e como em todo o Rio Grande do Sul,
as atendentes são muito educadas e atenciosas. Um bom exemplo para o povo
brasileiro que precisa muito de civilidade.
O
cardápio de sopas é variado e nesse dia, dentre as servidas, degustamos as
seguintes iguarias:
Ervilha;
Quatro
Queijos;
Todas
regadas a um suco de uvas verdes, uma delícia!
Mais
alguns quilômetros pelas belíssimas curvas e o transito começou ficar mais
intenso. Estávamos perto de Bento Gonçalves. O Vale dos Vinhedos. Mas o motivo do
aumento da intensidade do trânsito e desta parada foi encontrar uns amigos em
um encontro de motos.
Estava lotado com todo tipo de motos e motociclistas. Tinha os educados e os que ficavam acelerando a moto fazendo um ruído infernal e sem sentido. Todo evento de motos é assim e para piorar alguns grupos montam e ligam seus aparelhos de som nas alturas, um ao lado do outro produzindo tudo menos algo parecido com música.
Dentro do galpão, mais motos e mais idiotas, porém em menor número. Uma banda tocava rock de boa qualidade e consegui comprar uma bandana, algo que não consegui fazer no Rio. Preciso dela para proteger o forro do capacete, pois usar o mesmo capacete todos os dias durante mais de 30 dias, é complicado. Mesmo tomando banho todos os dias.
Ficamos
pouco tempo. O tom de cinza do céu ficava mais escuro, a temperatura caia
rápido e isso nos fez pegar o rumo de casa. Um pouco de trânsito, algumas
curvas e estávamos em casa. Após o banho, uma pizza com 3 sabores, 4 queijos,
Marguerita e Champion.
Assistimos
“As Últimas Horas de Hitler” outro filme que deve ser visto. O link está aí
embaixo.
Claro
que não consegui ver até o final, o cansaço era grande.
Acordamos
tarde e no domingo a mercearia abre mais tarde, não consegui comprar os
cacetinhos. Ficamos com os do dia anterior. Nada que uma boa tostadeira não
resolva.
Estava
mais frio, destino? Garibaldi, uma pequena cidade à sudoeste da Caxias do Sul.
Foram aproximadamente 45 quilômetros até chegarmos à casa de Marcos. Ele, sua
esposa e sua mãe nos esperavam com bom papo e recordações da viagem em que nos
conhecemos.
Basicamente
eles contornaram todo o Uruguai, parte deste roteiro estarei repetindo a parir
dessa segunda feira.
Foi
uma tarde maravilhosa antes da qual degustamos um suculento almoço. Pernil suíno, uma peça de alcatra, ambos
assados; uma salada de batatas com maionese e uma salada verde que para mim
ficou para a próxima.
Mas não parou por ai, após o delicioso almoço, a sobremesa. Um doce de maçã coberto de massa de torta, sorvete de creme, regados a licor; não lembro qual. Fantástico!
Descemos e tentamos uma visita na Don Peterlongo, mas não foi possível. O tour seguinte ia demorar, estava escurecendo e com possibilidade de chuva. Não restou opção e após agendarmos novo encontro na minha volta do Uruguai, pegamos o caminho de casa.
Após
o banho, iniciei a arrumação das coisas para seguir minha viagem. Estava
cansado, iniciei este texto regado ao Jack, desta vez pequeno, que abrimos e
terminamos.
Olá Geraldo
ResponderExcluirParece que a viagem tem sido maravilhosa. Estive em Vila Velha em minha primeira viagem sem os pais aos 11 anos e fiquei encantada na época. Foi ótimo rever imagens de lá. Estou dando uma rápida olhada no diário de viagem. Mais tarde farei mais comentários. Mandei um email para vc. Dê uma olhada.
Bjs
Ivana
Ivana,
ExcluirSim, é sempre bom recordar.
A viagem está sendo ótima, fora o frio, está tudo bem.
Beijo
O frio para mim é sempre o grande problema. Mas há quem curta. Adorei a Reserva do Taim. Com uma paz daquela pra que curvas, bares ... É relaxar e apreciar. Beijos
ExcluirGrande Geraldo, estou lendo e vendo toda sua trajetoria...Parabéns amigo, precisando de algo
ResponderExcluiraqui no Rio,( agendar revisão na BMW ) e só dar
Toque. Abraços e boa viagem
Thadeu
Thadeu,
ExcluirFica por aí curtindo.
Quem sabe não juntamos a turma e não fazemos uma dessas?
Abraço.