São Paulo é aquilo que todos nós sabemos, cheia de paulistanos mal humorados, solitários dentro de suas SUVs tumultuando o trânsito ou como sardinhas em lata nos diversos tipos de transporte público ou ainda como pedestres apressados e estressados. Todos em busca de algo que nunca vem. Nunca vem mesmo, pois se viesse eles com certeza seriam mais humanos.
Mas como ser diferente se para onde se olha, independente se você é motorista, usuário de transporte público ou pedestre, só se vê prédios e mais prédios. O céu quando se vê é uma nesga entre concreto, ferro e vidro e algumas árvores que só deus sabe como sobrevivem com tanta poluição.
É sabido que a chamada locomotiva do país é movida a lenha provida pelos demais estados da nação. Fato.
São Paulo é a síntese da miscigenação que é o nosso povo, por isso tem suas qualidades. E não são poucas. A gastronomia, arte e entretenimento são incomparáveis. Encontra-se de tudo, ou quase. O que não tem eles mandam buscar.
As ruas são muito bem sinalizadas, o único problema é que você não precisa saber apenas para onde quer ir, mas também o caminho que te leva para lá.
Hoje eu queria ir para Santos foi necessário saber que precisava pegar a Imigrantes, pois não existe placas indicando “SANTOS” e sim “IMIGRANTES”. E por aí vai. Se você quer ir para Curitiba tem que saber que se vai pela Regis Bitencourt, etc.
Falando nisso, a malha rodoviária do estado é outra de suas qualidades. As estradas são largas e limpas. A manutenção é muito bem feita fazendo dessas vias as melhores do país.
Eram 07:37 h quando “entrei” na Imigrantes. Se não estou enganado são 05 pistas para cada lado e não estava cheia, apesar do sol. Eu ia pela pista da direita, sem correr, passando por quase todo mundo porque eles preferem andar abaixo da velocidade limite nas pistas da esquerda. Aliás, isso não é privilégio só dos paulistanos.
Estava tranqüilo seguindo o meu caminho quando surgiu o primeiro aviso do pedágio.
Eu estava acostumado com o sul onde no Rio Grande do Sul moto não paga pedágio, em Santa Catarina o valor é no máximo R$ 0,70 e no Paraná, R$ 0,80.
Devido a isto eu comecei a procurar um aviso específico para motociclistas.
Havia um e dizia mais ou menos assim:
“Veículos isentos, motos, etc. cabine à direita.”
Embiquei na direção da cabine à direita, atrás de um carro e segui despreocupado.
Ele passou e a cancela desceu na minha frente, desviei e passei no pequeno espaço entre a ponta da cancela e o limite da pista. A sirene tocou, eu olhei rapidamente para a esquerda, depois para a direita e, com certo receio, acelerei aos poucos, para não dar bandeira e sumi entre os carros.
Continuei, enquanto olhava o mais discretamente possível para ver se não estava sendo seguido por uma viatura da concessionária ou mesmo da Polícia Rodoviária.
Fiquei mais tranqüilo após alguns minutos ao verificar que não havia nada diferente acontecendo.
Segui em frente.
Aos poucos o número de pistas foi diminuindo.
Passei por uma placa informando o início de um declive com 15 quilômetros de extensão. Quando eram 03 (ou seriam 04) pistas estava dentro de um enorme túnel. Uns 50 metros ao ar livre e outro túnel. Desta vez marquei no velocímetro:
“03 quilômetros.”
Mais 50 metros e outro túnel perfazendo 05 quilômetros no total dos 02. Achei interessante ainda mais por ser em declive acentuado.
Agora eram 02 pistas e o número de curvas aumentava tornando o passeio mais agradável.
Passei pela entrada de Santos e entrei em Guarujá. Beira mar segui em frente. Nada que mereça comentários. No final, após pedir informação, dobrei à esquerda para após alguns quilômetros acessar uma estradinha de mão dupla bastante simpática. Foram alguns agradáveis quilômetros, os quais fomos acompanhados bem de perto por um bonito rio à esquerda, até chegar à balsa.
Uns 10 minutos aguardando e outros 10 atravessando. Ao desembarcar, estávamos em Bertioga. O mar estava um pouco revolto e suas ondas eram usufruídas pelos poucos e bons surfistas da região. Segui minha viagem.
As praias foram passando à minha direita enquanto o sol, que desde ontem se tornara parceiro de viagem, mostrava sua força.
Eram extensas ou curtas algumas bem pequenas, com pedras, coqueiros e/ou vegetação fechada; em linha reta ou curvas; ao meu lado ou lá embaixo; cheias, vazias ou desertas; elas desfilavam diante de meus olhos cada vez mais perplexos com tanta diversidade e beleza.
O mar não. Esse se mantinha igual durante todo o tempo. Tanto na cor turquesa quanto na ferocidade de suas ondas ele mostrava com personalidade e clareza como se sentia.
São Lourenço, Maresias, São Sebastião, Ubatuba, Baleia, Cambori, Trindade e diversas outras cujos nomes não consigo lembrar; até chegar em Paraty.
As fotos, apesar de não mostrar a realidade das sensações podem ajudar na compreensão de minhas palavras.
Em Paraty, já havia decidido pernoitar, estava cansado. A busca por uma pousada não foi trabalhosa. Queria um quarto no térreo e consegui, não estava a fim de subir e descer escada carregando a bagagem que não é leve. Estavam arrumando. Deixei as coisas e fui almoçar.
Calor infernal potencializado pela roupa preta que ainda vestia que contrastava com as bermudas, camisetas e demais de verão que passavam.
Paraty continua impressionante, o casario do centro histórico não cansa a vista apesar dos séculos. Seu tradicional calçamento trás história, mas também a possibilidade de uma bela torção no tornozelo. Exatamente por esse motivo não é uma cidade própria aos que gostam de beber um pouco acima do "socialmente", pois o risco de quebra de uma perna ou outro osso qualquer é enorme.
Encontrei um simpático restaurante de frutos do mar. Descobri que possui sua própria peixaria que lhe fornece peixes e frutos do mar sempre frescos.
Um delicioso chope e uma gostosa casquinha de camarão me ajudaram a escolher o prato princial.
Estava na dúvida entre peixe ou camarões e como sou fascinado escolhi os camarões. Vieram fritos na chapa ao alho e óleo acompanhados por nada mais nada menos que gnhoques de batatas ao pesto e nozes. Exatamente os pequenos pedaços de nozes é que conferem ao prato um sabor especial.
Merecia um belo e fresco vinho branco, mas o calor não permitia.
“Quem sabe à noite?“
Voltei, troquei de roupa e fui para a piscina para um rápido mergulho. Depois um banho, esse texto (até aqui) e uma soneca a fim de recuperar energias.
Em Paraty os pertencentes a melhor idade são muitos e se equilibram como podem pelas pedras disformes dispostas de maneira etereogenea.
Nova busca desta vez para o jantar e após várias tentativas, a cidade está cheia, encontrei um restaurante um pouco mais sofisticado.
Na TV um DVD do Scorpions de um show com uma Filarmônica. Estava baixo, mas me pareceu muito bom. Anotei e vou procurar se for bom eu divulgo.
O prato escolhido, após minuciosa busca no variado cardápio não poderia deixar de ser camarões.
Eu juro que saí da pousada certo de que desta vez seria peixe, mas “Camarões Flambados na Cachaça” me pareceu mais apetitoso do que as demais opções.
Vieram grandes, rosados acompanhados de palmitos tipo Pupunha grelhados e uma folha de alface envolvendo um molho de folhas bem conhecidas que esqueci o nome. Excelente!
A caipirinha de cachaça da terra foi o toque de época ao conjunto.
Mais uma trôpega volta pelo pequeno e fervilhante Centro Histórico e cama a fim de acordar cedo para matar as saudades de meus filhos.
O café da manhã seria às 07:30 h, não tinha porque acordar antes de 06:30 h e foi essa hora que o despertador tocou. Levantei arrumei as coisas e ainda era cedo. Decidi sair sem café. Fui até o estacionamento e vi que estava cercado sem possibilidade de sair. Um gênio que acha que está só no mundo estacionou seu carro bloqueando minha saída. O pior é que havia outra vaga bem a frente da que ele parou e nesse caso não atrapalharia ninguém.
“Estou no Rio de Janeiro.”
A dona da Pousada mesmo sabendo de quem era o carro não se dispôs a chamá-lo.
O café foi antecipado e sem opção sucumbi. Com a ajuda de um funcionário passei com a moto sobre o jardim, montei as coisas e saí.
Antes de chegar na BR (estrada) reparei em algo que não havia notado ao entrar na cidade. Não contei os primeiros, mas os que contei foram 05. 05 postos de gasolina. Para que uma cidade tão pequena como Paraty tem no mínimo 07 postos de gasolina na mesma via que deve ter uns 04 quilômetros.
“Coisas de Brasil.”
BR 101 à direita, rodei uns 200 metros e, pasmem, a estrada me lembrava os áureos tempos da década de 70 quando viajava Brasil a dentro de fusquinha com meus pais. A foto fala por si. O susto foi grande, quase caí, mas com muito custo (lembrem-se são mais de 200 quilos entre moto e bagagem para segurar) consegui me equilibrar.
Após esse pequeno problema com uns 500 metros o cenário voltou ao normal,
Muitas curvas suaves e piso liso. A paisagem mudou um pouco. O céu agora estava cinza e a manhã ainda estava úmida; resquício das chuvas da madrugada e isso não me deixava desenvolver como desejava.
Eu estava ansioso e por isso preocupado. É no final que as coisas acontecem, relaxamos e pronto lá se vai toda a análise de riscos por água abaixo.
Parei de ver a paisagem e tirar fotos, foquei na estrada e aumentei a velocidade.
Foram quase 130 quilômetros de curvas, subidas e descidas antes de chegar a monotonia e insegurança da Avenida Brasil. Muito prazeroso.
E foi quando entrei nesta avenida que considerei encerrada a viagem.
Pensei em continuar pelo litoral, passar por Marambaia, Sepetiba, Recreio, Barra, Leblon e Jardim Botânico, mas recentemente fiz esse trajeto, voltando de Angra, e sofri um pouco ao sair de Santa Cruz por causa das obras. Eu estava cansado e ansioso demais para mais esse perrengue.
Cheguei em casa, tirei as coisas, lavei o que tinha que lavar, uma ducha no terraço e fui buscar uma cerveja gelada. Não havia uma única para dar um gostinho.
Meu caríssimo filho bebeu todas.
“Gente boa esse moleque!”
Mas como ser diferente se para onde se olha, independente se você é motorista, usuário de transporte público ou pedestre, só se vê prédios e mais prédios. O céu quando se vê é uma nesga entre concreto, ferro e vidro e algumas árvores que só deus sabe como sobrevivem com tanta poluição.
É sabido que a chamada locomotiva do país é movida a lenha provida pelos demais estados da nação. Fato.
São Paulo é a síntese da miscigenação que é o nosso povo, por isso tem suas qualidades. E não são poucas. A gastronomia, arte e entretenimento são incomparáveis. Encontra-se de tudo, ou quase. O que não tem eles mandam buscar.
As ruas são muito bem sinalizadas, o único problema é que você não precisa saber apenas para onde quer ir, mas também o caminho que te leva para lá.
Hoje eu queria ir para Santos foi necessário saber que precisava pegar a Imigrantes, pois não existe placas indicando “SANTOS” e sim “IMIGRANTES”. E por aí vai. Se você quer ir para Curitiba tem que saber que se vai pela Regis Bitencourt, etc.
Falando nisso, a malha rodoviária do estado é outra de suas qualidades. As estradas são largas e limpas. A manutenção é muito bem feita fazendo dessas vias as melhores do país.
Eram 07:37 h quando “entrei” na Imigrantes. Se não estou enganado são 05 pistas para cada lado e não estava cheia, apesar do sol. Eu ia pela pista da direita, sem correr, passando por quase todo mundo porque eles preferem andar abaixo da velocidade limite nas pistas da esquerda. Aliás, isso não é privilégio só dos paulistanos.
Estava tranqüilo seguindo o meu caminho quando surgiu o primeiro aviso do pedágio.
Eu estava acostumado com o sul onde no Rio Grande do Sul moto não paga pedágio, em Santa Catarina o valor é no máximo R$ 0,70 e no Paraná, R$ 0,80.
Devido a isto eu comecei a procurar um aviso específico para motociclistas.
Havia um e dizia mais ou menos assim:
“Veículos isentos, motos, etc. cabine à direita.”
Embiquei na direção da cabine à direita, atrás de um carro e segui despreocupado.
Ele passou e a cancela desceu na minha frente, desviei e passei no pequeno espaço entre a ponta da cancela e o limite da pista. A sirene tocou, eu olhei rapidamente para a esquerda, depois para a direita e, com certo receio, acelerei aos poucos, para não dar bandeira e sumi entre os carros.
Continuei, enquanto olhava o mais discretamente possível para ver se não estava sendo seguido por uma viatura da concessionária ou mesmo da Polícia Rodoviária.
Fiquei mais tranqüilo após alguns minutos ao verificar que não havia nada diferente acontecendo.
Segui em frente.
Aos poucos o número de pistas foi diminuindo.
Passei por uma placa informando o início de um declive com 15 quilômetros de extensão. Quando eram 03 (ou seriam 04) pistas estava dentro de um enorme túnel. Uns 50 metros ao ar livre e outro túnel. Desta vez marquei no velocímetro:
“03 quilômetros.”
Mais 50 metros e outro túnel perfazendo 05 quilômetros no total dos 02. Achei interessante ainda mais por ser em declive acentuado.
Agora eram 02 pistas e o número de curvas aumentava tornando o passeio mais agradável.
Passei pela entrada de Santos e entrei em Guarujá. Beira mar segui em frente. Nada que mereça comentários. No final, após pedir informação, dobrei à esquerda para após alguns quilômetros acessar uma estradinha de mão dupla bastante simpática. Foram alguns agradáveis quilômetros, os quais fomos acompanhados bem de perto por um bonito rio à esquerda, até chegar à balsa.
Uns 10 minutos aguardando e outros 10 atravessando. Ao desembarcar, estávamos em Bertioga. O mar estava um pouco revolto e suas ondas eram usufruídas pelos poucos e bons surfistas da região. Segui minha viagem.
As praias foram passando à minha direita enquanto o sol, que desde ontem se tornara parceiro de viagem, mostrava sua força.
Eram extensas ou curtas algumas bem pequenas, com pedras, coqueiros e/ou vegetação fechada; em linha reta ou curvas; ao meu lado ou lá embaixo; cheias, vazias ou desertas; elas desfilavam diante de meus olhos cada vez mais perplexos com tanta diversidade e beleza.
O mar não. Esse se mantinha igual durante todo o tempo. Tanto na cor turquesa quanto na ferocidade de suas ondas ele mostrava com personalidade e clareza como se sentia.
São Lourenço, Maresias, São Sebastião, Ubatuba, Baleia, Cambori, Trindade e diversas outras cujos nomes não consigo lembrar; até chegar em Paraty.
As fotos, apesar de não mostrar a realidade das sensações podem ajudar na compreensão de minhas palavras.
Em Paraty, já havia decidido pernoitar, estava cansado. A busca por uma pousada não foi trabalhosa. Queria um quarto no térreo e consegui, não estava a fim de subir e descer escada carregando a bagagem que não é leve. Estavam arrumando. Deixei as coisas e fui almoçar.
Calor infernal potencializado pela roupa preta que ainda vestia que contrastava com as bermudas, camisetas e demais de verão que passavam.
Paraty continua impressionante, o casario do centro histórico não cansa a vista apesar dos séculos. Seu tradicional calçamento trás história, mas também a possibilidade de uma bela torção no tornozelo. Exatamente por esse motivo não é uma cidade própria aos que gostam de beber um pouco acima do "socialmente", pois o risco de quebra de uma perna ou outro osso qualquer é enorme.
Encontrei um simpático restaurante de frutos do mar. Descobri que possui sua própria peixaria que lhe fornece peixes e frutos do mar sempre frescos.
Um delicioso chope e uma gostosa casquinha de camarão me ajudaram a escolher o prato princial.
Estava na dúvida entre peixe ou camarões e como sou fascinado escolhi os camarões. Vieram fritos na chapa ao alho e óleo acompanhados por nada mais nada menos que gnhoques de batatas ao pesto e nozes. Exatamente os pequenos pedaços de nozes é que conferem ao prato um sabor especial.
Merecia um belo e fresco vinho branco, mas o calor não permitia.
“Quem sabe à noite?“
Voltei, troquei de roupa e fui para a piscina para um rápido mergulho. Depois um banho, esse texto (até aqui) e uma soneca a fim de recuperar energias.
Em Paraty os pertencentes a melhor idade são muitos e se equilibram como podem pelas pedras disformes dispostas de maneira etereogenea.
Nova busca desta vez para o jantar e após várias tentativas, a cidade está cheia, encontrei um restaurante um pouco mais sofisticado.
Na TV um DVD do Scorpions de um show com uma Filarmônica. Estava baixo, mas me pareceu muito bom. Anotei e vou procurar se for bom eu divulgo.
O prato escolhido, após minuciosa busca no variado cardápio não poderia deixar de ser camarões.
Eu juro que saí da pousada certo de que desta vez seria peixe, mas “Camarões Flambados na Cachaça” me pareceu mais apetitoso do que as demais opções.
Vieram grandes, rosados acompanhados de palmitos tipo Pupunha grelhados e uma folha de alface envolvendo um molho de folhas bem conhecidas que esqueci o nome. Excelente!
A caipirinha de cachaça da terra foi o toque de época ao conjunto.
Mais uma trôpega volta pelo pequeno e fervilhante Centro Histórico e cama a fim de acordar cedo para matar as saudades de meus filhos.
O café da manhã seria às 07:30 h, não tinha porque acordar antes de 06:30 h e foi essa hora que o despertador tocou. Levantei arrumei as coisas e ainda era cedo. Decidi sair sem café. Fui até o estacionamento e vi que estava cercado sem possibilidade de sair. Um gênio que acha que está só no mundo estacionou seu carro bloqueando minha saída. O pior é que havia outra vaga bem a frente da que ele parou e nesse caso não atrapalharia ninguém.
“Estou no Rio de Janeiro.”
A dona da Pousada mesmo sabendo de quem era o carro não se dispôs a chamá-lo.
O café foi antecipado e sem opção sucumbi. Com a ajuda de um funcionário passei com a moto sobre o jardim, montei as coisas e saí.
Antes de chegar na BR (estrada) reparei em algo que não havia notado ao entrar na cidade. Não contei os primeiros, mas os que contei foram 05. 05 postos de gasolina. Para que uma cidade tão pequena como Paraty tem no mínimo 07 postos de gasolina na mesma via que deve ter uns 04 quilômetros.
“Coisas de Brasil.”
BR 101 à direita, rodei uns 200 metros e, pasmem, a estrada me lembrava os áureos tempos da década de 70 quando viajava Brasil a dentro de fusquinha com meus pais. A foto fala por si. O susto foi grande, quase caí, mas com muito custo (lembrem-se são mais de 200 quilos entre moto e bagagem para segurar) consegui me equilibrar.
Após esse pequeno problema com uns 500 metros o cenário voltou ao normal,
Muitas curvas suaves e piso liso. A paisagem mudou um pouco. O céu agora estava cinza e a manhã ainda estava úmida; resquício das chuvas da madrugada e isso não me deixava desenvolver como desejava.
Eu estava ansioso e por isso preocupado. É no final que as coisas acontecem, relaxamos e pronto lá se vai toda a análise de riscos por água abaixo.
Parei de ver a paisagem e tirar fotos, foquei na estrada e aumentei a velocidade.
Foram quase 130 quilômetros de curvas, subidas e descidas antes de chegar a monotonia e insegurança da Avenida Brasil. Muito prazeroso.
E foi quando entrei nesta avenida que considerei encerrada a viagem.
Pensei em continuar pelo litoral, passar por Marambaia, Sepetiba, Recreio, Barra, Leblon e Jardim Botânico, mas recentemente fiz esse trajeto, voltando de Angra, e sofri um pouco ao sair de Santa Cruz por causa das obras. Eu estava cansado e ansioso demais para mais esse perrengue.
Cheguei em casa, tirei as coisas, lavei o que tinha que lavar, uma ducha no terraço e fui buscar uma cerveja gelada. Não havia uma única para dar um gostinho.
Meu caríssimo filho bebeu todas.
“Gente boa esse moleque!”
missão cumprida, muitas fotos belas imagens tiradas e nao reveladas, muitas vezes somente leituras de rápidas passagens e o prazer de poder compartilhar mais essa aventura, valeu amigo gostei muito!! cr
ResponderExcluirParabéns pelo relato da "nossa" viagem.
ResponderExcluirConsegui viajar com você através da riqueza dos detalhes, das fotos e até ficar com água na boca vendo suas refeições (também adoro camarão).
Gostei muito e e seria um prazer escutar mais sobre a viagem, claro que com essa cerveja gelada que faltou no final...
Abração
Vinicius
CR,
ResponderExcluirSim, missão cumprida e a certeza de que outras virão.
Vinicius,
Já que gostou, programe-se para fazer a próxima, mas antes podemos beber essa cerveja e comer uns camarões. Aproveita e chama nosso amigo Gilson.
Abraço