Prezados e escassos leitores,
Após esses três últimos textos
tenho recebido diversas críticas. Tudo bem quando são construtivas e, mesmo que
não, estamos em uma democracia e todos têm o direito de se expressar, desde que
com educação, respeitando o meu espaço, minha integridade moral e física.
Mas o que tem me deixado apreensivo,
não são as críticas e nem de onde vêm. São desconhecidos, conhecidos, amigos ou
mais. O que tem me deixado triste é a forma. Alguns chegam a me chamar de fascista
ou reaça.
Das duas uma ou não sei escrever
(o que é bastante possível) ou meus críticos não entendem o que escrevo.
Leio e releio meus textos durante
e depois que escrevo e tirando algumas pouquíssimas palavras, me parecem
bastante claros e objetivos. Dirão vocês e principalmente os críticos:
“Claro, é você que está
escrevendo!”
Mas eu tenho que partir pelo
menos de um critério e, tentando ser o mais justo possível, vou partir de dois
interdependentes:
Que eu não sei escrever e por
isso meus críticos não conseguem entender.
É a velha história do biscoito
que vende mais porque é mais fresquinho...
Mas há os que aprovam, apoiam e
até compartilham minhas palavras. Aí eu vejo que não escrevo tão mal assim e
concluo que meus críticos não me entendem. E como toda unanimidade é burra eu
fico tranquilo. Mas, mesmo assim, vou tentar ser mais claro em minhas ideias
para ver se consigo angariar mais alguns simpatizantes.
Como se fosse possível, considero-me
um “Democratasociocapitalista de direita”:
- Democrata porque acredito que
todos têm o direito de se expressar, desde que, educadamente e respeitando a
integridade física e moral do outro. Que as decisões devem ser tomadas, sempre
que possível, em prol da maioria e levando em consideração que não se deve fazer
ao outro o que não gostaríamos que fizessem conosco.
Foi assim que anos antes de
Cristo os gregos criaram a democracia e mesmo após tanto tempo ainda não sabemos
como aplica-la.
- Socialista porque acredito que
todos devem ter as mesmas oportunidades e condições de infraestrutura,
educação, alimentação, saúde, habitação e segurança.
- Capitalista porque,
considerando que se os dois itens acima forem atendidos, acredito que o
resultado de alguém deve ser proporcional ao seu esforço. Portanto, se você se
preparou melhor, trabalhou mais e/ou foi mais inteligente (não esperto, há uma
tênue, mas importante diferença, ok?) seu resultado e consequentemente seu
poder econômico devem ser superiores aos daqueles que não foram tão eficientes.
E, o mais importante, se o
dinheiro é seu e foi ganho honestamente, você tem todo o direito de fazer o que
quiser, desde que respeitando os itens anteriores e ninguém tem porranenhuma a
ver com isso.
Claro que há o fator sorte, mas
se pensarmos bem esse fator não é tão aleatório assim. Mas isto é outra
história, deixemos para outra oportunidade.
- De direita, é que gosto de
ordem. Bagunça só no Carnaval e estádios de futebol, mas sem violência, ok?
Minha certeza é que não seriam
necessárias grades nos prédios, pois quem estaria enjaulado seriam os
verdadeiros bandidos. Você poderia atravessar os sinais de trânsito
tranquilamente porque os animais que hoje ficam acelerando ou avançam estes
sinais, por estar claro que não podem viver em sociedade, estariam todos
enjaulados. As filas seriam poucas ou
quase não existiriam porque os vagabundos que as criam com sua preguiça e pouca
vergonha, estariam enjaulados. O cidadão de bem poderia ir aos estádios ver seu
time do coração tranquilamente porque os baderneiros e brigões estariam
enjaulados como devem ficar os animais.
E assim por diante.
Haja cadeia!
Levando o exposto em
consideração, voltemos no tempo e vamos rever um pouco de nossa história. Aqui,
novamente tenho que obedecer a um critério e este é que vou ter que generalizar,
se não esse texto vai ficar longo e chato. Portanto, saibam que sei que em tudo
há exceções e como tais devem ser tratadas.
Certo?
Antes de nosso primeiro Cabral os
índios, mesmo que valentes, hábeis e destemidos, por viverem em terras
tropicais não tinham muitas preocupações para sua subsistência. A caça e pesca
eram abundantes, a mandioca idem assim como tudo mais que a natureza oferecia.
O Clima era quase sempre quente o que permitia viverem desnudos, não sendo
necessárias grandes migrações.
A falta de desafios tornava seu
desenvolvimento lento.
Vieram os portugueses que com sua
ganância baixaram a porrada nos índios e como não conseguiram escravizá-los
trouxeram os africanos para trabalhar por eles.
Iniciou-se o extrativismo que
mina nossas riquezas até os dias de hoje. Levaram nosso ouro, o Pau Brasil, a
borracha, derrubaram nossas matas e com isso quase dizimaram nossa fauna. Mas o
Brasil é um país rico, eu diria o mais rico do planeta, pois como bem disse
nosso John Walker, Pero Vaz de Caminha:
“(...)Nessa terra tudo o que se
planta dá!(...)”
Temos excelente clima, petróleo,
minério de ferro, pedras preciosas e semipreciosas, nossas matas são únicas
assim como nossa fauna e a biodiversidade é impar. Não há dúvida para mim que o
Brasil é sim o mais rico do planeta.
Com Dom Pedro II fomos a segunda
nação a utilizar o telefone, nossas primeiras ferrovias foram construídas, foi criado
o hoje Instituto Nacional de Propriedade industrial - INPI entre outros.
Uma guerra contra o Paraguai
aqui, outra contra os holandeses acolá, mas nada que contribuísse com a
elevação de nosso patriotismo e caráter.
Depois disso, vivemos séculos de
extrativismo, roubalheiras, nepotismos e falsas histórias. Nosso Rei chegou fugido
com as calças borradas com medo de Napoleão, nossa independência foi no grito,
a República proclamada por um moribundo, etc.
Nos anos 50 Juscelino Kubitschek
construiu Brasília (só Deus sabe a que custo) e iniciou nossa tardia revolução
industrial. Surgiram as primeiras montadoras e outras indústrias iniciaram suas
atividades. Ele entrou, não se produzia botões para camisas, ele saiu e
produzíamos navios e até aviões.
Vivemos umas duas ou três ditaduras,
intercaladas por alguns governos meia boca onde a roubalheira era o objetivo
principal fazendo o extrativismo perene.
Surgiram e morreram os Caras
Pintadas, mas deixaram legado razoável: as Eleições Diretas. Nada relevante já
que as opções a se votar eram as mesmas que antes.
Ledo engano.
Depois de surrupiar a grana dos
brasileiros, dizem que por querer roubar sozinho, Fernando Collor, o Caçador de
Marajás, foi impedido de governar.
A inflação era absurda quando o
governo Fernando Henrique Cardoso conseguiu certa estabilidade, algumas controversas
privatizações e poucas, mas importantes medidas sociais foram implementadas. O
País rumava para um futuro promissor. Ao passo de cágado, mas seguia em frente,
enquanto no resto do mundo pipocavam diversas crises econômicas.
Internamente o governo sofria uma
oposição ferrenha, principalmente dos partidos de esquerda liderados pelo
Partido dos trabalhadores. O poder aquisitivo das pessoas aumentava lentamente,
mas outras necessidades ainda precisavam ser providenciadas.
Aos trancos e barrancos estávamos
caminhando.
Dois mandatos se foram a economia
estabilizada e o país, mais uma vez, pronto para assumir seu verdadeiro lugar
no mundo. Não afirmo que o continuísmo iria nos fazer alcançar essa meta, mas o
terreno estava semeado.
Vieram os primeiros quatro anos
do inédito mandato do fanfarrão Partido dos Trabalhadores. O grosso das medidas
econômicas do governo anterior foram mantidas, projetos sociais ampliados e a
até então esquecida indústria naval foi revivida tendo a Petrobras como principal
cliente com suas várias plataformas, navios de transporte e de serviços.
Se no mar a petrolífera iniciava
um significativo processo de crescimento, em terra não era diferente, algumas
instalações eram revitalizadas, outras ampliadas e novas construídas. E não
parava por aí, novos poços foram descobertos e o pré-sal tornou-se viável nos
fazendo autossuficientes (?).
O dinheiro da Petrobras era o
lastro do pseudo crescimento. Seus diversos projetos alimentavam os índices de
emprego e a economia ia de vento em popa.
Essa grana juntava-se aos sempre
crescentes impostos pagos e alimentavam também os Projetos Sociais. A
Proliferação de Bolsas Assistencialistas junto com a baixa dos juros propiciou
um crescimento interno, pois mais podiam consumir, mesmo que em 10 prestações sem
juros, sendo a primeira depois do Carnaval.
Carnaval, o eterno marco de nossa
história.
PQP!
A popularidade do PT cresceu e
nosso presidente tornou-se O Cara em esfera mundial.
Tudo ia bem, o conceito das
medidas sociais e de crescimento econômico eram excelentes, como sempre.
Mas a farra acabaria sendo
descoberta e, posso estar errado, mas tudo começou com a multiplicação das
Bolsas Assistencialistas, pois os espertos não queriam mais trabalhar, só
queriam mamar as custas da Nação, como seus eleitos sempre fizeram. Estava
implementada a tão sonhada divisão de renda. Com isso institucionalizou-se a
roubalheira e a vagabundagem. Agora ela não era mais privilégio só dos
poderosos. Passou-se a roubar em todos os níveis socioeconômicos deste país.
Desde míseros centavos nos trocos das compras, passando pela economia informal,
as Ongs, pelas já citadas Bolsas Assistencialistas chegando aos altos escalões
de todas as áreas.
“Ora! Se eles lá em cima roubam
eu posso roubar aqui em baixo também!”
“Nunca em tão pouco tempo
roubou-se tanto neste país!”
Não precisou mais do que três
mandatos para surgir a tona a Farra dos Anões da Previdência, o Mensalão, o
Petrolão, etc.
E muitos outros estão por vir,
podem esperar.
Grandes empresários foram
enjaulados e a expectativa é de que, se tudo correr corretamente muitos
políticos graúdos ou não serão condenados e presos. Faltará jaula.
Como veem, nossa história de
extrativismo irresponsável é repleta e tudo acontecendo sob as barbas de nosso
povo frouxo que nunca nada fez para evitar.
Ok, uma inconfidência aqui, uma
revoluçãozinha alí, uma passeata em prol de mudanças acolá, mas os safados
permaneciam os mesmos. Só mudavam de lado.
E a ideologia ó! Que se foda!
Desde 1500 a situação permanece.
Não posso negar que somos um povo
muito criativo. Tivemos diversas verbas destinadas a minimizar os impactos da
seca no Nordeste - SUDENE, ou para melhorar as condições da região Norte -
SUDAN, investimentos em excelentes Projetos para a educação, como o Crédito
Educacional, os CIACs, CIEPES, PROUNIs e sei lá mais o que. Fantásticos
Projetos para a melhoria do sistema de saúde, tais como postos avançados, UPAS
entre outros, a grande quantidade de obras de melhorias do nosso sistema
habitacional como BNH, financiamento da CEF e Minha Casa Minha Vida ou de
melhoria de nossa infraestrutura, etc. Todos Projetos excelentes no conceito e
que se implementados de forma correta com certeza já teríamos alcançado nossa eterna
meta de ser a maior potência do planeta.
Entretanto, todos esses e outros
projetos foram deturpados durante suas implementações. Superfaturamento de
obras, a existência de cartéis de empreiteiras e fornecedores, o próprio sumiço
de verbas, desperdícios, etc. corroboraram com a falência de cada um deles.
Não consigo vislumbrar nada neste
país que para funcionar não precise de um jeitinho, do pagamento de uma taxa de
urgência ou de vencer uma burocracia absurda criada para que se vendam a
facilidade de transpô-la.
É uma vergonha!
E tudo sob nosso consentimento.
“Como assim, Geraldo?”
Ora meus caros e escassos
leitores, não precisa mais do que o famoso e desbotado mantra de que: “No
Brasil tudo acaba em pizza!” para explicar.
Nós sabemos que as pizzas virão e
sempre as comeremos...
Nossos governantes e técnicos
sabem dos problemas, conhecem as soluções, mas seu caráter amoral não os
permite resolvê-los de verdade. Medidas anódinas são tomadas apenas para inglês
ver e a ideologia que todos enchem o peito para “defender” não passa de
historinha pra boi dormir e enganar trouxa.
A ideologia dessa corja está na
profundidade de seus bolsos ou elasticidade de suas cuecas.
Estando nossa História
esclarecida de forma genérica e sendo a maioria do exposto verdade, não posso
acreditar que mais medidas paliativas irão solucionar nossos problemas.
Não tenho e não preciso de mais
1500 anos do mesmo para ver que, se continuarmos nesse passo de lesma, trocando
seis por meia dúzia não chegaremos a lugar nenhum.
É esse pensamento que me faz
chamar carinhosamente o povo brasileiro de povindemerda, pois não consigo
entender como ao menos os 4% deles que têm condições de discernir (onde acredito
e espero, estão muitos de meus críticos) não percebem isso.
Não vejo outra maneira a não ser
um choque de ordem para colocar as coisas nos eixos. Muitos precisam ser
identificados, julgados, presos e banidos da vida pública do país. Não será
necessário excessos, paus de arara e afins para identificar e após os devidos
trâmites legais, enjaulá-los eternamente junto com os bandidos, ladrões,
traficantes e assassinos que eles criaram com suas ações.
Não estou falando só de
poderosos, estou falando de todos os que de alguma forma, direta ou
indiretamente contribuíram para que a situação chegasse aonde chegou.
Hoje temos uma grande chance se
as operações da Lava Jato continuarem contundentes, isentas de pressões e que
suas consequências sejam mantidas doa a quem doer, independente de raça, cor,
religião, time de futebol, partido político ou ideologia.
Não acho que o Impeachment de
nossa Presidenta, ops! Desculpem, Presidente, seja a solução, pois sabemos que
sem uma grande mudança, quem virá depois, também não é flor que se cheire, mas
não podemos deixar as coisas como estão, pois como estão já sabemos o
resultado.
Algo deve ser feito para mudar!
Não é porque os do passado
roubaram e não foram punidos que vamos perdoar quem ainda rouba. Temos que dar
um basta nessa zona toda e se o Impedimento desta senhora é a opção que a
Constituição nos oferece, agora, e é mais um degrau, vamos a ele.
Mas não podemos ficar só nele, é
preciso avançar, caçar as bruxas sim, sejam do PT, PDT, PCB, PP, PV, PSDB e da
PQP! E alijá-las definitivamente de qualquer tipo de convívio com a sociedade
que labuta e paga impostos honestamente.
Não vejo outra forma de isso
acontecer alimentando ONGs, Projetos sociais ou afins. São iniciativas válidas,
mas não vão resolver nossos enormes problemas de falta de moral, consciência e
civilidade. Essas são ações de manutenção, pois atendem a poucos.
É preciso ser contundente. Agir
diretamente na causa, fazer reviver as alquebradas escolas, fazer o mesmo com
hospitais e nossa infraestrutura. Implementar programas sérios de financiamento
habitacional e não essas espeluncas que estão construindo e desmoronando país a
fora. Mas para isso meus amigos ou críticos é necessário dinheiro e para tê-lo
é preciso fazer os ladrões da coisa pública devolver o fruto de seu “trabalho”;
com juros e correções e depois enjaulá-los eternamente sem direito a regalias, recursos
ou similares.
Serão presos e irão quebrar
pedras, construir casas populares, ou exercer outra atividade qualquer que banque
suas subsistências na cadeia.
Se continuarmos fazendo como
estamos fazendo desde 1500, contrariando o que dizia Altemar Dutra, o tempo
passará e nada mudará.
Mas se os grandes roubos forem
realmente investigados e os culpados punidos severamente, os pequenos delitos
não mais ocorrerão, por dois motivos:
1 – O dinheiro de nossos impostos
será gasto corretamente provendo a TODOS condições de existência ao menos
mínimas;
2 – E mesmo os que desejarem
continuar no caminho da mal, pensarão duas vezes, ou mais, pois conhecerão o peso
da Clava Forte da Justiça; no lombo.
E eu estou muito a fim de comer
tâmaras. Principalmente na forma de balas que são, diferentemente de nossa
História, docemente amargas.
Recebi essa no Whats App outro
dia:
Há um ditado árabe diz:
“Quem planta tâmaras, não colhe
tâmaras!”
Isso porque antigamente essas
árvores levavam de 80 a 100 anos para produzir os primeiros frutos. Hoje, com
novas técnicas esse prazo ficou menor, mas o ditado é antigo e consta que em
priscas eras um velho senhor plantava tamareiras quando um rapaz perguntou:
“Mas por que o senhor planta se
não vai colher?”
Como em todas histórias
similares, o senhor ergue os olhos lentamente, depois a cabeça, o corpo e ainda
de joelhos, enxuga o suor da testa e responde:
“Ora gafanhoto, se todos
pensassem como você, ninguém colheria tâmaras!”
Ou seja, não importa o que você
vai ter e sim o que vai deixar...
Se continuarmos como estamos nada
deixaremos para quem vier, nem tâmaras.
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