Não foi de repente, mas sem muita programação. É que desta vez não
estou só. Seríamos 3, mas na última noite um desistiu. Não sei o motivo, nem o
conhecia direito o que poderia ser um risco para a viagem, tanto para ele, como
para mim ou para os três.
Não quero julgar ninguém, certo?
Não quero julgar ninguém, certo?
Já tive uma experiência como esta. Foi uma viagem ao nordeste.
Seríamos eu, meu irmão e mais duas amigas. Elas iriam de ônibus, eu e meu irmão
de avião (naquela época eu ainda voava). Na noite do meu embarque descobri que
elas iriam de carro com um amigo delas. Nos encontraríamos em Fortaleza e
desceríamos todos juntos de carro, pelo litoral. Resumindo, não foi uma boa
viagem.
Voltemos então ao que interessa...
Cláudio, um grande amigo do trabalho, parceiro de vários bate e voltas
é do Paraná e conhece bem a região sul; não tinha porque eu fazer uma
programação, ele bolou o roteiro, eu dei umas dicas e recebi tudo pronto por
e-mail. Mapas e suas reservas de hotel; que ajudaram muito a fazer as minhas.
As tarefas para deixar tudo encaminhado na empresa não me deixaram
muito tempo para fazer nada além das reservas de hotel. Arrumei a bagagem em
poucas horas dos últimos dois dias. Por isso ainda na primeira noite já vi que esqueci
algumas coisas. Só depois abri os mapas para fazer as rotas dos dois primeiros
dias de viagem no GPS.
Fazia tempo que queria fazer minha terceira “grande” viagem e
problemas no trabalho me fizeram adiar algumas vezes. Cláudio sugeriu março, eu
concordei, mas acabamos encurtando o tempo e adiando para esta semana.
O objetivo?
O de sempre, rodar de moto pelas estradas deste enorme país. O Sul
porque é mais fresco e desta vez o foco são as serras até a região do entorno
de Lages em Santa Catarina.
Marcamos no Alemão do início da Via Dutra. Atrasei alguns minutos por
conta de um curativo no dedão do pé que topei em uma pedra no domingo anterior.
Um papo e café rápidos e seguimos.
A Dutra é a Dutra, nenhuma novidade a não ser mais movimento a cada
dia que passa. Asfalto de boa qualidade, calor intenso e muita ansiedade formam
um trio perigoso. A serra das Araras com curvas de raio longo são como o prato
de entrada para um grande banquete que está por vir. Estava cheia mas
conseguimos curtir como se fossem preliminares.
Próximo a Itatiaia a primeira parada. Seguimos até perto de Lorena
quando pegamos à direita a 459 até Itajubá, onde almoçamos. A 459, até então desconhecida
revelou-se bastante divertida. Um excelente começo para quem deseja curvas. 71
quilômetros de prazer. A frente, a esquerda ou a direita belas paisagens se revezavam
revelando aquilo que a correria do dia a dia não nos permite ver.
A sinuosidade das curvas desgastavam as laterais dos pneus sem cerimônia...
nada além do esperado.
O almoço, seria um lanche. Cláudio foi de um salgado de carne, eu pedi
um queijo quente. Após demora anormal recebi uma lasca de queijo dentro de um
pão de hambúrguer. A desproporção do recheio quase inexistente ao enorme pão me
fez rir.
A simpatia do atendente Rubro-negro, apesar de mineiro, não me deixou
reclamar.
Seguimos em frente em direção a Campinas. A partir
de Piranguinho vieram as recordações. Estava no trecho percorrido a dois anos.
O asfalto mesmo com marcas do tempo ainda permitia estripulias. No caminho uma
parada não programada para soprar o bafômetro. 0,00 para mim e o mesmo
resultado para Cláudio nos liberou. As recordações continuaram quando entramos
na Fernão Dias e nela permaneceram. A velocidade aumentou e a média em torno
dos 130 km/h encurtou o caminho.
Cortamos Campinas por uma grande avenida e seguimos
até Indaiatuba. A primeira noite.
Até amanhã.
Boa noite.
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