sábado, 10 de abril de 2010

E O SOL AINDA NÂO APARECEU


Sim senhoras e senhores; ainda estamos vivendo momentos de angústia e tristeza devido as recentes tragédias que assolaram nossa Cidade Maravilhosa e suas irmãs.

Afinal, para muitos, o sol ainda não se mostrou por inteiro.

Exatamente devido a essas tragédias é que percebemos o quanto é comovente a solidariedade do Brasileiro. Basta terem conhecimento de algum problema que lá estará alguém para consolar, resgatar, separar, consolar, ou, pelo simples fato de se julgar incapaz de fazer algo útil, se desesperar para depois rezar.

Não há dúvidas que essas ações são importantíssimas. Quase sempre são as bengalas daqueles que sofrem por uma perda vivida ou prestes a viver.

Me impressiona como as pessoas se entregam em ações que em muitos casos consomem energia absurda. São várias idas e vindas recolhendo alimentos, remédios, roupas e afins, dias e noites em claro recebendo e organizando donativos, logísticas dispendiosas gastas na distribuição desses mesmos donativos, logísticas dispendiosas nas ações de resgate, tratamento e abrigo dos desfavorecidos.

Mas não para por aí, não é só nas tragédias que vemos o quanto o brasileiro é emotivo e solidário.

Esse lado humano também surge na criação de ONGs, trabalhos de apoio social e afins ou em ações como “Amigos da Escola”, “Criança Esperança”, entre outras. E aqueles que não pertencem a organização desses Projetos, como em uma bitributação ilegal, são chamados a contribuir como se desculpando os constitucionalmente reais responsáveis por prover toda essa infra-estrutura e não o fazem por pura irresponsabilidade.

Não! Não pensem que sou contra essas ações, ao contrário, se você tem condições de participar de alguma forma, faça, dou a maior força. Mas não me cobre se eu não fizer. Eu já faço a minha parte pagando religiosamente meus impostos. Minha parte da fonte financeira necessária para que todos tenham uma vida digna com ensino, saúde, transporte, moradia, etc.

Mas não estou a fim de perdoar aqueles que o gastam de forma errada e isso é um direito que não abro mão.

Ontem, vendo o site de uma emissora de televisão deparei com um blog cujo post contava que uma menina com três filhos (Sim menina! Ela não deve ter mais que vinte e poucos anos e já com três filhos) havia perdido tudo no desmoronamento do morro da Bumbá em Niterói.

Nos comentários muitos demonstravam sua tristeza desejando que Deus a abençoasse, poucos mostravam sua revolta com o acontecido e muitos perguntavam como poderiam ajudá-la: financeiramente, doando roupas, remédios, alimentos, etc.

E ninguém respondia como.

Muito menos o que fazer.

E é fácil, a curto prazo, nada diferente do que estão fazendo, recolher e distribuir mantimentos.

Mas a longo prazo, o que nós todos podemos fazer é simples, sem custo e rápido. É só votar direito e depois, cobrar dos eleitos aquilo que prometeram.

E o mais importante, se não tiverem um bom candidato em quem votar, votem nulo, não votem em branco, mas nunca votem no candidato menos ruim. Vocês estão fazendo isso há décadas e não tem resolvido nada.

Com certeza essas ações pequenas, rápidas e baratas ajudarão não só a família daquela menina como muitas outras, inclusive a sua.

Boa noite.

Um comentário:

  1. Mt bom!!
    essa é a primeira eleição na qual eu poderei votar, ainda n sei o que fazer, mas votar com sabedoria é uma obrigação de todos....


    beijos

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