Prezados e escassos leitores, saudades!
Confesso que está me estressando essa onda
alarmista oriunda do #víruschinês e por isso, vou mudar um pouco de assunto
para voltarmos a pensar no nosso maior e real problema.
Vou direto ao assunto, pois, como sempre, esse vai
ser mais um longo texto...
Peço paciência de todos e que se forem tecer
comentários, que leiam na íntegra e degustem minhas palavras antes disso. Desde
já agradeço.
Há poucos dias em um dos meus poucos acessos ao Facebook
me deparei com um post de um colega de escola de época de ginásio. O post tem
como título o seguinte:
“Cuban doctors head to Italy battle coronavirus”
ou
“Médicos cubanos vão à Itália para combater o
corona vírus”
Com esse título aliado a alguns poucos comentários ao
post não foi necessário muito esforço para entender que estavam apoiando tal
atitude e eu fiz os seguintes comentários:
“Se forem só médicos, maravilha de ação. Não há o q
falar a não ser coisas boas de uma atitude como essa. É o q precisa ser feito
independente de ideologia, temos de resolver o problema e apenas isso no momento...”
e
“Mas aguardemos as tradicionais 72 horas...”
As 72 horas se passaram e o assunto morreu, muito
por conta do alarde que a grande mídia está usufruindo ao lavar diuturnamente
as mentes fracas do país, com a pandemia.
Voltando ao Facebook. Fiz meus comentários em
alusão ao fato de que, em meados do governo Dilma foi criado o Programa Mais
Médicos que em resumo admitia profissionais cubanos da área de saúde para
suprir nossas deficiências em regiões ermas de nossas imensas terras de Cabral,
Pero Vaz de Caminha e Rondon.
Um Projeto interessante já que a Medicina naquele
país é mundialmente conhecida e nossos profissionais da área, não sei o motivo,
não não se interessavam por esse generoso espaço. Vivíamos o início de uma
crise. Crise esta que gerou entre outras coisas quase 14 milhões de
desempregados.
Tudo estaria perfeito se com o passar do tempo não
se descobrisse que, segundo o Globo.com (https://g1.globo.com/bemestar/noticia/mais-medicos-cubanos-entram-na-justica-por-salario-integral-e-direito-de-ficar-no-pais.ghtml),
os médicos cubanos foram contratados por
salários na época de R$ 10.570,00, mas recebiam algo em torno de R$ 3.000,00
apenas. E o saldo, ou seja, os R$ 7.570,00 restantes eram enviados diretamente
para o governo de Cuba. Mais de 70% do salário do profissional eram retirados
dele “democraticamente”, na mão grande.
Eu e grande parte dos brasileiros nunca entendemos
direito essa relação trabalhista entre Brasil, médicos cubanos e Cuba. No meu
caso, sempre imaginei ser uma forma “adiministrabalhista” criada
especificamente para viabilizar o belo Projeto de cooperação entre as duas
nações. E nem questionei a necessidade ou não de equalização profissional, o
REVALIDA, para que os muito benvindos médicos cubanos se inteirassem das
peculiaridades regionais onde iriam atuar. Entendi que falava mais alto o ato
de cooperação em si e nossa deficiência de décadas; era preciso agilizar o
processo. E assim, os médicos cubanos majorariam seus esforços e aprenderiam em campo,
como nas guerras.
Creio, esse era o lado romântico do Projeto
Creio, esse era o lado romântico do Projeto
O tempo passou e com ele veio o impeachment (alguns
poucos chamam de Gópi) de nossa Presidente que, devido seus tradicionais
discursos já havia adquirido, entre outras, a alcunha de Dilmanta. Assumia para
governar o país nos últimos dois anos antes das eleições de 2018, seu vice,
chamado carinhosamente de Vampirão devido suas estampa e postura similares ao
do Conde da Transilvânia.
Houve as eleições e de forma democrática foi eleito
o Sr. Jair Messias Bolsonaro que ao iniciar seu governo, uma das primeiras
medidas foi cancelar o Programa alegando entre outros que:
1 – havia entre os médicos agentes cubanos infiltrados;
2 – os médicos cubanos além de ter mais do que 70%
de seu salário retido, viviam em condições nada humanas já que seus entes
queridos haviam sido “democraticamente” forçados a ficar em cuba. Mulheres,
filhos etc.
Não foram necessárias muitas horas para haver uma
debandada de dezenas deles o que pode (tem de ser investigado) vir a confirmar
o item 1 acima.
Em pouco tempo o novo Presidente apresentou uma
solução e em um novo Mais Médicos ofereceu as mesmas vagas com melhores
rendimentos e condições humanas de trabalho onde os médicos cubanos que
desejassem permanecer em nosso país poderiam e estariam autorizados a fazer
parte e trazer seus familiares.
O tempo passou, veio a pandemia do #víruschinês e
estamos tendo que ficar de quarentena em casa. Apenas os serviços essenciais “funcionam”
e a grande mídia bombardeia os incautos diuturnamente nas TVs e a cada centímetro
das páginas de suas publicações virtuais ou não, com notícias e mais notícias
trágicas dos acontecimentos. E como em A Revolução dos Bichos, de George
Orwell, as ovelhas repetem e repetem em uni som...
Criou-se uma histeria sem fundamento, ao menos para
muitos técnicos da área médica e econômica. Outros discordam e apresentam seus
argumentos. Tudo normal para uma democracia em época de crise.
Baseado no que tenho ouvido e lido, penso que estão
corretos (ou menos errados) os primeiros, por dois motivos:
A – Entendo tratar-se sim de um simples resfriado
que os números mostram afetar a muitos, mas fatalmente apenas aqueles de idade
avançada e/ou com a saúde debilitada em função de algum outro mal. É um
problema? Claro que é! Mas se analisarmos os números com calma e sem pânico
veremos que o percentual de mortos em relação a população de cada país é um número
irrisório, apesar de humanamente significativo.
A Itália, por exemplo, país mais afetado, tem essa
relação MUITO MENOR que meio por cento. E se abrirmos o leque de opções,
veremos que há outros males que levam a óbito um número maior de pessoas, de
todas as idades e nunca se parou o mundo por conta deles.
As consequências do #víruschinês são preocupantes?
Sim. Devemos tratar com responsabilidade? Claro. Mas temos de considerar que:
B – O mundo, certo ou não, sobrevive em função das
relações econômicas. Pouquíssimos vivem “autosuficientemente” de seus esforços
em um pequeno sítio no interior de um estado qualquer, fumando um baseado. Os outros quase 8
milhões vivem da economia e pará-la é um suicídio. Mas os técnicos renegaram a
matemática e resolveram que só seria possível solucionar o problema isolando
toda a humanidade em suas casas por semanas, quinzenas e até meses seguidos.
Não levaram em consideração aqueles que vivem da informalidade, portanto
precisam de movimento para vender suas balinhas ou seus eletrônicos de origem
duvidosa e seus malabarismos nos sinais de trânsito das cidades. Ou ainda as
empadinhas, pastéis (tem um delicioso no Leblon), cervejas, refrigerantes,
camarões, sucos, mates, sorvetes, biscoitos de polvilho, roupas, cangas, biquínis,
óculos de diversas cores nas praias do mundo onde é permitido.
Junto com os micro, pequenos e médios empresários são milhões de quem outros milhões são dependentes.
Junto com os micro, pequenos e médios empresários são milhões de quem outros milhões são dependentes.
Não podemos esquecer dos da logística que
transporta, distribui e vende os produtos das grandes empresas, principalmente
os de 1ª necessidade como comida, remédios, higiene, limpeza etc. Há toda uma
cadeia de valores composta por fabricação, expedição, transporte, recebimento
distribuição e entrega ao consumidor final. São estruturas, máquinas,
caminhões, galpões, camionetes, motos etc. que não se mexem sem a presença de
pessoas, os famosos trabalhadores.
São pessoas que têm suas necessidades mínimas para
poder fazer seu trabalho em condições de atender as necessidades,
principalmente em período de crise.
E como em um círculo de interdependências se
pararem em algum momento tudo faltará. Além de perderem seus salários, poderão
perder seus empregos, afinal nenhum patrão por maior ou melhor que seja
consegue manter funcionários sem produzir e vender.
O Governo então se pronunciava, desde o início da
pandemia, que se isolasse aqueles que fazem parte dos grupos de risco e os demais
voltassem ao trabalho, lógico que respeitando-se algumas regras, mudando-se
alguns procedimentos tais como: evitar aglomerações, redobrar as ações de
limpeza e higiene etc.
Mas muitos não entenderam dessa forma, acharam um
absurdo, quase fizeram uma revolução e permanecem nessa pendenga sem solução
até a hora em que postei esse texto.
Vislumbrando esse problema, algo deveria ser feito.
E o atual Governo que não fica se escondendo ou desviando de assunto sugeriu
que houvesse uma negociação entre as partes e edita a MP 927 de 22/03/20 que
entre outros diz, grifos meus:
“Art. 2º Durante o estado de calamidade pública a
que se refere o art. 1º, o empregado e o empregador poderão celebrar acordo individual escrito, a fim de garantir a
permanência do vínculo empregatício, que terá preponderância sobre os demais
instrumentos normativos, legais e negociais, respeitados os limites
estabelecidos na Constituição.”
E também, com novos grifos meus:
” Art. 18.
Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o
contrato de trabalho poderá ser suspenso,
pelo prazo de até quatro meses, para
participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional não
presencial oferecido pelo empregador, diretamente ou por meio de entidades
responsáveis pela qualificação, com duração equivalente à suspensão contratual.”
Aí todo mundo pulou. A esquerda, os isentões, a
grande mídia e até alguns ainda fiéis ao Governo pularam nas tamancas.
É PHODA!!!!
Mexeu no bolso neguim perde as estribeiras. Para de
raciocinar, esquece as aulas onde a Tia Marikota nos ensinou a interpretar
textos e sai xingando todo mundo a torto e a direito sem restrições e sem
fundamentos.
Vamos desenhar:
“...PODERÃO CELEBRAR UM ACORDO...”
- ou seja 01 - poderão do verbo ficar a critério
das DUAS partes;
- ou seja 02 - poderão do verbo quem quiser faz
quem não quiser não faz acordo e nesse caso ou o patrão assume os custos ou
manda o funcionário embora, tudo dentro da lei. Tudo normal.
“...PODERÁ SER SUSPENSO...”
- ou seja 03 - poderá do verbo se não houver acordo
não suspende e nesse caso ou o patrão assume os custos ou manda o funcionário
embora, tudo dentro da lei. Tudo normal.
“...PRAZO DE ATÉ QUATRO MESES...”
- ou seja 04 - pode ser um, dois, três ou no máximo
quatro meses, isso se o acordo acontecer e em acontecendo, é porque acertaram a
forma de cumpri-lo (banco de horas, férias, curso ou outro) o que iria gerar a
redução nos vencimentos. Se não, ou o patrão assume os custos ou manda o
funcionário embora, tudo dentro da lei. Tudo normal.
Mas não é esse o objetivo do texto.
Voltemos a matemática.
O que são 4 meses de salário? Se distribuirmos
durante um ano, período teoricamente (precisamos de um critério) suficiente
para que todos os problemas estejam resolvidos e a economia já esteja voltando
ao normal, são no máximo pouco mais de 33% dos ganhos desse período.
É pesado? Claro que é, mas como foi oriundo de um
acordo é porque as duas partes saíram satisfeitas. O patrão por reduzir custos
diretos e indiretos e o trabalhador, essa eterna vítima do sistema, por manter
o seu emprego e mínimas condições de subsistência. Tudo certo, tudo normal.
Mas a chiadeira foi enorme, gritos e panelaços
encheram o saco e mantiveram pessoas sãs, crianças e idosos acordados sem
necessidade. E como sempre, a esquerda se descabelou:
“O pobre trabalhador, mais uma vez pagará para
favorecer a burguesia!”
Quanta vitimização! Quanta hipocrisia! Tô de saco
cheio dessas ditaduras:
- do politicamente correto;
- da vitimização do trabalhador, como se TODOS
fossem santos;
- do achincalhamento do empregador, como se TODOS
fossem os carniceiros da humanidade;
- das vítimas da sociedade, os bandidos;
- da divisão de povo em minorias
- etc.
Lembram-se do Mais Médicos lá no início do texto?
Pois é, eram mais de 70% de descontos dos vencimentos dos pobres médicos
cubanos e ninguém falou porranenhuma! E para piorar nem a família poderia estar
com eles.
É meus caros, ninguém está preocupado com a vida de
ninguém, nem do trabalhador, membros das minorias ou com o povo em geral. Essa
corja está preocupada em fazer de você mais um idiota útil que vai às janelas
zurrar frases de efeito e bater panelas e para tal, oferecem nada mais do que
alimentar seus dois neurônios com insanidades e seu estômago com um sanduiche
de mortadela e sem manteiga.
Eles determinam, não importa o que falam ou fazem o
que importa é quem fala e/ou quem faz. Fato!
E você obedece direitinho como as ovelhas do livro.
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