sábado, 31 de dezembro de 2011

ESSE SERÁ O ÚLTIMO TEXTO!




Pois é meus queridos 19 leitores esse será o último post que farei. Foram meses quando nesse humilde espaço teci muito mal traçadas linhas.

Vocês foram pacientes, foram generosos nos poucos comentários que fizeram. Muito generosos! Foram comentários positivos, elogiosos e nenhum (acho) foi crítico.

Com isso, meu lado cartesiano fica encucado, se junta com o ego (claro que existe um aqui dentro) e os dois começam a inventar história.

Hoje, verifiquei que este humilde espaço recebeu seu “octamilésimo” acesso.

Diante disto o Cartesiano, com o apoio de sua mais fiel companheira, a Matemática, iniciou seus cálculos:

• 8.000 acessos;

• 500 aproximadamente, deve ter sido o número de vezes que acessei para postar, reler algum texto ou copiar alguma informação;

• 106 é o número de textos escritos;

• 21 são os meses = 630 dias.

Então temos:

• 8.000 – 500 = 7.500 acessos;

• 7.500 / 630 = 11,90 ou 12 acessos por dia;

• São 63% de meus leitores acessando diariamente esse bloguinho sem vergonha.

Considerando que, como bem diz o meu perfil aí ao lado:

“Arquiteto, ex fumante, ex empresário, ex marido. Rubro-Negro, pai de dois filhos e dono de um cachorro. Não é nem foi político. Não foi militante estudantil nem preso político, militar ou artista de televisão”

Ou seja, um cidadão comum como você, esses são números que não devem ser descartados.

Diante dessas informações o ego inchou-se de tal forma que tive de manda-lo passear e só voltar o ano que vem.

Mas antes de sair ele deixou bem claro que não vai permitir que eu pare de escrever. Posso garantir que ele me deixou bastante impressionado com a sua determinação.

Sendo assim, meus escassos, mas frequentes leitores, só me resta agradecer a fidelidade e informar que vou continuar por aqui enchendo a paciência de vocês por pelo menos mais um ano.

Mas deixa isso prá lá, até porque, não era sobre isso que queria falar.

Estou a alguns dias pensando no que escrever para encerrar o ano e não vem nada que me agrade. Mesmo agora, estou aqui mais uma vez enrolando para ver se sai alguma coisa aproveitável.

Como toda pessoa que se propõe a escrever meu desejo é que o texto seja sempre diferente, mesmo que o assunto não seja novidade e nesse caso, que seja uma abordagem distinta e que faça com que o leitor reaja. Não importa se positiva ou negativamente.

Poderia fazer um levantamento dos acontecimentos de 2011. Com certeza seria uma maçante reunião de agradecimentos pelos bons momentos vividos, pelos amigos que mantive, os novos que conquistei e os antigos que revi e revivi. Pelos filhos que tenho, a viagem de moto que fiz e os resultados profissionais que obtive.

Os acontecimentos desagradáveis deixaria de lado e deles tiraria apenas a vontade de não repetí-los no futuro.

Se eu fosse escrever uma retrospectiva, não poderia deixar de falar nas alegrias que meu querido Mais Querido proporcionou a Nação.

Os pobres de espírito, reles membros da Arco-Íris mal vestida e invejosa, podem dizer que não e até certo ponto eu concordo que esse ano não foi dos melhores. Não foi um ano digno da História do Rubro-Negro, mas houve alegrias e foram significativas:

• Iniciamos 2011 conquistando nosso segundo título da Copa São Paulo de Juniores;

• Conquistamos de forma invicta e incontestável nosso 31º título Carioca o que consolidou ainda mais nossa hegemonia estadual;

• Mantivemo-nos no topo da cadeia “alimentar” ao não sofrer derrota para nossos pseudos rivais regionais em todas as competições em que nos enfrentamos.

• Sem muito esforço nos mantivemos entre os quatro melhores times do país.

• Etc.

Mas esse tipo de retrospectiva é algo que já deu o que tinha que dar e com certeza já não agrada a mais ninguém a não ser aos clientes há muito hipnotizados pelas diversas emissoras de televisão.

Poderia então fazer o contrário e em vez de falar do passado escreveria sobre as resoluções tomadas para o ano que está chegando. Mas eu resolvi que dessa vez não iria fazer nada disso. Resolvi que em 2012 vou deixar a vida me levar tal qual fez com Ronaldinho Gaucho e Zeca Pagodinho. Eles deitaram na sombra durante o dia e a noite rolaram pelas baladas Brasil à dentro e estão aí muito bem de vida obrigado.

Será que vai dar certo?

Para o futuro eu só tenho duas certezas.

A primeira é que está claro como cristal que há no ar uma nuvem pesadíssima, em forma de campanha e um processo “apológico” composto de: seriados; novelas; filmes; cartilhas “Educativas”; o crescimento irrisório, porém notado do Florminense Football Club no cenário esportivo; etc. que estão fazendo para que os pouco remanescentes mudem sua opção sexual.

A segunda é que mesmo com essa campanha toda não há possibilidade de eu entrar nesse barco.

Registre-se e que fique bem claro que não tenho nada contra quem faz opção diferente da minha, estão dispondo do que lhes pertence e ninguém tem nada com isso, muito menos eu.

Apenas permanecerei fiel as minhas características de família onde fui criado. Família esta naturalmente composta de Pai, Mãe e Filhos.

Mas então sobre o que escrever?

Pensando bem, não preciso escrever muito, vou deixar que cada um de vocês pense como desejar. No passado, no presente ou no futuro, não importa, fiquem livres para decidir sem dogmas, pressões ou dívidas. Sigam em frente.

Temos um ano saindo do forno quentinho e fresquinho tal qual um pão de sal tenro e crocante a espera do recheio.

Recheio este que pode ser uma simples manteiga sem sal, algumas gramas de mortadela, de presunto, queijo ou salame; outros frios mais sofisticados; salada ou molhos diversos.

A mistura disso tudo?

Qual deles ou quais deles serão quem vai decidir é você no decorrer dos dias.

A cada realização, a cada queixa; a cada conquista ou decepção; a cada abraço ou beijo, ganho ou dado; a cada gargalhada, sorriso ou lágrima de felicidade ou tristeza; a cada dúvida ou certeza; a cada batalha vencida ou perdida; a cada passo dado na direção de sua escolha; ou não.

E eu fico aqui, fazendo o mesmo, desejando que o recheio de seu pão de sal seja bem combinado. Não precisa ser entulhado de coisas, mas sim que seja equilibrado, na medida certa, com poucos exageros para que ao ficar pronto seu sanduiche tenha gosto agradável ao seu paladar e assim tenha vontade de repetir.


Ah! Não se esqueça de deixar seu pão de sal sempre quentinho.

F E L I Z A N O N O V O !

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O RESTO, É CONSEQUÊNCIA


Pois é pessoal, estamos em época de festas; Natal, “Fim de Ano” e consequentemente “Ano Novo”. Muitos estão felizes, as pessoas compram presentes para seus entes e amigos queridos, o stress do dia a dia diminui, o ritmo de trabalho também. As lojas e shoppings ficam cheios e criam promoções para incentivar o consumo. As ruas ficam mais alegres e bonitas com as luzes que compõem a decoração. As crianças estando de férias faz com que o trânsito melhore. Os turistas são vistos em quase todos os cantos, os hotéis ficam repletos, assim como bares, restaurantes e praias (nas cidades que as têm); os pontos turísticos são mais visitados, etc.





Os taxistas e motoristas de vãs fazem a festa assim como os cambistas, punguistas e demais elementos do submundo imundo de nossa sociedade.

É uma metamorfose na vida das cidades que faz com que as pessoas, mesmo as mais insensíveis, pensem ao menos uma vez de forma diferente esse momento mágico.

Os diversos canais de televisão multiplicam os anúncios temáticos com as simpáticas, mas cansativas músicas natalinas.

Papais Noéis de todos os tipos, tamanhos e cores vestem vermelho, preto com detalhes em branco para alegrar e “presentear” as crianças de todas as cores e idades.

São rituais religiosos ou não que mostram a importância desta época. Desde o simbolismo do (quase esquecido) nascimento do Menino Jesus até as festas fartas de comida e guloseimas, regadas a bebidas diversas e fogos de artifício. Não importa o nível socioeconômico, as festas estarão por todas as partes com raras exceções assim como as pessoas vestidas de branco no Réveillon.

Se a casa tem crianças os pais providenciam uma falsa visita do Papai Noel. São biscoitos comidos pela metade, copos de leite bebidos idem, o gorro vermelho com barra e pompom na cor branco “esquecido” próximo a janela ou varanda, etc. Assim as crianças vibram e renovam anualmente sua crença em tal entidade.

E essa crença faz sobreviver um dos ritos mais tradicionais. Dá se em tenra idade quando ainda acreditamos em Papai Noel. São as tradicionais cartas endereçadas ao Bom Velhinho pedindo presentes em troca de um bom comportamento durante todo ano (como se isso fosse possível).

Comigo não é diferente, mesmo sendo um capricorniano com tendências cartesianas bastante claras, também comungo com as emoções dessa época festiva; principalmente na hora em que recebo presentes, claro.

Mas também me emociono com as injustiças que se escondem por traz dessa aura de bondade e solidariedade que assola as cidades.

Injustiças tais como a distribuição de presentes e/ou cestas básicas as crianças menos favorecidas e seus inúmeros familiares. Mais uma medida paternalista atacando a consequência e não a causa.

E fica a pergunta:

“E nos outros 364 dias do ano? Como ficam essas pessoas?”

“Ah! Eles têm as ONGs e os “Bolsas” da vida.”

“É um tal de Bolsa Família pra cá, Bolsa Escola pra lá e assim eles vão levando a vida.”

Assim meus amigos é mole!

Esse ano, renovado na emoção que essa época faz brotar nos milhões de corações e consciências ávidas por ficar em paz e poder virar tranquilas o ano, resolvi fazer uma coisa que não faço há muitos anos. Não foram muitas as vezes em que fiz isso, mas ainda me lembro de alguns detalhes necessários a se obter um resultado satisfatório.

Provavelmente alguns de vocês vão achar graça, outros vão dar aquela tradicional sacaneada e a minoria entenderá o objetivo deste ato.

Para falar a verdade, eu ainda não sei qual é o objetivo e vocês sabem, não é a primeira vez que isso acontece, então, vou escrevendo aqui, você vai lendo aí e qualquer coisa comenta lá no final, ok? É só clicar em “n Comentários” embaixo de cada post.

Trata-se de escrever a minha carta para o Papai Noel. Ia escrever cartinha para manter o clima, mas achei coisa de boiola.

As coisas não são tão simples assim como eram quando ainda crianças. Nessa época, não havia dificuldade em enviar a missiva, era só escrever no envelope “Para Papai Noel, Polo Norte” e entregar para nossos pais que eles se encarregavam do resto. E funcionava, pois na manhã seguinte a noite de Natal os presentes sempre estavam todos lá embaixo da árvore me esperando.

Agora, um pouco menos novo, não faço a menor ideia de para onde enviar a minha carta.

Essa história de Polo Norte não me engana mais. Lá é muito grande e bastante frio, portanto, acho impossível alguém conseguir viver em ambiente tão inóspito, mesmo sendo o Papai Noel. Se fosse verdade, achá-lo a tempo de ele providenciar o que desejo seria praticamente impossível, até porque é praticamente desabitado. Onde o carteiro ia encontrar alguém para perguntar onde fica a casa de Papai Noel?

Pela internet seria o ideal, mas já tentei várias maneiras de encontrá-lo sem sucesso: No Twitter, não encontrei nenhum @PapaiNoel, @Papai.Noel ou @Papai_Noel. Enviei mensagens para papai-noel@gmail.com, papai.noel@yahoo.com, papainoel@polo.norte.com, papai-noel@hotmail.com, e demais variações ortográficas do nome Papai Noel e nada. No Facebook, obtive o mesmo resultado, nada.

Procurei até no Orkut.

Sem opção, resolvi utilizar o blog. Sei que se não o encontrei nas redes sociais, não é aqui, nesse humilde bloguinho sem vergonha que ele estará. Foi apenas na esperança de que um de meus 19 leitores o conheça ou saiba como encontra-lo e repasse minha carta.

Pronto, agora posso me dedicar ao objetivo principal deste post.

Querido Papai No...

Ops! Assim não né cara! Tu não é mais criança e começando assim vai manchar a sua reputação. Pô!

Caro Papai Noel,

Esse ano, apesar das dificuldades e tentações, até que me comportei direitinho. Tenho plena consciência de que não fui o exemplo a ser seguido, mas diante do comportamento de muitos dos meus semelhantes meus atos esse ano podem ser considerados próximos aos de um Santo. Hehehe!

Claro que estou exagerando, seria muita pretensão, afinal não fiz nada muito diferente do que muitos fizeram, mas nada igual ao que a maioria fez.

Por favor, Esqueça aquela avançada de sinal vermelho na segunda quinzena de março, ou o não pagamento do pedágio quando em férias me dirigia para Santos. Também não considere aquele caso no primeiro bimestre do ano, não sabia que ela era casada. Releve outras “coisitas” mais. São tão insignificantes que até já as esqueci. Hehehe!

Procure levar em conta as coisas boas que fiz:

Respeitei os mais velhos.

Não menti. Tá! Tá bom! Omiti algumas coisinhas sim, mas fique tranquilo que foram irrelevantes. Diante do que vemos todos os dias nos jornais e revistas então, nem se fala!

Não roubei. Isso seria impossível.

Sempre tratei bem aos animais. É claro que dei umas sacaneadas nos dois gatos de minha irmã, mas foi tudo brincadeira. Andei dando uns bons tapas em @Boris Staford, mas o cara cisma em ficar lambendo o chão quando sente que é xixi de fêmea. Mó porcaria!

Ah! Também andei matando umas baratas, moscas e pernilongos, mas aí, dado a asquerosidades de tais insetos, isso não deve ser muito grave.

Pisar na grama pode né?

Fui bem paciente com meus filhos, mas sem perder a autoridade. Olha que isso é muito difícil. Essa fase de aborrecente é irritante.

Profissionalmente, não tenho dúvidas que meu rendimento resultou em um ano bastante positivo.

Com meus poucos amigos fui correto, leal e sempre que pude estive junto nos momentos ruins. E reconheço a recíproca.

Assumo, sacaneei muito os que são membros da torcida Arco-Íris principalmente quando fomos Campeões Carioca. Eles mereceram, sempre merecem. Hehehe!

Não esqueci meu pai, apesar de falecido, nem da Marinha, idem.

Com minha mãe e irmã tive os atritos de praxe assim como bons momentos em família.

Revi meus conceitos com relação a mãe de meus filhos e confesso, foi um alívio.

Também revi meus hábitos alimentares e emagreci. Mas um churrasquinho ou feijoada de vez em quando eu não deixei de degustar.

Não joguei lixo no chão.

Catei todos os cocos do @Boris Staford, mesmo aqueles mais difíceis. Sabe aqueles bem molengas e cheirosos, pois é, aqueles mesmo.

Nos raros momentos em que estive de carro não tranquei os cruzamentos. Não fui muito paciente, é verdade, mas neguinho é muito abusado no trânsito. Você não passa por isso porque fica passeando no céu, de trenó puxado pelos viadinhos.


Não abusei de faxineiras, porteiros, ajudantes de porteiro, vigias, frentistas, copeiras (que servem café e água nas diversas reuniões que participei), atendentes, secretárias, recepcionistas, seguranças, vendedores, garçons e demais que me serviram durante esse ano. A todos eles eu agradeci educadamente sempre que atendido.

Aqueles cujos vencimentos são de minha responsabilidade, foram regiamente pagos com todos os benefícios a que têm direito; ao contrário de você não é Sr. Noel que mantem dezenas de duendes e anões trabalhando, sabe-se lá sob que condições, diuturnamente durante os 365 dias do ano.

Não fiz gastos exorbitantes, só comprei um presentinho nada barato, no início do ano. Mas cá entre nós, eu bem que mereci.

E você não me deu nada de Natal no ano passado! Lembra?

E não é que escrevendo esses meus atos reparei que se você considerar o comportamento de muitos por aí, verá que eu mereço um tremendo presente.

Bem mais do que as mansões que os corruptos têm adquirido, bem mais do que as viagens que os políticos têm feito, bem mais do que os carrões que os corruptores têm em suas garagens, bem mais do que os jatinhos ou helicópteros que os donos de empreiteiras têm nos diversos aeroportos do país, bem mais do que as contas em paraísos fiscais espalhados pelo mundo, bem mais do que as regalias que os empresários esportivos têm conquistado, etc.

Mas não se preocupe, o que vou pedir não é tão complicado assim, até porque, não vou pedir nada que não esteja ao alcance de você Papai Noel.
Será uma coisa muito simples que qualquer mortal é capaz de atender.

Não! Pelo amor que o senhor tem pela mamãe Noel! Eu não quero o CD dos sambas enredo desse ano.

O que desejo é que você como Papai Noel, que está presente no coração de todos nós sendo brasileiros e brasileiras, ou não; deposite um pouco de civilidade nesses corações.

O resto, é consequência.


PS.: Se der para dar uma ajudazinha para o Mengão ser Bi-Campeão Mundial seria ótimo.
Desde já agradeço,

Atenciosamente,

@Papo_de_Cozinha

E para vocês meus fiéis leitores,





FELIZ NATALl!!


domingo, 11 de dezembro de 2011

FINITUDE, O QUE MAIS QUEREMOS?



A discussão iniciou por causa das SUVs.

Foi com uma pessoa muito querida cuja opinião sobre esse assunto não se alinha com a minha. Normal. Ainda bem que é assim se todos concordassem em tudo viver não teria a menor graça.

Segue parte dos diálogos.

“Nao entendo qual o seu problema com as SUVs??? Tá ficando chato.”

“Não fique chateada comigo. Eu não tenho problemas com elas, elas já o são por si só. Até já tive uma e sei o quanto é bom dirigí-las. Dá uma sensação de poder incrível, fora o conforto. Mas acho que poderíamos guardá-las para viagens ou afins. Comparo como ter uma moto grande. Para o dia dia não é legal, mas para viajar é maravilhoso. Apenas uma questão de opinião. Quanto a ficar chato, chato é ficar no trânsito engarrafado, mesmo de moto (pequena), por conta de carros e outros veículos que ocupam muito espaço e carregando apenas uma pessoa. Beijo“

Como escrevi em minha resposta trata-se de uma opinião e exatamente por isso, é passível de discordância e erros.

Ela baseia-se no que vejo, leio e raciocino tendo como ferramentas o que aprendi durante o período compreendido entre 10 de janeiro de 1961 e a presente data.

Entenda-se presente data e hora em que você está lendo esse texto e não a que ele foi publicado.

Assim como eu, você teve sua trajetória de vida e aprendizado distribuídos em um determinado espaço de tempo, provavelmente utilizado de forma diferente, quando lhe foram apresentadas ferramentas das quais escolheu as suas.


Em casa meus pais me ensinaram a ser educado, respeitar as pessoas e seus bens. Mais ainda aos mais velhos. Ensinaram também a dispor apenas daquilo que fosse produto de minhas conquistas e de maneira correta e digna.

Na escola a História me ensinou que a humanidade pode ser grande com suas descobertas, pesquisas, invenções, etc. assim como pode ser desprezível na utilização desses e/ou com suas guerras, conchavos, egoísmo, ego, cinismo, ganância, etc.

A Geografia, entre outras coisas, me mostrou que nosso planeta faz parte de um sistema solar, é composto de elementos químicos e que sua superfície possui diferentes texturas. Não vamos esquecer das condições climáticas e suas conseqüências.

A Matemática me ensinou, aos trancos e barrancos, a utilizar números em operações diversas e a tratar dados estatisticamente de forma a obter informações de grande valor.

A Biologia me ajudou a entender os seres vivos, seus desejos, necessidades, ações e o mais importante, que é de nosso planeta que advêm os recursos para seu sustento.

A Física me explicou muitas coisas interessantes, dentre elas, duas das mais importantes: Toda ação corresponde a uma reação contrária de mesma intensidade e que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.

A Química, bom, a Química não me ensinou muita coisa porque eu sempre detestei essa senhora. Mas hoje sei que ela é importantíssima.

A Religião me ensinou a tratar o próximo como a mim mesmo, mesmo que o próximo não esteja tão próximo assim. Ensinou também que todos somos iguais (eu diria semelhantes) perante o ser supremo independente de qual seja ela.

Com o passar dos tempos esses conhecimentos foram aprimorados e/ou acrescidos de outros de igual ou maior importância.

Foi sob essas diretrizes que construí minha história. E como não poderia deixar de ser acertei muito, mas também errei bastante e conforme fui afinando meus conceitos ou adquirindo mais conhecimento pude perceber alguns desses erros.

Sou muito feliz, pois a vida sempre me da a chance de consertar a maioria deles. Àqueles que não tive a oportunidade, ficaram por aí, mas também me ensinaram alguma coisa.

Outro dia estava ouvindo alguns acontecimentos e lendo outros, quando percebi que, se não está na hora, ela está bem próxima.

Não se trata de alarmismo, xiitismo ou qualquer coisa parecida, mas os recentes acontecimentos, a forma como estão sendo interpretados e tratados me fizeram ver que a hora de ceder já chegou. Se não, vejamos:


OS ACONTECIMENTOS – Faz tempo que não vemos na natureza tantos problemas juntos. São freqüentes chuvas torrenciais, tsunamis, terremotos, vulcões há muito inativos explodindo, etc., Sei que tragédias aconteceram distribuídas pelos séculos, mas não dessa forma.

Na saúde temos várias frentes de batalhas como a AIDS, o Câncer, a Dengue, obesidade, fumo, etc.. Outras já existiram, mas nunca foram tantas ao mesmo tempo.

O comportamento humano, no geral, tem sido a demonstração de um retrocesso nunca antes visto. São guerras, tentativas de subjugar semelhantes, preconceitos, inversão de valores, etc. onde o respeito pelo ser dito inteligente e ele próprio têm cada vez menos importância.

As pessoas se maltratam, se agridem, se tornam indiferentes e se matam sem nenhum motivo plausível. Os pretextos são torpes, futebol, trânsito, religião, opção sexual, raça, política, interesses econômicos, uma nota baixa na prova e muito mais.

Os outrora conceituadíssimos e respeitadíssimos professores são tratados como mercadoria podre de fim de feira.

A polícia que deveria nos proteger nos acharca mesmo quando estamos corretos em nosso exercício de ir e vir.

E por aí vai. Os que se dizem profissionais ou não agem como hienas famintas como se não houvesse carniça suficiente para todos (exemplos em ordem alfabética):

Advogados que se utilizam das leis em benefício próprio ou de seus clientes inescrupulosos mesmo sabendo que a verdade do caso pede outro tratamento cujo resultado lógico seria no mínimo a cadeia sem regalias;

Arquitetos que já ganham 10% por indicar certos produtos ainda superfaturam as respectivas notas em conchavos com os vendedores das lojas de materiais e de decoração;

Comerciantes que tentam ludibriar os consumidores vendendo produtos com defeito ou piratas e que na hora de cobrar não emitem nota fiscal sonegando imposto e aumentando o lucro;

Desempregados e/ou menos favorecidos economicamente que produzem e/ou comercializam produtos piratas a céu aberto sob os olhos corruptos da Lei.

Donos de bares e/ou, lanchonetes e/ou restaurantes que utilizam insumos vencidos ou de baixa qualidade em seus produtos;

Eleitores que se vendem por uma dentadura, par de sapatos, lanche, cargo ou sei lá mais o que.

Engenheiros que utilizam materiais de qualidade duvidosa em suas obras, principalmente as públicas, ou participam de cartéis em concorrências diversas;

Médicos que não comparecem a seus plantões e ainda passam a mão em produtos hospitalares sob a desculpa de “Salário Indireto” a fim de fazer frente a remuneração dita ridícula proveniente de um concurso que conheciam as regras e eles mesmos escolheram.

Motoristas de ônibus e/ou caminhões que infernizam o trânsito ao desrespeitar as leis em suas manobras arriscadas e egoístas.

Mecânicos que ludibriam seus clientes ao trocar peças sem necessidade e/ou colocando outras já danificadas ou por ficar.

Políticos ... Ora o que dizer dessa corja que já não sabemos. Só o que não sabemos, e acho que nunca saberemos, é o tamanho do rombo, mas que ele existe, existe e é enorme.


Quantos de vocês já não foram ludibriados por Empregadas Domésticas, Acompanhantes de idosos ou doentes, Babás, Porteiros, Peões de Obra, Enfermeiras(os), Garçons e outros representantes de nossa classe operária?

Taxistas que se juntam em cooperativas fantasmas ou não e agem como quadrilhas nos diversos pontos da cidade;

Técnicos de informática que inventam problemas a fim de vender serviço e/ou peça.

E muitos outros.

O que dizer dessa cena aí embaixo? Tirada essa manhã (sábado - 11/12/11) às 07:00 h, a foto mostra o resultado de uma provável pelada de fim de ano de alguma empresa ou colegas de profissão. Uma vergonha que nos dias de hoje não poderia mais se ver.


Como se vê, todo o segmento de nossa sociedade está envolvido em pelo menos uma falcatrua. Não são os ricos apenas ou os empresários, ou os políticos, são muitos dos membros de todas as classes, cor, credo, etc.

São muitos e todos iguais. Fazem parte da mesma corja. A diferença é o volume do engodo e este é diretamente proporcional ao poder que cada um desses safados tem nesta sociedade.

E o mais interessante é que eles são interdependentes, ou seja, SACANEIAM-SE. Eles se acham espertos, mas na realidade são mesmo umas bestas quadradas. Hehehe!!!

Estão todos na fila medindo o rabo daqueles que estão a sua frente e não perdem um segundo apenas para ver o tamanho do próprio rabo. Estão na fila aguardando a sua vez de se dar bem.

Muitos (pensam que) já estão se dando bem mesmo sem ainda terem chegado ao início da fila. Fazem isso sob a desculpa:

“Se os que estão lá na frente roubam sem serem presos porque não posso fazer o mesmo aqui no meio?”

E o problema não é de hoje, nem de alguns poucos anos atrás. Há muito ouvimos pessoas importantes ou não se referindo a ele de formas distinta. São frases, citações, piadas, músicas, etc. que muito bem ilustram essa situação (nossa História?).

Certa vez Ruy Barbosa disse:

“De tanto ver triunfar as nulidades;
de tanto ver prosperar a desonra;
de tanto ver crescer a injustiça;
de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus;
o homem chega a rir-se da honra;
a desanimar-se da justiça e a ter vergonha de ser honesto!”

O cara nasceu em 1849, escreveu essas palavras e morreu em março de 1923, com 73 anos, e até agora, mais de 85 anos depois não resolvemos a questão.

Estamos no século XXI e ainda desejamos avidamente que uma Lei da Ficha Limpa seja aprovada. Como se ter ficha limpa fosse uma exceção. E o pior é que está se tornando. Mais uma nessa imensa onda de inversão de valores que assola o país e o mundo.

E as pessoas acham isso normal, já estão anestesiadas pela História.

Elas mostram-se politicamente corretas ao assinar listas solicitando repressão às ações dos homens ditos maus, ou ao contribuírem com os “Crianças Esperanças” da vida e se satisfazem achando que com apenas isso estão cumprindo com o seu dever cívico.

Enquanto no seu dia a dia sujam as ruas com seus cigarros, etc.; fecham os cruzamentos; desrespeitam filas diversas; discriminam raça, cor ou religião; se agridem e até se matam por conta de futebol; superfaturam contratos; abusam da autoridade de ser patrão, diretor, síndico, etc.; utilizam veículos gigantes e beberrões para transportar apenas uma pessoa por percursos mínimos; desrespeitam e contestam a autoridade dos professores e mais velhos; ultrapassam pelo acostamento; não cedem lugar aos deficientes, idosos e grávidas; humilham pessoas socioeconomicamente inferiores; fazem filhos como coelhos; promovem eventos dispendiosos onde o desperdício impera sem remorsos, etc.

E assim mascaras caem mostrando que não são nada diferentes dos chamados homens maus.

Esquecem que essas e outras ações demandam recursos animais, minerais e vegetais em um ciclo de dependência originado na capacidade de nosso planeta prover.

Esquecem que essas ações trazem como conseqüência emissões diversas em um ciclo de dependência terminado na capacidade de nosso planeta digerir

Não é só isso. Há que se considerar outras ações chamadas populistas de nossos governos. São os novos incentivos para que os economicamente menos favorecidos possam adquirir carros (como se os que já temos nas ruas e estradas já não fossem bastante) e/ou eletrodomésticos da chamada linha branca (o que fazer com os velhos?).

Isso vale para os mais favorecidos também.

Sim meus caros, a Biologia, a Física e a Química me ensinaram, e devem ter feito o mesmo com vocês, que os recursos de nosso planeta são finitos assim como a capacidade de ele absorver nossas cagadas.

Portanto, está sim na hora de começarmos a pensar realmente sério e iniciar um processo de tratamento das causas e não das conseqüências, como estamos fazendo há anos sem o sucesso esperado. Está na hora de começarmos a ceder e colocar nossas regalias em segundo plano.

Não estou falando de divisão de renda ou posses, essas coisas ridículas pronunciadas por interesses da Esquerda Festiva; isso cada um tem os seus e deve mantê-los, desde que provenientes de seu trabalho. E o mais importante, devem ser proporcionais a ele.

Estou falando de consciência, civilidade. Estou falando de INTELIGÊNCIA PORRA!

Temos que usar essa merda que tem dentro de nossas cabeças e considerar que:

- Nós não estamos sozinhos nas ruas, nas cidades, países ou mundo;

- Somos interdependentes;

- Os recursos de nosso planeta são finitos;

- A capacidade de ele digerir o nosso lixo também;

- Toda ação corresponde a uma reação contrária de mesma intensidade.

- Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.

Pois como já disse um grande poeta:

“Nem o tudo que se tem, não representa nada.”

“O puro conteúdo é a consideração.”

(Luiz Melodia)

Isso não vale só para nós Tupiniquins, o mundo está em crise e faz tempo.

Poucos países, aqueles que são realmente sérios como a Finlândia, Suécia e outros meia dúzia, é que resistem bravamente.

Ultimamente temos ouvido satisfeitos e orgulhosos que nosso país não está em crise, que o Brasil não mais se curva aos altos e baixos da economia mundial. Sim, é possível, mas estamos em crise sim. Nossa crise existe e é séria, muito séria. Nossa crise é moral (imoral?). Há décadas somos uma das piadas do planeta e não nos indignamos com isso.

Um bom exemplo é o texto que recebi outro dia pela net. Desculpem a grosseria, mas resume muito bem nossa situação:


“Passeata do Orgulho Gay = 1.000.000 de pessoas


Passeata Contra a Corrupção = 2.500 pessoas”


“Tem mais gente lutando pelo direito de dar o rabo do que para não ser enrabado.”



E aproveitando a baixaria, mais um resumo:



Muitos acham graça afinal, nosso futebol é o melhor do mundo (será que ainda é?) assim como nosso carnaval também o é.

O que mais queremos?