sábado, 19 de novembro de 2011

A NOVA RAÇA


Sem que se perceba, há tempos está surgindo uma nova “tribo”.

São os que se dizem econômica, política e socialmente corretos.

Os antropólogos deveriam estar atentos.

Com seus atos, e forma de pensar já se tornaram dignos de estudo para teses de MBAs, Mestrado, Doutorados e até Pós-Doutorados.

Não possuem hábitos específicos como cortes de cabelo, maquiagem, acessórios ou roupas. Andam disfarçados entre as diversas tribos já existentes como ratos infiltrados a fim de minar àquele nicho da sociedade.

Se dizem preocupados com o bem estar das pessoas e do mundo.

Dependendo do nível de poder ou influência entre os seus, seja socialmente ou profissionalmente, defendem ou criam regras e procedimentos, na maioria impeditivos ao desenvolvimento da humanidade. Os demais, menos influentes concordam e insuflam como se fossem zumbis.

Claro que como de outras tribos, desta consegue-se extrair coisas e atitudes interessantes, algumas até com muito sentido e razão de ser.

Aos poucos seus atos e discurso vão criando uma onda de proporções que podem se tornar absurdas trazendo como conseqüência justamente o que eles tanto temem; o fim do mundo.

São vídeos, textos e declarações feitas nos diversos meios de comunicação e redes sociais que os mais animadinhos multiplicam sem ao menos gastar um mínimo de tempo raciocinando sobre.

São como marionetes manipuladas pela mídia vendida aos poderosos que todos os dias batem a sua porta em forma de jornais e revistas ou entram, já como membros da família, para o almoço, lanche ou jantar, antes ou depois deles através dos milhares de televisores e computadores existentes.

Criam fóruns e mais fóruns onde enormes e dispendiosas comitivas discursam sobre alternativas para diminuir a poluição, desmatamentos, emissão de resíduos, etc. Ou ainda medidas alternativas a fim de diminuir as distâncias sociais.

Gastam fortunas nesses e outros eventos de resultados duvidosos e quase nada de efetivo se aproveita.

Seu fanatismo misturado com a necessidade de se pronunciar e ego resultam em idéias estapafúrdias e incoerentes que são retransmitidas e/ou compartilhadas de tal forma que acabam virando verdades absolutas.

Em uma ação de marketing de qualidade duvidosa Chega-se a se tirar o “sutiein“ diante das câmeras a fim de obter a visibilidade desejada.

E como conseqüência, surgem indústrias com as quais muitos e verdadeiros vilões se beneficiam.

Falam de combustíveis alternativos, oriundos de vegetais como se o mundo já não se ressentisse deles para alimentar seus moradores e criações (rebanhos diversos) cujos milhões ainda morrem de fome, todos os anos.

Esquecem que outros bilhões nascerão já condenados a fome sem perspectiva de melhora desse cenário de caos gerado pela ganância e irresponsabilidade de poucos.

Falam do uso da energia elétrica como alternativa ao mesmo tempo em que discursam contra a criação de novas hidrelétricas.


Pronunciam-se como se o crescimento industrial e econômico do planeta com desenvolvimento sustentável se sustentasse com o que já temos acrescendo-se apenas os painéis fotovoltaicos (energia solar) e enormes ventiladores (energia eólica) mundo a fora.

Enquanto isso, os poucos beneficiados e verdadeiros vilões se refestelam em seus banquetes, viagens e demais “necessários” ao seu bem estar, gerando enorme desperdício em forma de restos não consumidos, dejetos provenientes de seu consumo ou espaço utilizado com seus veículos e mansões.

Por exemplo: Em São Paulo o trânsito tornou-se um problema tão grande que criaram o Rodízio. E o que fazem os paulistanos? Em uma atitude egoísta e burra, compram mais um ou dois carros para não serem afetados pelo sistema.

Os membros da nova tribo aplaudem e se derretem como frangas a cada medida populista divulgada pelos governos tais como facilitar o crédito para que classes ditas economicamente inferiores possam ter o direito a compra de carros. Como se os que já temos nas ruas e estradas já não fossem muitos.

A mais recente fala é que apenas pagar os impostos não é mais o suficiente.

Bostejam em nossas caras que precisamos fazer a nossa parte e mostram imagens de crianças ou adultos mal nutridos, consumindo drogas e outros horrores. Depois falam que a nossa contribuição vai mudar a vida dessas pessoas como nas imagens seguintes em que aparecem crianças ou adultos estudando, lendo, trabalhando, praticando esportes, etc. São sorrisos e mais sorrisos invadindo a cabeça dos mais fracos que não demoram a fazer a sua parte em uma bi-tributação consentida.

Criam ONGs, Associações, Irmandades, ações filantrópicas compostas de voluntários de boa vontade. Atitudes louváveis de alguma relevância, mas de pouca efetividade.

São medidas paliativas que atacam as conseqüências enquanto as causas são relevadas a segundo plano.

Não que seja contra esse tipo de ação, ao contrário, mas acho que muita dessa energia se fosse direcionada na causa e não na conseqüência traria melhores resultados.

Vota-se nos menos ruins como solução de um problema que permanecerá insolúvel se dessa forma continuar a ser tratado.

Anuncia-se aos quatro ventos as invasões de comunidades para que os bandidos tenham tempo de proceder sua transferência para outras pastagens sem serem incomodados.

Depois, em mais uma medida populista legalizam construções irregulares, contribuindo ainda mais com o enorme risco já existente, distribuindo títulos de posse de áreas valorizadas enquanto o incauto contribuinte é regiamente fiscalizado por suas compras e obras.

Onde fica o CREA e o Setor de Edificações da Prefeitura que não reprimem lá em cima como fazem aqui em baixo?

Concordo que os direitos têm que ser iguais, mas os deveres também.

Que se criem medidas de crédito facilitado, com juros baixíssimos ou até sem eles para a compra da casa própria, mas que se pague por ela. Que se pague pela luz, gás, telefone e televisão à cabo consumidos. Nem que com tarifas reduzidas.

Prende-se ladrões de poucas latas de óleo ou animais silvestres enquanto os ladrões de bilhões continuam livres leves e soltos se reelegendo com o seu voto.

Enquanto isso, não se discute sobre a necessidade de resolver problemas importantes tais como:


- Corrupção;


- Regularização de drogas leves;


- Gasto indevido dos impostos arrecadados;


- Obras superfaturadas;


- Taxa de natalidade e métodos anticoncepcionais,


- Violência;

- Etc.

As reais causas de todos os problemas.

Não, meus caros escassos leitores, não pensem que sou um Xiita esquerdista ou direitista, de centro ou periferia. Sou humano como vocês, talvez um pouco diferente como poucos, e possuo meus defeitos. Mas procuro estar ligado para que esses defeitos contribuam o menos possível com essa sacanagem toda.

Eu gosto de conforto, de dirigir carros e motos e tenho os dois. Gosto de comer bem e beber um bom vinho ou bom whisky, gosto de ter um “smartphone” de última geração e um “notebook”.

Agora mesmo estou bebendo um 12 anos legítimo.

Mas tudo foi conquistado com o meu trabalho. Árduo trabalho!

Também acho que as pessoas têm o direito a conquistar os seus desejos e sonhos, mas desde que à custa de seu trabalho e não do meu.

SENDO ASSIM, QUE FIQUE CLARO QUE OS IMPOSTOS QUE PAGO, E NÃO SÃO POUCOS, SÃO SIM SUFICIENTES PARA SANAR COM SOBRAS TODOS OS PROBLEMAS QUE VEMOS POR AÍ. É SÓ FAZER AS CONTAS.

Portanto, membros da nova raça, não esperem de mim nenhuma atitude em prol de qualquer dessas ações a não ser que seja um de meus desejos. Se assim for, não me furtarei a fazê-lo.

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