segunda-feira, 21 de junho de 2010

A FIDELIDADE E ALEGRIA DOS CÃES


Vocês já devem ter ouvido falar do ditado ou sei lá como se chama isso. Pois é, outro dia eu presenciei a comprovação da verdade.

Eu já ouvira falar, várias vezes, mas nunca tive a oportunidade de comprovar e nem esperava ter essa chance. Não me imaginava fazendo uma coisa dessas. Afinal, destratar as mulheres não é de meu interesse.

Mas a curiosidade sempre existiu. E, se você parar para pensar, independente de ser mulher, homem, hetero, homo, etc. também, se tiver ouvido sobre, deve ter tido seus momentos de dúvidas a cerca do assunto. He he he!

Tomei conhecimento do fato ouvindo como se piada fosse. Depois em mensagens via internet e confesso que ri. Ri muito, pois é engraçado mesmo. Seria covarde se negasse e não há desrespeito nenhum nesse fato. É preciso saber separar as coisa, saber distinguir o engraçado do deplorável.

Portanto, quero deixar bem claro que não se trata de uma forma de diminuir, denegrir ou qualquer coisa parecida. Foi uma oportunidade obtida a exmo, não planejei, muito menos corri atrás a fim de provar que se era verdade.

Nessa época de Copa do Mundo (depois da boa vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim por 3 x 1 com dois gols de Luiz Fabiano e um de Elano, podemos dizer que se continuar assim, aumentam bastante as chances de a torcida Arco-Íris gritar: “Hexacampeãoooooo!!!!”), quando muitos só querem falar/escrever sobre esse assunto eu, na contramão de tudo e todos, estou mudando de assunto.

Não que não goste de futebol, ao contrário, sou Mengão e gosto muito desse vício. He he he!

Mas, voltando ao assunto. Outro dia estava passeando com meu cão em torno da lagoa quando encontrei um amigo. Ele estava com sua namorada a quem eu já conhecia. Conversamos um pouco e ele me ofereceu uma cartona, pois eu estava atrasado para o almoço com meus familiares. Era domingo e o céu estava azulão típico de outono.

Aceitei de pronto e meu amigo, a quem chamarei de Severino para facilitar, me disse que Boris não poderia ir junto conosco, dentro do carro. Concordamos em colocá-lo na caçamba, já que a distância a ser percorrida não seria grande e exatamente por isso não seria necessária a retirada da lona de cobertura, Apenas pedi para meu amigo não correr muito para que Boris não se assustasse tanto por estar no escuro e sem equilíbrio. Obediente e curioso, Boris logo entrou escuro a dentro enquanto eu fechava a tampa. Ele não reclamou.

Seguimos em direção a minha casa, velocidade de cruzeiro tipo motorista de domingo, aquele que só dirige nos domingos e feriados e, pela falta de prática, faz muitas besteiras no trânsito:
- anda abaixo da velocidade da via na pista da esquerda;
- fica admirando a paisagem, em baixa velocidade, sem se dar conta que não está sozinho na rua;
- pára repentinamente a fim de pedir alguma informação ou tirar foto de toda família com a praia ao fundo;
- estaciona ocupando duas vagas;
- etc.

Durante a “viagem”, conversávamos abobrinhas, ríamos da vida admirando as pessoas correndo em torno da lagoa ou de bicicleta ou com seus filhos, mulheres, maridos, namoradas ou namorados, amigos ou amigas. Talvez artistas, escritores, cantores, jogadores de futebol ... ou não. Pessoas normais da vida carioca.

Os sinais fechavam e abriam em uma sinfonia desafinada. Os motoristas de domingo mais presentes que nunca. Era dia de decisão de turno do Campeonato do Rio e como nos últimos anos o Mais Querido seria um dos participantes, o vencedor. Mas isso é outra coisa, boa coisa por sinal.

Após alguns bons minutos chegamos em frente ao meu prédio e ao descer, me veio a idéia. Verificar se o que dizem é verdade.

Estávamos, os três, junto a porta da caçamba quando perguntei para a namorada do meu amigo:

- Imagina se você tivesse feito essa “viagem” com o Boris?
- Como assim?
- Ora menina, imagine apenas, que Severino a tivesse colocado aí dentro junto com o Boris.
- Mas qual seria o motivo para ele fazer isso?
- Calma! Isso é apenas uma suposição. O motivo não importa apena imagine.
- Sim, continue.
- Então diga, como você reagiria quando a porta se abrisse?
- Ora, claro que eu partiria pra cima dele e com todas as minhas forças iria bater muito nele. Ah! Coitado se isso fosse verdade! Mas agora diga você, por que isso agora?

Após abrir a porta, já recebendo os carinhos de Boris que parecia que não me via há anos de tão alegre que estava:

- Então é verdade o que dizem.
- De que você está falando?
- Aquela história de que se colocar sua mulher e seu cão dentro da mala do carro, ao abrir depois de algumas horas qual dos dois vai te receber com alegria?
- Seu Filho da P%#$@*&)(A!!!!!!

Ela inteligente que é, gargalhou por muitos segundos.

Eu e Severino idem.

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