quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

FUDECO


Prezados,

Cá estamos novamente. Foram alguns dias de ausência. Intervalo em que meu humor passou de normal à péssimo e chegou em como estou neste exato momento; anestesiado.

Os precipitados e adeptos de práticas heterodoxas que não se empolguem, trata-se apenas de figura de linguagem. Ok?

O motivo é que com a chegada do novo computador, sim, ele enfim chegou, fui transferir meus arquivos para o HD externo para então, transferir ao novo. Acabei fazendo merda e perdi a “porratoda”.

Contatei meu guru para assuntos informáticos que conseguiu salvar alguns arquivos e com o tempo vou saber se foi muito ou pouco e se o que sobrou presta para alguma coisa.

Vida que segue.

Hoje, andando pelo Centro da cidade já é possível ver as ações de representantes do povo tomadas justamente para defende-lo dele mesmo, neste período de festejos momescos que se apropinqua.

São monumentos, teatros e demais espalhados pela cidade que se não fossem as proteções ficariam a mercê de animais que não se contentam apenas em, cantar, pular, dançar, beber e pegar muié (ou ômi). Os filhos das putas têm que mijar no chão, quebrar o mobiliário urbano e demais itens erguidos e mantidos a suas custas. Fora os que jogam latas e demais dejetos nas ruas e calçadas de toda cidade, entupindo ralos e bueiros.


E depois reclamam quando chove um pouco mais forte e molham suas ferraduras nas poças e ruas alagadas.

É um absurdo, não conseguem conter a selvageria e inventam medidas paliativas de pouca efetividade.

É senhores, os valores já estavam mudando, mas algumas atitudes oriundas de todos os lados como se merda jogada no ventilador, me deixam preocupado.

Andam criando leis ou apêndices destas com intuito de salvaguardar a integridade e o direito de ir e vir de todos nós. Tudo versando sobre assuntos de relevância cuja importância se esvai como barro entre os dedos daqueles que realmente conseguem discernir e o fazem da melhor forma, intenção e sem interesse disfarçado.

São leis que determinam que indivíduos com deficiências socioeconômicas têm o direito a benesses diversas de forma quase hereditária.

Leis que determinam que certa classe deva ser punida com o impedimento de exercer suas profissões por, de alguma forma, terem lesado algo público, sujando sua ficha.

Leis que determinam que por pertencerem a certa raça, por ser discriminada, têm direito a determinada situação, em detrimento de outra raça, em forma de cotas discriminadoras.

Leis que transformam exceções em regra que se desrespeitadas te colocam na cadeia enquanto crimes mais sérios permanecem, há séculos, impunes.

E assim por diante.

E nós nos vangloriamos por estas como se conquistas fossem provenientes de batalhas sangrentas na busca pelo “ecosociopoliticamente” correto, quando nada mais são do que resultado de manifestações acomodadas feitas em uma rede social qualquer.

Seguimos na onda dos que não sabem bispar ou da imprensa há muito “ineidônea” e assinamos petições vindas não sabemos de onde, via internet, pensando que assim os problemas serão resolvidos. E ao final de cada ato, enchemos os pulmões para dizer:

“Pronto, fiz a minha parte.”

E a consciência, já acostumada com nossa indolência, aceita sem pestanejar, em um moto contínuo.

Eles fingem que fazem e nós fingimos que protestamos.

Então vemos o resultado a cada esquina onde há um sinal de trânsito, batendo no vidro de sua SUV esmolando, vendendo balas ou quinquilharias. Ou sob pontes, cheirando cola, fumando crack, etc. Isso quando não estão assaltando ou rolando pelas encostas devido a uma chuva mais forte. E neste caso você ainda junta roupas usadas, mantimentos não perecíveis, entrega em uma ONG qualquer e mais uma vez diz para sua consciência:

“Pronto, fiz a minha parte.”

E seguimos ao primeiro bar para, em frente a uma 42 polegadas e uns chopes, assistir ao jogo de futebol; a pátria de chuteiras. 

Somos brasileiros apenas nos intervalos da vida.

Outros passam horas vendo Big Brother. Puta que pariu! Que povo pode evoluir vendo esta porcaria? São anos e a fórmula não muda. Parece que nesse ano até os palhaços são os de edições anteriores. E neguinho não enjoa.

São os votos desses imbecis que decidem a "porratoda".

Vai ler um livro! Vai ver um filme! PORRA!

É meus caríssimos escassos leitores, não me rotulem de negativista. Assim é mole. Quero ver descer pro play e sair na porrada pra defender seus ideais e direitos.

Mas não se esqueçam de seus deveres.

E não precisa quebrar nada. Muito menos incendiar ônibus. Ok! Isso é coisa de bandido.

Sim meus caros, está quase tudo errado!

A mudança de valores nos deixa cegos ao próximo que por causa dela está cada vez mais distante e só. Não há respeito entre os ditos racionais. O egoísmo é tanto que as pessoas não conseguem enxergar que mesmo pequenos, seus atos em algum momento vão interferir em outrem.

Não há respeito. É a lei do mais esperto, até do mais forte.

Foi assim com minha filha quando um animal, filhinho de papai, andando de bicicleta em alta velocidade na ciclovia de Ipanema á atropelou. A foto abaixo mostra o estrago e fala por si.


A mudança de valores não nos deixa enxergar que as leis já existem, faz tempo. Precisa de ajustes, claro! Para acompanhar a evolução. Natural. Entretanto, elas estão aí, não precisam de outras ou apêndices.

Se as que existem não servem é porque não estão sendo cumpridas e não porque precisa de mais. Mais é mais a não se cumprir é mais para nosso povo esperto da porra achar brechas para se dar bem.

FATO!

Não são novas leis que vão resolver essa bagunça, muito menos ficar digitando manifestos nas redes sociais.

De certo, ações consideradas crimes em priscas eras hoje não o são, ao menos não deveriam. Vejam as bebidas, prender, proibir, coibir, cercear ou sei lá que nome queiram dar, não resolveu o problema. Decidiram regulamentar e os crimes ligados a ela reduziram. Claro que não vai resolver totalmente, isso é impossível, mas se a lei fosse cumprida à risca, muito próximo dos 100% estaríamos.

Neste e em outros casos foi preciso fazer algo que não fosse a repressão. Nesses casos, ISSO NÃO FUNCIONA!

O que dizer das drogas leves?

“Ah! Na Holanda pode e o governo nem o povo estão satisfeitos.”

É verdade. Entretanto, vocês sabem o motivo?

Lá o consumo foi liberado, a maconha pode ser comercializada, mas ninguém sabe a origem. Não podia dar certo.

São mais de 200 milhões de consumidores no mundo, não há como reverter. O consumidor está muito próximo e pode ser quem menos você imagina. Pessoas sérias, trabalhadoras, estudantes, empresários, profissionais liberais, etc. Arrisco a dizer que não existe classe, seja qual for, sem seu usuário.

Vejam o que estão fazendo o Uruguai e os estados do Colorado e Washington nos Estados Unidos, com detalhes específicos de cada um, o conceito é permitir e controlar todo o ciclo. Desde a produção até o consumidor. Impostos serão pagos e toda a estrutura existente para reprimir poderá ser direcionada para coisa mais séria.

Prender político corrupto seria uma delas.

Mas não aqui. Aqui são anos reprimindo sem sucesso. Pessoas continuam sofrendo, perdendo entes ou morrendo devido a clandestinidade. Muitas outras devido ao uso exagerado. Crianças sem opção são ludibriadas desde tenra idade pelo trafico. Algumas são confundidas com filhos adotados e quem os confunde é que vai preso como se a realidade não existisse.


E se a mãe não fosse mãe e levasse um tiro, como ficariam as coisas?

Os excluídos têm seus direitos e devem ser respeitados, mas não em detrimento dos meus. Eu tenho o direito as minhas escolhas e de poder errar ao fazê-las.

Não adianta punir a discriminação o que resolve é tirar as pessoas da marginalidade, torna-las civilizadas e assim livres do preconceito.

Há tempos medidas criadas como forma de atenuar problemas antigos, com o intuito de minimizá-los enquanto seriam resolvidos, tornaram-se anódinas e se multiplicam perpetuando-se num assistencialismo populista que nossa indolência finge não ver. E o pior, aprova aplaudindo de pé o discurso gasto pelas barbas de um pseudo representante dos trabalhadores, pobres coitados, que nos envergonha mundo civilizado a fora.

Mas nada disso vai resolver se a lei continuar a ser burlada.

É preciso que o cumprimento da lei passe por fiscalizar o gasto do dinheiro público, que deve ser aplicado em escolas, hospitais e demais necessários a fazer o povo aprender a discernir e com isso tornar-se consciente ao ponto de poder descalçar suas ferraduras. E destas, fazer amuletos, necessários para ser um membro de um povo civilizado; hoje possível apenas com muita sorte.

Mas pelo andar da carruagem, puxada por esse povo preguiçoso, isso vai ser difícil.

Só falta criar o mascote.

Eu chamaria de FUDECO.


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