quarta-feira, 13 de março de 2024

EXTREMA DIREITA OU EXTREMA ESQUERDA?

 


Caros e escassos leitores.

Volto a este espaço para expor uma dúvida que começou a me incomodar desde que iniciaram os processos de “repolitização” de nosso país. Espero que após expostos a dúvida e meus argumentos vocês possam me ajudar a sana-la; ok?

Então vamos lá...

Antes um breve retorno na história...

Sabemos que a origem do termo “direita” se dá ao fato da posição em que os parlamentares franceses se sentavam na Assembleia Legislativa, na época da Revolução Francesa (1789/1799); à direita do orador. Consequentemente, por lógica simples, o termo “esquerda”, tem origem na mesma situação.

Nessa época surgiram as primeiras ideias iluministas e dois pensadores se destacaram:


Edmund Burke que entendia que as mudanças originadas da Revolução deveriam ser implementadas de maneira gradual, respeitando as tradições e mantendo a estabilidade da nação francesa. Burke foi considerado o precursor do Conservadorismo.


O outro, Thomas Paine que acreditava que as mudanças deveriam ser implementadas de forma radical sem levar em consideração a história da sociedade como um todo. Paine tornou-se o percursor do Progressismo.

E dessa forma o pensamento à direita foi sendo construído respeitando-se o indivíduo, sua liberdade, seu esforço, o resultado desse esforço e consequentes ganhos e conquistas. Sendo assim, é natural que para os conservadores a presença do Estado (Governo) deve se ater apenas ao estritamente necessário, ou seja, manter a ordem e unidade do país, sua integridade territorial e prover o mínimo necessário para o desenvolvimento e bem estar da nação; saúde, educação e infraestrutura básica, por exemplo.

Esses e outros produtos e serviços podem e se possível, devem ser produzidos e comercializados entre os indivíduos da nação e ou estrangeiros que se propuserem a investir no país.

A interferência do Estado deve se ater apenas a regulamentação das etapas do processo para que o sistema não se torne um “Barata Voa”.

Para funcionar esse sistema deve se basear na “Lei da Oferta e Procura”, ou seja, o mesmo produto ou serviço pode ser oferecido por vários, com qualidade e preço distintos e quem os desejar poderá escolher o que melhor lhe convier de acordo com suas possibilidades e desejos. Isso permite a livre concorrência onde aqueles que oferecem produtos ou serviços similares “duelam” entre si para oferecer o melhor produto ou serviço pelo melhor preço. Dessa forma temos uma linha comercial com produtos e serviços de diversas qualidades e valores o que atende aos vários consumidores oriundos de camadas sociais distintas.

Esse sistema permite aos que se esforçarem mais e melhor no intuito de melhorar a qualidade e valor de seu produto ou serviço obtenha melhores lucros e se desejar, reinvestir a parte que julgar suficiente de seus ganhos na melhoria e/ou ampliação de suas instalações e/ou equipe, para produzir mais e melhor; gerando mais e melhores empregos; conquistar novos mercados e clientes.

A esse sistema dá se o nome de Livre Mercado (Adam Smith , Ludwig Von Mises) que se baseia na meritocracia ou simplesmente:

“Seu resultado é consequência direta de seu esforço despendido para obtê-lo.”

Não podemos esquecer de duas variáveis importantes nessa equação: meio e tempo, onde e quando o esforço é despendido, sofrendo as interferências destes. Mas vamos deixar isso de lado, citei só para dizer que o assunto é amplo e complexo...

Assim, o pensamento de direita se resume ao atendimento dos objetivos do indivíduo, em sua liberdade em fazer escolhas, determinar metas e expressar suas opiniões, fornecer e obter produtos e serviços de acordo com seus desejos, necessidades e possibilidades; tudo isso seguindo as leis vigentes e com mínima interferência do Estado.

A consequência desse sistema é a geração de riquezas e o pagamento de impostos ao Estado que deverão ser investidos em prover o mínimo necessário para a manutenção, o desenvolvimento e bem estar da nação. Outra consequência é que com a geração de empregos, reduz-se o número de dependentes de ações assistenciais providas pelo Estado, baixando seu custo.

E em um país sério, se o resultado da equação, impostos menos custo do Estado, for positivo, o Estado além de investir em sua manutenção e melhorias, pode reduzir a carga tributária e assim potencializar o “Livre Mercado”; gerando mais impostos e empregos; a tão falada Curva de Laffer (1970).

A reboque disso tudo, o Conservadorismo prega o estrito atendimento as leis, a livre escolha de credo, o direito à propriedade, o direito a auto defesa com a posse ou o porte de armas etc. Ou seja, o indivíduo pode fazer e falar tudo desde que seus atos e palavras estejam em consonância com a lei vigente.

Não é fantástico?

Mas infelizmente não funciona assim. Há outras variáveis tais como falta de moral, de caráter, de honestidade e afins oriundas de algumas engrenagens que compõem esse sistema e o fazem patinar em certas situações. E não é raro o Estado, mesmo na sua mínima participação, ser uma dessas engrenagens enferrujadas. E são dessas engrenagens desdentadas que tem origem a baixa qualidade do mínimo que o Estado deve prover. Por isso ainda temos saúde, infraestrutura e educação deficitários em nosso país.

Já a esquerda, tem como conceito a defesa dos interesses coletivos em detrimento dos interesses individuais. Preocupam-se com o bem estar de todos com ênfase nos menos favorecidos na intenção de diminuir as desigualdades sociais.

Para eles a participação do Estado é de suma importância para esse sistema, ao ter que prover o máximo possível de produtos e serviços ao povo. Para isso é preciso uma imensa rede de empresas geridas pelo Estado. E a participação da iniciativa privada é restringida nessa rede.

Como conceito, não é tão ruim, mas há importantes variáveis a se considerar. Como o Estado é o maior provedor de produtos e serviços a ação de prover fica prejudicada pois o Estado não tem como atuar em tantas frentes com a devida eficiência. A falta de concorrência faz com que a população tenha acesso a produtos e serviços de qualidade e valor duvidosos além de restringir o número de empregos o que faz aumentar a dependência de ações assistenciais providas pelo Estado, aumentando seu custo.

O Estado torna-se uma imensa máquina mal mantida e dispendiosa em demasia que consome grande parte das riquezas do país.


Há outras variáveis tais como falta de moral, de caráter, de honestidade e afins oriundas de várias engrenagens que compõem esse sistema e o fazem patinar ainda mais. E por ser quase que o único provedor de produtos e serviços, o Estado é a principal dessas engrenagens enferrujadas. E são dessas engrenagens desdentadas que tem origem a baixa qualidade de tudo o que o Estado deve prover. Por isso a saúde, infraestrutura, educação etc. são quase inexistentes em certos países.

Como viram, baseado no descrito até agora, o assunto é complexo e há muito mais a ser dito. Seria necessário colocar nessa complexa equação fatores como política, corrupção, justiça, cultura, religião, entre outros, tudo isso resumido em simples frases como: "Vamos tomar o poder que é diferente de ganhar as eleições" ou, “Perdeu mané, não amola.” ou, “Sem provas, denuncio...” ou ainda, “Derrotamos o ...”, para se ter um maior conhecimento dessa salada toda. Mas entendo que para o que desejo o exposto até aqui, já é suficiente.

Esses detalhes descansam em sono nada profundo dos vídeos apagados de 08/01/2023 ou o vídeo do aeroporto de Roma de 14/07/2023; escondido.

E diante disso arrisco dizer que, mesmo com suas deficiências, tendo a concordar que em meu país sejam aplicados os conceitos conservadores. Ratifica esse meu entender saber que em todos os países onde foram aplicados os conceitos progressistas os resultados foram bem abaixo do esperado.

Estando correto o raciocínio do exposto e seu entendimento, já podemos definir qual dos dois sistemas é o melhor, ou, para outros, o menos ruim. Mas ainda há alguns poucos, que se acham muitos, que entendem o progressismo como o melhor sistema.

Como? "se acham muitos" Se as pesquisas e resultados de pleitos recentes confirmam essa maioria.

Ora meus caros e escassos leitores, é simples. Acompanhando o raciocínio de um grande jornalista, não se vê nos diversos indicadores de consumo hoje existentes a maioria que o lado progressista insiste em tentar, sem sucesso, alardear agressivamente por aí.



A imprensa desonesta, escrita e/ou falada têm seus índices de leitura e/ou visualização cada vez menores assim como as empresas de viés progressistas têm reduzidos seus índices de vendas e valores de ações na Bolsa de Valores. Nas redes sociais o cenário não é diferente. Pessoas de viés conservador têm mais visualização, inscritos e comentários concordantes do que os progressistas. Empresários, engenheiros, arquitetos, advogados, personal trainers, médicos, porteiros, trabalhadores domésticos, da construção civil, garçons, motoristas de aplicativos, motoboys, entre outros; quando consultados, são, na sua grande maioria de viés conservador. E o maior indicador de todos, as ruas, têm maior frequência em eventos conservadores.


Vocês têm a mesma percepção?

Arrisco a dizer que sim.

“Ah! Os de viés progressista não saem mais as ruas!”, dizem os poucos que os defendem.

Quer dizer que os tranquilos e ordeiros manifestantes que ateiam fogo em pneus e ônibus por aí; ou os que invadiram o Congresso quebrando a porratoda (17/06/2013); ou os que mataram um jornalista com rojões (Santiago, da Band Rio, 06/02/2014); ou os que quebraram as vidraças da FIESP (13/12/2016); ou os que “pintaram a fachada do prédio onde mora uma ministra do STF (06/04/2018); ou os que atearam fogo a estátua do Borba Gato (24/07/2021); se tornaram tímidos e resolveram não mais aparecer nas ruas... Será que foi porque até a mortadela está mais cara?

Ora meus caros, me poupem...

Nem vou escrever sobre a manifestação do último 08/03/2024, convocada pela presidente do PT, foi um fiasco!

Então guardem essas informações e passemos ao próximo passo.

Há dois significados para a palavra extremo. O primeiro é substantivo masculino que basicamente indica distância: o extremo sul do país etc. O segundo é o substantivo masculino que indica intensidade: ela trata seus filhos com extremo amor e carinho etc. E é nesse que reside minha dúvida.

Faz algum tempo que muitos já perceberam que a atuação da “imprensa” desonesta não conduz com os preceitos que regulamentam a profissão e é exatamente ela que mais usa o termo “Extrema Direita” em suas reportagens para macular aqueles que concordam com os conceitos conservadores e agem, principalmente nas redes sociais, enfaticamente para defende-los e argumentar com aqueles que defendem os conceitos progressistas. A imprensa também se utiliza de outros termos menos elogiosos para adjetivar os conservadores, mas ultimamente “Extrema Direita” tem sido o mais utilizado, já que os demais, apesar de mais contundentes já caíram em descrédito diante dos argumentos expostos, até por eles mesmos em diversos ataques de “sincericidio” em suas matérias.

Também não é novidade para ninguém a reação dos de direita ao uso desse adjetivo, eles se sentem ofendidos ao serem chamados de membros da “Extrema Direita”.

Daí a minha dúvida: “Ser de extrema direita é bom ou ruim?”

Passei algum tempo pensando nisso. Não na dúvida em si, mas no por que de os da direita se ofenderem tanto. E durante esses devaneios surgiu nova dúvida: será que não estou enxergando alguma coisa? É bem possível pois, faz algum tempo que deixei de ser frequente em discussões sobre a política; não só nas tradicionais conversas com familiares e amigos como também nas redes sociais. Já passou o tempo de tentar mostrar aos incautos onde está o progresso, a lei e a ordem. Em resumo, concordo com outro grande jornalista que diz mais ou menos o seguinte:

“Aqueles que ainda permanecem na escuridão intelectual ou são idiotas úteis ou são coniventes.”

 Assistir lives, gravações ou cortes no YouTube tornou-se raro, mas não deixo de me informar diariamente pelo Oeste Sem Filtro. A proliferação de clicks bates e ouvir muito do mais e do mesmo contribuíram em muito para esta decisão. Ainda assisto a uma ou duas lives por dia e só.

Entretanto, é preciso salientar que as opiniões desses que tenho visto e ouvido são quase uma unanimidade ao relatar e/ou comentar a precária situação em que vivemos há anos. Perseguições infundadas e o cristalino desrespeito às leis. A atual situação sócio econômica, saúde, educação, segurança e nossas participações no cenário mundial, têm sido um desastre.

Apenas sinto falta de uma maior sinalização na estupida participação da “imprensa” desonesta nisso tudo. E como sabem, entendo que isso é o que mais tem contribuído para essa situação inadmissível e arrisco afirmar que se a “imprensa” fosse um mínimo honesta muito de nossos problemas não estariam acontecendo.

Diante desse fato, sim é um fato, se a situação permanecer como está, acompanhando o raciocínio do primeiro grande jornalista citado acima, a frase de nossa “ex-presidenta”:

“Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar ou perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.”

... deixará de ser um meme e passará a ser uma verdade inconteste afinal, o país e o resto do planeta já estão perdendo e muito, há décadas.

E assim, acho que podemos concluir que, se o conservadorismo respeita a lei, o indivíduo, as religiões, o livre comércio etc., aquele que respeitar extremamente a lei, o indivíduo, as religiões, o livre comércio etc. não é uma pessoa a ser execrada e sim idolatrada.

Vocês concordam?

E que aqueles que defendem, extremamente os preceitos de esquerda, devem ser o que?



segunda-feira, 20 de novembro de 2023

O FILHOTE DA BALEIA

 


Prezados e escassos leitores,

Estamos em fins de 2023 e cansados de saber que desde o começo deste ano voltamos a viver momentos escassos de real justiça. Denuncias inconstitucionais proliferam, com provas e mais provas cada vez mais claras expostas em documentos, textos, áudios, vídeos e ações. O país definha sob uma economia cada vez mais assistencialista. O aumento de impostos nos é imposto em manobras nada sutis elaboradas por um Executivo nada honesto, apoiadas por um Judiciário “cego” e endossadas por um Congresso fisiológico e falido.


As Forças Armadas que têm como obrigação constitucional, em seu artigo 142, à defesa da Pátria e à garantia dos poderes não faz jus a sua existência. Ao contrário, cometem Perfídia contra aqueles que deveriam proteger.

Tempos loucos e ingratos onde valores são claramente torcidos a fim de atender desejo de poucos que por serem poucos não conseguem obtê-los de maneira justa e democrática e os conquistam sob o véu da mentira e atos ilegais mais que comprovados.

Mais de duzentas páginas de provas incontestes, oriundas de investigações técnicas não são suficientes para manter sob cárcere agentes ilegais que perambulam pelos salões e corredores do poder; mesmo que julgados em três instâncias.

Viagens nababescas, apartamentos de três andares, sítios, apreensões diversas de vultuoso numerário, empresas de vida curta, lucro fácil e invejável assim como ONGs delinquentes e explorações ilegais de terras e subsolos sagrados são expostos diuturnamente até por alguns de seus pares.

Invasões de propriedades espalham-se como as chamas que ardem em boa parte de nosso território, aniquilando com significativa parte de nossa flora e fauna que eles dizem defender e nos acusam de exterminar.

Discursos inverídicos são proferidos por canalhas que bostejam palavras de defesa da ecologia e de minorias. Dessa forma, jovens são enganados pela história deturpada em uma doutrinação difundida por “professores” muito bem instruídos pela ideologia do mal. E assim criam um exército de idiotas facilmente manipulados desde sua tenra inocência.

A imprensa, que por sua natural existência e influência conquistada tornou-se por fato o quinto poder, aquela que deveria mostrar, ilustrar e esclarecer essas atrocidades nos engana há décadas com suas palavras imundas e comprovadamente contestáveis.

Artistas que por seu carisma deveriam juntar-se às fileiras da ordem e da justiça locupletam-se com o erário público e multiplicam palavras e ações contra os que os sustentam.

São atos, palavras e omissões que em profusão, após investigações, julgamentos e se culpados; na forma da lei, deveriam colocar e manter muitos desses poucos encarcerados eternamente. Mas quem assim hoje está, são os inocentes que se pronunciaram com a lei, justamente contra tudo isso.

Entretanto, nada é suficiente para que aqueles que deveriam manter a Ordem e o Progresso do país ajam de forma constitucional. E os meses galopam sobre o manto negro das injustiças onde as leis são avidamente escanteadas sob a crescente desidiosidade de um povo cada vez mais desolado pela inoperância e ausência dos Heróis.

Isso vem de décadas nas pernas de ilusórias tesouras, mas entendo ter se tornado mais cristalino a partir do fatiamento ilegal de um impedimento ocorrido em meados de agosto de 2016, muito bem ilustrado em um inconteste “Tchau querida!”.

Nos anos seguintes o exército de incautos se mostrou com todas as suas armas imundas e ilegais. Causando significativas baixas nos que apenas trabalhavam por um país melhor. E agiam assim justamente porque os que faziam esse belo trabalho estavam conseguindo seu intento, mesmo sob intenso bombardeio. Congressistas e índios foram presos, jornalistas idem, outros se exilaram e alguns se calaram. Muitos sucumbiram e mudaram de lado e um número maior se isentou de suas obrigações. Mas os que conseguiam se manter ativos trabalhavam e o país melhorava trazendo maior desgosto aos beligerantes.

Acusadores tornaram-se julgadores...

E nós, nas horas vagas, só queríamos tomar Tubaína, comer pastel sem máscara, andar de jet-ski, passear de moto e que o voto seja com comprovação física e publicamente auditável, como rege a lei.

E foi em 2022, ano eleitoral, que entre os já tradicionais absurdos, a sutileza em ludibriar deixou de ser necessária. A situação tornou-se tão escancarada que até alguns membros da justiça se expuseram em eventos mundo a fora mostrando sua ideologia nefasta. Verdades foram caladas e mentiras bostejadas a torto e a direito.

E um investigado e julgado culpado em três instâncias, com provas sobradas, foi eleito. O amor venceu. Com mais de sessenta milhões de votos que nunca foram vistos e ainda não se veem representados em nenhum índice de popularidade existente. Nas ruas, no consumo de produtos da imprensa ou das empresas que o apoiaram; em seus, ou de seus aliados, nada tradicionais posts ou lives nas redes sociais etc.


Tudo arrematado por um nada sutil e indigesto “Perdeu Mané! Não amola!”

Teve início o período mais amoroso que este país já viveu. O revanchismo imperando em solicitações bizarras de investigações desnecessárias medido como si os reais conservadores. Se quando no poder não foi encontrada nenhuma ilegalidade, se fosse verdade, não seriam poucas joias e um relógio o problema.

Esse pessoal não pensa?

Aumentaram a perseguição, prenderam inocentes e soltaram bandidos. Fizeram e receberam visitas indevidas, aumentaram o número de ministérios engordando o complexo. A competência técnica deu lugar a amigos, parentes e cupinchas. Até tiraram a água dos incautos que os elegeram e réu confesso, condenado a quatrocentos anos de cadeia está solto e planeja se candidatar nas próximas eleições...

Sumiram com vídeos que poderiam esclarecer muita coisa. Acusaram alguns de agressores, mas não mostram as imagens que esclarecem os fatos.

Tudo muito bem arrematado, em mais um evento, pelo mesmo grandão da justiça, em alto e cristalino som: “Nós derrotamos o ...!”

Sim, o amor voltou! Cheio de ódio, mas voltou.

É o ódio do bem, dizem...

E tem trouxa que ainda acredita...

E ficam as perguntas feitas por um grande jornalista:

“Nós quem? Derrotamos como?

O quem até já foi dito. Em alto e muito bem claro som, em outro daqueles eventos, por outro grandão da justiça. Falta dizer como.

Diplomaticamente apoiam aqueles que invadiram, estupraram mulheres e jovens, degolaram e assaram bebês entre outras atrocidades. Justo eles os defensores das minorias e direitos humanos...

Eles estão sem freio, descendo a ladeira e acelerando enquanto a lei empaca no buraco em que foi esquecida e seus agentes foram jogados pela inércia. Parece que não vai acabar, mesmo com o tardio acordar de poucos do sonolento Congresso.

O mundo, timidamente, já mostra que há um caminho e está mudando. Até Los Hermanos, que literalmente caminhavam para a merda reagiram.

Até quando? Será que vamos ter que esperar o filhote da baleia mamar Tubaina?


terça-feira, 3 de outubro de 2023

5ª VIAGEM – 04/09/23 À 17/09/23 – RIO – BRASÍLIA

 


Caros e escassos leitores, mais uma e dessa vez foi um pouco diferente. A busca por estradas sinuosas em clima ameno e seco foi como sempre, mas mesmo estando bem fisicamente dessa vez o cansaço esteve presente com maior intensidade. Sinais dos anos vividos, fazer o que? Mesmo estando em plena atividade física não só na academia como também no tatame dando e levando os primeiros golpes de Muay Thay. É divertido e compensador (física e mentalmente). Mestre Flávio Almendra e seus discípulos têm técnica apurada, paciência e camaradagem além do esperado. Recomendo e muito a Gold Fighters no Jardim Botânico – contato no Instagram.

O parceiro de viagem foi o mesmo da anterior, Reinaldo (Rei), amigo de 30 anos nas trilhas, na última viagem e eventos sociais diversos. Grande garoto, irmão de fé.

O roteiro elaborado e com previsão de desfrute para setembro de 2022, há muito teve origem em sugestões de outros parceiros motociclistas que me convenceram experimentar as estradas mineiras e capixabas, que, segundo eles, seriam de boa qualidade tanto no que se refere ao piso como sinuosidade; sem falar na hospitalidade do povo e sabor da comida dessa região. Afinal, cachaça, torresmo pururuca, porquinho, linguicinha e seus acompanhamentos mineiros somados aos frutos do mar capixabas e uma cervejinha gelada, se bem feitos, merecem idolatria. Mas foi adiado devido a fr4ud3mi4 na época em franca atividade. Como Reinaldo tem amigos e eu parentes em Brasília, inseri no roteiro sugerido passar por lá e por Goiânia. E cá estamos, apenas em 2023.


Então, com um ano de atraso, em 04/09/23, iniciamos no posto BR do Humaitá. Tanques cheios, marcadores de Trip 1 e Trip 2 zerados, motores ligados, primeira marcha e ao soltar a embreagem pela primeira vez, novamente teve início o processo de esquecimento de contas a pagar, dívidas, problemas e afins...

Eram 06:30 da manhã de uma segunda feira de céu nublado e temperatura agradável. Um belo início que prometia bons momentos.


A primeira perna seria parecida com as demais. Rio, Resende e Itatiaia pela Via Dutra (Rio -São Paulo – BR-116) e depois São Lourenço pela BR-354). Só aí temos duas serras. A das Araras, apenas com vegetação lateral, mais tranquila em termos de sinuosidade e segurança não só pela visibilidade como por ser pista única de duas faixas o que permite melhor início de interação com o equipamento. E a de acesso a São Lourenço, pista dupla, mais sinuosa, inserida em vasta vegetação (menos visibilidade), mão dupla e bem movimentada; exigindo maior atenção.

No caminho, entre as duas serras, paramos para abastecer e um bom lanche no Graal de Resende. Ali o calor já se fazia presente e nos acompanhou por todo o dia.

No meio da segunda serra o GPS deu o mesmo problema da viagem anterior, “solicitando” desvio do roteiro programado. Conhecendo o problema e a pista, desliguei e seguimos até São Lourenço onde religuei o equipamento e o problema ficou para trás.

É impressionante como o passar dos anos traz diferenças no que senti nas primeiras viagens e no que senti nesta, incluindo a readaptação a moto. Talvez porque antes fazia muitos bate e voltas entre as grandes viagens e dessa vez isso não foi possível.

Em assim sendo, mesmo após percorridas as duas serras não me sentia confortável como antes. Isso me deixou tenso o que prejudicou um pouco a pilotagem. Perdi em técnica, mas não em vontade. A solução, reduzir a velocidade e seguir em frente tentando aprimorar os sentidos a fim de atingir a simbiose ideal para então tentar retomar as velocidades de outrora.

Após 281 km, na periferia de São Lourenço, água, rápido descanso, reforço nas informações do roteiro e seguimos contornando a cidade iniciando a parte desconhecida da viagem. Destino? Varginha, onde estava previsto o primeiro pernoite (parece que é no masculino mesmo, qualquer coisa, culpem o corretor do Word e o dicionário do Google), passando por Três Corações, cidade onde nasceu Edson Arantes do Nascimento – Pelé, paramos para uma foto.


Seriam mais 127 km totalizando os 408 previstos para a perna. Nos surpreendemos ao cumpri-los com bastante antecedência e após as tradicionais fotos, às 13 horas aproximadamente, estávamos almoçando. Nada de mais, um quilo normal e honesto, com bom atendimento e baixo custo. Saímos satisfeitos sem ver o ET a não ser um disco voador e uma escultura em uma pequena praça.


Ainda era cedo e como não encontramos motivos para permanecermos na cidade, resolvemos antecipar ao menos parte da próxima perna.

A estrada possuía um zig zag satisfatório, porém com alguns buracos que conseguíamos ver com certa antecedência que possibilitou desviar sem muitos problemas. Apesar do calor, a viagem permanecia agradável e seguimos tranquilos até Conceição do Rio Claro.

Uma cidade bastante agradável, limpa e organizada. Muitas casas de arquitetura moderna e muito bem construídas. Como era segunda-feira, semana de feriado e final do dia, poucas pessoas circulavam pelas calçadas. Achamos um hotel no GPS e resolvemos pernoitar nele. Diária de R$ 50,00 vocês imaginam...

Estávamos cansados, com calor e eu estava muito a fim de beber uma cerveja gelada. Como disse, era segunda-feira, semana de feriado, talvez esses sejam os motivos para quase tudo estar fechado. Mesmo assim encontramos um bar aberto. Entramos e começamos a conversar com os presentes. A minerada bastante solicita, como de praxe. As opções Skol, Brahma ou Antarctica. Lógico que escolher a última era a única possibilidade e estava geladíssima.

E o menos sóbrio dos mineiros se animou a tagarelar…

Papo vai papo vem o dono do bar sugeriu que déssemos um pulo até um mirante próximo; Serra da Tormenta. E assim fizemos. Cansados da viagem, após uma subida um pouco difícil, grande parte do caminho em terra, conseguimos chegar ilesos. À vista maravilhosa e pôr do Sol indescritível. Ficamos por alguns momentos tiramos algumas fotos e voltamos para o hotel para um banho e descansar antes do jantar.


Saímos às 20 horas para um restaurante a quilo. A comida era simples, porém honesta. Um prato de salada, depois um prato de arroz com feijão e uma carne que estavam muito gostosos, uma garrafa d'água e um chocolate para dar um gosto doce à noite.

Já no hotel dormimos com a programação de acordar 5:30 a fim de tomarmos o café da manhã às 6:30 e assim partir para o segundo dia da viagem. Apesar das instalações pouco confortáveis a noite foi agradável. Com certeza o cansaço ajudou nisso.


05/09/23 - iniciamos o dia com um café da manhã furreca oferecido pela simpática dona do hotel. A passagem rápida na farmácia para comprar acetona a fim de tirar a cola da sobre viseira antiembaçante do capacete. E seguimos em direção a Delfinópolis com a preocupação da parte do roteiro prevista de terra ser cumprida sem problemas.


Em uma estrada razoavelmente sinuosa onde pudemos desenvolver uma velocidade satisfatória, chegamos a um posto de gasolina onde havia um motociclista com uma BMW GS 1200 / 2008 igual a que eu já tive, boas lembranças vieram a mente. Paramos para um papo e beber uma água. Verificamos que era de São Paulo, Campinas e gente boa, como a maioria dos motociclistas. Ele era habitué da região e nos surpreendeu ao dizer que até Delfinópolis seria asfalto e não terra como eu havia previsto a dois anos. Resolvemos seguir com ele e ao sair do posto sua moto apagou e ele tombou. Nada de mais acontece com muitos. Ajudamos a se levantar e em poucos quilômetros, pegamos a balsa para atravessar o grande lago. Nos aproximadamente 15 minutos de trajeto náutico, conhecemos Beto que, por ser morador da região, nos deu várias dicas da cidade. Onde ficar, onde jantar etc.


A cidade estava vazia e conseguimos no “JP Hotel” perto do restaurante “Varanda” indicado por Beto. Trocamos de roupa e seguimos para a Cachoeira do Ouro onde havia o “Bar e Restaurante do Baiano” que além da cachoeira, servia, segundo Beto, um delicioso porco conservado na banha.


A estrada, mais de 30 km de terra, se mostrou um desafio complicado, tanto na Ida quanto na volta, devido ao cansaço, aos vários anos sem percorrer esse tipo de terreno e ao peso da moto, mas chegamos bem, porém mais cansados ainda.


Após as devidas apresentações e uma cerveja bem gelada, demos um pulo na cachoeira, que faz parte das terras de Baiano. Uma caminhada de poucos minutos e chegamos. São três pequenos lagos em três níveis com aproximadamente 4 metros de altura cada, possui água transparente e temperatura amena. Se mostrou um banho revigorante o que nos fez recobrar as energias. E ali ficamos acompanhados do manso cachorro (N3gã0) que nos seguia, com sua laranja de estimação na boca.

Beto estava certo quanto ao ambiente a receptividade e o sabor da comida. O porco fica por dias em um panelão de banha sendo cozido em fogo baixo. É dos deuses e o almoço servido pela excelente e simpática cozinheira, tinha a carne do porco, arroz, feijão, ovos fritos, couve, aipim frito, torresminho pururuca etc. Uma delícia!!! Tudo regado com cerveja geladíssima. Claro que repeti, duas vezes.


De volta ao hotel um banho de piscina outra cerveja gelada um papo com Henrique e banho para uma volta na cidade a fim de achar um lugar para jantar.

Encontramos Beto e um amigo na porta do “Bar do Megeta” que estava assando um churrasco em espetos de bambu, em uma pequena churrasqueira de ferro.


Não recusamos o convite e sentamos à mesa para saborear os espetos. Lombo de porco, pedaços de frango ou carne. Tudo muito gostoso banhado em um molho especial feito por Megueta. Os petiscos, umas cervejinhas bem geladas, um “cigarrimdipaia” legítimo e poucas horas de excelente papo foram o suficiente como jantar. Depois, cama pois o dia fora bastante cansativo e tínhamos a segunda perna a conquistar.


06/09/23 – acordamos, um bom café da manhã e estrada em direção a Araguari, próximo pernoite. Decidimos não ir pelo caminho programado por ainda ser de terra. Seriam 70 km e com a experiência do dia anterior não fazia sentido cumprir esse planejamento. Ao mudar o roteiro tivemos alguns problemas para definir o novo. Por sugestão de Beto, na noite anterior, fomos para Ibiraci com desejo de não passar por Franca para não ter que atravessar essa cidade.

O GPS nos levou por uma estrada deserta e estranha, porém, sinuosa e agradável o que nos trouxe certo prazer. Paramos em Ibiraci onde fizemos um lanche e tentamos, sem sucesso, obter informações sobre o trajeto a frente. Resolvemos confiar no GPS que no final, pasmem, nos fez passar exatamente por Franca. Já que lá estávamos, decidimos atravessar a cidade.  Essa confusão toda foi agravada pelo fato de que, em certos momentos, o GPS de Reinaldo indicava uma direção diferente do meu. Tivemos de parar algumas vezes para decidir em qual confiar. Conseguimos chegar à rodovia Anhanguera e após alguns bons quilômetros, paramos para abastecer, beber água e novamente, nos informar sobre o trajeto.

Um motorista de vã nos orientou para não irmos pela rodovia que nosso “novo” roteiro previa pois estava com muitos e grandes buracos, mas avisou que indo pelo caminho sugerido, o trajeto seria um pouco maior. Conversamos e decidimos aceitar a sugestão e seguimos em direção a Uberlândia, onde tenho um primo, para pernoitar.

Ao chegar em Uberlândia fizemos uma reserva em um hotel no Centro pelo celular. Ao fazer a reserva perguntei se havia garagem e a resposta foi positiva. O calor era forte e o cansaço já nos consumia mais do que o esperado. Ao chegar no hotel, a recepcionista informou que a garagem estaria bloqueada devido ao palanque destinado ao prefeito para o desfile de 7 de setembro no dia seguinte. Surtei.

“Eu perguntei e a mocinha havia confirmado o que significa que estaria tudo ok!”

“Senhor, ela errou, é funcionária nova, peço desculpas por isso.”

Diferente de outros tempos vi que discutir não ia resolver nada. Mas saí possesso, Reinaldo veio atras e rapidamente decidimos seguir para Araguari (Beraba, Berlândia e a Bosta de Araguari; é assim que falam, só estou repetindo).

Seriam mais uns 40 km, valia o esforço porque isso nos faria iniciar o dia "dentro" do roteiro original, inserido no GPS na época do planejamento, o que reduziria em muito futuros problemas de trajeto.

Faço meu roteiro dividido por pernas diárias. Uso coordenadas e não o nome dos lugares, incluindo hotéis e demais onde desejo parar. Quando estou montando as pernas, eventualmente acrescento coordenadas de pontos intermediários antes e depois de algo que posso errar na hora, entradas e saídas de cidades, cruzamentos, bifurcações, pontes, viadutos, etc. Isso dá muito trabalho, mas na hora não tem erro, da tudo certo. O problema é você ter que mudar ou acrescentar pontos novos ou desvios (como o acima). Quando tenho tempo e acesso as coordenadas eu faço uma perna paralela que inicio onde estou, passo pelo desvio e termino em um ponto do roteiro original. Se não tenho acesso as coordenadas, vou por cidade mesmo.

É preciso outra pausa aqui. Geralmente em meus textos dou certa ênfase as estradas, sua qualidade, beleza e quantidade de curvas, mas até agora elas, apesar de estarem com o piso em boa qualidade, não continham curvas em quantidade e qualidade que merecessem algum comentário extra. Ao contrário do esperado, estavam sendo normais, agradáveis e apenas isso. O lado bom é que, até aqui, não houve grandes e enjoativas retas.

Em Araguari, nos informamos e conseguimos um excelente e barato hotel “Big Executive”. E com garagem! Exaustos, fomos para os quartos deixar as coisas e fui dar um mergulho na piscina. A água limpa, com temperatura agradável, um “cigarrimdipaia” e uma cervejinha foram o remédio ideal para esquecer os problemas recentes. Depois tomei um banho, e partimos em busca do jantar.

Por indicação do recepcionista fomos a pé até uma hamburgueria gourmet a “Home Burger”. Ao menos por onde andamos, a cidade não se mostrou nada de mais, tanto na limpeza como na arquitetura e demais inerentes. O sanduiche foi de excelente qualidade, não deixando nada a dever aos bons que temos aqui no Rio. A limpeza do lugar, o bom atendimento e o Rock dos anos 70 de fundo, foram um tempero a mais e saímos bastante satisfeitos. Eu comeria outro se houvesse espaço.


07/09/23 - acordamos cedo e partimos para estrada, de mão dupla, rumo a Goiânia. Por ser feriado a estrada, erroneamente prevista ser com longas retas, estava lotada no sentido oposto, principalmente entre Goiânia e Caldas Novas, onde encontram-se as águas termais, maior atração da região, é lá que os mineiros e goianos se refestelam nas águas quentes do "Parque Estadual das Serras de Caldas Novas".

Devido ao intenso movimento e por ser uma pista de mão dupla e sem acostamento, passamos alguns perrengues. Há sempre uns idiotas fazendo ultrapassagens arriscadas e em dois momentos quase que não estaria aqui escrevendo esse texto; tive que reduzir com certa rapidez e me espremer entre o limite da minha pista e esses idiotas, não havia acostamento, um absurdo! Agradeci por ser uma estrada com poucas curvas.

Em Goiânia, entramos na cidade que claro, estava vazia, e procuramos nos informar sobre um restaurante, de boa qualidade, que estivesse aberto. Nos indicaram o “Junior Restaurante” e para lá seguimos. Estava lotado, mas sem fila. Um ambiente amplo e bem decorado, com farta quantidade de opções, não só para os pratos principais como para as sobremesas. Reinaldo foi no self service e chegou à mesa com um belo prato onde se destacavam grandes camarões. Eu fui de massa, na bancada estilo Spoleto. Estava muito bom. Consultamos uma senhora e depois um garoto de mesas próximas, sobre onde nos hospedar. Enquanto comíamos, verificamos que haviam funcionárias circulando pelos salões empurrando um tipo de carrinho, alto com um computador sobre cada um deles. É como são feitos os pagamentos. Você chama a garota, ela para do seu lado, entrega o card de plástico onde são registradas as despesas feitas, ela escaneia e informa o valor que você paga nas várias maneiras existentes. Não há filas, a não ser as dos bufes de comidas e você sai da mesa direto para a saída já de posse de seu comprovante de pagamento.

Com as informações de opções de hotéis, arriscamos um que não recomendo e fomos parar em uma região não muito segura. A fachada e a recepção, recém reformadas, escondiam o real estado dos apartamentos, mas o calor não permitiu que procurássemos outro melhor. Em nossos quartos, um banho e poucos momentos para recarregar as energias.

À noite, sem muitas opções, fomos ao Shopping Famboyant jantar. De arquitetura tradicional, com alguns detalhes peculiares, nada a acrescentar ao que já é conhecido em termos de shoppings. Beto, lá de Delfinópolis, havia nos indicado o restaurante “Piquiras Famboyant “. Fica do lado de fora com acesso direto do estacionamento e da rua.


Se não houver mesa livre você recebe um link pelo celular que avisa que sua vez está chegando para quando estiver perto você já se encaminha ao restaurante. Enquanto espera o cliente fica livre para passear pelo shopping. Quando chega sua vez, sua mesa já está pronta.  O cardápio com muitas opções fez demorar a escolha. Bom atendimento, uns chopes, a ótima comida, o ambiente muito bem frequentado, de excelente qualidade e conforto. Uber de volta para o hotel...


08/09/23 - acordamos cedo e saímos em direção a Brasília. A estrada é muito parecida com a de Goiânia e estava cheia, mas nem tanto. Porém, um pouco mais sinuosa o que fez a viagem mais prazerosa. Como na perna anterior o serrado se apresentava árido e quente, época de seca.

Chegamos em Brasília por volta de meio-dia e Reinaldo quis tirar uma foto na praça dos três poderes com as motos. Não nos veio a cabeça que essa parte da cidade poderia estar ainda confusa devido aos itens de segurança inerentes aos eventos de 07 de setembro. E estava. O estresse gerado por conta disso, aliado a dificuldade de acesso e a lida com os seguranças foi enorme. Não é novidade que Brasília tem um sistema completamente diferente do usual. Diferente da quase totalidade do planeta, lá não se chega em um lugar por bairro, rua e número e sim por eixos, sub eixos, quadras etc. Para o residente é molezinha, mas para os de fora uma verdadeira bosta. Me aborreci, tiramos as fotos e fomos em busca do hotel reservado anteriormente por um primo (eu não estava conseguindo fazer isso).

Para chegar ao hotel foi outro suplício. Em dado momento, fomos parar na Asa Sul quando o hotel fica na Norte. E quando lá chegamos, não conseguíamos encontrar. Sabíamos que estávamos perto, mas não conseguíamos chegar, mesmo com orientações de residentes consultados. O Wase mostrava que era logo alí e o logo ali não chegava. Após muita luta conseguimos e vimos que realmente estávamos logo ali. Foram três horas para conseguir tirar as fotos e chegar ao hotel. Eu estava possesso.


No hotel me aborreci novamente. Cheguei no quarto, liguei o ar-condicionado e para minha surpresa o condensador da máquina estava literalmente dentro do quarto, bem ao lado da janela e da cama fazendo um barulho alto. Não iria conseguir dormir e pedi a troca. No novo quarto arrumei as coisas, tomei um banho e saímos a pé para almoçar no shopping Brasília ali perto; nada de especial. À noite jantamos no “Manuelzinho Restaurante” que fica na Asa Sul. O casal Manuel e Natividade são os donos do restaurante e amigos de Reinaldo. No Rio de Janeiro, Manuel foi, por vários anos, o maitre do "Antiquarius" no Leblon, aqui no Rio. Algum motivo o fez mudar-se para Brasília com a família e abriu três restaurantes em sequência. "Manuelzinho" é o terceiro deles. A foto abaixo dispensa comentários...

Fomos amavelmente recebidos por Natividade que nos levou a mesa onde o garçom serviu alguns petiscos tradicionais da casa. Uma delícia! Manoel chegou logo depois e nos acompanhou enquanto estivemos por lá. Casal simpaticíssimo, com muitas histórias e fotos. A comida estava ótima um Filé a Manoelzinho para mim com algumas excelentes cervejas geladas. Reinaldo degustou o mesmo. Foi oferecido, mas estava muito quente para vinho. Voltamos para o hotel.

09/10/23 - De manhã Bruno (meu primo), seu sócio e esposa, passaram para nos levar e conhecer as casas que eles constroem em Luisiana. Um belo Projeto de média renda com grande sucesso na região.


De volta a capital, encontramos com outros da família para almoçar em um grande restaurante nordestino, “Mangai do Lago”. Ambiente amplo, arejado, com enumeras opções de excelente comida. Após revermos várias histórias de família, fomos fazer o tradicional tour por Brasília, mas antes passamos na casa de outro primo onde conversamos mais um pouco, bebemos um café e partimos para o tour.

Fomos a Praça dos Três Poderes, passamos na Esplanada dos Ministérios e seguimos até o QG do Exército. Lá encontramos uma pessoa (que por motivos óbvios, para facilitar vou chamar de SeverinE) remanescente do acampamento dos Patriotas. Fizemos amizade e aos poucos SeverinE foi se sentindo segurE entre nós e contou o que aconteceu durante os 70 dias que lá esteve. Como tudo funcionou, a limpeza, a organização dos espaços, os eventos criados para manter as pessoas em atividade, as barracas de alimentação e sua logística de abastecimento, preparação, cocção e distribuição dos pratos, os sanitários químicos, o descarte de resíduos, a postura dos militares, os infiltrados que lá estavam, os caminhoneiros etc. Só não falou do dia 08 de janeiro porque não participou desse evento. A cadeira de rodas foi o impeditivo. Em certos momentos seus olhos marejavam, mesmo assim SeverinE foi excepcional e paciente nos relatos, nas respostas a nossa curiosidade e, mesmo estando em sua cadeira de rodas, ao nos acompanhar por toda a enorme área onde era o acampamento. Ele estava e tenho certeza que permanece, orgulhoso com o que fez e por ter ajudado a construir essa belíssima página de nossa História


Senti muita tristeza com tudo o que ouvi, principalmente por saber que tipo de pessoas estavam lá e o final injusto daquele poderoso, democrático, justo, patriótico e gigantesco movimento. Ainda mais por hoje saber o que fizeram com essas pessoas. Trabalhadores, humildes ou não, de várias classes sociais, vindos dos quatro cantos do país, DESARMADOS, com apenas um desejo, “Democracia, Liberdade e Respeito a Nossa Carta Magna.”

E ainda há os que os chamam de terroristas... Uma vergonha..

Agradecemos a emocionadE SeverinE e saímos cabisbaixos e calados. E assim permanecemos até chegarmos ao Shopping Brasília para jantar. Depois, minha prima foi embora e nós fomos para o hotel.


10/09/23 – Depois do café da manhã, não incluído na diária, saímos cedo e passamos na Catedral, uma das poucas recordações que tinha desde a infância. Sua arquitetura ímpar, seu espaço interior e seus coloridos vitrais fazem do ambiente convidativo para contemplar e meditar. Fizemos uma oração agradecendo a viagem, pedindo proteção para o que viria pela frente e partimos em direção a Minas Gerais.


Estávamos voltando.

Pegamos a BR-040 e a pista começou a apresentar uma maior e melhor sinuosidade a união desta com a temperatura agradável nos fez aumentar a velocidade o que nos ajudou a rodar os 484 km de maneira bastante prazerosa.

Não sei Reinaldo, mas os sentidos e lembranças de antigas viagens começaram a brotar em minha mente e as boas se faziam reais a cada curva conquistada. Tardiamente iniciava-se um processo crescente de êxtase que há muito não sentia. Estava quase em casa, me deliciando com o bom asfalto, as boas curvas, o entorno rasteiro da vegetação do serrado e a velocidade que aumentava quilômetro a quilômetro até atingir o limite estabelecido pela minha razão. Os pneus em meia vida, comprados para a viagem anterior, junto com a eletrônica embarcada compunham o conjunto de segurança e força que permitiam tudo isso.

Eu variava dos 140 aos 160 km/h (não raro mais) atento e sentido crescer a tão desejada simbiose homem/máquina.

E que máquina! Dizem e confirmo que esse tipo de moto quanto mais rodada melhor fica. É que nem panela velha...

Exatamente em setembro nosso casamento faz dez anos de boas viagens e passeios. Durante esses mais de 70.000 km não houve uma única DR entre nós. Zero problema que me faz ter a certeza da eternidade dessa relação e que o fim só se dará no dia em que eu não conseguir mais aguentar seus mais de 200 quilos, os 125 cavalos e 12,75 kgf de qualidade, segurança, volúpia e consequente prazer.

No meio da estrada, logo após Paracatú, MG, por indicação de um frentista do posto onde abastecemos, paramos para almoçar no que parecia ser um agradável restaurante. Entramos na “Casa de Concesa”, lá fora o calor já era forte e nos deparamos com uma boa fila de residentes da cidade vizinha em torno do fogão a lenha repleto de gostosuras mineiras.  O cenário mostrava o que vinha pela frente. E tudo se iluminou ao ouvir uma voz estridente encher o grande e repleto salão. Era Dona Concessa, bem humorada, com a voz aguda, se mostrando presente de maneira mineiramente inconfundível.


Então, tudo o que aprendi a cerca de alimentação ao pilotar motos em estrada (leiam o texto da minha primeira viagem) foi por água abaixo. Eu esperava por isso desde o planejamento da viagem há mais de dois anos, comer a típica comida mineira no “interiorr de Minss”. Ciente de que meu colesterol e pressão arterial estão sendo muito bem controlados por Santa Rosuvastaina e Santo Aradois, fui colocando as coisas no prato sem medo de ser feliz. E eu estava, não só pelo que iria degustar, mas pelo como estava sendo a viagem nesse dia. Arroz, batata frita, couve, farofa, feijão, aipim frito, torresminho pururuca, linguiça e um belo naco de carne de porco. Meu Deus!!! E ainda repeti. Faltou a cachacinha e a cerveja gelada, tinha lá, mas fazer o quê?

Depois, um tradicional e aguado café mineiro e um “cigarrimdipaia” no alpendre... Morram de inveja!!! KKKKK!


Voltamos a estrada com gosto de quero mais...

Chegamos, como previsto, em Três Marias, no final da tarde e logo encontramos o “Três Marias Hotel”, um ótimo hotel de bom custo benefício. Deixamos as coisas e fomos até o grande e belo lago da represa homônima a cidade. Demos uma volta por ali, tiramos algumas fotos e paramos no “Grande Lago Restaurante” para beber uma cerveja que estava gelada. A temperatura agradável ao som das Araras que passavam em coloridos rasantes era o cenário do belo por de sol... E que cenário!


À noite uma inesperada saborosa pizza no “Pop Pizzas” e voltamos para dormir. Estávamos muito cansados e era o segundo dia seguido que rodamos quase 500 km. Fazia tempo que não rodávamos tanto.


11/09/23 – O café da manhã estava muito bom e então partimos cedo em direção a Inhotim um desejo antigo.  Seriam aproximadamente 300 km, ainda na BR-040, tranquilo para quem estava bem descansado. A estrada permanecia igual o que nos fez manter o ritmo do dia anterior. No meio do caminho cruzamos com alguns comboios de caminhões do exército para os quais mostrei o polegar para baixo sinalizando minha reprovação a covarde perfídia exercida aos patriotas do QG de Brasília no fatídico dia 09 de janeiro.

Já nos arredores de Belo Horizonte paramos em no “Pic Nic Posto de Combustível” para abastecer, fazer um lanche e nos informar sobre o trajeto e onde nos hospedar. A loja de conveniências é ampla e percebi que vários objetos antigos faziam parte da decoração. Pequenos rádios de mão, discos de vinil, disquetes de computador, latas de produtos da época, imagens de propagandas conhecidas, fotos etc. Fato que trouxe várias e boas recordações. O lanche? Um Cheese-Salada honesto sob um excelente atendimento tanto das atendentes quanto dos frentistas.


Era 2ª feira e ao consultar o Google, descobri que o parque só tem suas atividades iniciadas às 4ªs feiras e funciona até domingo. O que fazer? Liguei para minha madrinha de casamento, mineira, que poderia me dar umas dicas de algum lugar onde ir e ficar esses dias. Ela me indicou Casa Branca que por coincidência fica próximo a Inhotim. Verificamos o trajeto no Maps, acabamos de lanchar e seguimos para lá. Após poucos quilômetros de boas curvas, subidas e decidas chegamos à cidade. Estava vazia, mesmo assim não foi fácil achar uma pousada. Encontramos a “Estalagem da Villa”. Fomos recebidos por Rodrigo e Caramelo q logo se sentou em seu posto. Acertamos o preço e fomos para nossos quartos deixar as coisas. Depois seguimos até o centro para almoçar. O restaurante “Madeira Velha”, indicado por Rodrigo, estava fechado e não iria abrir nem à noite. Procuramos outro, sem sucesso. Não restou opção a não ser comprar pão e queijo para o almoço e janta. Seria um dia difícil, mas, fazer o quê?

No quarto, após comer um dos sanduiches desci para um reestabelecedor banho de piscina; Reinaldo fez o mesmo.


Passamos a tarde giboiando e conversando com um simpático casal de hospedes que em uma pequena churrasqueira de alumínio assava uns bons pedaços de carne e bebiam cervejas long-neck. Após muita insistência bebi duas e eles insistiram mais então, resolvi ir para o quarto descansar para não ter que ficar recusando toda hora. Estava saindo quando eles convidaram para o churrasco que fariam à noite.

“Ok, vamos sim, obrigado, até mais.”.


Fui acordado pelo perfume da carne assando que entrava pelas frestas da janela. Cheguei na varanda e lá estava o casal em plena atividade bem ali embaixo... irresistível.

“Assim não dá, vocês não me deixam dormir, vou ter que descer para ajudar a acabar com o churrasco mais cedo e eu poder dormir novamente.”

“Kkkkk! Desce aí!”

Avisei a Reinaldo, que estava no quarto ao lado e desci. Ele desceu minutos depois e ficamos conversando, comendo e bebendo um pouco. Nada de exageros afinal, não havíamos contribuído com nada. Ali ficamos papeando por bons momentos, ela se recolheu quando o assunto enveredou para o futebol. Ficamos mais alguns minutos, a temperatura caia rápido, ele começou a desmontar a bagunça, ajudamos e subimos para dormir.

12/09/23 - Acordamos sem pressa. Um bom café da manhã preciosamente preparado pela simpaticíssima Dona Creusa, única funcionária da pousada esses dias de pouco movimento. No salão outros três simpáticos hospedes com quem conversamos um pouco e fomos até Brumadinho para ver se conseguimos ver alguma coisa da tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019. Os pouco mais de 30km da estrada são de razoável qualidade e têm um traçado interessante, porém, o bom movimento, aliado a terra derramada pelos caminhões da mineradora impediram ousadias. Não conseguimos ver nada de consequência do evento a não ser uma ponte que teve seu vão central arrancado pela força da lama. Reparem na altura dela e imaginem o horror que com certeza foi a tragédia.


Resolvemos passar no Instituto para ver se conseguíamos adiantar algo. E conseguimos. Não podíamos entrar, mas estava aberto para atender a movimentação logística do local, paramos as motos na porta e entramos a pé para nos informarmos com o guarda a postos. Bastante atencioso, informou que às 4ªs feiras a entrada é gratuita, mas o acesso aos carrinhos elétricos para se movimentar no local não, custa R$35,00. Ele nos ajudou a reservar os ingressos e comprar o transporte, via site informando que o Instituto abria às 9:30 h. A intenção era ver o que fosse possível em um dia e voltar para Casa Branca, pernoitar e partir no dia seguinte para Ouro Preto como programado. Pernoitar em Brumadinho não se mostrou uma boa opção. A cidade é feia, sem atrativos e as pousadas, segundo Rodrigo, de baixa qualidade. Tudo resolvido voltamos para Casa Branca almoçar.

Pegamos, sem querer um caminho diferente, mais longo, limpo, pouquíssimo movimento, asfalto liso e boas curvas, muitas delas. Conjunto que nos fez aumentar o peso da mão direita aumentando a velocidade e a adrenalina.

Essa estrada nos deixou bem em frente ao “Madeira Velha”, que desta vez estava aberto e cheio. Ambiente amplo e agradável, comida típica mineira de excelente qualidade e barata, mas aquém em relação a “Casa de Concessa”. Sem problemas. Mais porquinho, mais torresminho pururuca, mais couve, arroz, feijão, aipim e, agora sim, por estarmos muito perto da pousada, uma muito bem vinda cervejinha gelada...


Na saída, decidi ir sem capacete por ser muito perto da pousada e não havia visto polícia até então. Rodei uns 300 metros e logo eles aparecem, Lei de Murphy. Pedem para eu parar e lógico, questionam sobre o capacete. Dei uma de João sem braço:

“Acabei de sair do restaurante distraído. Tá aqui atrás no baú. Vou pegar.”

Eles foram embora antes de eu colocar o capacete. Foi aí que vi que estava no caminho errado. Fiz o retorno e em minutos os avistei no estacionamento do “Madeira Velha”. Mostrei que estava com o capacete, eles fizeram sinal de positivo e segui para pousada.

Havia combinado com Reinaldo passar no mercado e comprar carne para repor o pouco que comemos e o muito que planejávamos comer mais tarde, com o casal de mineiros. A picanha bovina estava com preço impeditivo (faz o “L”) então, comprei uma peça de picanha suína e um pacote de linguiça toscana.

Chegamos e o casal de mineiros estava lá, mais uma vez comendo um churrasquinho e bebendo cerveja à beira da piscina. Entreguei as carnes, ficamos um pouco, bebi uma cerveja, batemos um papo, um mergulho na piscina e subimos para descansar a fim de estarmos inteiros para o churrasco à noite.

E o convite não veio...

13/09/23 – Acordamos cedo, café da manhã da Dona Creusa e partimos para estar no máximo as 9:30 h na porta do Instituto, como planejado.

O estacionamento já estava cheio. Paramos as motos, pegamos as pulseiras na cor azul, que “autorizam” aos carrinhos elétricos, pegamos o mapa do parque e seguimos para a enorme fila de pessoas que aguardavam a liberação de acesso. Havia todo tipo de gente, desde uma turba de estudantes de vários colégios, hipongas, famílias diversas e viajantes como nós. Dada a largada com exceção dos estudantes o resto iniciou, cada grupo, o seu destino.

Segundo o folder, são 147 hectares, com 7 jardins temáticos, 4.500 espécies botânicas, 2 restaurantes, uma hamburgueria e uma loja de suvenires. O Instituto já recebeu mais de 3.000.000 de visitantes e 500.000 estudantes. Possui 4 lagos, diversas alamedas bem definidas de piso em concreto ou terra batida. Por algumas delas circulam os carrinhos elétricos que ligam os pontos definidos provendo conforto e rapidez aos que deles se utilizam. Muitos preferem ir a pé demandando mais de um dia para conseguir ver tudo. Dessa forma, para quem gosta e tem tempo, deve ser bastante prazeroso. As alamedas que vemos em amarelo no mapa, não podem ser percorridas pelos carrinhos, portanto, devem ser percorridas a pé.

O imenso parque é extremamente bem cuidado, portanto, limpo e muito bonito. A vegetação é quase sempre semi ou totalmente fechada o que traz ao complexo muita tranquilidade e uma grande quantidade de sentimentos. Em torno dos lagos se revelam espaços generosos de liberdade.


Estranhei a inexistência de sons que seriam típicos tais como, bater de asas, cânticos alados ou não e demais inerentes a esse tipo de espaço.

Em torno de cada ponto de destino dos carrinhos ou no percorrer das alamedas, encontram-se as atrações. Peças ao relento ou em ambientes fechados de arquitetura impar ou ainda elementos naturais agrupados de forma a criar peças de arte, estão espalhados por todo o parque e com ele formam um conjunto, provavelmente, jamais visto no planeta.






Velhos e grandes troncos foram tratados e trabalhados a fim de proporcionar descanso e momentos de contemplação ou reflexão aos visitantes, estão espalhados por todo o parque e completam o maravilhoso contexto.


Arte de todo gosto para todos os gostos, confesso que eu e Reinaldo ficamos reticentes em alguns momentos. Mas com certeza não há humano são que não saia de lá surpreso e com seus sentidos renovados de alguma forma. É programa obrigatório. Quem foi sabe, quem não foi, sugiro se virar e ir.

Voltamos para Casa Branca degustando as curvas de um terceiro trajeto.

À noite, saímos para jantar e no caminho do “Madeira Velha”, no centrinho da cidade passamos por um pequeno grupo de restaurantes e bares e resolvemos testar um deles. Sentamos à mesa do mais cheio, o “Curral Carnes e Empório”. Trata-se de um restaurante onde, além dos pratos do menu, o cliente pode escolher o corte de carne para ser feito na hora ou, pode comprar os temperos e o chope engarrafado ou, outra bebida que desejar e levar para fazer e degustar em casa. O ambiente é aconchegante e tem mesas na “varanda”. Fomos muito bem atendidos por Rosa a proprietária. Ela nos apresentou a casa, seus vários quitutes e de todos os aparentemente deliciosos escolhemos como entrada um item composto de um naco de torresmo pururuca aderido a carne de barrica e outro da mesma forma só que mais profundo pois vinha acompanhado da costela em que estava naturalmente aderido. Dos deuses!!!


Enquanto esperávamos Rodrigo chegou e o convidamos a se juntar a nós. E a simpática proprietária do agradável restaurante permitiu a foto do processo de cocção dos torresmos...


Para o prato principal, por sugestão de Rodrigo, resolvemos pedir e dividir o que se mostrou uma suculenta peça de Chorizo argentino. Estava deliciosa. Tudo regado com uma deliciosa e geladíssima cerveja. Esqueci da cachaça... mais uma vez.


14/09/23 – Saímos com a péssima notícia de que Carmelo havia se envenenado em uma de suas escapulidas. Já estava medicado e convalescia em sua caminha. Iríamos direto para Ouro Preto e depois Mariana. Foi quando Reinaldo se lembrou e disse que gostaria de ir ao Lago da Pampulha em Belo Horizonte para conhecer o "Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis", igreja projeto de Oscar Niemeyer, um sonho antigo para ele e uma oportunidade não planejada para mim. Esse novo trajeto aumentou em aproximadamente 35 km aos 462 previstos para essa perna. Seria mais um dia, com aproximadamente 500 km a percorrer até Pedra Azul - ES, o destino final da Perna. Ouro Preto e Mariana seriam apenas passagens para recordar momentos passados. Ok, vamos nessa!


Nas proximidades da cidade o trânsito de uma grande capital se mostrou irritante. Após momentos desagradáveis errando e acertando caminhos, o Wase estava nos dando diversos olés, chegamos à Igreja. Um calor insuportável e um evento de corrida da Polícia local nos fez parar as motos sob o sol escaldante. Nos dirigimos a igreja, fizemos uma oração, novamente agradecendo a viagem e pedindo proteção, e seguimos em frente.


A BR-35 foi o início da redenção em termos de prazer em pilotagem. Uma pequena serra, de pista limpa, lisa e repleta de curvas de todos os tipos. O que seriam as melhores pernas da viajem se iniciavam. O nublar do céu e a queda gradual da temperatura foram os ingredientes do molho que arrematava o maravilhoso “prato” que iríamos degustar.

E em êxtase chegamos à Ouro Preto. O prazer era tanto que, ao menos para mim, parar na cidade tornou-se secundário e descartável.

E paramos. Enquanto abastecíamos o indesejado sol ressurgia com certa força. Nos dirigimos em direção ao centro histórico e pelas redondezas almoçamos em um restaurante universitário, à quilo, mais ou menos. Seguimos para o centro histórico tiramos algumas fotos e entramos no “Museu da Independência”, outrora sede do movimento.


A arquitetura das construções de época é maravilhosa, lembra em muito a das construções da mesma época da Europa e está muito bem preservada. O bem cuidado e maravilhoso acervo está muito bem organizado em sua exposição. É composto de lindas e marcantes peças da história da Inconfidência Mineira. Peças da forca onde morreu Tiradentes, as páginas da sentença de sua triste e abjeta forma de condenação, vestimentas, brasões, oratórios diversos, mobiliário e muito mais. Incontáveis peças que ilustram nosso passado e esclarecem fatos que poucos desejam esconder. As fotos falam por si. Outro passeio obrigatório.




       


      


Seguimos para Mariana e ao me informar sobre onde estariam as obras de Aleijadinho, verificamos que estávamos na cidade errada, nós deveríamos estar em Congonhas, 70km dali e fora do roteiro planejado. Voltar seria complicado, pois estávamos em cima do laço. Fica objetivo obrigatório e incentivador para uma das próximas viagens.


Com o tempo fechando agradavelmente outra vez, partimos com destino à Pedra Azul. A estrada se apresentou cada vez mais sinuosa, prazerosa e emocionante. Curvas atras de curvas em asfalto liso sobre o qual desenvolvíamos velocidades desejadas. A agradável tensão que corria nos nervos aliada as sensações experimentadas a cada curva, aumentava em progressão geométrica a simbiose homem/máquina. Puro prazer para quem gosta. Não devia estar sendo diferente para Reinaldo. Foram mais de 110 km em estado de arte em pilotagem, estava em casa e feliz.

Na altura de Rio Casca, ainda em Minas, paramos para abastecer e como o céu iniciava seu natural processo de escurecimento, decidimos pernoitar por ali. Nos informamos sobre onde fazê-lo e ao chegar no hotel de beira de estrada indicado, nos surpreendemos com o tamanho e qualidade dos espaços comuns e dos quartos. O “Hotel Morada do Sol”, teve a terceira mais cara das diárias da viajem e coincidentemente igual a média delas, R$ 190,00.

Estávamos cansados devido as atividades do trecho percorrido e a tensão nele acumulada. No quarto, um demorado banho em um chuveiro de ducha forte. Olhei pela janela do box a fim de vislumbrar o que de lá podia se ver do terreno do hotel e vi uma paisagem arborizada e muito bem cuidada. Havia também uma extensa área de lazer com churrasqueira, bar e uma generosa e atraente piscina. A curiosidade me fez esquecer os momentos de descanso desejados para antes do jantar a fim de apreciar esse oásis de perto. Passei pelo quarto de Reinaldo avisando que iria descansar em uma das convidativas espreguiçadeiras em torno da piscina. Passei por outros amplos, confortáveis e muito bem decorados ambientes do complexo, sim era um complexo. Na piscina havia uma cachoeira artificial que não enxerguei da janela, o que aumentou a vontade de um mergulho. Fiquei na vontade, estava meio frio e a preguiça venceu. Sentei em uma das espreguiçadeiras, acendi um cigarrimdipaia e ficamos papeando por alguns momentos.


O complexo, servia jantar, excluído da diária, o que achamos ótimo, não queríamos sair para jantar em outro lugar. Desde o início o atendimento estava sendo ótimo e não foi diferente no jantar. Pedimos nossos pratos, nada de diferente e em poucos minutos a luz do complexo se foi. Fiquei preocupado com o cozinheiro e nossa comida. Qual seria o resultado após esse blackout? Em poucos minutos voltou e no mesmo tempo foi-se novamente. Devia ter gerador. Parece que tinha, pois a luz voltou para ficar. Comemos muito bem e lógico, não faltou a cervejinha gelada.


15/09/23 – Acordamos animados com o que poderia vir pela frente apoiados que estávamos nas experiências vividas no dia anterior. O café da manhã foi de qualidade igual as instalações do hotel. As atendentes da vez mantiveram o excelente nível e a variedade de opções nada deixa a desejar ao servido em muitos hotéis caros conhecidos por aí.

Montamos nas motos e partimos com destino à Pedra Azul. Seriam pouco mais de 220 km. No início não nos decepcionamos. Foram 85 km de puro prazer. Não demorou muito para rever o degustado no dia anterior.

Mais curvas, poucas retas, subidas e descidas em meio a exuberante vegetação verde oliva das montanhas do entorno, percorridas com verdadeiro fascínio. O reduzido movimento nos deixava quase que sozinhos em meio a isso tudo e quando surgia um comboio lento acontecia em ótimos pontos de excelente visibilidade que permitiam ultrapassagens seguras e quase sempre imediatas. Era como estar meditando em zigue-zague sobre duas rodas. O alto nível da simbiose atingida no dia anterior estava presente. O vento que zunia ao fundo do capacete era a sinfonia que emoldurava o cenário. A baixa temperatura gerada devido ao escondido do sol pelas lindas e providenciais nuvens cinza, compunham o contexto desse perfeito cenário. Tudo isso sustentado pelos poucos milímetros dos excelentes pneus Michelin que ligavam a simbiose à lisa pele do asfalto frio.

Para mim, o verdadeiro estado de pura arte em pilotagem de moto. Não sei Reinaldo, mas eu havia atingido o real objetivo principal da viagem. E tinha mais por vir...

Ouso em afirmar que viajar de moto nessas condições deveria ser incluído no trio obrigatório de vida: “plantar uma árvore, escrever um livro e ter filhos”.

Com certeza quem nunca andou em uma moto não entende esse sentimento e encontra exagero inocente em minhas palavras, só posso dizer o seguinte:

Experimente e surpreenda-se, vale o risco e muito!

E assim foi, mesmo com as minúsculas gotas que começaram a cair e nos fizeram reduzir, um pouco, todo esse enorme leque de sensações.

Quando próximo ao octogésimo quinto quilômetro percorrido, um pouco antes de Manhuaçú, ainda em Minas, começaram a aparecer as primeiras cicatrizes abertas pelo uso, na pele da, até então, perfeita pista. Íamos reduzindo mais a cada buraco ultrapassado e o verificar do aumento no volume de veículos que ultrapassávamos.


Vendo o que estava por vir resolvemos parar, abastecer, beber um café, comer um pão de queijo, mais um, baixar a adrenalina que estava em nível alto e nos preparar para o sofrimento que vinha pela frente. A dúvida era saber quantos quilômetros seriam nesse perrengue...

Não foi raro o “acostamento” virar pista. Foram pouco mais de horrorosos 20 km onde o descaso da administração pública se mostra com toda a sua incompetência. Buracos, quebra-molas e radares em profusão aliados ao intenso movimentos de carros, ônibus e caminhões...

Quando o cenário voltou a permitir devaneios e ousadias fizemos mais uma parada para descarregar as energias negativas acumuladas nesse, ainda bem, pequeno, mas desgastante trecho. Só assim poderíamos aproveitar com excelência o retorno ao estado da arte anterior. E assim foi.

Mais do adorado mesmo em 115 km de prazeres múltiplos até chegarmos em uma nublada Pedra Azul. Estávamos no Espírito Santo onde inesperadamente as estradas se mostraram em alto nível de conservação e qualidade. E dá-lhe curvas `a tangenciar em um frenético descer e subir de marchas, acelerando na conclusão de cada uma delas. Reiniciava-se um quase eterno processo de aquecimento das bordas dos seguros e competentes pneus.


A cidade, conhecidamente um polo gastronômico, além de boa comida oferece os tradicionais itens de turismo natureba. Um parque com belos lagos, cachoeiras e trilhas em número considerável que não pudemos conhecer devido ao tempo nublado com expectativa de chuva. A previsão era o mesmo para o dia seguinte. Isso nos fez desistir do pernoite e parar apenas para o almoço e breve descanso.


O “Empório Del Nonni” restaurante não é um dos vários românticos bistrôs da cidade. Procurar e escolher um deles demandaria tempo que o clima chuvoso não permitiria perder. Entramos em um amplo e agradável exemplar de beira de estrada cuja comida e atendimento se mostraram plenos em qualidade. Reinaldo foi de filé e eu escolhi uma saborosa massa ao molho de gorgonzola acompanhada de tenros filés ao ponto. Refrigerante por obviedade.


Conversamos, descansamos um pouco e voltamos a reiniciar o processo de reconquista do estado da arte. Lentamente as montanhas foram saindo de cena sendo muito bem substituídas pela vegetação plana e densa da geobotânica local. O cenário mudava por isso, mas os demais itens da plenitude do dia permaneciam em todo seu esplendor.

E em estado de graça chegamos a uma cinzenta Guarapari. Abastecemos e nos informamos sobre um bom hotel na cidade. Nos indicaram um que estava fechado, escolher outro no GPS, chegar no local e perceber se atenderia o mínimo de nossas expectativas seria muito cansativo. Paramos um carro e seus ocupantes nos levaram até dois próximos afirmando serem de boa qualidade. Apesar do primeiro aparentar ser melhor, escolhemos o segundo afinal, por que voltar? Estávamos na Praia das Castanheiras e cansados.

O “Hotel Corona” teve a segunda diária mais cara da viagem, R$ 253,00. Desconsiderando o preço, não é dos melhores, mas serviu bem ao propósito. Banho e saímos para uma volta pela orla húmida devido à chuva que caia fina. Ventava muito e o casaco foi utilizado pela primeira vez. Um giro rápido, algumas fotos e informações sobre onde jantar. Voltamos ao hotel para um rápido descanso.


Pedimos um motorista por aplicativo e seguimos para a Praia do Morro. Lá chegando vimos que era ali que deveríamos ter ficado. Por curiosidade entramos no “Hotel Quatro Estações” e Eduâmia informou que o quarto completo com frigobar, ar-condicionado, wi-fi, televisão e demais mínimo necessário, incluindo café da manhã, seria em torno (não lembro o exato) de R$ 200,00 a diária. Saí prometendo: se voltar seria lá minha estada.

Por indicação fomos ao “Canecão, Restaurante e Pizzaria”. Ambiente amplo bem decorado e limpo que pelo movimento pareceu ser um dos points da cidade. Reinaldo pediu um Risoto de Camarão e eu me empolguei com a imagem do “Camarão com Fritas” no cardápio. Estava em Guarapari. Não era um prato e sim um petisco. Apesar de parecer estranho, comer camarão empanado com batatas fritas, arrisquei e não me decepcionei. São 400g do primeiro item e 300g do segundo, com molho tártaro, limão e claro, um bom chope gelado. Eu gostei muito.



16/09/23 – Café honesto no terraço do hotel com uma vista deslumbrante.


Procedimentos de saída cumpridos e seguimos para Tiradentes tendo como início da perna a passagem pela popular Rota do Sol, no lindo litoral capixaba. O tímido sol nos acompanhou por boa parte da perna. Em Itaipava, pegamos à direita em direção à BR-101 e por ela seguimos até a entrada para Itaperuna, RJ. Nosso nível de exigência estava alto devido aos últimos dias, seria preciso muito prazer para satisfazê-lo e a BR-101, que eu imaginava deficiente sob os exigentes critérios recém alimentados, me surpreendeu bastante. E mesmo em pista dupla o trajeto continuou nos oferecendo prazeres similares aos dos dias anteriores, asfalto limpo, liso, muitas e variadas curvas e demais inerentes ao estado de arte.


Foram aproximadamente 131 km de excelentes momentos até entramos à direita no acesso à Itaperuna. O que para minha previsão seria um trecho preocupante, devido ao possível estado ruim da estrada, surpreendentemente se revelou bastante similar ao percorrido nos últimos dias.  Estávamos novamente em pista dupla. Com exceção do calor, pois agora o sol estava se exibindo em sua quase totalidade tudo o mais estava como desejado. Em todos os sentidos a ES-297, depois a BR-484, a BR-356, BR-116, a BR-120, e a BR-265 atenderam a todas as expectativas no que se refere a velocidade, segurança e demais desejados para esse tipo de pista. Não foi raro eu me pegar, na solidão do capacete agradecendo aos momentos e pedindo que durassem até a BR-040 que conheço muito bem e procuro inserir no planejamento do final das minhas viagens para encerra-las com chave de ouro.

Em Itaperuna paramos para um lanche que consumimos com prazer. O simplório queijo quente no pão francês se derretia a cada mordida e o refrigerante dava o toque de saudades da infância longínqua. Alguns minutos de descanso, motos abastecidas seguimos mais ainda para o interior. Muriaé, Santana do Cataguases, Cataguases, Astolfo Dutra, Rio Pomba, Barbacena e Tiradentes, o final desta penúltima perna, mantiveram o nível de emoções que não esperava. Mas entre, se não me engano, Cataguases e Rio Pomba sofremos um pouco devido a queda brusca da qualidade da estrada. Muitos buracos em aproximadamente 30 km foi a tônica desgastante, o que nos fez parar outra vez para beber água gelada, abastecer e descansar. Ali um grupo de jovens nos deu a informação preocupante de que o trecho se estenderia por muitos quilômetros, entretanto, felizmente não foi assim e logo em seguida voltamos ao normal dos últimos dias. O calor nos castigava nesse fatídico trecho e a pista única da BR-265 fechou a perna até Tiradentes, MG.

Em Tiradentes paramos no “Museu da Moto” para informações e após muitas consultas, incluindo ligação para um grande amigo motociclista do Rio frequentador assíduo da cidade, Reinaldo descobriu a excelente pousada “Bárbara Bella” de muito bom gosto e custo baixo em comparação as demais da cidade. A diária de R$318,00 contemplava tudo o que há de bom em termos de conforto. A água da piscina estava ótima, a sauna quente, a cerveja gelada, o banho quente e forte, o ar-condicionado funcionando a contento, a cama aconchegante e o café da manhã de extrema qualidade.


Para quem não conhece, Tiradentes é uma cidade típica do interior com bela arquitetura no estilo colonial. Mais um polo gastronômico com vasto comércio de artesanato e afins. Cercada de natureza impar é tranquila e constantemente cheia de turistas; especialmente motociclistas que tem como destino o famoso evento anual específico da cidade que fica repleta de motos, seus pilotos ou outros que se deliciam com as atividades correlatas.

Jantamos no “Pandoro Restaurante e Pizzaria”, uma pizza maravilhosa, estava com saudades. Estávamos no fim da viagem e naturalmente cansados. Eu voltei para o hotel e Reinaldo foi tirar umas fotos da cidade.


17/09/23 – O café da manhã estava repleto de guloseimas e exagerei no consumo. Um bom papo com alguns hospedes e voltamos para o “Museu da Moto”, agora sim, para conhece-lo.

Máquinas de todo tipo, idade e valor histórico. Uma Explanação dos detalhes dessa história, algumas fotos, boa conversa e partimos em direção a Itaipava onde, no bastante conhecido “Casa do Alemão”, encontraríamos Maurício um antigo amigo que há muito não via e agora motociclista como nós.

A BR-040 já foi muito bem descrita nos textos de outras viagens, mas agora tem um vergonhoso agravante: o último pedágio, no sentido BH – Rio, teve seu preço absurdamente dobrado, com certeza por ser o trecho de maior movimento. Se fossemos um país sério isso não aconteceria, mas...

Os 55 km da BR-265 foram o aperitivo para a querida e desejada BR-040. Como esta proporcionou bons minutos de tudo o que um bom motociclista deseja e já foi citado neste e em outros de meus textos. Enjoativo repetir para vocês, mas extremamente prazeroso para os amantes das duas rodas. Foram mais de 270 km até chegar em casa, onde a BR-040, o prato principal de término de minhas viagens, torna-se o ápice de todas elas. Some tudo o que escrevi nas partes boas em que me refiro a estradas e repita nesse trecho, mas faça-o sem parcimônia e assim poderá ter um mínimo da ideia do que é percorre-la.


Chegamos ao fim desta que com certeza não será a última. Ainda tenho alguns bons anos de energia e vontade para novas aventuras. Estou começando a pensar na próxima, a aposentadoria permite isso, quem sabe para o Nordeste. Tenho família lá, conheço bem algumas de suas praias e preciso conhecer novas... Quem sabe?

Até lá.

PS.: Em 21/09/23, Rodrigo, de Casa Branca, informou por WhatsApp que Caramelo já está bem, fazendo das suas.

INFORMAÇÕES BÁSICAS

- Dias de viagem (04/09 à 17/09/2023)              -        14 dias

- Quilômetros percorridos                                  -         4.143 Km

- Combustível (gasolina comum)                       -       R$ 1.477,43

- Pedágio                                                           -        R$      78,75

- Hospedagem                                                   -        R$ 2.275,30

- Alimentação (comida e bebidas)                     -        R$ 1.795,32

- Turismo (Passeios, estacionamentos etc.)     -         R$    470,99

- TOTAL                                                             -           R$ 6.097,19

- TOTAL PREVISTO                                          -           R$ 7.222,00 


REFERÊNCIAS – AS BOAS

- Delfinópolis - “JP Hotel” - Henrique - 035-9-9994-7706

- Delfinópolis - “Bar e Restaurante do Baiano” – Cachoeira do Ouro - -20.31045 / -46.76437

- Delfinópolis - “Bar do Magueta - -20.34326 / -46.85010

- Araguaí - “Home Burger” - Av. Minas Gerais, 1495 - Loja 2 - Centro, Araguari - MG)

- Araguarí – “Big Executive” – big-executive.minas-gerais-hotels.com

- Goiânia – “Junior Restaurante” - 5ª Av., 804 - St. Leste Vila Nova, Goiânia – GO.

- Goiânia - “Piquiras Famboyant“ - Shopping Famboyant

- Brasília - “Manuelzinho Restaurante” - SHCS CLS 404 Bloco A loja 33 - Asa Sul, Brasília – DF.

- Brasília - “Mangai do Lago” – SCE Sul, s/n - Lote 2, Asa Sul, Brasília - DF

- Paracatú - “Casa de Concesa” -@alojacasadeconcessa

- Três Marias – “Três Marias Hotel” - Praça Castelo Branco, 01 - Centro, Três Marias - MG

- Três Marias – “Grande Lago Restaurante” - Avenida Beira Lago, s/n - Cemig, Três Marias - MG

- Três Marias – “Pop Pizzas” - R. Pres. John Kennedy, 164, 2º andar - Centro, Três Marias – MG

- Belo Hoprizonte - “Pic Nic Posto de Combustível” - -19.99126 / -43.96382

- Casa Branca - “Estalagem da Villa” - 31-9-9594-3419 – Rodrigo - -20.09019 / -44.04595

- Casa Branca - “Restaurante e Pizzaria Madeira Velha” - -20.10179 / -44.05145

- Casa Branca - “Curral Carnes e Empório” - -20.09438 / -44.04628

- Rio Casca - “Hotel Morada do Sol - -20.22628 / -42.64150

- Pedra Azul – “Empório Del Nonni”- -20.37996 / -41.02684

- Guarapari - “Hotel Corona” - só no sufoco - Av. Des. Lourival de Almeida, 312 - Centro

- Guarapari - “Hotel Quatro Estações” - Av. Beira Mar, 1234, Praia do Morro

- Guarapari - “Canecão, Restaurante e Pizzaria” - Av. Praiana - Praia do Morro

- Tiradentes - “Museu da Moto” – -21.11792 / -44.16880

- Tiradentes - “Bárbara Bella” – -21.11798 / -44.16809

- Tiradentes - “Pandoro Restaurante e Pizzaria” - R. dos Inconfidentes, 488